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Resumo Completo Sistema Digestório

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PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
 TUBO DIGESTÓRIO: Tubo oco da boca ao ânus; 
1. Boca 
2. Faringe 
3. Esôfago 
4. Estômago 
5. Duodeno 
6. Intestino Delgado 
7. Intestino Grosso 
8. Reto 
9. Ânus 
 
 ÓRGÃOS ACESSÓRIOS ANEXOS: 
1. Dentes 
2. Língua 
3. Glândulas Salivares 
4. Fígado 
5. Vesícula Biliar 
6. Pâncreas 
CAMINHO DO ALIMENTO: 
Boca -> Faringe -> Esôfago -> Estômago -> Duodeno -> 
Jejuno -> Íleo -> Ceco – Colo Ascendente -> Colo 
Transverso -> Colo Descendente -> Colo Sigmoide -> 
Reto -> Ânus. 
Funções do Sistema Digestório: 
Transformação do alimento ingerido em pequenas 
partículas essenciais que podem ser absorvidas para 
gerar energia para as diversas atividades metabólicas. 
 
 
PROCESSOS BÁSICOS: 
 O sistema digestório, de uma forma geral, 
realiza seis processos básicos: 
 MASTIGAÇÃO: Desintegração parcial dos 
alimentos. Processo mecânico e químico. 
 DEGLUTIÇÃO: Condução dos alimentos através da 
Faringe para o Esôfago. 
 INGESTÃO: Introdução do alimento no estômago. 
 DIGESTÃO: Desdobramento do alimento em 
moléculas mais simples. 
 ABSORÇÃO: Processo realizado pelos intestinos. 
As moléculas nutrientes são absorvidas pelas 
células que revestem o trato gastrintestinal e 
penetram na corrente sanguínea. 
 DEFECAÇÃO: Eliminação de substâncias não 
digeridas do trato gastrintestinal. 
Importante: Para manter a homeostase, o volume de 
líquido que entra no lúmen do TGI por ingestão ou 
secreção deve ser igual ao volume que deixa o lúmen. 
BOCA/ CAVIDADE ORAL 
 Dividida em: 
 VESTÍBULO DA BOCA: estreito espaço entre os 
lábios ou bochechas, e os dentes e gengivas. 
 Comunica-se com o exterior pela rima bucal. 
 CAVIDADE PRÓPRIA DA BOCA: espaço entre as 
arcadas dentárias maxilar e mandibular, inclui o 
palato (duro e mole), dentes, gengivas, glândulas 
salivares e língua. 
 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
LÁBIOS 
 Pregas carnosas em torno da abertura da boca. 
Durante a mastigação, os lábios e as bochechas 
auxiliam a manter o alimento entre os dentes 
superiores e inferiores. Eles também auxiliam na 
fala. 
 Recobertos por Pele externamente e de Túnica 
Mucosa internamente. 
 Principal músculo: M. ORBICULAR DA BOCA. 
BOCHECHAS 
 Semelhante aos lábios, são compostos por pele, 
músculo e mucosas. 
 Principais músculos: M. BUCINADORES. 
 Superficiais aos bucinadores: Corpos adiposos da 
Bochecha (Bichat -> Bichectomia). 
 
PÁLATO 
 Forma o teto da cavidade oral e o assoalho da 
cavidade nasal. 
 Formado por duas porções: 
 PALATO DURO: 2/3 anteriores, formado por um 
esqueleto ósseo constituído dos PROCESSOS 
PALATINOS DA MAXILA e as LÂMINAS 
HORIZONTAIS DOS PALATINOS. 
 PALATO MOLE: 1/3 posterior, móvel, formado por 
músculos do palato mole e fica suspenso na 
margem posterior do palato duro. 
 Músculos do palato mole e fauces: 
 M. levantador do véu palatino: eleva o palato 
mole durante a deglutição e o bocejo; 
 M. tensor do véu palatino: tensiona o palato 
mole e abre o óstio da tuba auditiva durante a 
deglutição e o bocejo; 
 M. da úvula: eNcurta a úvula e a traciona 
superiormente 
 M. palatofaríngeo: tensiona o palato mole e 
traciona as paredes da faringe durante a 
deglutição 
 M. palatoglosso: eleva a parte superior da 
língua e leva o palato mole sobre a língua. 
 ÚVULA PALATINA: pendurada no pálato mole 
 
ISTMO DAS FAUCES 
 Transição entre a cavidade própria da boca e a 
parte oral da faringe. 
 Limites: 
 SUPERIOR: Pálato mole 
 INFERIOR: Língua 
 LATERAIS: arcos palatoglosso e 
palatofaríngeos. 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
MANDÍBULA 
A ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (ATM) é a 
principal conexão entre o crânio e a mandíbula. Ela 
envolve a área participante da parte escamosa do osso 
temporal, o disco articular no interior da cápsula 
articular, a cabeça da mandíbula e os ligamentos 
adjacentes. 
GENGIVAS E DENTES 
DENTES: São estruturas acessórias do sistema 
digestório, localizadas nos alvéolos ósseos da 
mandíbula e das maxilas. 
 Os alvéolos são recobertos por gengiva e 
revestidos internamente pelo ligamento 
periodontal, um tecido fibroso denso que ancora 
os dentes ao osso, mantendo-os em posição, e 
atua como um absorvente de choques durante a 
mastigação. 
 Um dente típico tem três partes: 
 COROA: porção exposta acima do nível da 
gengiva. 
 RAIZ: consiste de uma a três porções 
embutidas no alvéolo. 
 COLO DO DENTE: é a junção entre a coroa e a 
raiz, próximo à linha da gengiva. 
GENGIVAS: Tecido fibroso coberto por túnica mucosa. 
 A gengiva propriamente dita, está aderida aos 
processos alveolares da mandíbula e da maxila e 
aos colos dos dentes. 
 As gengivas propriamente ditas adjacentes à: 
 LÍNGUA: gengivas linguais superior e inferior; 
GLÂNDULAS SALIVARES 
 Saliva é secretada por três pares de glândulas 
salivares, estruturas acessórias que se situam fora 
da boca e despejam seu conteúdo em ductos que 
se esvaziam na cavidade da boca. 
 GLÂNDULA PARÓTIDAS/DUCTO PAROTÍDEO: 
 Maior das glândulas salivares; 
 Localizadas abaixo e adiante das orelhas; 
 Ducto parotídeo abre-se no vestíbulo da boca - 2º 
dente molar, superior. 
 Atravessa o músculo bucinador 
 GLANDULAS SUBMANDIBULARES/DUCTO 
SUBMANDIBULAR: 
 Ficam sob a raiz da língua e do soalho da boca; 
 Protegida pelo corpo da mandíbula; 
 Ducto submandibular, cerca de 5 cm de 
comprimento, atravessa o assoalho da boca, 
abaixo da língua, próximo ao plano mediano. 
 GLÂNDULAS SUBLINGUAL/DUCTOS 
SUBLINGUAIS: 
 Menor das glândulas salivares; 
 Localiza-se no assoalho da boca anteriormente as 
glândulas submandibulares. 
 Ductos apresentam vários orifícios no assoalho da 
cavidade oral. 
 
LÍNGUA 
 É uma estrutura acessória do sistema digestório, 
forma parte do assoalho da cavidade da boca 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 Uma parte da língua está localizada na cavidade da 
boca e outra na parte oral da faringe. 
 Composta de músculos revestido por túnica 
mucosa. 
 Pode assumir vários formatos e posições. 
A língua é dividida em 3 Porções: 
 RAIZ DA LÍNGUA: parte posterior fixa que se 
estende entre a mandíbula, o hioide e face 
posterior da língua. 
 CORPO DA LÍNGUA: 2/3 anteriores, entre a 
raiz e o ápice. 
 ÁPICE DA LÍNGUA: é a extremidade anterior do 
corpo, que se apoia sobre os dentes incisivos. 
 2 Faces: 
 DORSO DA LÍNGUA: Face mais extensa, superior e 
posterior. 
 SULCO TERMINAL DA LÍNGUA: em forma de ‘’V’’, 
divide o dorso em parte pré-sulcal na cavidade 
própria da boca e pós-sulcal na orofaringe. 
 SULCO MEDIANO: divide a língua em metades 
direita e esquerda. 
 PAPILAS LINGUAIS: saliências na do epitélio 
responsáveis pela identificação degustativa 
 PAPILA FILIFORME: longas e numerosas 
 PAPILA FUNGIFORMES: dispersos entre as 
papilas filiformes, mais numerosos no ápice e 
nas margens da língua 
 PAPILA FOLHADAS: em menor número; 
 PAPILAS CIRCUNVALADAS: localizam-se 
anteriormente ao sulco terminal. 
 FACE INFERIOR DA LÍNGUA: onde descansa sobre 
o assoalho da boca. 
 SEPTO DA LÍNGUA: estrutura inferior na parte 
mediana da língua. Separa os músculos extrínsecos 
e intrínsecos em cada metade da língua. 
 FRÊNULO DA LÍNGUA: prega mediana que une a 
face inferior da língua ao assoalho da boca. 
 
MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA LÍNGUA: 
MODIFICAM A POSIÇÃO DA LÍNGUA 
 Originam-se fora da língua e se fixam a ela. 
 M. GENIOGLOSSO: se insere na espinha geniana da 
mandíbula; 
 M. ESTILOGLOSSO: se insere no processo estiloide; 
 M. PALATOGLOSSO: se insere no palato; 
 M. HIOGLOSSO: se insere no osso hioide; 
MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LÍNGUA: 
MODIFICAM O FORMATO DA LÍNGUA 
 Possuem a originam na língua e não estão fixados 
a osso. 
 Longitudinais superior e inferior 
 Transverso 
PEDRO SANTOS – ANATOMIAI 
 
 
 
 Vertical 
 
FARINGE 
 É um tubo que se estende das coanas ao esôfago 
na parte posterior, e à laringe na parte anterior. É 
composta por músculo estriado esquelético e 
revestido por túnica mucosa. 
 Subdividida em: 
 PARTE NASAL DA FARINGE/NASOFARINGE: 
Localiza posteriormente às cavidades nasais e 
acima do palato mole; 
 PARTE ORAL DA FARINGE/OROFARINGE: Se 
estende do palato mole até a ponta da 
epiglote, localizando-se posteriormente à 
cavidade oral. Fornece passagem tanto para o 
ar quanto para o alimento. 
 PARTE LARÍNGEA DA FARINGE/ 
LARINGOFARINGE: Se estende da ponta da 
epiglote até a face inferior da cartilagem 
cricóidea, isto é, se abre anteriormente a 
laringe, e posteriormente é contínua com o 
esôfago. 
 
ESÔFAGO 
 O esôfago é um tubo muscular que une a faringe 
ao estômago. 
 Inicia na margem inferior da cartilagem cricoidea 
(C6), e termina na cárdia do estômago (T11) 
 Possui somente função condutora, não 
apresentando funções absortivas. 
 Sua luz se encontra naturalmente fechada e só se 
abre no momento da deglutição com a passagem 
do bolo alimentar. 
 Constituído por: 
o Mucosa e submucosa 
o Camada muscular circular/elíptica (interna): 
compressão do bolo alimentar 
o Camada muscular longitudinal (externa): 
propulsão do bolo alimentar para o estômago. 
o Túnica adventícia (tecido conjuntivo) 
O esôfago NÃO POSSUI SEROSA (PERITÔNIA, PLEURA 
OU PERICÁRDIO). Só é revestido externamente por 
uma camada de tecido conjuntivo frouxo. Há 
presença de peritônio somente na superfície anterior 
do esôfago abdominal 
 A túnica muscular do esôfago pode ser dividida em 
3 segmentos: 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
o Primeiro quarto: composto por fibras 
musculares esqueléticas de controle 
voluntário 
o Segundo quarto: composto por fibras 
musculares esqueléticas (voluntária) e lisas 
(involuntárias) 
o Metade inferior: composto somente por fibras 
musculares lisas (involuntárias) 
 O esôfago possui um pH NEUTRO, de forma que 
sua mucosa é lesada tanto pela presença de 
substâncias muito alcalinas quanto muito ácidas. 
 O esôfago pode ser dividido em 3 porções: 
CERVICAL, TORÁRICA e ABDOMINAL. 
ESÔFAGO CERVICAL (5 – 6 cm) 
 Início: borda inferior da cartilagem cricoidea (nível 
de C6); marco inicial = ESFÍNCTER ESOFÁGICO 
SUPERIOR. 
 Final: borda superior de T1 
 Ocupa região posterior, sendo oculto 
anteriormente pela laringe e pela traqueia. 
 Ao nível de C7 passa a se localizar levemente à 
esquerda no plano mediano. 
ESÔFAGO TORÁCICO (16 – 20 cm) 
 Início: borda superior de T1. 
 No mediastino superior está à esquerda do plano 
mediano. 
 Compõe o plano digestório, colocado entre a 
traqueia (anterior) e a coluna vertebral com o 
tronco simpático (posterior). 
 No mediastino inferior posterior, o esôfago 
transita juntamente com os nervos vagos, que 
descem junto às paredes esofágicas até cruzarem 
juntos o HIATO ESOFÁGICO do diafragma ao nível 
de T10. 
ESÔFAGO ABDOMINAL (2- 4 cm) 
 Se estende desde o hiato esofágico até a junção 
gastroesofágica. 
 Possui porção RETROPERITONEAL 
(retroperitoneal secundário) sendo recoberto por 
peritônio somente na face anterior. 
 
ESTREITAMENTOS DO ESÔFAGO 
1. ESTREITAMENTO CRICOIDEO = 
ESFÍNCTER ESOFÁGICO SUPERIOR 
 Situado entre C6 e C7 ao nível da cartilagem 
cricoide. 
 Representado pelo esfíncter esofágico 
superior, constituído pela parte cricofaríngea do 
músculo constritor inferior da faringe, ou 
MÚSCULO CRICOFARÍNGEO. 
 É a ‘’porta de entrada do esôfago’’, marcando seu 
início. 
 Controla a passagem de estruturas que estão na luz 
da laringofaringe, sendo o único estreitamento 
esofágico que não pode ser ultrapassado sem que 
o paciente realize deglutição ou esteja anestesiado 
durante o procedimento endoscópico. 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
2. ESTREITAMENTO BRONCOAÓRTICO 
 Representa o cruzamento do esôfago com o arco 
aórtico e com o brônquio principal esquerdo, os 
quais provocam uma impressão/abaulamento na 
parede esofágica. 
 Neste local, há um pequeno desvio do esôfago 
para o lado direito. 
 Não há um estreitamento significativo na luz 
esofágico a ponto de impedir a passagem do bolo 
alimentar. 
3. ESTREITAMENTO DIAFRAGMÁTICO 
 Provocado pelo pinçamento do HIATO ESOFÁGICO 
do diafragma. 
 Não representa uma barreira para a passagem do 
bolo alimentar. 
ESFÍNCTER ESOFÁGICO INFERIOR E 
JUNÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA 
 O esfíncter esofágico inferior é composto por um 
espessamento das fibras musculares lisas da 
parede do esôfago na junção esofagogástrica. 
 É considerado ESFÍNCTER FISIOLÓGICO e não 
anatômico, pois não foram identificadas estruturas 
anatômicas que o demarquem. 
 Possui importante função de manter o conteúdo 
gástrico evitando o refluxo gastroesofágico. 
 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
 O esôfago não possui um pedículo vasculonervoso 
único, sendo sua vascularização segmentar, 
provinda de vasos que irrigam órgãos vizinhos. 
 ARTÉRIAS ESOFÁGICAS SUPERIORES (esôfago 
cervical): provém da artéria TIREÓIDEA INFERIOR 
 ARTÉRIAS ESOFÁGICAS MÉDIAS (esôfago 
torácico): provém de ramos das artérias 
TIREOIDEAS INFERIORES, das SUBCLÁVIAS, das 
BRONQUIAIS e diretamente da AORTA. 
 ARTÉRIAS ESOFÁGICAS INFERIORES (esôfago 
abdominal): ramos direto da ARTÉRIA GÁSTRICA 
ESQUERDA que corre a pequena curva gástrica. Há 
também contribuição das artérias frênicas 
inferiores. 
DRENAGEM VENOSA 
 De modo geral, os vasos da drenagem venosa têm 
a mesma topografia e trajeto que as artérias. 
o Sangue dos 2/3 superiores -> circulação 
sistêmica VCS 
o VEIAS ESOFÁGICAS SUPERIORES: drenam para 
as tireoideas superiores que drenam para a 
VCS. 
o VEIAS ESOFÁGICAS MÉDIAS: tributárias do 
SISTEMA ÁZIGOS tributário da VCS 
 Sangue 1/3 inferior -> circulação portal 
o VEIAS ESOFÁGICAS INFERIORES: tributárias da 
VEIA GÁSTRICA ESQUERDA que é (na maioria 
das vezes) tributária direta da VEIA PORTA. 
ANOSTOMOSE PORTO-SISTÊMICA ESOFÁGICA 
Existência de dois PLEXOS VENOSOS, na parede 
esofágica que comunicam o sistema porta com o 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
sistema da veia cava superior. Quando há, em geral em 
decorrência de cirrose, um aumento da pressão no 
sistema porta, há um ingurgitamento das colaterais na 
junção esofagogástrica, surgindo as VARIZES 
ESOFÁGICAS (dilatação das veias do plexo esofágico). 
 
 
ESTÔMAGO 
 É a maior cavidade do tubo digestório, estando 
situado entre o esôfago e o duodeno. 
 Ocupa a maior parte do hipocôndrio esquerdo e 
uma porção significativa do epigástrico. 
 FUNÇÃO: mistura e armazenamento de alimentos 
que aí sofrem a digestão enzimática através do 
suco gástrico secretado pela sua mucosa. 
 É um órgão consideravelmente distensível 
podendo armazenar por volta de 2 a 3 litros de 
alimento. 
PORÇÕES DO ESTÔMAGO 
1. CÁRDIA: localizado na porção da junção 
esofagogástrica, sendo que nesta região está 
localizado o ÓSTIO CÁRDICO, que comunica o 
esôfago com o estômago. 
2. FUNDO GÁSTRICO: superiormente ao plano que se 
inicia no nível da INCISURA CÁRDICA e que se dirige 
horizontalmente até a curvatura maior. Porção 
mais superior do órgão na qual fica armazenado o 
ar deglutido que pode ser visível em exames 
radiológicos (BOLHA GÁSTRICA). É porção que 
constitui a válvula esofagogástrica. 
3. CORPO GÁSTRICO: entre o fundo e o antro 
pilórico. Maior porção do estômago. 
4. PARTE PILÓRICA: entre o corpo do estômago e o 
início do duodeno. Divide-se em duas porções: 
4.1. ANTRO PILÓRICO: primeira e mais ampla porção 
da parte pilórica. 
4.2. CANAL PILÓRICO: possui entre 1 e 2 cm de 
comprimento. No final do canal pilórico está o piloro 
propriamente dito que contém o: 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
a) ESFÍNCTER PILÓRICO: formado por um 
espessamento da camada muscular circular do 
estômago. Controla a passagem de alimentopara o duodeno e evita o refluxo 
duodenogástrico. 
b) ÓSTIO PILÓRICO: comunica o estômago ao 
duodeno. 
 
 
RELAÇÕES DO ESTÔMAGO 
 ANTERIORMENTE: cúpula diafragmática esquerda, 
lobo esquerdo do fígado, parede abdominal 
anterior. 
 POSTERIORMENTE (LEITO GÁSTRICO): diafragma 
e pilar esquerdo, parede abdominal posterior, 
BOLSA OMENTAL e estruturas retroperitoneais 
(suprarrenal esquerda, superior do rim esquerdo e 
face anterior do pâncreas). 
TRONCO CELÍACO 
Ramo da AORTA ABDOMINAL que emite 3 principais 
artérias responsáveis pelo suprimento sanguíneo 
arterial da maioria das vísceras do andar 
supramesocólico. Seus ramos são: 
1. ARTÉRIA GÁSTRICA ESQUERDA 
2. ARTÉRIA ESPLÊNICA 
3. ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM (que se 
subdivide em artéria hepática própria e 
gastroduodenal) 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
 ARTÉRIAS GÁSTRICAS: Correm a pequena 
curvatura do estômago entre os dois folhetos do 
OMENTO MENOR formando uma anastomose por 
inoculação 
o ARTÉRIA GÁSTRICA ESQUERDA: ramo do 
TRONCO CELÍACO. 
o ARTÉRIA GÁSTRICA DIREITA: ramo da A. 
HEPÁTICA PRÓPRIA, que é ramo da hepática 
comum (ramo do tronco celíaco). 
 ARTÉRIAS GASTROMENTAIS: correm na grande 
curvatura do estômago entre os folhetos do 
OMENTO MAIOR formando uma anastomose por 
inoculação. 
o ARTÉRIA GASTROMENTAL ESQUERDA: ramo 
da A. ESPLÊNICA que é ramo do tronco celíaco. 
o ARTÉRIA GASTROMENTAL DIREITA: ramo da 
A. GASTRODUODENAL, que é ramo da artéria 
hepática comum (do tronco celíaco). 
 ARTÉRIAS GÁSTRICAS CURTAS: 6 a 8 ramos 
pequenos da A. ESPLÊNICA que vascularizam o 
fundo gástrico. Transitam no interior do OMENTO 
GASTROESPLÊNICO. 
 ARTÉRIA GÁSTRICA POSTERIOR: inconstante 
(ausente em mais de 1/3 das pessoas). Ramo da A. 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
ESPLÊNICA que vasculariza a porção posterior do 
estômago. 
 
 
DRENAGEM VENOSA 
 As veias acompanham as respectivas artérias e 
drenam para o SISTEMA PORTA-HEPÁTICO. 
 VEIAS GÁSTRICAS DIREITA E ESQUERDA: drenam 
para a VEIA PORTA 
 VEIA GASTROMENTAL DIREITA: drenam para a 
VEIA PORTA. 
 VEIA GASTROMENTAL ESQUERDA e VEIAS 
GÁSTRICAS CURTAS: drenam para a VEIA 
ESPLÊNICA. 
INTESTINO DELGADO 
 É a parte mais longa do trato gastrintestinal, endo 
responsável pela maior parte da digestão e 
absorção de nutrientes. 
 Início: ÓSTIO PILÓRICO 
 Fim: JUNÇÃO ILEOCECAL (ou ileocólica ou 
ileocecólica) 
 Varia de 5 –8 m de comprimento 
 Constituído por 3 porções: DUODENO, JEJUNO e 
ÍLEO. 
 ESTRUTURA: 
o Mucosa 
o Submucosa 
o Camada muscular circular (interna) 
o PLEXO DE AUERBACH - MIOENTÉRICO 
o Camada muscular longitudinal (externa) 
o Serosa 
 Presença de nódulos linfáticos na parede de todo o 
intestino delgado. Mais numerosos no ÍLEO, 
formando a chamada PLACA DE PEYER 
(aglomerado de nódulos linfáticos) 
 SUPERFÍCIE DE ABSORÇÃO: A mucosa do intestino 
delgado tem a superfície de absorção 
extremamente aumentada por 3 estruturas. 
a) PREGAS CIRCULARES: (pregas de Kerckring): 
projeções da mucosa intestinal que iniciam da 
2º porção do duodeno desaparecendo no íleo 
terminal. 
b) VILOSIDADES INTESTINAIS: recobrem toda a 
superficial da mucosa, constituindo pequenas 
projeções da mucosa. 
c) MICROVILOSIDADES: pequeníssimas 
projeções da membrana apical dos enterócitos 
(microscopia eletrônico); 
DUODENO 
 O duodeno é a porção inicial do intestino delgado; 
 Início: PILORO. 
 Fim: FLEXURA DUODENOJEJUNAL. 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 Comprimento aproximado de 25 cm; 
 Segue um trajeto em forma de ‘’C’’ ao redor da 
cabeça do pâncreas; 
 Quase todo RETROPERITONEAL SECUNDÁRIO 
(exceto bulbo duodenal); 
 
DIVISÃO 
1. PRIMEIRA PORÇÃO (D1): PORÇÃO 
SUPERIOR 
 Início: PILORO. 
 FIM: FLEXURA DUODENAL SUPERIOR. 
 Segue horizontalmente da esquerda para a direita 
ao nível de L1. 
 Relaciona-se com a vesícula biliar e o lobo 
quadrado do fígado anteriormente e 
posteriormente com o pedículo hepático. 
 Forma o limite inferior do forame omental. 
 A metade proximal de D1 apresenta uma dilatação 
denominada BULBO DUODENAL. É a única porção 
do duodeno que não é retroperitoneal, sendo 
INTRAPERITONEAL RELATIVA. Limite externo: 
ARTÉRIA GASTRODUODENAL. 
2. SECUNDA PORÇÃO (D2): PORÇÃO 
DESCENDENTE 
 Início: FLEXURA DUODENAL SUPERIOR. 
 Fim: FLEXURA DUODENAL INFERIOR. 
 Segue de superior para inferior (L1-L3). 
 PAPILA MAIOR DO DUODENO (PAPILA DE VATER): 
abertura dos óstios do DUCTO COLÉDOCO E 
DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL (80% dos casos 
se abrem no mesmo orifício). Protegida pelo 
ESFÍNCTER DA AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA 
que controla a passagem de fluído para o duodeno. 
 PAPILA MENOR DO DUODENO: geralmente 2cm 
acima da papila maior. Desembocadura do DUCTO 
PANCREÁTICO ACESSÓRIO. 
3. TERCEIRA PORÇÃO (D3): PORÇÃO 
HORIZONTAL 
 Início: FLEXURA DUODENAL INFERIOR. 
 Fim: CRUZAMENTO COM OS VASOS 
MESENTÉRICOS INFERIORES. 
 Segue da direita para a esquerda ao nível de L3. 
 Cruza anteriormente a VCI e Aorta. 
 Cruza anteriormente a Artéria Mesentérica 
Superior. 
4. QUARTA PORÇÃO (D4): PORÇÃO 
ASCENDENTE 
 Início: CRUZAMENTO COM OS VASOS 
MESENTÉRICOS SUPERIORES. 
 Fim: FLEXURA DUODENOJEJUNAL. 
 Orientação ascendente para a esquerda (de L3 até 
L2 ou L1). 
 É suspenso ao nível da flexura duodenojejunal pelo 
MÚSCULO SUSPENSOR DO DUODENO (OU 
LIGAMENTO DE TREITZ) que se fixa no pilar direito 
do diafragma. 
 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
o ARTÉRIAS GASTRODUODENAL, SUPRADUODENAL 
E GÁSTRICA DIREITA ramos da artéria hepática 
própria. 
o ARCADA PANCREÁTICO-DUODENAL: supre a 
maior parte do duodeno e cabeça do pâncreas. 
o ARTÉRIAS PANCREÁTICO-DUODENAIS 
SUPERIORES (ANTERIOR E POSTERIOR): 
o ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR 
ANTERIOR: ramo terminal da artéria 
GASTRODUODENAL (ramo da A. Hepática 
Comum) juntamente com a artéria 
gastromental direita. 
o ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR 
POSTERIOR: ramo colateral da A. 
GASTRODUODENAL 
o ARTÉRIAS PANCREÁTICO-DUODENAIS 
INFERIORES (ANTERIOR E POSTERIOR): originam-
se da A. MESENTÉRICA SUPERIOR geralmente de 
um tronco único. 
DRENAGEM VENOSA 
 Acompanham as artérias e drenam para o 
sistema porta. 
 
JEJUNO E ÍLEO 
 Início: FLEXURA DUODENOJEJUNAL. 
 Fim: VÁLVULA (ou valva) ILEOCECAL. 
 
 São órgãos INTRAPERITONEAIS RELATIVOS, 
conectados à parede abdominal posterior pelo 
MESENTÉRIO. 
 RAIZ DO MESENTÉRIO: borda fixa do mesentério. 
Cerca de 15 cm e se estende da flexura 
duodenojejunal até à junção ileocecal. Cruza D3 e 
D4, aorta, VCI, ureter direito, psoas maior direito e 
vasos gonadais direito. 
 JEJUNO = 2/5 proximais (orais) 
 ÍLEO = 3/5 distais (aborais) 
 Não há uma divisão clara entre jejuno e íleo = 
TRANSIÇÃO GRADUAL. 
 
 
PERITÔNIO 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 MESO: duas lâminas de peritônio entre as quais 
corre o pedículo (vasos e nervos) de uma víscera. 
Liga a parede posterior do abdome as vísceras. 
 MESENTÉRIO: liga o jejuno e o íleo à parte 
posterior do abdome. Contém os vasos, nervos 
e linfáticos que suprem o intestino delgado. 
 
INTESTINO GROSSO 
 Início: COLO E JUNÇÃO ÍLEOCÓLICA (final do íleo) 
 Fim: ÂNUS 
 Em média, possui comprimento de 135 cm. 
 Função: Absorção de água e eletrólitos. Absorção 
de cloreto e sódio e secreção de bicarbonato e 
potássio e transforma bolo fecal em semi-sólido. 
 Fixo à parede posterior pelo MESOCÓLON 
 Dividido em 7 porções: CECO (e apêndice cecal), 
COLO ASCENDENTE, COLO TRANSVERSO, COLO 
DESCENDENTE, COLO SIGMOIDE, RETO E CANAL 
ANAL. 
 Seu diâmetro é maior no ceco, gradualmente 
diminuindo. Torna-se novamente dilatado na 
porção inferior do reto, acima do canal anal. 
PORÇÕES DO INTESTINO GROSSO 
1. CECO 
 Segmento inicial do intestino grosso 
 Situado abaixo de um plano que passa acima da 
válvula ileocecal. 
 Localizado geralmente na fossa ilíacadireita. 
 VÁLVULA (ESFÍNCTER) ILEOCECAL: papila 
arredondada resultada da projeção do íleo para a 
luz do ceco. 
 
 APÊNDICE CECAL: 
 
 Tubo de cerca de 6 a 9 cm de comprimentos 
 Não apresenta funções intestinais 
 Apresenta nódulos linfáticos em sua estrutura. 
 
2. CÓLON ASCENDENTE 
 Início: VÁLVULA ÍLEOCECAL 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 Fim: FLEXURA CÓLICA DIREITA (hepática) junto ao 
lobo direito do fígado. 
 12 a 20 cm de comprimento 
 Localizado ao longo do lado direito da parede 
posterior do abdome. 
 Relaciona-se com as alças do intestino delgado, 
omento maior e parede anterior do abdome 
(anteriormente) e rim direito, com os músculos e 
nervos da parede posterior do abdome 
(posteriormente). 
3. CÓLON TRANSVERSO 
 Início: FLEXURA CÓLICA DIREITA (hepática) (mais 
baixa) 
 Fim: FLEXURA CÓLICA ESQUERDA (esplênica) - 
mais alta; fixada pelo LIGAMENTO FRENOCÓLICO 
ao diafragma e parte do baço. 
 30 a 60 cm de comprimento; trajeto para frente e 
para baixo. 
 Porção mais móvel do intestino grosso. 
 Ligado à parede posterior do abdome pelo 
MESOCÓLON TRANSVERSO 
 MESOCOLO TRANSVERSO: prega de peritônio 
que liga o colo transverso à parede posterior 
do abdome. Camada anterior do mesocólon 
transverso é aderente à camada posterior do 
omento maior. Divide a cavidade peritoneal 
em ANDAR SUPRAMESOCÓLICO E ANDAR 
INFRAMESOCÓLICO. 
4. CÓLON DESCENDENTE 
 Início: FLEXURA CÓLICA ESQUERDA (esplênica) 
 Fim: borda medial do músculo psoas maior. 
 Varia de 20 a 30 cm de comprimento; 
 Mais estreito que o cólon ascendente. 
 
5. CÓLON SIGMOIDE 
 Início: nível da borda medial do psoas maior, com 
o aparecimento do mesocólon sigmoide 
 Fim: início do reto 
 Apresenta um trajeto curvo de cerca de 40 cm 
 MESOCOLO SIGMOIDE: prega peritoneal invertida 
que fixa o colo sigmoide à parede do abdome. 
 
DIFERENÇAS ANATÔMICAS ENTRE OS 
INTESTINOS 
Características do intestino grosso: 
a) TÊNIAS DO CÓLON: faixas longitudinais de músculo 
liso que começa m na base do 
apêndice vermiforme e seguem ao longo do cólon. 
 Tênia mesocólica: se fixa aos mesocólons 
transverso e sigmoide. 
 Tênia omental: se fixa aos apêndices 
epiplóicos. 
 Tênia livre: não se fixa aos mesocólons ou aos 
apêndices epiplóicos. 
b) HAUSTRAÇÕES ou SACULAÇÕES: Na parede do 
cólon entre as tênias. 
c) APÊNDICES OMENTAIS: projeções de gordura 
envolvidas por peritônio junto ao intestino grosso. 
Praticamente ausentes no ceco, apêndice e reto. 
FÍGADO 
 O fígado é a maior víscera abdominal e também a 
maior glândula mista do corpo humano. 
 Sua secreção exócrina é a bile. 
 Peso médio (em adultos) = 1,500 g. 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 Localiza-se nos quadrantes superiores direito e 
esquerdo, e inferior ao diafragma, coberto pela 
caixa torácica. 
 A percussão da parte inferior do tórax revela 
MACICEZ. 
 Armazena Fe, Glicogênio, Vitaminas A, D, E, K e 
B12. 
 Interfere no metabolismo dos carboidratos, 
lipídeos e proteínas. 
 Participa dos mecanismos de coagulação do 
sangue. 
 Hematopoiese fetal. 
 Fagocitose. 
 Recoberto completamente por uma cápsula 
fibrosa = CÁPSULA DE GLISON (abaixo do peritônio 
visceral) 
 Porção direita bastante desenvolvida e ocupa 
praticamente todo o hipocôndrio direito 
 Porção esquerda é menor e ocupa o epigástrico e 
parte do hipocôndrio esquerdo. 
 Se movimenta de acordo com a respiração 
 Apresenta 2 faces: 
FACE DIAFRAGMÁTICA (ANTERIOR) 
 Face inferior ao diafragma; 
 Separada do diafragma pelos recessos subfrênicos. 
Esse recesso é separado em direito e esquerdo 
pelo ligamento falciforme. 
 Separada da face visceral anteriormente pela 
borda inferior (ou ântero-inferior). 
 É coberta com peritônio visceral exceto na área 
nua do fígado. 
 
FACE VISCERAL 
 Face voltada para as vísceras inferiores. 
 É coberta com peritônio exceto no leito da vesícula 
biliar e da porta do fígado, onde os vasos e ductos 
entram e saem do fígado. 
 Relaciona-se com: 
 Vesícula biliar 
 Omento menor 
 Impressão renal e suprarenal 
 Impressão cólica 
 Impressão gástrica e pilórica 
 Impressão duodenal Fígado 
 
 Engloba a ÁREA NUA DO FÍGADO, ou seja, não é 
recoberto por peritônio, sendo, portanto, 
RETROPERIOTONEAL. 
 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 LIGAMENTOS DO FÍGADO 
 LIGAMENTO FALCIFORME: reflexão de peritônio. 
Liga o fígado à parede abdominal anterior e ao 
diafragma. 
 LIGAMENTO REDONDO DO FÍGADO: na margem 
livre do ligamento falciforme. (remanescente 
fibroso da veia umbilical). Vai da cicatriz umbilical 
até o ramo esquerdo da veia porta. 
 LIGAMENTO CORONÁRIO: 
 Lâmina superior se insere na borda póstero-
superior do fígado, constituindo a deflexão de 
diafragma que cobre o diafragma. 
 Lâmina inferior cobre a parede posterior do 
abdome. Essas lâminas não se encontram, 
formando um espaço entre elas = ÁREA NUA 
DO FÍGADO, na qual o fígado e o diafragma 
estão em contato direto sem cobertura 
peritoneal. 
 LIGAMENTOS TRIANGULARES (DIREITO e 
ESQUERDO): São as extremidades das 2 lâminas do 
ligamento coronário na sua união. 
 
LOBOS HEPÁTICOS 
 O fígado pode ser dividido em lobos direito e 
esquerdo, que estão marcados na superfície 
diafragmática pela INSERÇÃO DO LIGAMENTO 
FALCIFORME e, na superfície visceral, pela 
FISSURA PARA O LIGAMENTO VENOSO, 
posteriormente, e pela FISSURA PARA O 
LIGAMENTO REDONDO, anteriormente. 
 Divisão do parênquima hepático em duas metades 
morfofuncionais distintas: FÍGADO DIREITO e 
FÍGADO ESQUERDO, os quais possuem 
independente vascularização e drenagem biliar, ou 
seja, cada parte recebe um ramo principal artéria e 
veia porta, e drena para um ducto biliar. 
 DIVISÃO ANATÔMICA FUNCIONAL: 
 LOBOS ANATÔMICOS: 
 Lobo Direito 
 Lobo Esquerdo 
 LOBOS ACESSÓRIOS: 
 Lobo Quadrado 
 Lobo Caudado 
 
SUBDIVISÃO FUNCIONAL HEPÁTICA 
 É a divisão funcional ou cirúrgica do órgão, sendo 
importante para o estudo da fisiologia e patologias 
hepáticas e indispensável para o entendimento 
técnico da cirurgia hepatobiliar. 
 FÍGADO DIREITO 
 Segmento V (inferiormente) 
 Segmento VI (inferiormente) 
 Segmento VII (superiormente) 
 Segmento VIII (superiormente) 
 FÍGADO ESQUERDO 
 Segmento II (posterior) 
 Segmento III (anterior) 
 Segmento IV (medial) 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 LOBO CAUDADO = segmento I (Possui 
comportamento independente) 
 
PEDÍCULO HEPÁTICO 
 HILO HEPÁTICO (porta hepática) = encontra-se 
póstero-inferiormente ao segmento IV. 
 PEDÍCULO HEPÁTICO = Conjunto de estruturas 
vasculares e nervosas que suprem o fígado. 
Penetra através do hilo hepático a TRÍADE 
PORTAL: 
 DUCTO HEPÁTICO COMUM – anteriormente e 
à direita 
 ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA – anteriormente 
e à esquerda 
 VEIA PORTA – posteriormente 
Plexo nervoso e vasos linfáticos 
 Pedículo hepático se localiza na BORDA LIVRE DO 
OMENTO MENOR (MESO DO FÍGADO). Constitui o 
limite anterior do forame omental (forame de 
Winslow). 
 
SUPRIMENTO SANGUÍNEO 
O fígado recebe sangue proveniente de duas fontes: 
1.1 ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA 
 Responsável por 25% do volume sanguíneo e 30 a 
40% do oxigênio que supre o órgão. 
 Ramo do Tronco Celíaco. 
 Se divide em: 
 ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM: do tronco 
celíaco até a origem da artéria gastroduodenal. 
 ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA: da origem da 
gastroduodenal até sua bifurcação em ramos 
direito e esquerdo. 
 Conduz sangue bem oxigenado da aorta 
 Se bifurca em 2 ramos terminais = ARTÉRIA 
HEPÁTICA DIREITA e ESQUERDA. 
 Emite a ARTÉRIA CÍSTICA, que vasculariza a 
vesícula biliar. 
 TRÍGONO CISTO-HEPÁTICO (ou trígono hepático 
ou triângulo de Calot): formado pela superfície 
visceral do fígado, pelo ducto hepático comum e 
ducto cístico. Transita através dele a ARTÉRIA 
HEPÁTICA DIREITAe a ARTÉRIA CÍSTICA. 
 
1.2 VEIA PORTA 
 Principal vaso hepático. Drena o sangue venoso 
proveniente do trato gastrointestinal (desde o 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
esôfago abdominal até o reto), do pâncreas e do 
baço. 
 Responsável por cerca de 75% do volume 
sanguíneo e por 60 a 70% do O2 que supre o 
fígado. 
 A VEIA PORTA é constituída por: 
 VEIA MESENTÉRICA INFERIOR: recebe as veias 
retal superior, cólica esquerda e sigmoides. 
 VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR: recebe as 
tributárias ileocólica, cólica direita, cólica 
média, jejunais, ileais, pancreático-duodenais 
superior e inferior e também a veia 
gastromental direita. 
 VEIA ESPLÊNICA: forma-se junto ao hilo do 
baço, recebendo a veia gastromental 
esquerda, 4 a 5 veias gástricas curtas e 3 a 22 
veias pancreáticas. 
 A VEIA PORTA recebe as VEIAS GÁSTRICAS DIREITA 
e ESQUERDA e a VEIA CÍSTICA. 
 Próximo ao hilo hepático, divide-se em ramos 
direito e esquerdo da veia porta. 
 SISTEMA PORTA-HEPÁTICO: constitui-se em duas 
redes de capilares (rede intestinal e rede intra-
hepática – sinusoides) responsável por quase todo 
o conteúdo nutricional absorvido pelo trato 
gastrointestinal, levando-os diretamente para o 
fígado (através da veia porta) para que sejam 
processados. 
 
FORMA AS ANASTOMOSES PORTO-SISTÊMICAS. 
 1. REGIÃO ESOFAGOGÁSTRICA: PLEXO VENOSO 
ESOFAGOGÁSTRICO comunica as veias esofágicas 
inferiores (tributária do sistema porta pela gástrica 
esquerda) com as veias esofágicas médias (tributárias 
da VCS pela ázigo) 
2. REGIÃO ANORRETAL: PLEXO VENOSO RETAL 
INTRAMURAL comunica veias retais superiores 
(sistema porta) com as retais médias e inferiores (veias 
ilíacas internas -> VCI) 
3. REGIÃO UMBILICAL: veias paraumbilicais (do 
ligamento falciforme) (drena para o ramo esquerdo da 
porta) se comunica com tributárias das veias 
epigástricas (tributárias da VCI pelas ilíacas externas) 
4. REGIÃO RETROPERITONEAL: pequenas tributárias 
da esplênica (sistema porta) se comunicam com 
tributárias da veia renal esquerda (sistema cava). 
DRENAGEM HEPÁTICA 
 O sangue venoso deixa o fígado através das 3 
VEIAS HEPÁTICAS – DIREITA, ESQUERDA e MÉDIA, 
que drenam para a VCI superiormente ao fígado. 
 Não possuem trajeto extra-hepático. 
 Na grande maioria dos casos, a veia hepática 
esquerda une-se à média antes de desembocar na 
VCI. 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 
VESÍCULA BILIAR 
 7-10 cm de comprimento. 
 Função: Armazena e concentra a bile (absorve 
água). 
 Possui 3 partes: 
 Fundo: recoberto de peritônio e se projeta 
através da borda inferior do fígado (pode ser 
palpado) 
 Corpo: segue ao fundo. Contato com o colo 
transverso e com a 2ª porção do duodeno 
 Colo: entre o corpo e o ducto cístico 
 
BILE 
 A bile é armazenada na vesícula biliar. 
 É liberada quando gorduras entram no duodeno. 
 A função digestiva do fígado é produzir bile. 
 Emulsiona a gordura e a distribui para parte distal 
do intestino. 
VIAS BILIARES 
 Intra-hepáticas 
 Canalículos biliares -> ductos biliares 
interlobulares -> segmentares -> Ductos 
hepáticos direito e esquerdo. 
 Extra-hepáticas 
 DUCTO HEPÁTICO DIREITO + DUCTO 
HEPÁTICO ESQUERDO se unem para formar o 
DUCTO HEPÁTICO COMUM. Este, após 
receber o ducto cístico (via acessória) passa a 
se chamar DUCTO COLÉDOCO. 
 
DUCTO COLÉDOCO 
 5-15 cm de comprimento 
 Passa posterior a parte superior do duodeno entra 
na cabeça do pâncreas e termina na 2ª parte do 
duodeno 
 É formado por 4 porções: 
 SUPRADUODENAL (acima do duodeno) 
 RETRODUODENAL (atrás do duodeno) 
 INTRAPANCREÁTICO (envolto pela cabeça do 
pâncreas) 
 INTRAMURAL (no interior da parede duodenal) 
 DUCTO COLÉDOCO + DUCTO PANCREÁTICO 
PRINCIPAL (de Wirsung) desembocam na 
AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA (ampola de 
Vater) que se abre na PAPILA MAIOR DO 
DUODENO (papila de Vater) na 2ª porção 
duodenal. 
 ESFÍNCTER DE ODDI = na papila maior do duodeno. 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 A bile é constantemente produzida no fígado, 
porém sua chegada ao duodeno é impedida pela 
contração do esfíncter da ampola 
hepatopancreática. A bile, então, reflui pelo ducto 
colédoco, chegando à VIA BILIAR ACESSÓRIA = 
VESÍCULA BILIAR + DUCTO CÍSTICO. 
 
 
DUCTO CÍSTICO 
 3-4 cm de comprimento 
 Inicia no colo da vesícula e conflui com o ducto 
hepático comum formando o ducto colédoco. 
 No início do ducto cístico, há um esfíncter 
(ESFÍNCTER DO DUCTO CÍSTICO ou de Lutkens). 
 ARTÉRIA CÍSTICA (ramo da artéria hepática 
direita): responsável pela vascularização e a 
drenagem é feita pela VEIA CÍSTICA que 
desemboca nos ramos intra-hepáticos da veia 
porta. 
 
PÂNCREAS 
 Órgão anfícrino, ou seja, é uma glândula exócrina e 
endócrina. 
 Situado na porção superior da cavidade abdominal, 
ocupando o EPIGÁSTRICO e o HIPOCÔNDRIO E. 
 Divido em Cabeça, Istmo ou Colo, Corpo e Cauda 
do Pâncreas. 
 
PORÇÕES DO PÂNCREAS 
1. CABEÇA 
 Porção mais volumosa do pâncreas; 
 Aderida intimamente (por tecido conjuntivo) à 
curvatura em “C” do duodeno de modo que a 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
ressecção cirúrgica de toda a cabeça do pâncreas 
envolve obrigatoriamente a retirada do duodeno. 
 PROCESSO UNCINADO. 
2. ISTMO ou COLO 
 Une a cabeça ao corpo do pâncreas 
 Transição na INCISURA PANCREÁTICA, delimitada 
pela veia mesentérica superior. 
 NA FACE POSTERIOR DO ISTMO, HÁ O ENCONTRO 
DA VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR COM A VEIA 
ESPLÊNICA, FORMANDO A VEIA PORTA. 
3. CORPO DO PÂNCREAS 
 Continua a partir do colo, à direita dos vasos 
mesentéricos superiores. 
4. CAUDA 
 Extremidade esquerda do pâncreas; vai se 
afinando durante seu trajeto 
 Unida ao baço pelo LIGAMENTO PANCREÁTICO-
ESPLÊNICO ou ESPLENORRENAL (ou omento) (se 
dirige ao hilo esplênico), no qual está contida 
juntamente com os VASOS ESPLÊNICOS. 
 Totalmente supra-mesocólica. 
 Íntima relação com as ramificações da artéria 
esplênica (hilo do baço) 
 
LIMITES E RELAÇÕES: 
 POSTERIORMENTE: coluna vertebral, à aorta e 
à VCI 
 ANTERIORMENTE: cólon transverso (raiz) e 
estômago 
 DIREITA: duodeno 
 ESQUERDA: baço 
DUCTOS PANCREÁTICOS 
1. DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL (de 
Wirsung) 
 Inicia-se na cauda do pâncreas, percorrendo o eixo 
maior do corpo em direção à cabeça. 
 Na cabeça, têm um trajeto ínfero-posterior. 
 Calibre maior na cabeça do que na cauda. 
 DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL une-se à porção 
intrapancreática do DUCTO COLÉDOCO, formando 
a AMPOLA HEPATO PANCREÁTICA (ou de VATER), 
que se abre na porção descendente do duodeno 
(D2) na PAPILA DUODENAL MAIOR. 
 ESFÍNCTER DE BOYDEN = ESFÍNCTER DO DUCTO 
COLÉDOCO + ESFÍNCTER DO DUCTO 
PANCREÁTICO PRINCIPAL + ESFÍNCTER DA 
AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA (ESFÍNCTER DE 
ODDI) 
2. DUCTO PANCREÁTICO ACESSÓRIO (de 
Santorini) 
 Inicia-se na cabeça do pâncreas a partir do ducto 
pancreático principal. 
 Responsável pela drenagem da parte anterior da 
cabeça do pâncreas. 
 Abre-se na PAPILA MENOR DO DUODENO (2 a 3 
cm acima da papila maior). 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
PANCREÁTICA 
CABEÇA 
 ARTÉRIA GASTRODUODENAL 
 ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR 
ANTERIOR 
 ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL 
SUPERIOR POSTERIOR 
 ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR 
 ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL INFERIOR 
ANTERIOR 
 ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL INFERIOR 
POSTERIOR 
 CORPO E CAUDA 
 ARTÉRIA ESPLÊNICA: transita na borda superior do 
pâncreas; emite vários ramos pancreáticos, dos 
quais se destacam: 
 ARTÉRIA PANCREÁTICA MAGNA: ramo mais 
calibroso da artéria esplênica; 
 ARTÉRIA PANCREÁTICA DORSAL (pode ser 
ramo do tronco celíaco ou da hepática); 
o ARTÉRIA PANCREÁTICA INFERIOR (ou 
TRANSVERSA): corre a borda inferior do 
pâncreas; 
 ARTÉRIA PANCREÁTICA CAUDAL: (pode ser 
ramo da gastromentalesquerda). 
 
DRENAGEM PANCREÁTICA 
 VEIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR 
POSTERIOR: drena para o tronco da veia porta 
 VEIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR 
ANTERIOR: 
porta 
 VEIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR 
POSTERIOR e ANTERIOR: drena para a 
MESENTÉRICA SUP. 
 VEIAS DO CORPO: drenam para a ESPLÊNICA 
 
 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS 
LOBECTOMIA/SEGMENTECTOMIA 
 Lobectomia hepática: remoção das partes 
direita ou esquerda do fígado. 
 Segmentectomia: remoção de um 
segmento do fígado. 
 Indicado em casos de hepatocarcinoma e 
metástases de câncer em outros órgãos. 
 Esse manejo é possível devido a 
irrigação/drenagem independente dos 
segmentos do fígado, ou seja, as artérias e 
ductos hepáticos direito e esquerdo, bem 
como os ramos das veias porta do fígado 
direita e esquerda não se comunicam, 
tornando possível realizar as lobectomias 
hepáticas. 
OBSTRUÇÃO BILIAR 
COLELITÍASE 
DEFINIÇÃO 
Formação de cálculos na vesícula biliar. 
 Cálculos biliares (formados por colesterol, cálcio e 
bile). 
 
PATOGÊNESE 
 Os cálculos de colesterol se formam quando a bile 
contém mais colesterol do que pode ser 
solubilizada por sais biliares e fosfolipídios. Os 
cálculos pigmentados são pretos ou marrons. 
 Cálculos pretos: são formados a partir da 
desconjugação da bilirrubina direta. (ex., na 
hemólise crônica, ressecção ileal ou cirrose). 
 Cálculos marrons: são associados a estase e 
infecção intraductais. 
FATORES DE RISCO 
 OBESIDADE: hipersecreção de colesterol torna 
bile supersaturada; 
 DIETA: relação com a diminuição de fibras, 
lentificação do trânsito intestinal; 
 ANEMIA HEMOLÍTICA: Precipitação da 
bilirrubina indireta na árvore biliar; 
 CIRROSE 
QUADRO CLÍNICO 
 Dor aguda em hipocôndrio direito e epigástrio; 
 A dor pode estar associada à ingestão de 
alimentos gordurosos (20 a 40 min após) 
 Náuseas, vômitos; 
 Dores > 6h: suspeita de complicações 
COMPLICAÇÕES 
 COLECISTITE AGUDA: Se o cálculo permanecer 
no infundíbulo da vesícula ou no ducto cístico, 
causa uma obstrução -> inflamação -> dor 
intensa constante + febre; 
 COLEDOCOLITÍASE: Migração do cálculo para o 
Ducto Colédoco; 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
COLECISTITE AGUDA 
DEFINIÇÃO 
Inflamação da vesícula biliar com obstrução do ducto 
cístico, podendo ser calculosa ou acalculosa. 
 
 CALCULOSA 
Complicação mais comum da Colelitíase. 
ETIOLOGIA 
 Cálculo obstrui o ducto cístico ou impacta no 
infundíbulo (ambos > 6hr) 
FISIOPATOLOGIA 
 Cálculo impactado no infundíbulo ou ducto cístico 
-> incapacidade de esvaziamento da vesícula biliar 
-> estase biliar -> dano na mucosa vesicular -> 
translocação bacteriana, colonização, inflamação -
> infecção. 
o Bactérias Gram negativas e as vezes 
anaeróbicas. 
 Distensão da vesícula pode ocasionar isquemia das 
paredes. 
 Necrose -> perfuração -> abcesso local e peritonite. 
QUADRO CLÍNICO 
 Dor abdominal no HD – persiste > 6hr 
(diferente da colelitíase); 
o Crise precipitada por ingestão de alimentos 
gordurosos; 
 Náuseas e vômitos; 
 Febre; 
 Icterícia 
DIAGNÓSTICO 
 Exame Físico: 
Sinal de Murphy +: Este teste é usado durante um 
exame abdominal. É realizado pedindo-se ao paciente 
para expirar e, em seguida, colocam-se suavemente os 
dedos abaixo da margem costal direita, na linha 
medioclavicular. Em seguida, pede-se ao paciente para 
inspirar. Durante a inspiração, os conteúdos 
abdominais são normalmente empurrados para baixo 
com o movimento do diafragma. Se o paciente 
demonstra dor com a inspiração, o teste é considerado 
positivo. A dor é provocada quando uma vesícula biliar 
inflamada que se moveu para baixo na inspiração é 
comprimida pela posição dos dedos do examinador. 
 Exame Laboratorial: 
 Leucocitose: 12-15 mil; 
 Bilirrubina aumentada; 
 AST, ALT, FA aumentada; 
TRATAMENTO 
 Controle álgico; 
 Antiemético (controle do vômito); 
 Tratamento definitivo padrão: 
o Cirúrgico: Colecistectomia. 
 ACALCULOSA 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 Obstrução decorrente de neoplasia, estenose 
fibrosa, Ascaris lumbricoides, compressão por 
linfonodos aumentados, artérias císticas ou 
hepáticas aumentadas. 
 Raramente ocorre como um caso isolado, costuma 
surgir cerca de duas semanas após um quadro 
clínico grave (cirurgia de grande porte, infecções, 
queimaduras). 
FISIOPATOLOGIA 
 Falta de estímulos para a contração biliar -> estase 
-> lama biliar -> inflamação; 
 Congestão da parede -> colonização bacteriana e 
necrose; 
 Isquemia tecidual da vesícula. 
QUADRO CLÍNICO 
 Dor, desconforto e massa no HD; 
 Febre; 
 Náuseas e vômitos; 
 Investigação semelhante à do tipo calculosa, 
entretanto a interpretação dos resultados é 
dificultada, pois na forma acalculosa é comum 
a presença de muitas comorbidades. 
DIAGNÓSTICO 
 Sinal de Murphy + 
 USG – achados: aumento da espessura da 
parede da vesícula; aumento do volume. 
TRATAMENTO 
 Analgesia; 
 Cirúrgico: Colecistectomia. 
 
COLEDOCOLITÍASE 
DEFINIÇÃO 
 Presença de cálculos no ducto colédoco 
 
ETIOLOGIA 
 Coledocolitíase primária: o cálculo se formou 
dentro do ducto colédoco 
 Coledocolitíase secundária: o cálculo se formou na 
vesícula e depois migrou para o ducto colédoco (+ 
comum). 
 2º complicação mais comum de Colecistite. 
FISIOPATOLOGIA 
 Cálculos de colesterol ou pretos -> provenientes da 
vesícula 
 Cálculos marrons -> formados nos ductos 
 Cálculos causam efeito obstrutivo -> colestase – 
estase biliar -> infecção (+ risco de colangite) 
QUADRO CLÍNICO 
 Dor abdominal em HD e epigástrio; 
 Náuseas e vômitos; 
 Icterícia - BD aumentada; 
 Colúria; 
 Acolia fecal; 
 Tríade de Charcot: 
o Dor abdominal HD 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
o Icterícia: o ducto colédoco obstruído 
provoca acúmulo de bilirrubina no sangue, 
a deposição desse composto na pele, 
túnica conjuntiva e túnicas mucosas da 
boca provoca icterícia. 
o Febre com calafrios. 
DIAGNÓSTICO 
 Exames laboratoriais; 
 USG; 
TRATAMENTO 
 Colângiopancreatografia retrógrada 
endoscópica -> Papilotomia endoscópica 
(desobstrução biliar). 
COLANGITE 
DEFINIÇÃO 
 Infecção da via biliar comum 
 
ETIOLOGIA 
 Obstrução biliar causada por: 
 Coledocolitíase (+ comum dos casos); 
 Tumores; 
 Estenose cicatricial pós cirurgia. 
 
 
FISIOPATOLOGIA 
 A bile fisiologicamente é uma substância estéril -> 
Quando alguns de seus mecanismos (fluxo biliar 
livre, ação bacteriostática dos sais biliares, 
secreção de IgA e muco) são interrompidos por um 
processo obstrutivo - coledocolitíase, por ex. -> 
estase biliar -> colonização patogênica; 
 As bactérias têm origem do intestino → sistema 
porta → fígado → trato biliar. 
QUADRO CLÍNICO 
 Dor abdominal em HD 
 Febre 
 SÍNDROME COLESTÁTICA: 
o Icterícia 
o Colúria: A urina escura é uma indicação de 
níveis elevados de bilirrubina na urina, 
enquanto a ausência de bilirrubina no 
intestino resulta em fezes claras. 
o Acolia fecal 
 Sinal de Murphy - (NEGATIVO) 
 FEBRE + DOR ABDOMINAL + ICTERÍCIA = 
TRÍADE DE CHARCOT 
 FEBRE + DOR ABDOMINAL + ICTERÍCIA + 
HIPOTENSÃO + ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE 
CONSCIÊNCIA = PÊNTADE DE REYNOLDS 
o Evolução com sinais de sepse, instabilidade 
hemodinâmica e alterações do estado de 
consciência. 
o Progressiva e fatal. 
DIAGNÓSTICO 
 Quadro clínico + Exame Laboratorial + USG. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 Colecistite - possui sensibilidade abdominal 
(sinal de Murphy normalmente positivo) - a 
colangite não. 
TRATAMENTO 
 Compensação clínica: hidratação + controle 
sintomático + estabilização clínica. 
 Analgesia. 
 CPRE - Colangiopancreatografia retrógrada 
endoscópica. 
A inflamação da vesícula biliar irrita o peritônio parietal 
adjacente, na parte inferior da face diafragmática.Isso 
resulta em dor somática referida à região do ombro 
direito, como relatado pela paciente. 
PANCREATITE AGUDA 
CONCEITO 
Pancreatite aguda é a inflamação aguda do pâncreas 
(e, algumas vezes, dos tecidos adjacentes). 
ETIOLOGIA 
Cálculos biliares 
 Esses cálculos às vezes se movem para dentro do 
duto que a vesícula biliar compartilha com o 
pâncreas (chamado de duto colédoco) e causam a 
sua obstrução. 
 Normalmente, o pâncreas secreta suco 
pancreático através do duto pancreático na 
primeira parte do intestino delgado (duodeno). 
Esse suco pancreático contém enzimas digestivas 
que ajudam a digerir os alimentos. Se um cálculo 
biliar ficar preso no esfíncter de Oddi (a abertura 
por onde o duto pancreático libera seu conteúdo 
no duodeno) o suco pancreático para de fluir. 
Normalmente, a obstrução é temporária e causa 
um dano limitado, que é rapidamente reparado. 
Contudo, se a obstrução persistir, as enzimas se 
acumulam no pâncreas e começam a digerir as 
células do pâncreas, provocando uma inflamação 
grave. 
ÁLCOOL 
 O mecanismo que faz com que o consumo de 
álcool cause a pancreatite não é completamente 
compreendido. Uma teoria é que o álcool é 
convertido em substâncias químicas tóxicas no 
pâncreas, que causam danos. Outra teoria é que o 
álcool pode causar o entupimento dos pequenos 
dutos no pâncreas, que liberam seu conteúdo no 
duto pancreático, o que por fim causa a 
pancreatite aguda. 
QUADRO CLÍNICO 
 Dor abdominal aguda: andar superior do 
abdome, continua, mesogástrio, QSD, pode ser 
difusa ou raramente à esquerda. DISPOSIÇÃO 
EM BARRA E IRRADIAÇÃO PARA O DORSO. Em 
geral, se mantém por dia, mas melhora com 
analgésicos. 
 Náuseas e Vômitos 
TIPOS DE PANCREATITE 
Os tipos de pancreatite aguda são: 
 Pancreatite intersticial 
 Pancreatite necrosante 
 Define-se pancreatite intersticial pelo aumento do 
pâncreas no exame de imagem. O borramento 
peripancreático pode ser visto e constitui sinal de 
inflamação. A maioria dos pacientes apresenta 
esse tipo de pancreatite. 
 Define-se pancreatite necrosante pela existência 
de necrose pancreática e/ou peripancreática. É 
mais bem visualizada nos cortes transversais de 
exames de imagem com contraste E está associada 
a um curso prolongado e mais grave da doença. 
DIAGNÓSTICO 
 Exame clínico 
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I 
 
 
 
 Exame laboratorial 
 Exame de imagem 
HIPERTENSÃO PORTAL 
CONCEITO 
 Aumento anormal da pressão sanguínea na 
veia porta. 
ETIOLOGIA 
 Pré-hepática: não localizada no parênquima 
hepático. 
 Trombose da veia porta; Trombose da veia 
esplênica; 
 Intra-hepática: 
 Esquistossomose, Sarcoidose. 
 Pós-hepática: 
 Insuficiência cardíaca direta, obstrução da 
veia cava inferior, síndrome de Budd-
Chiari. 
FISIOPATOLOGIA 
 Bloqueio hepático 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Formações de anastomoses porto-sistêmicas: 
o aumento da pressão portal -> gera um fluxo 
invertido da circulação portal -> sangue é 
direcionado para a circulação sistêmica -> 
desenvolvimento de novos vasos e dilatação 
dos vasos colaterais. 
 Principais varizes colaterais: 
 Veias esofágicas (varizes esofágicas) 
 Veias gástricas (varizes de fundo gástrico) 
 Veias retais (varizes hemorroidárias) 
 Veias da parede abdominal (varizes 
abdominais) 
 Veias umbilicais (cabeça de 
meduza/telangiéctasias) 
 Esplenomegalia: a hipertensão portal 
frequentemente faz com que o baço aumente 
de tamanho, pois a pressão interfere no fluxo 
sanguíneo do baço para os vasos sanguíneos 
portais. Quando o baço aumenta.

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