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Inteligência Emocional

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Apesar de um QI alto não ser nenhuma garantia de prosperidade, nossas escolas e cultura
concentram-se na capacidade acadêmica, ignorando a inteligência emocional, um conjunto
de traços que também tem imensa importância para nosso destino pessoal.
A aptidão emocional é uma metacapacidade, determinando até onde podemos usar bem
quaisquer outras aptidões que tenhamos, incluindo o intelecto bruto. Muitos cínicos atestam
que as pessoas emocionalmente competentes levam vantagem em qualquer campo da
vida. Essas pessoas têm mais probabilidade de sentirem-se satisfeitas e seres eficientes
em suas vidas, dominando os hábitos mentais que fomentam sua produtividade; as que não
conseguem exercer algum controle sobre a vida emocional travam batalhas internas que
sabotam sua capacidade de se concentrar no trabalho e pensar com clareza.
Gardner vê as limitações das velhas formas de pensar sobre a inteligência. O seu livro
Estados de Espírito propôs que não há um tipo único de inteligência decisiva para o
sucesso na vida, mas um amplo espectro de inteligências, com sete variedades-chave. O
modelo de Gardner vai muito além do conceito padrão de QI como um fator único e
imutável. Reconhece que os testes se baseiam em uma noção limitada de inteligência, sem
ligação com a verdadeira dama de talentos e aptidões que competem para a vida. Essa
visão multifacetada da inteligência oferece um quadro mais rico da capacidade e do
potencial de uma criança para o sucesso que o QI padrão.
"Inteligência interpessoal é a capacidade de compreender outras pessoas: o
que as motiva, como trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas.
A inteligência intrapessoal é uma aptidão correlata, voltada para dentro, é
uma capacidade de formar um modelo preciso, verídico, de si mesmo, e
poder usá-lo para agir eficazmente na vida.”
-As emoções
Na teorização de Gardner, o papel das emoções é amplamente apontado, mas pouco
explorado. O campo das emoções estende-se além do alcance da linguagem e da
cognição.
Embora haja amplo espaço para a intuição no jogo das emoções, Gardner não investigou
com muitos detalhes o papel do sentimento nessas inteligências, concentrando-se mais na
cognição sobre o sentimento. Essa concentração deixa inexplorado as emoções que torna
a vida interior e os relacionamentos tão complexos, tão absorventes. Assim, deixa de
sondar tanto o sentido em que há inteligência nas emoções quanto o sentido em que se
pode transmitir inteligência às emoções.
A ênfase de Gardner nos elementos perceptivos nas inteligências pessoas reflete o espírito
da época que formaram suas opiniões. A excessiva ênfase da psicologia na cognição
deve-se aos behavioristas, que decretaram toda a vida interior, inclusive as emoções, inter
interditada à ciência.
Com a chegada, no fim da década de 60, da “revolução cognitiva”, o foco da ciência
psicológica voltou-se para como a mente registra e armazena informação, e a natureza da
inteligência. Mas as emoções continuaram sendo uma zona proibida. Houve a ideia de que
as emoções não têm lugar na inteligência e apenas confundem nosso quadro de vida
mental.
O modelo cognitivo é uma visão empobrecida da mente, uma visão que não explica a
tempestade de sentimentos que dão sabor ao intelecto. A distorcida visão científica de uma
vida mental emocional está mudando aos poucos, à medida que a psicologia começa a
reconhecer o papel essencial do sentimento no pensamento. A psicologia começa a
apreciar a força e virtudes das emoções na vida mental, assim como seus perigos. As
emoções enriquecem, um modelo mental que as ignora se empobrece.
-Podem as emoções ser inteligentes?
Com os anos, os teóricos do QI tentaram introduzir as emoções no domínio da inteligência,
ao invés de ver “emoção” e “inteligência” como uma inerente contradição. Thorndike
sugeriu que um dos aspectos da inteligência emocional, a inteligência “social”, era em si
um aspecto do QI de uma pessoa. Outros psicólogos adotaram uma visão mais cínica da
inteligência social, encarando-a em termos de capacidade de manipular outras pessoas.
Mas nenhuma dessas formulações de inteligência social exerceu muita influência entre os
teóricos do QI, e em 1960 um livro sobre testes de inteligência considerou a inteligência
social um conceito inútil.
Pesquisas de Robert Sternberg o reconduziram de volta à conclusão de Thorndike: de que
a inteligência social é ao mesmo tempo diferente das aptidões acadêmicas e parte chave do
que faz as pessoas saírem-se bem nos aspectos práticos da vida. Salovey inclui as
inteligências pessoais de Gardner em sua definição básica de inteligência emocional,
expandindo essas aptidões em cinco domínios principais:
1. Conhecer as próprias emoções: Autoconsciência. Reconhecer um sentimento
quando ele ocorre, é a pedra fundamental da inteligência emocional.
2. Lidar com emoções: Lidar com os sentimentos para que sejam apropriados é uma
aptidão que se desenvolve na autoconsciência.
3. Motivar-se: pôr as emoções a serviço de uma meta é essencial para prestar
atenção, para a automotivação e a maestria, e para a criatividade
4. Reconhecer emoções nos outros: a empatia, outra capacidade que se desenvolve
na autoconsciência emocional, é a “aptidão pessoal“ fundamental.
5. Lidar com relacionamentos: a arte dos relacionamentos é a aptidão de lidar com
as emoções dos outros.
As pessoas diferem em suas aptidões em cada um desses campos. A base por baixo de
nosso nível é neural, mas o cérebro é altamente flexível, em constante aprendizado.
-QI e Inteligência Emocional
Essas noções não são capacidades opostas, mas distintas. Todos nós misturamos acuidade
intelectual e emocional. Não há nenhum formulário único de teste com papel e lápis que
produza “uma contagem de inteligência emocional”. Embora seja ampla a pesquisa sobre
cada um de seus componentes, alguns deles são mais bem testados pela amostragem da
aptidão de fato de uma pessoa na tarefa.Os perfis raros são extremos, todos nós
mesclamos QI e inteligência emocional em graus variados.

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