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PEDRO SANTOS – ANATOMIA I SISTEMA DIGESTÓRIO COMPOSIÇÃO DO SISTEMA DIGESTÓRIO TUBO DIGESTÓRIO: Tubo oco da boca ao ânus; 1. Boca 2. Faringe 3. Esôfago 4. Estômago 5. Duodeno 6. Intestino Delgado 7. Intestino Grosso 8. Reto 9. Ânus ÓRGÃOS ACESSÓRIOS ANEXOS: 1. Dentes 2. Língua 3. Glândulas Salivares 4. Fígado 5. Vesícula Biliar 6. Pâncreas CAMINHO DO ALIMENTO: Boca -> Faringe -> Esôfago -> Estômago -> Duodeno -> Jejuno -> Íleo -> Ceco – Colo Ascendente -> Colo Transverso -> Colo Descendente -> Colo Sigmoide -> Reto -> Ânus. Funções do Sistema Digestório: Transformação do alimento ingerido em pequenas partículas essenciais que podem ser absorvidas para gerar energia para as diversas atividades metabólicas. PROCESSOS BÁSICOS: O sistema digestório, de uma forma geral, realiza seis processos básicos: MASTIGAÇÃO: Desintegração parcial dos alimentos. Processo mecânico e químico. DEGLUTIÇÃO: Condução dos alimentos através da Faringe para o Esôfago. INGESTÃO: Introdução do alimento no estômago. DIGESTÃO: Desdobramento do alimento em moléculas mais simples. ABSORÇÃO: Processo realizado pelos intestinos. As moléculas nutrientes são absorvidas pelas células que revestem o trato gastrintestinal e penetram na corrente sanguínea. DEFECAÇÃO: Eliminação de substâncias não digeridas do trato gastrintestinal. Importante: Para manter a homeostase, o volume de líquido que entra no lúmen do TGI por ingestão ou secreção deve ser igual ao volume que deixa o lúmen. BOCA/ CAVIDADE ORAL Dividida em: VESTÍBULO DA BOCA: estreito espaço entre os lábios ou bochechas, e os dentes e gengivas. Comunica-se com o exterior pela rima bucal. CAVIDADE PRÓPRIA DA BOCA: espaço entre as arcadas dentárias maxilar e mandibular, inclui o palato (duro e mole), dentes, gengivas, glândulas salivares e língua. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I LÁBIOS Pregas carnosas em torno da abertura da boca. Durante a mastigação, os lábios e as bochechas auxiliam a manter o alimento entre os dentes superiores e inferiores. Eles também auxiliam na fala. Recobertos por Pele externamente e de Túnica Mucosa internamente. Principal músculo: M. ORBICULAR DA BOCA. BOCHECHAS Semelhante aos lábios, são compostos por pele, músculo e mucosas. Principais músculos: M. BUCINADORES. Superficiais aos bucinadores: Corpos adiposos da Bochecha (Bichat -> Bichectomia). PÁLATO Forma o teto da cavidade oral e o assoalho da cavidade nasal. Formado por duas porções: PALATO DURO: 2/3 anteriores, formado por um esqueleto ósseo constituído dos PROCESSOS PALATINOS DA MAXILA e as LÂMINAS HORIZONTAIS DOS PALATINOS. PALATO MOLE: 1/3 posterior, móvel, formado por músculos do palato mole e fica suspenso na margem posterior do palato duro. Músculos do palato mole e fauces: M. levantador do véu palatino: eleva o palato mole durante a deglutição e o bocejo; M. tensor do véu palatino: tensiona o palato mole e abre o óstio da tuba auditiva durante a deglutição e o bocejo; M. da úvula: eNcurta a úvula e a traciona superiormente M. palatofaríngeo: tensiona o palato mole e traciona as paredes da faringe durante a deglutição M. palatoglosso: eleva a parte superior da língua e leva o palato mole sobre a língua. ÚVULA PALATINA: pendurada no pálato mole ISTMO DAS FAUCES Transição entre a cavidade própria da boca e a parte oral da faringe. Limites: SUPERIOR: Pálato mole INFERIOR: Língua LATERAIS: arcos palatoglosso e palatofaríngeos. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I MANDÍBULA A ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (ATM) é a principal conexão entre o crânio e a mandíbula. Ela envolve a área participante da parte escamosa do osso temporal, o disco articular no interior da cápsula articular, a cabeça da mandíbula e os ligamentos adjacentes. GENGIVAS E DENTES DENTES: São estruturas acessórias do sistema digestório, localizadas nos alvéolos ósseos da mandíbula e das maxilas. Os alvéolos são recobertos por gengiva e revestidos internamente pelo ligamento periodontal, um tecido fibroso denso que ancora os dentes ao osso, mantendo-os em posição, e atua como um absorvente de choques durante a mastigação. Um dente típico tem três partes: COROA: porção exposta acima do nível da gengiva. RAIZ: consiste de uma a três porções embutidas no alvéolo. COLO DO DENTE: é a junção entre a coroa e a raiz, próximo à linha da gengiva. GENGIVAS: Tecido fibroso coberto por túnica mucosa. A gengiva propriamente dita, está aderida aos processos alveolares da mandíbula e da maxila e aos colos dos dentes. As gengivas propriamente ditas adjacentes à: LÍNGUA: gengivas linguais superior e inferior; GLÂNDULAS SALIVARES Saliva é secretada por três pares de glândulas salivares, estruturas acessórias que se situam fora da boca e despejam seu conteúdo em ductos que se esvaziam na cavidade da boca. GLÂNDULA PARÓTIDAS/DUCTO PAROTÍDEO: Maior das glândulas salivares; Localizadas abaixo e adiante das orelhas; Ducto parotídeo abre-se no vestíbulo da boca - 2º dente molar, superior. Atravessa o músculo bucinador GLANDULAS SUBMANDIBULARES/DUCTO SUBMANDIBULAR: Ficam sob a raiz da língua e do soalho da boca; Protegida pelo corpo da mandíbula; Ducto submandibular, cerca de 5 cm de comprimento, atravessa o assoalho da boca, abaixo da língua, próximo ao plano mediano. GLÂNDULAS SUBLINGUAL/DUCTOS SUBLINGUAIS: Menor das glândulas salivares; Localiza-se no assoalho da boca anteriormente as glândulas submandibulares. Ductos apresentam vários orifícios no assoalho da cavidade oral. LÍNGUA É uma estrutura acessória do sistema digestório, forma parte do assoalho da cavidade da boca PEDRO SANTOS – ANATOMIA I Uma parte da língua está localizada na cavidade da boca e outra na parte oral da faringe. Composta de músculos revestido por túnica mucosa. Pode assumir vários formatos e posições. A língua é dividida em 3 Porções: RAIZ DA LÍNGUA: parte posterior fixa que se estende entre a mandíbula, o hioide e face posterior da língua. CORPO DA LÍNGUA: 2/3 anteriores, entre a raiz e o ápice. ÁPICE DA LÍNGUA: é a extremidade anterior do corpo, que se apoia sobre os dentes incisivos. 2 Faces: DORSO DA LÍNGUA: Face mais extensa, superior e posterior. SULCO TERMINAL DA LÍNGUA: em forma de ‘’V’’, divide o dorso em parte pré-sulcal na cavidade própria da boca e pós-sulcal na orofaringe. SULCO MEDIANO: divide a língua em metades direita e esquerda. PAPILAS LINGUAIS: saliências na do epitélio responsáveis pela identificação degustativa PAPILA FILIFORME: longas e numerosas PAPILA FUNGIFORMES: dispersos entre as papilas filiformes, mais numerosos no ápice e nas margens da língua PAPILA FOLHADAS: em menor número; PAPILAS CIRCUNVALADAS: localizam-se anteriormente ao sulco terminal. FACE INFERIOR DA LÍNGUA: onde descansa sobre o assoalho da boca. SEPTO DA LÍNGUA: estrutura inferior na parte mediana da língua. Separa os músculos extrínsecos e intrínsecos em cada metade da língua. FRÊNULO DA LÍNGUA: prega mediana que une a face inferior da língua ao assoalho da boca. MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA LÍNGUA: MODIFICAM A POSIÇÃO DA LÍNGUA Originam-se fora da língua e se fixam a ela. M. GENIOGLOSSO: se insere na espinha geniana da mandíbula; M. ESTILOGLOSSO: se insere no processo estiloide; M. PALATOGLOSSO: se insere no palato; M. HIOGLOSSO: se insere no osso hioide; MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LÍNGUA: MODIFICAM O FORMATO DA LÍNGUA Possuem a originam na língua e não estão fixados a osso. Longitudinais superior e inferior Transverso PEDRO SANTOS – ANATOMIAI Vertical FARINGE É um tubo que se estende das coanas ao esôfago na parte posterior, e à laringe na parte anterior. É composta por músculo estriado esquelético e revestido por túnica mucosa. Subdividida em: PARTE NASAL DA FARINGE/NASOFARINGE: Localiza posteriormente às cavidades nasais e acima do palato mole; PARTE ORAL DA FARINGE/OROFARINGE: Se estende do palato mole até a ponta da epiglote, localizando-se posteriormente à cavidade oral. Fornece passagem tanto para o ar quanto para o alimento. PARTE LARÍNGEA DA FARINGE/ LARINGOFARINGE: Se estende da ponta da epiglote até a face inferior da cartilagem cricóidea, isto é, se abre anteriormente a laringe, e posteriormente é contínua com o esôfago. ESÔFAGO O esôfago é um tubo muscular que une a faringe ao estômago. Inicia na margem inferior da cartilagem cricoidea (C6), e termina na cárdia do estômago (T11) Possui somente função condutora, não apresentando funções absortivas. Sua luz se encontra naturalmente fechada e só se abre no momento da deglutição com a passagem do bolo alimentar. Constituído por: o Mucosa e submucosa o Camada muscular circular/elíptica (interna): compressão do bolo alimentar o Camada muscular longitudinal (externa): propulsão do bolo alimentar para o estômago. o Túnica adventícia (tecido conjuntivo) O esôfago NÃO POSSUI SEROSA (PERITÔNIA, PLEURA OU PERICÁRDIO). Só é revestido externamente por uma camada de tecido conjuntivo frouxo. Há presença de peritônio somente na superfície anterior do esôfago abdominal A túnica muscular do esôfago pode ser dividida em 3 segmentos: PEDRO SANTOS – ANATOMIA I o Primeiro quarto: composto por fibras musculares esqueléticas de controle voluntário o Segundo quarto: composto por fibras musculares esqueléticas (voluntária) e lisas (involuntárias) o Metade inferior: composto somente por fibras musculares lisas (involuntárias) O esôfago possui um pH NEUTRO, de forma que sua mucosa é lesada tanto pela presença de substâncias muito alcalinas quanto muito ácidas. O esôfago pode ser dividido em 3 porções: CERVICAL, TORÁRICA e ABDOMINAL. ESÔFAGO CERVICAL (5 – 6 cm) Início: borda inferior da cartilagem cricoidea (nível de C6); marco inicial = ESFÍNCTER ESOFÁGICO SUPERIOR. Final: borda superior de T1 Ocupa região posterior, sendo oculto anteriormente pela laringe e pela traqueia. Ao nível de C7 passa a se localizar levemente à esquerda no plano mediano. ESÔFAGO TORÁCICO (16 – 20 cm) Início: borda superior de T1. No mediastino superior está à esquerda do plano mediano. Compõe o plano digestório, colocado entre a traqueia (anterior) e a coluna vertebral com o tronco simpático (posterior). No mediastino inferior posterior, o esôfago transita juntamente com os nervos vagos, que descem junto às paredes esofágicas até cruzarem juntos o HIATO ESOFÁGICO do diafragma ao nível de T10. ESÔFAGO ABDOMINAL (2- 4 cm) Se estende desde o hiato esofágico até a junção gastroesofágica. Possui porção RETROPERITONEAL (retroperitoneal secundário) sendo recoberto por peritônio somente na face anterior. ESTREITAMENTOS DO ESÔFAGO 1. ESTREITAMENTO CRICOIDEO = ESFÍNCTER ESOFÁGICO SUPERIOR Situado entre C6 e C7 ao nível da cartilagem cricoide. Representado pelo esfíncter esofágico superior, constituído pela parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe, ou MÚSCULO CRICOFARÍNGEO. É a ‘’porta de entrada do esôfago’’, marcando seu início. Controla a passagem de estruturas que estão na luz da laringofaringe, sendo o único estreitamento esofágico que não pode ser ultrapassado sem que o paciente realize deglutição ou esteja anestesiado durante o procedimento endoscópico. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 2. ESTREITAMENTO BRONCOAÓRTICO Representa o cruzamento do esôfago com o arco aórtico e com o brônquio principal esquerdo, os quais provocam uma impressão/abaulamento na parede esofágica. Neste local, há um pequeno desvio do esôfago para o lado direito. Não há um estreitamento significativo na luz esofágico a ponto de impedir a passagem do bolo alimentar. 3. ESTREITAMENTO DIAFRAGMÁTICO Provocado pelo pinçamento do HIATO ESOFÁGICO do diafragma. Não representa uma barreira para a passagem do bolo alimentar. ESFÍNCTER ESOFÁGICO INFERIOR E JUNÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA O esfíncter esofágico inferior é composto por um espessamento das fibras musculares lisas da parede do esôfago na junção esofagogástrica. É considerado ESFÍNCTER FISIOLÓGICO e não anatômico, pois não foram identificadas estruturas anatômicas que o demarquem. Possui importante função de manter o conteúdo gástrico evitando o refluxo gastroesofágico. VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL O esôfago não possui um pedículo vasculonervoso único, sendo sua vascularização segmentar, provinda de vasos que irrigam órgãos vizinhos. ARTÉRIAS ESOFÁGICAS SUPERIORES (esôfago cervical): provém da artéria TIREÓIDEA INFERIOR ARTÉRIAS ESOFÁGICAS MÉDIAS (esôfago torácico): provém de ramos das artérias TIREOIDEAS INFERIORES, das SUBCLÁVIAS, das BRONQUIAIS e diretamente da AORTA. ARTÉRIAS ESOFÁGICAS INFERIORES (esôfago abdominal): ramos direto da ARTÉRIA GÁSTRICA ESQUERDA que corre a pequena curva gástrica. Há também contribuição das artérias frênicas inferiores. DRENAGEM VENOSA De modo geral, os vasos da drenagem venosa têm a mesma topografia e trajeto que as artérias. o Sangue dos 2/3 superiores -> circulação sistêmica VCS o VEIAS ESOFÁGICAS SUPERIORES: drenam para as tireoideas superiores que drenam para a VCS. o VEIAS ESOFÁGICAS MÉDIAS: tributárias do SISTEMA ÁZIGOS tributário da VCS Sangue 1/3 inferior -> circulação portal o VEIAS ESOFÁGICAS INFERIORES: tributárias da VEIA GÁSTRICA ESQUERDA que é (na maioria das vezes) tributária direta da VEIA PORTA. ANOSTOMOSE PORTO-SISTÊMICA ESOFÁGICA Existência de dois PLEXOS VENOSOS, na parede esofágica que comunicam o sistema porta com o PEDRO SANTOS – ANATOMIA I sistema da veia cava superior. Quando há, em geral em decorrência de cirrose, um aumento da pressão no sistema porta, há um ingurgitamento das colaterais na junção esofagogástrica, surgindo as VARIZES ESOFÁGICAS (dilatação das veias do plexo esofágico). ESTÔMAGO É a maior cavidade do tubo digestório, estando situado entre o esôfago e o duodeno. Ocupa a maior parte do hipocôndrio esquerdo e uma porção significativa do epigástrico. FUNÇÃO: mistura e armazenamento de alimentos que aí sofrem a digestão enzimática através do suco gástrico secretado pela sua mucosa. É um órgão consideravelmente distensível podendo armazenar por volta de 2 a 3 litros de alimento. PORÇÕES DO ESTÔMAGO 1. CÁRDIA: localizado na porção da junção esofagogástrica, sendo que nesta região está localizado o ÓSTIO CÁRDICO, que comunica o esôfago com o estômago. 2. FUNDO GÁSTRICO: superiormente ao plano que se inicia no nível da INCISURA CÁRDICA e que se dirige horizontalmente até a curvatura maior. Porção mais superior do órgão na qual fica armazenado o ar deglutido que pode ser visível em exames radiológicos (BOLHA GÁSTRICA). É porção que constitui a válvula esofagogástrica. 3. CORPO GÁSTRICO: entre o fundo e o antro pilórico. Maior porção do estômago. 4. PARTE PILÓRICA: entre o corpo do estômago e o início do duodeno. Divide-se em duas porções: 4.1. ANTRO PILÓRICO: primeira e mais ampla porção da parte pilórica. 4.2. CANAL PILÓRICO: possui entre 1 e 2 cm de comprimento. No final do canal pilórico está o piloro propriamente dito que contém o: PEDRO SANTOS – ANATOMIA I a) ESFÍNCTER PILÓRICO: formado por um espessamento da camada muscular circular do estômago. Controla a passagem de alimentopara o duodeno e evita o refluxo duodenogástrico. b) ÓSTIO PILÓRICO: comunica o estômago ao duodeno. RELAÇÕES DO ESTÔMAGO ANTERIORMENTE: cúpula diafragmática esquerda, lobo esquerdo do fígado, parede abdominal anterior. POSTERIORMENTE (LEITO GÁSTRICO): diafragma e pilar esquerdo, parede abdominal posterior, BOLSA OMENTAL e estruturas retroperitoneais (suprarrenal esquerda, superior do rim esquerdo e face anterior do pâncreas). TRONCO CELÍACO Ramo da AORTA ABDOMINAL que emite 3 principais artérias responsáveis pelo suprimento sanguíneo arterial da maioria das vísceras do andar supramesocólico. Seus ramos são: 1. ARTÉRIA GÁSTRICA ESQUERDA 2. ARTÉRIA ESPLÊNICA 3. ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM (que se subdivide em artéria hepática própria e gastroduodenal) VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL ARTÉRIAS GÁSTRICAS: Correm a pequena curvatura do estômago entre os dois folhetos do OMENTO MENOR formando uma anastomose por inoculação o ARTÉRIA GÁSTRICA ESQUERDA: ramo do TRONCO CELÍACO. o ARTÉRIA GÁSTRICA DIREITA: ramo da A. HEPÁTICA PRÓPRIA, que é ramo da hepática comum (ramo do tronco celíaco). ARTÉRIAS GASTROMENTAIS: correm na grande curvatura do estômago entre os folhetos do OMENTO MAIOR formando uma anastomose por inoculação. o ARTÉRIA GASTROMENTAL ESQUERDA: ramo da A. ESPLÊNICA que é ramo do tronco celíaco. o ARTÉRIA GASTROMENTAL DIREITA: ramo da A. GASTRODUODENAL, que é ramo da artéria hepática comum (do tronco celíaco). ARTÉRIAS GÁSTRICAS CURTAS: 6 a 8 ramos pequenos da A. ESPLÊNICA que vascularizam o fundo gástrico. Transitam no interior do OMENTO GASTROESPLÊNICO. ARTÉRIA GÁSTRICA POSTERIOR: inconstante (ausente em mais de 1/3 das pessoas). Ramo da A. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I ESPLÊNICA que vasculariza a porção posterior do estômago. DRENAGEM VENOSA As veias acompanham as respectivas artérias e drenam para o SISTEMA PORTA-HEPÁTICO. VEIAS GÁSTRICAS DIREITA E ESQUERDA: drenam para a VEIA PORTA VEIA GASTROMENTAL DIREITA: drenam para a VEIA PORTA. VEIA GASTROMENTAL ESQUERDA e VEIAS GÁSTRICAS CURTAS: drenam para a VEIA ESPLÊNICA. INTESTINO DELGADO É a parte mais longa do trato gastrintestinal, endo responsável pela maior parte da digestão e absorção de nutrientes. Início: ÓSTIO PILÓRICO Fim: JUNÇÃO ILEOCECAL (ou ileocólica ou ileocecólica) Varia de 5 –8 m de comprimento Constituído por 3 porções: DUODENO, JEJUNO e ÍLEO. ESTRUTURA: o Mucosa o Submucosa o Camada muscular circular (interna) o PLEXO DE AUERBACH - MIOENTÉRICO o Camada muscular longitudinal (externa) o Serosa Presença de nódulos linfáticos na parede de todo o intestino delgado. Mais numerosos no ÍLEO, formando a chamada PLACA DE PEYER (aglomerado de nódulos linfáticos) SUPERFÍCIE DE ABSORÇÃO: A mucosa do intestino delgado tem a superfície de absorção extremamente aumentada por 3 estruturas. a) PREGAS CIRCULARES: (pregas de Kerckring): projeções da mucosa intestinal que iniciam da 2º porção do duodeno desaparecendo no íleo terminal. b) VILOSIDADES INTESTINAIS: recobrem toda a superficial da mucosa, constituindo pequenas projeções da mucosa. c) MICROVILOSIDADES: pequeníssimas projeções da membrana apical dos enterócitos (microscopia eletrônico); DUODENO O duodeno é a porção inicial do intestino delgado; Início: PILORO. Fim: FLEXURA DUODENOJEJUNAL. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I Comprimento aproximado de 25 cm; Segue um trajeto em forma de ‘’C’’ ao redor da cabeça do pâncreas; Quase todo RETROPERITONEAL SECUNDÁRIO (exceto bulbo duodenal); DIVISÃO 1. PRIMEIRA PORÇÃO (D1): PORÇÃO SUPERIOR Início: PILORO. FIM: FLEXURA DUODENAL SUPERIOR. Segue horizontalmente da esquerda para a direita ao nível de L1. Relaciona-se com a vesícula biliar e o lobo quadrado do fígado anteriormente e posteriormente com o pedículo hepático. Forma o limite inferior do forame omental. A metade proximal de D1 apresenta uma dilatação denominada BULBO DUODENAL. É a única porção do duodeno que não é retroperitoneal, sendo INTRAPERITONEAL RELATIVA. Limite externo: ARTÉRIA GASTRODUODENAL. 2. SECUNDA PORÇÃO (D2): PORÇÃO DESCENDENTE Início: FLEXURA DUODENAL SUPERIOR. Fim: FLEXURA DUODENAL INFERIOR. Segue de superior para inferior (L1-L3). PAPILA MAIOR DO DUODENO (PAPILA DE VATER): abertura dos óstios do DUCTO COLÉDOCO E DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL (80% dos casos se abrem no mesmo orifício). Protegida pelo ESFÍNCTER DA AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA que controla a passagem de fluído para o duodeno. PAPILA MENOR DO DUODENO: geralmente 2cm acima da papila maior. Desembocadura do DUCTO PANCREÁTICO ACESSÓRIO. 3. TERCEIRA PORÇÃO (D3): PORÇÃO HORIZONTAL Início: FLEXURA DUODENAL INFERIOR. Fim: CRUZAMENTO COM OS VASOS MESENTÉRICOS INFERIORES. Segue da direita para a esquerda ao nível de L3. Cruza anteriormente a VCI e Aorta. Cruza anteriormente a Artéria Mesentérica Superior. 4. QUARTA PORÇÃO (D4): PORÇÃO ASCENDENTE Início: CRUZAMENTO COM OS VASOS MESENTÉRICOS SUPERIORES. Fim: FLEXURA DUODENOJEJUNAL. Orientação ascendente para a esquerda (de L3 até L2 ou L1). É suspenso ao nível da flexura duodenojejunal pelo MÚSCULO SUSPENSOR DO DUODENO (OU LIGAMENTO DE TREITZ) que se fixa no pilar direito do diafragma. VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL PEDRO SANTOS – ANATOMIA I o ARTÉRIAS GASTRODUODENAL, SUPRADUODENAL E GÁSTRICA DIREITA ramos da artéria hepática própria. o ARCADA PANCREÁTICO-DUODENAL: supre a maior parte do duodeno e cabeça do pâncreas. o ARTÉRIAS PANCREÁTICO-DUODENAIS SUPERIORES (ANTERIOR E POSTERIOR): o ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR ANTERIOR: ramo terminal da artéria GASTRODUODENAL (ramo da A. Hepática Comum) juntamente com a artéria gastromental direita. o ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR POSTERIOR: ramo colateral da A. GASTRODUODENAL o ARTÉRIAS PANCREÁTICO-DUODENAIS INFERIORES (ANTERIOR E POSTERIOR): originam- se da A. MESENTÉRICA SUPERIOR geralmente de um tronco único. DRENAGEM VENOSA Acompanham as artérias e drenam para o sistema porta. JEJUNO E ÍLEO Início: FLEXURA DUODENOJEJUNAL. Fim: VÁLVULA (ou valva) ILEOCECAL. São órgãos INTRAPERITONEAIS RELATIVOS, conectados à parede abdominal posterior pelo MESENTÉRIO. RAIZ DO MESENTÉRIO: borda fixa do mesentério. Cerca de 15 cm e se estende da flexura duodenojejunal até à junção ileocecal. Cruza D3 e D4, aorta, VCI, ureter direito, psoas maior direito e vasos gonadais direito. JEJUNO = 2/5 proximais (orais) ÍLEO = 3/5 distais (aborais) Não há uma divisão clara entre jejuno e íleo = TRANSIÇÃO GRADUAL. PERITÔNIO PEDRO SANTOS – ANATOMIA I MESO: duas lâminas de peritônio entre as quais corre o pedículo (vasos e nervos) de uma víscera. Liga a parede posterior do abdome as vísceras. MESENTÉRIO: liga o jejuno e o íleo à parte posterior do abdome. Contém os vasos, nervos e linfáticos que suprem o intestino delgado. INTESTINO GROSSO Início: COLO E JUNÇÃO ÍLEOCÓLICA (final do íleo) Fim: ÂNUS Em média, possui comprimento de 135 cm. Função: Absorção de água e eletrólitos. Absorção de cloreto e sódio e secreção de bicarbonato e potássio e transforma bolo fecal em semi-sólido. Fixo à parede posterior pelo MESOCÓLON Dividido em 7 porções: CECO (e apêndice cecal), COLO ASCENDENTE, COLO TRANSVERSO, COLO DESCENDENTE, COLO SIGMOIDE, RETO E CANAL ANAL. Seu diâmetro é maior no ceco, gradualmente diminuindo. Torna-se novamente dilatado na porção inferior do reto, acima do canal anal. PORÇÕES DO INTESTINO GROSSO 1. CECO Segmento inicial do intestino grosso Situado abaixo de um plano que passa acima da válvula ileocecal. Localizado geralmente na fossa ilíacadireita. VÁLVULA (ESFÍNCTER) ILEOCECAL: papila arredondada resultada da projeção do íleo para a luz do ceco. APÊNDICE CECAL: Tubo de cerca de 6 a 9 cm de comprimentos Não apresenta funções intestinais Apresenta nódulos linfáticos em sua estrutura. 2. CÓLON ASCENDENTE Início: VÁLVULA ÍLEOCECAL PEDRO SANTOS – ANATOMIA I Fim: FLEXURA CÓLICA DIREITA (hepática) junto ao lobo direito do fígado. 12 a 20 cm de comprimento Localizado ao longo do lado direito da parede posterior do abdome. Relaciona-se com as alças do intestino delgado, omento maior e parede anterior do abdome (anteriormente) e rim direito, com os músculos e nervos da parede posterior do abdome (posteriormente). 3. CÓLON TRANSVERSO Início: FLEXURA CÓLICA DIREITA (hepática) (mais baixa) Fim: FLEXURA CÓLICA ESQUERDA (esplênica) - mais alta; fixada pelo LIGAMENTO FRENOCÓLICO ao diafragma e parte do baço. 30 a 60 cm de comprimento; trajeto para frente e para baixo. Porção mais móvel do intestino grosso. Ligado à parede posterior do abdome pelo MESOCÓLON TRANSVERSO MESOCOLO TRANSVERSO: prega de peritônio que liga o colo transverso à parede posterior do abdome. Camada anterior do mesocólon transverso é aderente à camada posterior do omento maior. Divide a cavidade peritoneal em ANDAR SUPRAMESOCÓLICO E ANDAR INFRAMESOCÓLICO. 4. CÓLON DESCENDENTE Início: FLEXURA CÓLICA ESQUERDA (esplênica) Fim: borda medial do músculo psoas maior. Varia de 20 a 30 cm de comprimento; Mais estreito que o cólon ascendente. 5. CÓLON SIGMOIDE Início: nível da borda medial do psoas maior, com o aparecimento do mesocólon sigmoide Fim: início do reto Apresenta um trajeto curvo de cerca de 40 cm MESOCOLO SIGMOIDE: prega peritoneal invertida que fixa o colo sigmoide à parede do abdome. DIFERENÇAS ANATÔMICAS ENTRE OS INTESTINOS Características do intestino grosso: a) TÊNIAS DO CÓLON: faixas longitudinais de músculo liso que começa m na base do apêndice vermiforme e seguem ao longo do cólon. Tênia mesocólica: se fixa aos mesocólons transverso e sigmoide. Tênia omental: se fixa aos apêndices epiplóicos. Tênia livre: não se fixa aos mesocólons ou aos apêndices epiplóicos. b) HAUSTRAÇÕES ou SACULAÇÕES: Na parede do cólon entre as tênias. c) APÊNDICES OMENTAIS: projeções de gordura envolvidas por peritônio junto ao intestino grosso. Praticamente ausentes no ceco, apêndice e reto. FÍGADO O fígado é a maior víscera abdominal e também a maior glândula mista do corpo humano. Sua secreção exócrina é a bile. Peso médio (em adultos) = 1,500 g. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I Localiza-se nos quadrantes superiores direito e esquerdo, e inferior ao diafragma, coberto pela caixa torácica. A percussão da parte inferior do tórax revela MACICEZ. Armazena Fe, Glicogênio, Vitaminas A, D, E, K e B12. Interfere no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. Participa dos mecanismos de coagulação do sangue. Hematopoiese fetal. Fagocitose. Recoberto completamente por uma cápsula fibrosa = CÁPSULA DE GLISON (abaixo do peritônio visceral) Porção direita bastante desenvolvida e ocupa praticamente todo o hipocôndrio direito Porção esquerda é menor e ocupa o epigástrico e parte do hipocôndrio esquerdo. Se movimenta de acordo com a respiração Apresenta 2 faces: FACE DIAFRAGMÁTICA (ANTERIOR) Face inferior ao diafragma; Separada do diafragma pelos recessos subfrênicos. Esse recesso é separado em direito e esquerdo pelo ligamento falciforme. Separada da face visceral anteriormente pela borda inferior (ou ântero-inferior). É coberta com peritônio visceral exceto na área nua do fígado. FACE VISCERAL Face voltada para as vísceras inferiores. É coberta com peritônio exceto no leito da vesícula biliar e da porta do fígado, onde os vasos e ductos entram e saem do fígado. Relaciona-se com: Vesícula biliar Omento menor Impressão renal e suprarenal Impressão cólica Impressão gástrica e pilórica Impressão duodenal Fígado Engloba a ÁREA NUA DO FÍGADO, ou seja, não é recoberto por peritônio, sendo, portanto, RETROPERIOTONEAL. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I LIGAMENTOS DO FÍGADO LIGAMENTO FALCIFORME: reflexão de peritônio. Liga o fígado à parede abdominal anterior e ao diafragma. LIGAMENTO REDONDO DO FÍGADO: na margem livre do ligamento falciforme. (remanescente fibroso da veia umbilical). Vai da cicatriz umbilical até o ramo esquerdo da veia porta. LIGAMENTO CORONÁRIO: Lâmina superior se insere na borda póstero- superior do fígado, constituindo a deflexão de diafragma que cobre o diafragma. Lâmina inferior cobre a parede posterior do abdome. Essas lâminas não se encontram, formando um espaço entre elas = ÁREA NUA DO FÍGADO, na qual o fígado e o diafragma estão em contato direto sem cobertura peritoneal. LIGAMENTOS TRIANGULARES (DIREITO e ESQUERDO): São as extremidades das 2 lâminas do ligamento coronário na sua união. LOBOS HEPÁTICOS O fígado pode ser dividido em lobos direito e esquerdo, que estão marcados na superfície diafragmática pela INSERÇÃO DO LIGAMENTO FALCIFORME e, na superfície visceral, pela FISSURA PARA O LIGAMENTO VENOSO, posteriormente, e pela FISSURA PARA O LIGAMENTO REDONDO, anteriormente. Divisão do parênquima hepático em duas metades morfofuncionais distintas: FÍGADO DIREITO e FÍGADO ESQUERDO, os quais possuem independente vascularização e drenagem biliar, ou seja, cada parte recebe um ramo principal artéria e veia porta, e drena para um ducto biliar. DIVISÃO ANATÔMICA FUNCIONAL: LOBOS ANATÔMICOS: Lobo Direito Lobo Esquerdo LOBOS ACESSÓRIOS: Lobo Quadrado Lobo Caudado SUBDIVISÃO FUNCIONAL HEPÁTICA É a divisão funcional ou cirúrgica do órgão, sendo importante para o estudo da fisiologia e patologias hepáticas e indispensável para o entendimento técnico da cirurgia hepatobiliar. FÍGADO DIREITO Segmento V (inferiormente) Segmento VI (inferiormente) Segmento VII (superiormente) Segmento VIII (superiormente) FÍGADO ESQUERDO Segmento II (posterior) Segmento III (anterior) Segmento IV (medial) PEDRO SANTOS – ANATOMIA I LOBO CAUDADO = segmento I (Possui comportamento independente) PEDÍCULO HEPÁTICO HILO HEPÁTICO (porta hepática) = encontra-se póstero-inferiormente ao segmento IV. PEDÍCULO HEPÁTICO = Conjunto de estruturas vasculares e nervosas que suprem o fígado. Penetra através do hilo hepático a TRÍADE PORTAL: DUCTO HEPÁTICO COMUM – anteriormente e à direita ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA – anteriormente e à esquerda VEIA PORTA – posteriormente Plexo nervoso e vasos linfáticos Pedículo hepático se localiza na BORDA LIVRE DO OMENTO MENOR (MESO DO FÍGADO). Constitui o limite anterior do forame omental (forame de Winslow). SUPRIMENTO SANGUÍNEO O fígado recebe sangue proveniente de duas fontes: 1.1 ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA Responsável por 25% do volume sanguíneo e 30 a 40% do oxigênio que supre o órgão. Ramo do Tronco Celíaco. Se divide em: ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM: do tronco celíaco até a origem da artéria gastroduodenal. ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA: da origem da gastroduodenal até sua bifurcação em ramos direito e esquerdo. Conduz sangue bem oxigenado da aorta Se bifurca em 2 ramos terminais = ARTÉRIA HEPÁTICA DIREITA e ESQUERDA. Emite a ARTÉRIA CÍSTICA, que vasculariza a vesícula biliar. TRÍGONO CISTO-HEPÁTICO (ou trígono hepático ou triângulo de Calot): formado pela superfície visceral do fígado, pelo ducto hepático comum e ducto cístico. Transita através dele a ARTÉRIA HEPÁTICA DIREITAe a ARTÉRIA CÍSTICA. 1.2 VEIA PORTA Principal vaso hepático. Drena o sangue venoso proveniente do trato gastrointestinal (desde o PEDRO SANTOS – ANATOMIA I esôfago abdominal até o reto), do pâncreas e do baço. Responsável por cerca de 75% do volume sanguíneo e por 60 a 70% do O2 que supre o fígado. A VEIA PORTA é constituída por: VEIA MESENTÉRICA INFERIOR: recebe as veias retal superior, cólica esquerda e sigmoides. VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR: recebe as tributárias ileocólica, cólica direita, cólica média, jejunais, ileais, pancreático-duodenais superior e inferior e também a veia gastromental direita. VEIA ESPLÊNICA: forma-se junto ao hilo do baço, recebendo a veia gastromental esquerda, 4 a 5 veias gástricas curtas e 3 a 22 veias pancreáticas. A VEIA PORTA recebe as VEIAS GÁSTRICAS DIREITA e ESQUERDA e a VEIA CÍSTICA. Próximo ao hilo hepático, divide-se em ramos direito e esquerdo da veia porta. SISTEMA PORTA-HEPÁTICO: constitui-se em duas redes de capilares (rede intestinal e rede intra- hepática – sinusoides) responsável por quase todo o conteúdo nutricional absorvido pelo trato gastrointestinal, levando-os diretamente para o fígado (através da veia porta) para que sejam processados. FORMA AS ANASTOMOSES PORTO-SISTÊMICAS. 1. REGIÃO ESOFAGOGÁSTRICA: PLEXO VENOSO ESOFAGOGÁSTRICO comunica as veias esofágicas inferiores (tributária do sistema porta pela gástrica esquerda) com as veias esofágicas médias (tributárias da VCS pela ázigo) 2. REGIÃO ANORRETAL: PLEXO VENOSO RETAL INTRAMURAL comunica veias retais superiores (sistema porta) com as retais médias e inferiores (veias ilíacas internas -> VCI) 3. REGIÃO UMBILICAL: veias paraumbilicais (do ligamento falciforme) (drena para o ramo esquerdo da porta) se comunica com tributárias das veias epigástricas (tributárias da VCI pelas ilíacas externas) 4. REGIÃO RETROPERITONEAL: pequenas tributárias da esplênica (sistema porta) se comunicam com tributárias da veia renal esquerda (sistema cava). DRENAGEM HEPÁTICA O sangue venoso deixa o fígado através das 3 VEIAS HEPÁTICAS – DIREITA, ESQUERDA e MÉDIA, que drenam para a VCI superiormente ao fígado. Não possuem trajeto extra-hepático. Na grande maioria dos casos, a veia hepática esquerda une-se à média antes de desembocar na VCI. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I VESÍCULA BILIAR 7-10 cm de comprimento. Função: Armazena e concentra a bile (absorve água). Possui 3 partes: Fundo: recoberto de peritônio e se projeta através da borda inferior do fígado (pode ser palpado) Corpo: segue ao fundo. Contato com o colo transverso e com a 2ª porção do duodeno Colo: entre o corpo e o ducto cístico BILE A bile é armazenada na vesícula biliar. É liberada quando gorduras entram no duodeno. A função digestiva do fígado é produzir bile. Emulsiona a gordura e a distribui para parte distal do intestino. VIAS BILIARES Intra-hepáticas Canalículos biliares -> ductos biliares interlobulares -> segmentares -> Ductos hepáticos direito e esquerdo. Extra-hepáticas DUCTO HEPÁTICO DIREITO + DUCTO HEPÁTICO ESQUERDO se unem para formar o DUCTO HEPÁTICO COMUM. Este, após receber o ducto cístico (via acessória) passa a se chamar DUCTO COLÉDOCO. DUCTO COLÉDOCO 5-15 cm de comprimento Passa posterior a parte superior do duodeno entra na cabeça do pâncreas e termina na 2ª parte do duodeno É formado por 4 porções: SUPRADUODENAL (acima do duodeno) RETRODUODENAL (atrás do duodeno) INTRAPANCREÁTICO (envolto pela cabeça do pâncreas) INTRAMURAL (no interior da parede duodenal) DUCTO COLÉDOCO + DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL (de Wirsung) desembocam na AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA (ampola de Vater) que se abre na PAPILA MAIOR DO DUODENO (papila de Vater) na 2ª porção duodenal. ESFÍNCTER DE ODDI = na papila maior do duodeno. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I A bile é constantemente produzida no fígado, porém sua chegada ao duodeno é impedida pela contração do esfíncter da ampola hepatopancreática. A bile, então, reflui pelo ducto colédoco, chegando à VIA BILIAR ACESSÓRIA = VESÍCULA BILIAR + DUCTO CÍSTICO. DUCTO CÍSTICO 3-4 cm de comprimento Inicia no colo da vesícula e conflui com o ducto hepático comum formando o ducto colédoco. No início do ducto cístico, há um esfíncter (ESFÍNCTER DO DUCTO CÍSTICO ou de Lutkens). ARTÉRIA CÍSTICA (ramo da artéria hepática direita): responsável pela vascularização e a drenagem é feita pela VEIA CÍSTICA que desemboca nos ramos intra-hepáticos da veia porta. PÂNCREAS Órgão anfícrino, ou seja, é uma glândula exócrina e endócrina. Situado na porção superior da cavidade abdominal, ocupando o EPIGÁSTRICO e o HIPOCÔNDRIO E. Divido em Cabeça, Istmo ou Colo, Corpo e Cauda do Pâncreas. PORÇÕES DO PÂNCREAS 1. CABEÇA Porção mais volumosa do pâncreas; Aderida intimamente (por tecido conjuntivo) à curvatura em “C” do duodeno de modo que a PEDRO SANTOS – ANATOMIA I ressecção cirúrgica de toda a cabeça do pâncreas envolve obrigatoriamente a retirada do duodeno. PROCESSO UNCINADO. 2. ISTMO ou COLO Une a cabeça ao corpo do pâncreas Transição na INCISURA PANCREÁTICA, delimitada pela veia mesentérica superior. NA FACE POSTERIOR DO ISTMO, HÁ O ENCONTRO DA VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR COM A VEIA ESPLÊNICA, FORMANDO A VEIA PORTA. 3. CORPO DO PÂNCREAS Continua a partir do colo, à direita dos vasos mesentéricos superiores. 4. CAUDA Extremidade esquerda do pâncreas; vai se afinando durante seu trajeto Unida ao baço pelo LIGAMENTO PANCREÁTICO- ESPLÊNICO ou ESPLENORRENAL (ou omento) (se dirige ao hilo esplênico), no qual está contida juntamente com os VASOS ESPLÊNICOS. Totalmente supra-mesocólica. Íntima relação com as ramificações da artéria esplênica (hilo do baço) LIMITES E RELAÇÕES: POSTERIORMENTE: coluna vertebral, à aorta e à VCI ANTERIORMENTE: cólon transverso (raiz) e estômago DIREITA: duodeno ESQUERDA: baço DUCTOS PANCREÁTICOS 1. DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL (de Wirsung) Inicia-se na cauda do pâncreas, percorrendo o eixo maior do corpo em direção à cabeça. Na cabeça, têm um trajeto ínfero-posterior. Calibre maior na cabeça do que na cauda. DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL une-se à porção intrapancreática do DUCTO COLÉDOCO, formando a AMPOLA HEPATO PANCREÁTICA (ou de VATER), que se abre na porção descendente do duodeno (D2) na PAPILA DUODENAL MAIOR. ESFÍNCTER DE BOYDEN = ESFÍNCTER DO DUCTO COLÉDOCO + ESFÍNCTER DO DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL + ESFÍNCTER DA AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA (ESFÍNCTER DE ODDI) 2. DUCTO PANCREÁTICO ACESSÓRIO (de Santorini) Inicia-se na cabeça do pâncreas a partir do ducto pancreático principal. Responsável pela drenagem da parte anterior da cabeça do pâncreas. Abre-se na PAPILA MENOR DO DUODENO (2 a 3 cm acima da papila maior). PEDRO SANTOS – ANATOMIA I VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL PANCREÁTICA CABEÇA ARTÉRIA GASTRODUODENAL ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR ANTERIOR ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR POSTERIOR ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL INFERIOR ANTERIOR ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL INFERIOR POSTERIOR CORPO E CAUDA ARTÉRIA ESPLÊNICA: transita na borda superior do pâncreas; emite vários ramos pancreáticos, dos quais se destacam: ARTÉRIA PANCREÁTICA MAGNA: ramo mais calibroso da artéria esplênica; ARTÉRIA PANCREÁTICA DORSAL (pode ser ramo do tronco celíaco ou da hepática); o ARTÉRIA PANCREÁTICA INFERIOR (ou TRANSVERSA): corre a borda inferior do pâncreas; ARTÉRIA PANCREÁTICA CAUDAL: (pode ser ramo da gastromentalesquerda). DRENAGEM PANCREÁTICA VEIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR POSTERIOR: drena para o tronco da veia porta VEIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR ANTERIOR: porta VEIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR POSTERIOR e ANTERIOR: drena para a MESENTÉRICA SUP. VEIAS DO CORPO: drenam para a ESPLÊNICA PEDRO SANTOS – ANATOMIA I CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS LOBECTOMIA/SEGMENTECTOMIA Lobectomia hepática: remoção das partes direita ou esquerda do fígado. Segmentectomia: remoção de um segmento do fígado. Indicado em casos de hepatocarcinoma e metástases de câncer em outros órgãos. Esse manejo é possível devido a irrigação/drenagem independente dos segmentos do fígado, ou seja, as artérias e ductos hepáticos direito e esquerdo, bem como os ramos das veias porta do fígado direita e esquerda não se comunicam, tornando possível realizar as lobectomias hepáticas. OBSTRUÇÃO BILIAR COLELITÍASE DEFINIÇÃO Formação de cálculos na vesícula biliar. Cálculos biliares (formados por colesterol, cálcio e bile). PATOGÊNESE Os cálculos de colesterol se formam quando a bile contém mais colesterol do que pode ser solubilizada por sais biliares e fosfolipídios. Os cálculos pigmentados são pretos ou marrons. Cálculos pretos: são formados a partir da desconjugação da bilirrubina direta. (ex., na hemólise crônica, ressecção ileal ou cirrose). Cálculos marrons: são associados a estase e infecção intraductais. FATORES DE RISCO OBESIDADE: hipersecreção de colesterol torna bile supersaturada; DIETA: relação com a diminuição de fibras, lentificação do trânsito intestinal; ANEMIA HEMOLÍTICA: Precipitação da bilirrubina indireta na árvore biliar; CIRROSE QUADRO CLÍNICO Dor aguda em hipocôndrio direito e epigástrio; A dor pode estar associada à ingestão de alimentos gordurosos (20 a 40 min após) Náuseas, vômitos; Dores > 6h: suspeita de complicações COMPLICAÇÕES COLECISTITE AGUDA: Se o cálculo permanecer no infundíbulo da vesícula ou no ducto cístico, causa uma obstrução -> inflamação -> dor intensa constante + febre; COLEDOCOLITÍASE: Migração do cálculo para o Ducto Colédoco; PEDRO SANTOS – ANATOMIA I COLECISTITE AGUDA DEFINIÇÃO Inflamação da vesícula biliar com obstrução do ducto cístico, podendo ser calculosa ou acalculosa. CALCULOSA Complicação mais comum da Colelitíase. ETIOLOGIA Cálculo obstrui o ducto cístico ou impacta no infundíbulo (ambos > 6hr) FISIOPATOLOGIA Cálculo impactado no infundíbulo ou ducto cístico -> incapacidade de esvaziamento da vesícula biliar -> estase biliar -> dano na mucosa vesicular -> translocação bacteriana, colonização, inflamação - > infecção. o Bactérias Gram negativas e as vezes anaeróbicas. Distensão da vesícula pode ocasionar isquemia das paredes. Necrose -> perfuração -> abcesso local e peritonite. QUADRO CLÍNICO Dor abdominal no HD – persiste > 6hr (diferente da colelitíase); o Crise precipitada por ingestão de alimentos gordurosos; Náuseas e vômitos; Febre; Icterícia DIAGNÓSTICO Exame Físico: Sinal de Murphy +: Este teste é usado durante um exame abdominal. É realizado pedindo-se ao paciente para expirar e, em seguida, colocam-se suavemente os dedos abaixo da margem costal direita, na linha medioclavicular. Em seguida, pede-se ao paciente para inspirar. Durante a inspiração, os conteúdos abdominais são normalmente empurrados para baixo com o movimento do diafragma. Se o paciente demonstra dor com a inspiração, o teste é considerado positivo. A dor é provocada quando uma vesícula biliar inflamada que se moveu para baixo na inspiração é comprimida pela posição dos dedos do examinador. Exame Laboratorial: Leucocitose: 12-15 mil; Bilirrubina aumentada; AST, ALT, FA aumentada; TRATAMENTO Controle álgico; Antiemético (controle do vômito); Tratamento definitivo padrão: o Cirúrgico: Colecistectomia. ACALCULOSA PEDRO SANTOS – ANATOMIA I Obstrução decorrente de neoplasia, estenose fibrosa, Ascaris lumbricoides, compressão por linfonodos aumentados, artérias císticas ou hepáticas aumentadas. Raramente ocorre como um caso isolado, costuma surgir cerca de duas semanas após um quadro clínico grave (cirurgia de grande porte, infecções, queimaduras). FISIOPATOLOGIA Falta de estímulos para a contração biliar -> estase -> lama biliar -> inflamação; Congestão da parede -> colonização bacteriana e necrose; Isquemia tecidual da vesícula. QUADRO CLÍNICO Dor, desconforto e massa no HD; Febre; Náuseas e vômitos; Investigação semelhante à do tipo calculosa, entretanto a interpretação dos resultados é dificultada, pois na forma acalculosa é comum a presença de muitas comorbidades. DIAGNÓSTICO Sinal de Murphy + USG – achados: aumento da espessura da parede da vesícula; aumento do volume. TRATAMENTO Analgesia; Cirúrgico: Colecistectomia. COLEDOCOLITÍASE DEFINIÇÃO Presença de cálculos no ducto colédoco ETIOLOGIA Coledocolitíase primária: o cálculo se formou dentro do ducto colédoco Coledocolitíase secundária: o cálculo se formou na vesícula e depois migrou para o ducto colédoco (+ comum). 2º complicação mais comum de Colecistite. FISIOPATOLOGIA Cálculos de colesterol ou pretos -> provenientes da vesícula Cálculos marrons -> formados nos ductos Cálculos causam efeito obstrutivo -> colestase – estase biliar -> infecção (+ risco de colangite) QUADRO CLÍNICO Dor abdominal em HD e epigástrio; Náuseas e vômitos; Icterícia - BD aumentada; Colúria; Acolia fecal; Tríade de Charcot: o Dor abdominal HD PEDRO SANTOS – ANATOMIA I o Icterícia: o ducto colédoco obstruído provoca acúmulo de bilirrubina no sangue, a deposição desse composto na pele, túnica conjuntiva e túnicas mucosas da boca provoca icterícia. o Febre com calafrios. DIAGNÓSTICO Exames laboratoriais; USG; TRATAMENTO Colângiopancreatografia retrógrada endoscópica -> Papilotomia endoscópica (desobstrução biliar). COLANGITE DEFINIÇÃO Infecção da via biliar comum ETIOLOGIA Obstrução biliar causada por: Coledocolitíase (+ comum dos casos); Tumores; Estenose cicatricial pós cirurgia. FISIOPATOLOGIA A bile fisiologicamente é uma substância estéril -> Quando alguns de seus mecanismos (fluxo biliar livre, ação bacteriostática dos sais biliares, secreção de IgA e muco) são interrompidos por um processo obstrutivo - coledocolitíase, por ex. -> estase biliar -> colonização patogênica; As bactérias têm origem do intestino → sistema porta → fígado → trato biliar. QUADRO CLÍNICO Dor abdominal em HD Febre SÍNDROME COLESTÁTICA: o Icterícia o Colúria: A urina escura é uma indicação de níveis elevados de bilirrubina na urina, enquanto a ausência de bilirrubina no intestino resulta em fezes claras. o Acolia fecal Sinal de Murphy - (NEGATIVO) FEBRE + DOR ABDOMINAL + ICTERÍCIA = TRÍADE DE CHARCOT FEBRE + DOR ABDOMINAL + ICTERÍCIA + HIPOTENSÃO + ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA = PÊNTADE DE REYNOLDS o Evolução com sinais de sepse, instabilidade hemodinâmica e alterações do estado de consciência. o Progressiva e fatal. DIAGNÓSTICO Quadro clínico + Exame Laboratorial + USG. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PEDRO SANTOS – ANATOMIA I Colecistite - possui sensibilidade abdominal (sinal de Murphy normalmente positivo) - a colangite não. TRATAMENTO Compensação clínica: hidratação + controle sintomático + estabilização clínica. Analgesia. CPRE - Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica. A inflamação da vesícula biliar irrita o peritônio parietal adjacente, na parte inferior da face diafragmática.Isso resulta em dor somática referida à região do ombro direito, como relatado pela paciente. PANCREATITE AGUDA CONCEITO Pancreatite aguda é a inflamação aguda do pâncreas (e, algumas vezes, dos tecidos adjacentes). ETIOLOGIA Cálculos biliares Esses cálculos às vezes se movem para dentro do duto que a vesícula biliar compartilha com o pâncreas (chamado de duto colédoco) e causam a sua obstrução. Normalmente, o pâncreas secreta suco pancreático através do duto pancreático na primeira parte do intestino delgado (duodeno). Esse suco pancreático contém enzimas digestivas que ajudam a digerir os alimentos. Se um cálculo biliar ficar preso no esfíncter de Oddi (a abertura por onde o duto pancreático libera seu conteúdo no duodeno) o suco pancreático para de fluir. Normalmente, a obstrução é temporária e causa um dano limitado, que é rapidamente reparado. Contudo, se a obstrução persistir, as enzimas se acumulam no pâncreas e começam a digerir as células do pâncreas, provocando uma inflamação grave. ÁLCOOL O mecanismo que faz com que o consumo de álcool cause a pancreatite não é completamente compreendido. Uma teoria é que o álcool é convertido em substâncias químicas tóxicas no pâncreas, que causam danos. Outra teoria é que o álcool pode causar o entupimento dos pequenos dutos no pâncreas, que liberam seu conteúdo no duto pancreático, o que por fim causa a pancreatite aguda. QUADRO CLÍNICO Dor abdominal aguda: andar superior do abdome, continua, mesogástrio, QSD, pode ser difusa ou raramente à esquerda. DISPOSIÇÃO EM BARRA E IRRADIAÇÃO PARA O DORSO. Em geral, se mantém por dia, mas melhora com analgésicos. Náuseas e Vômitos TIPOS DE PANCREATITE Os tipos de pancreatite aguda são: Pancreatite intersticial Pancreatite necrosante Define-se pancreatite intersticial pelo aumento do pâncreas no exame de imagem. O borramento peripancreático pode ser visto e constitui sinal de inflamação. A maioria dos pacientes apresenta esse tipo de pancreatite. Define-se pancreatite necrosante pela existência de necrose pancreática e/ou peripancreática. É mais bem visualizada nos cortes transversais de exames de imagem com contraste E está associada a um curso prolongado e mais grave da doença. DIAGNÓSTICO Exame clínico PEDRO SANTOS – ANATOMIA I Exame laboratorial Exame de imagem HIPERTENSÃO PORTAL CONCEITO Aumento anormal da pressão sanguínea na veia porta. ETIOLOGIA Pré-hepática: não localizada no parênquima hepático. Trombose da veia porta; Trombose da veia esplênica; Intra-hepática: Esquistossomose, Sarcoidose. Pós-hepática: Insuficiência cardíaca direta, obstrução da veia cava inferior, síndrome de Budd- Chiari. FISIOPATOLOGIA Bloqueio hepático MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Formações de anastomoses porto-sistêmicas: o aumento da pressão portal -> gera um fluxo invertido da circulação portal -> sangue é direcionado para a circulação sistêmica -> desenvolvimento de novos vasos e dilatação dos vasos colaterais. Principais varizes colaterais: Veias esofágicas (varizes esofágicas) Veias gástricas (varizes de fundo gástrico) Veias retais (varizes hemorroidárias) Veias da parede abdominal (varizes abdominais) Veias umbilicais (cabeça de meduza/telangiéctasias) Esplenomegalia: a hipertensão portal frequentemente faz com que o baço aumente de tamanho, pois a pressão interfere no fluxo sanguíneo do baço para os vasos sanguíneos portais. Quando o baço aumenta.
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