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REALISMO RELAÇÕES INTERNACIONAIS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
ALUNAS: ISABELLE LUIZA SANTOS DE GOIS, MANOELA CORRÊA
HUCK, MARIA LUIZA RODRIGUES SIMÕES DE BARROS, MARIA
LUÍSA ALMEIDA CHAGAS, RHANNYELLEN MARIA MENDONÇA
DA SILVA
PROFESSOR: CARLOS ENRIQUE RUIZ FERREIRA
 
Realismo
Propósito: Trazer ordem e sentido para uma massa de fenômenos que, sem ela,
permaneceriam desconexos e incompreensíveis. Ela deve ser submetida a dois
testes, um empírico e outro teórico.
A história do pensamento político moderno é a crônica da contenda entre duas
escolas doutrinárias que diferem fundamentalmente em suas concepções da
natureza do homem, da sociedade e da política. 
A primeira acredita que uma determinada ordem política, racional e moral, por
ser derivada de princípios abstratos válidos universalmente, pode ser
alcançada nas condições atuais e de pronto. 
A outra escola considera que o mundo, imperfeito como é do ponto de vista
racional, resulta do encontro de forças inerentes à natureza humana. Ganhou
o nome de realista.
UMA TEORIA REALISTA DA POLÍTICA INTERNACIONAL
S E I S P R I N C Í P I O S D O R E A L I S M O P O L Í T I C O
1 ) O R E A L I S M O P O L Í T I C O A C R E D I T A Q U E A P O L Í T I C A , C O M O A L I Á S A S O C I E D A D E E M
G E R A L , É G O V E R N A D A P O R L E I S O B J E T I V A S Q U E D E I T A M S U A S R A Í Z E S N A
N A T U R E Z A H U M A N A . 
C A M P O D A P O L Í T I C A : V E R D A D E X O P I N I Ã O = A V E R D A D E É O B J E T I V A E R A C I O N A L ,
A P O I A D A E M P R O V A S E I L U M I N A D A P E L A R A Z Ã O , D I F E R E N T E D A Q U I L O Q U E N Ã O
P A S S A D E U M J U L G A M E N T O S U B J E T I V O , D I V O R C I A D O D A R E A L I D A D E D O S F A T O S E
O R I E N T A D O P E L O P R E C O N C E I T O E P E L A C R E N Ç A D E Q U E A V E R D A D E C O N S I S T E N O S
P R Ó P R I O S D E S E J O S .
P A R A O R E A L I S M O , A T E O R I A C O N S I S T E E M V E R I F I C A R O S F A T O S E D A R A E L E S U M
S E N T I D O , M E D I A N T E O U S O D A R A Z Ã O . 
2 ) A P R I N C I P A L S I N A L I Z A Ç Ã O Q U E A J U D A O R E A L I S M O P O L Í T I C O A S I T U A R - S E E M
M E I O À P A I S A G E M D A P O L Í T I C A I N T E R N A C I O N A L É O C O N C E I T O D E I N T E R E S S E
D E F I N I D O E M T E R M O S D E P O D E R . 
U M A T E O R I A R E A L I S T A D A P O L Í T I C A I N T E R N A C I O N A L E V I T A R Á , P O R T A N T O , D U A S
F A L Á C I A S P O P U L A R E S : A P R E O C U P A Ç Ã O C O M M O T I V O S E A P R E O C U P A Ç Ã O C O M
P R E F E R Ê N C I A S I D E O L Ó G I C A S .
• Conhecer os motivos dos políticos pouco nos ajuda na compreensão das
políticas externas
• Um político com boas intenções não é sinônimo de políticas bem-sucedidas
• Para conhecer a qualidade política, deve vivencia-la
• Neville Chamberlain
• Winston Churchill 
• Robespierre
• Bons motivos não garantem boas políticas 
• Ética
• Simpatias filosóficas dos políticos e suas políticas exteriores
• Humanidade reage de forma repetitiva as situações
• Personificação dos problemas 
ÉTICA, VALORES E MOTIVAÇÕES NA POLÍTICA EXTERNA
As nações internacionais independentemente que sejam vistas como iguais há a dominação
de superpotência pelo grau de interferência positiva ou negativa em relação aos Estados
com menor alcance. E a ingovernabilidade na política internacional tornou-se basilar
dizer que os parâmetros tem um alicerce no princípio ordenador anárquico 
Uma teoria realista da política internacional 
 
> envolvimento de outros Estados como o caso das operações dos Estados Unidos no Oriente
Médio
> A desigualdade do poder e a interdependência política. 
> A falta de conhecimento da realidade ajuda na efetivação de um Estado que quer dominar
benefício próprio. exemplo disso foi corrida que o EUA fez em acabar com o comunismo na
América Latina. 
> Portanto, o realismo político busca expor chagas, a falta de criatividade e análise racional e
como afeta na política externa, somente através dessa racionalidade diminui empecilhos e
possíveis riscos. Tendo a ciência que o mundo não terá um equilíbrio de poder global justo e
perfeito, visto que essa teoria compreende a realidade mesmo que tenha desvantagens e
buscar alcançar o máximo de vantagens diante dos contrapontos. 
O Realismo Político
 
• O realismo político não parte da premissa de que não podem ser modificadas as condições
contemporâneas sob as quais opera a política externa, marcadas por sua instabilidade extrema e
pela ameaça sempre presente de violência em larga escala
• Não obstante, ele é perfeitamente capaz de operar, como acontece nos Estados Unidos, sob
condições de estabilidade relativa e conflito pacífico. Se os fatores que deram origem a essas
condições forem reproduzidos na esfera internacional, é de se esperar que eles prevalecerão nesse
ambiente amplificado, como fizeram no correr de longos períodos de história, entre determinadas
nações.
• QUE O REALISTA ACREDITA: Enquanto o realista acredita realmente que o interesse é o padrão
constante com base no qual a ação política deve ser julgada e dirigida
• Os realistas estão convictos de que essa transformação só poderá ser alcançada mediante a
manipulação habilidosa das forças perenes que deram forma ao passado, do mesmo modo como
moldarão o futuro
Realismo e a Moral
• O realismo político é consciente da significação moral da ação política, como o é igualmente
da tensão inevitável existente entre o mandamento moral e as exigências de uma ação
política de êxito. E ele não se dispõe a encobrir ou suprimir essa tensão, de modo a confundir a
questão moral e política, dando assim a impressão de que os dados inflexíveis da política são
moralmente mais satisfatórios do que o modo como eles se apresentam de fato, e que a lei
moral é menos exigente do que aparenta na realidade
• Tanto o indivíduo como o Estado têm de julgar a ação política segundo princípios morais, tais
como o da liberdade
• Não pode haver moralidade política sem prudência, isto é, sem a devida consideração das
conseqüências políticas da ação aparentemente moral. Desse modo, o realismo considera que
a prudência - a avaliação das conseqüências decorrentes de ações políticas alternativas -
representa a virtude suprema na política.
 A ética, em abstrato, julga uma ação segundo a conformidade da mesma com a lei
moral; a ética política julga uma ação tendo em vista as suas conseqüências
políticas.
• O realismo político sabe distinguir entre a verdade e a opinião, é capaz também
de separar a verdade da idolatria
• Uma coisa é saber que as nações estão sujeitas à lei moral, e outra, muito
diferente, é pretender saber, com certeza, o que é bom ou mau no âmbito das
relações entre nações. Há um mundo de diferença entre a crença de que todas as
nações se encontram sob o julgamento de Deus, entidade inescrutável à mente
humana, e a convicção blasfema de que Deus está sempre do seu lado, e que aquilo
que se deseja tem de ser também a vontade de Deus
O REALISTA POLÍTICO E OUTRAS PROFISSÕES
• Intelectualmente, o realista político sustenta a autonomia da esfera política, do
mesmo modo como o economista, o advogado e o moralista sustentam as deles. Ele
raciocina em termos de interesse definido como poder;
• E o realista político questiona: "de que modo pode esta política afetar o poder da
nação?" (Ou, conforme o caso em tela: do governo federal, do Congresso, do partido, da
agricultura, etc.). O realista político não ignora a existência nem a relevância de
padrões de pensamento que não sejam os ditados pela política
• Na qualidade de realista político, contudo, ele tem de subordinar esses padrões aos
de caráter político e ele se afasta das outras escolas de pensamento quando estas
impõem à esfera política quaisquer padrões de pensamento apropriadosa outras
esferas.
“Portanto, é real e profunda a diferença existente entre o realismo político e
outras escolas de pensamento.” 
“Intelectualmente, o realista político sustenta a autonomia da esfera política,
do mesmo modo como o economista, o advogado e o moralista sustentam as
deles.”
“O realismo político baseia-se em uma concepção pluralista da natureza
humana.”
“Foi exatamente por meio de um similar processo de emancipação de outros
moldes de pensamento, e pelo desenvolvimento de um padrão adequado a seu
campo de atuação, que a economia engendrou uma teoria autônoma das
atividades econômicas do homem. O propósito do realismo político está em
contribuir para um desenvolvimento similar no campo da política.”
Princípio do Realismo de Hans Morgenthau: Hierarquia de Temas
 
O Realismo se impõe como a visão de mundo dominante entre analistas e
tomadores de decisões.
Conceitos como a sobrevivência, o poder, a auto-ajuda e o estado de
natureza têm um destaque particular na leitura que os realistas fazem dos
pensadores clássicos
O REALISMO
 
 
Tucídides é considerado o primeiro autor a tratar de um assunto central das
Relações Internacionais: a guerra. Os realistas destacam dois conceitos: o que
veio a se chamar, mais tarde, de anarquia internacional e o pouco apreço pelos
valores morais e pela justiça nas relações entre os Estados.
Maquiavel deixou como herança a ênfase na sobrevivência do Estado como ator.
A leitura realista também destaca o realismo de Maquiavel: segundo os
realistas, ele queria lidar com o mundo real, e não como o mundo deveria ser.
Para Maquiavel, a moralidade que orienta as ações do indivíduo não se aplica
nem deve orientar as ações do príncipe.
De Hobbes, os realistas destacaram o conceito de estado de natureza que
comparam com o estado de anarquia no sistema internacional.
PENSADORES CLÁSSICOS
A LEITURA QUE OS REALISTAS FAZEM DESTES TRÊS PENSADORES,
DESTACA OS ELEMENTOS DE SOBREVIVÊNCIA, PODER, MEDO E
ANARQUIA INTERNACIONAL QUE REPRESENTAM AS PREMISSAS
CENTRAIS DO REALISMO NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS. 
TODAS ESSAS INFLUÊNCIAS NA VISÃO REALISTA DAS RELAÇÕES
INTERNACIONAIS SÃO CENTRADAS NA NATUREZA DO SER HUMANO.
TODAS ENFATIZAM UMA PERCEPÇÃO NEGATIVA DO SER HUMANO E
DESTACAM TRÊS FATORES DETERMINANTES DA SUA NATUREZA: O
MEDO, O PRESTÍGIO E A AMBIÇÃO.
AS PREMISSAS COMUNS AO PENSAMENTO REALISTA
 
CENTRALIDADE DO ESTADO: OBJETIVO CENTRAL = SOBREVIVÊNCIA; FUNÇÃO DO PODER =
GARANTIR ESSA SOBREVIVÊNCIA (INDEPENDENTE, NO QUE SERIA CARACTERIZADA A AUTO-
AJUDA OU POR MEIO DE ALIANÇAS); RESULTANTE = ANARQUIA INTERNACIONAL
ÊNFASE NO QUE ACONTECE NO SISTEMA INTERNACIONAL (IMAGEM DO ESTADO COMO UMA
CAIXA PRETA) *
PESSIMISMO PRONUNCIADO E DEFINITIVO EM RELAÇÃO A NATUREZA HUMANA *
 
 REALISTAS X LIBERAIS
 
OS REALISTAS ENFATIZAM OS GANHOS RELATIVOS, ENQUANTO OS LIBERAIS DESTACAM OS
GANHOS ABSOLUTOS.
ESTADO COMO ATOR CENTRAL DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
FUNÇÃO DE ESTABILIDADE DOMESTICA E SEGURANÇA RELATIVA A
ATAQUES EXTERNOS
WEBER: MONOPÓLIO DE USO LEGÍTIMO DA FORÇA
ATOR UNITÁRIO E RACIONAL
REALIDADE INTERNA E EXTERNA
ESTADO
 
 ANARQUIA
Não é propriamente o caos, mas sim a ausência de uma autoridade suprema, legítima e
indiscutível que possa ditar as regras, interpretá-las, implementá-las e castigar quem
não as obedece. Não existe nas relações internacionais um único soberano que tenha o
monopólio do uso da força. O que existe é a coexistência entre múltiplos soberanos que,
por serem soberanos sobre seus próprios cidadãos, não podem abdicar o uso legítimo da
força em favor de nenhuma terceira parte. Como no estado de natureza hobbesiano, na
anarquia internacional, os Estados lutam permanentemente pela sua sobrevivência e
desconfiam uns dos outros. A criação de um soberano a nível internacional é impossível
porque o mandato de cada soberano é precisamente de manter o uso da força, nem que
seja em um espaço restrito. Portanto, o estabelecimento do Leviatã não pode ser
reproduzido nas relações internacionais. Nelas, os realistas vêem o estado de
natureza como uma realidade permanente que vai permear as relações internacionais
para sempre. 
 
Para os realistas a consequência da existência da anarquia nas relações
internacionais é a mesma do estado de natureza de Hobbes: desconfiança
permanente entre todos, sobrevivência como único objetivo possível, e que a
segurança de um só pode ser atingida em detrimento da falta de segurança dos
outros e vice-versa. 
O realismo tem um desafio central: apesar da inegável existência da anarquia
internacional, existe cooperação nas relações internacionais, inclusive e
principalmente na área de segurança. Cooperar tem um custo e pode ser difícil, mas
tem um ganho muito maior. Em contrapartida, não cooperar reduz o custo, mas
também reduz o ganho.
 
SOBREVIVÊNCIA 
 
O INTERESSE NACIONAL DO ESTADO É ALGO
PREDETERMINADO E RESULTA DA CONVIVÊNCIA
ENTRE DUAS REALIDADES, A INTERNA E A
EXTERNA. 
eLEMENTO CENTRAL DA ANÁLISE DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
REALISMO DE PODER
TUCÍDIDES: CAUSA DA GUERRA
WALTZ: PODER DE INFLUêNCIA
MORGENTHAU: STATUS QUO
BALANÇA/EQUILIBRIO DE PODER
MORGENTHAU: BALANÇA/EQUILÍBRIO DE PODER 
WALTZ: BALANÇA/EQUILÍBRIO DE PODER
DIVERGÊNCIAS QUANTO A ESTABILIDADE DA BALANÇA DE PODER
PODER
Os Estados defendem a segurança interna em decorrência da anarquia internacional e isso
cabe o uso dos mecanismos de poder. 
O estado de natureza na teoria de Hobbes, a desconfiança e a necessidade de antecipação
faz com que os Estados entre si não se sintam seguros.
As alianças entre os Estados não é limitada mesmo diante da proteção nacional, no
entanto isso deve ser visto em conta que não há ameaça a sobrevivência no sistema
internacional 
> Em caso de aliados, não há total perda de ameaça dos que estão no mesmo lado, que quer dizer
uma atenção maior a integridade da soberania nacional 
> o princípio do Realismo é auto-ajuda: os interesses deve ser defendidos pelo próprio Estado, o
qual não pode recorrer com outro para defendê-lo, embora não descarte as alternativas de
formarem apoios e cooperação de âmbito internacional, acerca destes podem ser rompidos em
razão da política nacional e dos interesses.. 
> A vigilância deve ser constante no seu plano de segurança. 
AUTO-AJUDA
O início dos estudos das relações internacionais coincidiu com o fim da Primeira Guerra Mundial,
e resultou da vontade de políticos, líderes e acadêmicos de evitar a repetição daquela guerra
sobre a humanidade. Logo antes do início da Segunda Guerra Mundial, apresentou o debate na
área entre os realistas e os idealistas. Para Hallet Carr, era fundamental ir além das causas
da Primeira Guerra Mundial para entender porque o Tratado de Versalhes, que concluiu a
guerra, havia falhado. Para ele, os princípios tem que ser subordinados à política, o que leva a
sua obra a ser classificada como realista. Para Carr, os realistas e os idealistas queriam
evitar a guerra, mas enquanto os primeiros discutiam o mundo como ele realmente é, os outros
discutiam como ele deveria ser. Enquanto os idealistas enfatizavam a existência de harmonia
dos interesses, os realistas contra argumentavam com a defesa da existência de interesses
nacionais divergentes a serem defendidos. 
As relações internacionais e o realismo podem ser claramente separados em pré e pós
Morgenthau. Morgenthau estabeleceu seis princípios básicos, que segundo ele, eram
fundamentais para analisar e lidar com as relações internacionais.
OS ANOS DE FORMAÇÃO
No primeiro princípio, Morgenthau afirmou que a política, assim como a sociedade,é
governada por leis objetivas que refletem a natureza humana. Por lei, entende-se uma
repetição consistente dos eventos, enquanto pela objetividade, entende-se o caráter
imutável dos fenômenos da política. 
No segundo princípio, Morgenthau dividiu os interesses em termos de poder, propondo
assim, fazer uma teoria na perspectiva estadista. Segundo ele, o segundo princípio
protege o realismoentre duas falácias: a preocupação com as motivações e com as
preferências ideológicas. Para contornar as tais falácias, Morgenthau afirmou que
todos os Estados têm o mesmo objetivo: o poder. Morgenthau começa a afirmar a
autonomia da esfera política em relação às demais esferas sociais e elevou a
racionalidade ao instrumento central do poder político. O uso da razão caracteriza a
esfera política.
No terceiro princípio, destaca o poder como um conceito universalmente definido, mas
cuja expressão varia no tempo e espaço. Isto é, o exercício do poder varia com o
contexto e com o lugar que o poder é exercido.
No quarto princípio, Morgenthau estabelece a importância dos princípios morais como
guias da ação política, mas afirma que devem ser subordinados aos interesses da
ação política. Em outros termos, o limite dos princípios morais é a prudência: ao
observar os princípios morais, o estadista tem que ter claro que a segurança e os
interesses do Estado que governa, não estão ameaçados.
No quinto princípio, Morgenthau afirma que os princípios morais não são universais e
sim particulares. As aspirações morais de uma nação não se aplica ao resto do
universo.
No sexto e último, Morgenthau reafirma com todas as letras a autonomia da esfera
política sobre as demais esferas, como a jurídica e a religiosa. Afirma que a política
estuda fenômenos específicos e que a tornam total e legitimamente autônoma em
relação às demais esferas sociais.
Para Morgenthau, o Estado define o interesse nacional, que pode ser traduzido em
termos de poder. Desse ponto de vista, a existência da anarquia internacional impõe ao
estadista a noção de ética de responsabilidade, segundo a qual o único interesse
nacional é a sobrevivência do Estado. Segundo ele, a política pode visar um desses três
objetivos: manter o poder, aumentar o poder e demonstrar poder. E esses três objetivos
se traduzem a manutenção do statos quo, pela expansão ou pela busca do prestígio.
A manuntenção do statos quo, significa a manutenção do equilíbrio de poder existente e a
tolerância de mudanças que não o perturbem.
A expansão, pode ser tanto local, como regional ou global. E pode resultar tanto uma
vitória militar, quanto a fraqueza dos demais Estados. A expansão pode ser militar,
econômica ou cultural.
O prestígio chega ao seu ápice quando o uso da força se torna desnecessária e basta a
ameaça para atingir seus objetivos.
 
O realismo clássico e seus críticos 
 
1. John Herz
1.1 Dimensão ética nas Relações Internacionais
1.2 Dilema de Segurança
2. Revolução Behaviorista e suas consequências
- Destaques: Talcott Parsons e Morton Kaplan
2.1 Maior influência dos métodos quantitativos na análise das relações
internacionais
2.2 Maior influência para outras áreas do conhecimento
2.3 Debate sobre níveis de análise
3. David Singer
4. Raymond Aron
5. Martin Wight
A publicação do Livro “Theory of International Politics'' de Kenneth Waltz foi em decorrência
ao questionamento do Realismo como análise basilar aos estudos da Relações Internacionais.
Com premissas questionadas nos centros acadêmicos e formulações científicas: o Estado com
papel primordial no nível internacional e a execução dos estudos sobre a política nos
setores de ensino superior. O autor do livro em foco argumentou a favor do realismo como
regular aos estudos científicos aprofundados, posto isso criou-se a teoria neo-realista. 
teoria neo-realista: com reatualização das ideias iniciais e aplicou rigidez junto a um
observação internacional carregada de cuidado nas nuances dos eventos eclodidos.
Waltz dizia que o seu realismo era estrutural
> em síntese, de modo geral, buscou compreender e então explicar a continuidade e repetição
de certos eventos. 
> essas explicações seria em relação às mudanças de comportamento inevitável partir disso
ele expande e aplica os porquês da continuidade. 
 
A reação neorrealista
> O fenômeno da guerra era o cenário que as relações internacionais buscavam entender, e a
sua permanência vem da anarquia internacional. E a causa da guerra para ser encontrada
precisa ser procurada no nível mundial, em caso contrários às conclusões seriam superficiais. 
> a estrutura internacional analisada não é apenas o somatório dos Estado, na verdade ela
coordena esses agentes através de dois mecanismo. 
socialização: aplica padrões aceitáveis no âmbito social, isso é dito pelas instituições sociais (
igreja, família, Estado etc). Contudo o não aceitável apesar de ser possível não será visto com
aprovação
 competição: a busca pelo sucesso, da elite, é imitada pelos estágios subalternos. 
a característica de qualquer estrutura são três: 
princípio ordenador: hierárquica e anárquica 
as peculiaridades de suas unidades: divisão de trabalho terão a mesma obrigação ou
apresentam especialidades
a distribuição das capacidades dessas unidades: bipolar ou multipolar 
— Apesar que o exercício de poder esteja inserido nas relações internacionais, na visão de Waltz o
âmbito internacional seu princípio ordenador é a anarquia, porque não apresenta um gestão legítima
que trabalhe na coerção, mesmo que a influência de certos Estados interfira em outros ainda não
significa que existe uma autoridade.
— as características das unidades buscam preservar a sua existência aliada a execução das suas
funções. 
— a capacidade se refere a distribuição de recursos para execução do poder dentro do sistema
construído por essas unidades. O bipolar é mais estável e transparente reduzindo a incerteza, o que
ocorre o oposto no sistema multipolar.
sociedade: é a existência de ordem X anarquia: ausência de ordem 
> em termos internacionais, os Estados buscam preservar a vida, garantir a conservação dos seus bens
e sempre ter a verdade. Mesmo que seja um paradoxo, ao iniciar uma guerra a finalidade geral é
preservar a vida. Na busca de manter a propriedade aplica os princípios de reconhecimento da
soberania. E, por fim, no alcance da verdade ocorre a elaboração de tratados. O resumo geral obtém,
então, a ordem. 
sistema internacional: conjunto de todos os Estados de diferentes execuções, visões, ou seja,
divergência evidente. 
sociedade internacional: compartilhamentos de visões, seja valores ou ideias
sociedade mundial: uma ordem acima da estatal. 
O Realismo ocupou uma posição dominante nas Relações
Internacionais durante várias décadas, e apesar dos
questionamentos e dos desafios, ele continua sendo uma teoria muito
muito influente entre acadêmicos e tomadores de decisão. Isso se
deve a sua riqueza e a sua diversidade quanto a sua adaptação às
necessidades da política mundial contemporânea, sua capacidade de
resistência e de adaptação e sua habilidade em se colocar no centro
da disciplina.
Autores clássicos da atualidade: Morgenthau, Aron e Herz.
CONCLUSÃO
A década de 1990 foi de amplos debates na teoria das RI. As críticas ao realismo se
multiplicaram. A maioria das críticas destacavam a incapacidade do realismo de
prever e explicar a queda da União Soviética e sua inadaptação para lidar com o
mundo pós-Guerra Fria.
Novos assuntos: Globalização, novos atores e o possível/ eventual fim dos
conflitos.
Reação do Realismo: Vários pensadores chamaram atenção para a riqueza do
pensamento realista; Aprendeu-se com o caráter científico da abordagem realista
no decorrer das décadas de 1970 e 1980, e preservou-se isso como um ganho.
Realistas neoclássicos
Neo-realistas
O REALISMO, AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E O DEBATE CONTEMPORÂNEO
 
Referências Bibliográficas
 capítulo 2 - pontes nogueira, j. ; messari, n. teoria das
relações internacionais: correntes e debates. 1ª edição. rio
de janeiro: grupo editorial nacional; editora atlas
capítulo 1 - Morgenthau, h. política entre as nações

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