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1)Descrever as funções fisiológicas dos principais componentes do sistema reprodutor masculino; Testículos: testículo é circundado por uma cápsula fibrosa branca composta por tecido conjuntivo denso irregular, a túnica albugínea. ● Essa túnica se estende, formando septos chamados de lóbulos. ● Cada um dos 200 a 300 lóbulos dos testículos contêm de 1 a 3 túbulos bem enrolados, os túbulos seminíferos contorcidos, ○ onde os espermatozoides são produzidos e cada túbulo seminífero contêm dois tipos de células: as células espermatogênicas, e as células sustentaculares ou células de Sertoli, que têm várias funções no apoio à espermatogênese ● Depois que um espermatozoide é formado, ele é liberado para o lúmen do túbulo seminífero. Epidídimo: armazena os espermatozóides produzidos nos testículos. ● É o local de maturação dos espermatozóides, processo pelo qual o espermatozóide adquire motilidade e a capacidade de fertilizar um óvulo e isto ocorre ao longo de um período de aproximadamente 14 dias. ● ajuda a impulsionar os espermatozoides pelos ductos deferentes durante a excitação sexual, isso por meio da contração muscular lisa. Próstata: Secreta e armazena líquido rico em componentes ácidos (pH de aproximadamente 6,5) que contém diversas substâncias. ● O ácido cítrico é usado pelos espermatozoides para a produção de ATP por meio do ciclo de Krebs. ● Várias enzimas proteolíticas, como o antígeno prostático específico (PSA), pepsinogênios, lisozima, amilase e hialuronidase, que por fim quebram as proteínas de coagulação das glândulas seminais. ● A função da fosfatase ácida secretada pela próstata é desconhecida. ● A plasmina seminal é um antibiótico que pode destruir as bactérias. Glândula bulbouretral: fica inferior à próstata em ambos os lados da parte membranácea da uretra, no interior dos músculos profundos do períneo, e seus ductos se abrem para dentro da parte esponjosa da uretra ● secretam um líquido alcalino na uretra que protege os espermatozoides que passam a neutralizar os ácidos da urina na uretra. ● também secretam um muco que lubrifica a ponta do pênis e a túnica mucosa da uretra, diminuindo a quantidade de espermatozóides danificados durante a ejaculação Penis: Contém a uretra e é uma passagem para a ejaculação do sêmen e a excreção de urina. O corpo do pênis é constituído por três massas cilíndricas de tecido, cada uma circundada por tecido fibroso chamado de túnica albugínea . As duas massas dorsolaterais são chamadas de corpos cavernosos do pênis. A massa médio ventral menor, o corpo esponjoso do pênis, contém a parte esponjosa da uretra e a mantém aberta durante a ejaculação. A pele e uma tela subcutânea envolvem todas as três massas, que consistem em tecido erétil. Com o estimulo sexual, as fibras parassimpáticas sacral da ME levam informação para o cérebro e inicia a ereção. As fibras liberam NO e esse faz com que o músculo da parede das arteríolas do tecido erétil relaxe, dilatando-as. Isso permite maior passagem de sangue entre o tecido erétil do penis ● A combinação de fluxo sanguíneo aumentado e dilatação dos seios sanguíneos resulta em uma ereção. ● A expansão dos seios sanguíneos também comprime as veias que drenam o pênis; a desaceleração do fluxo de saída do sangue ajuda a manter a ereção. Túbulos seminíferos: contêm dois tipos de células: as células espermatogênicas, e as células sustentaculares ou células de Sertoli, que têm várias funções no apoio à espermatogênese Ducto deferente: transporta os espermatozóides, durante a excitação sexual, do epidídimo em direção à uretra por contrações peristálticas de seu revestimento muscular ● Pode armazenar espermatozóides durante vários meses. O espermatozóide armazenado que não foi ejaculado é reabsorvido. Glândula de cowper/bulbouretral: Faz a secreção de muco na uretra a partir da excitação. Ducto ejaculatório: Se forma na região superior a base da próstata e passam inferiormente e anterior à próstata Eles terminam na parte prostática da uretra, onde ejetam os espermatozóides e secreções das glândulas seminais pouco antes da liberação do sêmen da uretra para o exterior. Vesícula seminal: secreta e armazena líquido rico em frutose, prostaglandinas, ácido ascórbico, proteínas como o fibrinogênio e tirosina. 2)Descrever a regulação endócrina da função testicular por hormônio de liberação das gonadotrofinas, hormônio folículo-estimulante, hormônio luteinizante, testosterona e inibina; Liberação de GnRH pelo hipotálamo, age nos gonadotrofos da adeno-hipófise estimulando a produção e liberação de LH e FSH. O FSH age nas células de sertoli e o LH nas células de leydig. A principal função dos testículos é a produção de espermatozóides e os hormônios envolvidos na regulação da função reprodutora e virilização. Essas funções são reguladas pelas gonadotrofinas hipofisárias, FSH e LH. Esses hormônios circulam na forma não ligada no plasma e possuem meia-vida de 30 minutos (LH) e de 1 a 3 horas (FSH). O LH exibe flutuações no plasma de maior amplitude do que o FSH. ● Gonadotrofina produz resposta fisiológica pela ligação a receptores acoplados à proteína G, que fica na membrana das células de leydig e sertoli. ○ ativação da adenilato ciclase e aumento de AMPc ○ A elevação de AMPc ativa a proteína-quinase e fosforilações relacionadas com o efeito das gonadotrofinas. ● FSH: atua no controle da proliferação das células de sertoli e crescimento dos túbulos seminíferos, e como os túbulos são responsáveis pelos “volume” testicular, infere-se que o FSH aumenta o testículo. ● Liberação de GnRH é pulsátil, sabe-se de estímulo por meio de noradrenalina e neuropeptídeo Y (estimuladores) e outros inibidores como o estrogênio-estradiol. ○ GnRH liga-se a um receptor acoplado à proteína G nos gonadotrofos da adeno-hipófise, ativando a fosfolipase C e levando à estimulação do trifosfato de inositol, do diacilglicerol e da proteína-quinase C. ○ IP3 aumentado leva ao aumento de concentrações de Ca2+. NOTA: GnRH. A síntese da subunidade b do FSH é maior em resposta a pulsos de baixa frequência do GnRH e é suprimida por pulsos de maior frequência. A frequência e a amplitude maiores da estimulação do GnRH aumentam a síntese da subunidade B do LH. ● O LH estimula a produção de testosterona pelas células de Leydig. A testosterona liberada na circulação inibe a liberação de LH em uma alça de retroalimentação negativa. A testosterona pode se converter em estradiol e esse inibe a liberação de LH. INIBINA: produzida e liberada pelas células de sertoli por meio da ação estimulante do FSH. Ocorre a indução de respostas parácrinas e endócrinas. A inibina B é a mais importante no sexo masculino e age inibindo a secreção do FSH na adeno-hipófise por retroalimentação negativa. Um ponto interessante é que o nível de inibina B está diretamente relacionado com o total de espermatozoides e volume testicular-índice de espermatogênese que é associado a ação do FSH. Atua por meio da por meio de sua ligação a um receptor de serina/treonina-quinase que atravessa a membrana. ATIVINA: na hipófise, ela ativa a produção de síntese do FSH e é produzida por muitos tecidos e tipos celulares no adulto. Tortora; O FSH atua indiretamente ao estimular a espermatogênese (Figura 28.7). O FSH e a testosterona atuam sinergicamente nas células sustentaculares estimulando a secreção da proteína de ligação a androgênios (ABP) no lúmen dos túbulos seminíferos e no líquido intersticial em torno das células espermatogênicas. A ABP se liga à testosterona, mantendo a sua concentração elevada. A testosterona estimula as etapas finais da espermatogênese nos túbulos seminíferos. Uma vez alcançado o grau de espermatogênese necessário para as funções reprodutivas masculinas, as células sustentaculares liberam inibina, um hormônio proteico assim chamado por inibir a secreção de FSH pela adenohipófise (Figura 28.7). Se a espermatogênese ocorrer muito lentamente, menos inibina é liberada, o que possibilita maior secreção de FSH e aumento da espermatogênese. 3)Identificara célula que produz testosterona, sua biossíntese e seu mecanismo de transporte. Citar os outros androgênios fisiologicamente produzidos; Células de leydig, por estímulo de LH (adenohipófisis). Biossíntese de Testosterona: O LH, nas células de Leydig, aumenta a mobilização e o transporte do colesterol necessário para a produção de hormônios esteróides e também aumenta a expressão gênica e a atividade enzimática de esteroidogênese. O colesterol mobilizado, por meio da ação de uma proteína reguladora de esteroidogênese, é levado para dentro da mitocôndria, onde é convertido em pregnenolona, a primeira etapa para a síntese de todos os hormônios esteróides. A pregnenolona é levada para o REL onde é convertida em progesterona por meio da ação da enzima 3B-hidroxiesteróide-desidrogenase. A progesterona é convertida em androstenediona por ação da enzima 17a- hidroxilase. A androstenediona por sua vez, vai ser convertida em testosterona por intermédio da enzima 17B-hidroxiesteroide-desidrogenase. A maioria da testosterona está ligada em proteínas plasmáticas, como a globulina de ligação dos hormônios sexuais(SHBG-produzida em vários tecidos, cérebro, placenta e testículos) e à albumina(ambas produzidas no fígado). ● no testículo, a testosterona se liga à proteína de ligação dos androgênios (ABP), que é produzida pelas células de sertoli e liberada nos túbulos seminíferos. ● Nas células-alvo, a testosterona pode exercer um efeito direto mediado pelo receptor de androgênio, ou pode ser metabolizada em 17b-estradiol pela ação da aromatase ou em 5α-di-hidrotestosterona (DHT) pela ação da 5α-redutase. A inibina, outro hormônio gonadal é produzido nas células de sertoli pela ação do estímulo de FSH. é um hormônio glicoproteico e é considerado um fator de crescimento também. é formado pela junção de duas glicoproteínas heterodiméricas com subunidades alfa e beta (beta-a e beta-b). a principal função é inibir a secreção de FSH por meio de atuação de retroalimentação negativa. 4)Citar os órgãos-alvo ou tipos celulares, os mecanismos celulares de ação e os efeitos fisiológicos da testosterona; Nas células-alvo, a testosterona pode exercer um efeito direto mediado pelo receptor de androgênio, ou pode ser metabolizada em 17b-estradiol pela ação da aromatase ou em 5α-di-hidrotestosterona (DHT) pela ação da 5α-redutase. ● Conversão em estradiol: a maior parte ocorre no tecido adiposo e a conversão é mediada pela aromatização da testosterona. A aromatase depende da estimulação de citocinas e da presença de glicocorticóides para se expressar. um dos exemplos dessa conversão é o que ocorre nos ossos, o fechamento das epífises é mediado por essa conversão de testosterona em estradiol pela ação de aromatases nos osteoblastos e condroblastos. o 17B-estradiol é convertido em estrona, que é convertida em estriol, substância que é conjugada no fígado e excretada na urina. ● Conversão em DHT: ocorre nos tecidos periféricos, principalmente na pele, e é o andrógeno natural mais potente e ocorre por ação de duas isoenzimas (tipo 1 e tipo 2) da 5a-redutase. a tipo 2 é mais importante para a diferenciação sexual e a redutase tipo 1 é mais importante para o homem adulto. O DHT é inativado pela enzima desidrogenase que a converte em 3a-androstenediol, um androgênio fraco. A testosterona e o DHT se ligam a receptores de androgênios idênticos nas células-alvos, esses receptores são receptores nucleares relacionados a regulação da transcrição, ligação do DNA e ligação de ligantes. Quando ativam os receptores, os androgênios produzem respostas transcricionais produzindo proteínas específicas. Embora se liguem a receptores idênticos, a testosterona e a DHT produzem respostas diferentes. a Testosterona está relacionada a diferenciação sexual, libido, crescimento puberal da laringe, efeitos anabólicos no músculo e estimulação da espermatogênese, enquanto a DHT esta associada a virilização externas embrionais e puberais, assim como a calvície no homem adulto. 5)Descrever a espermatogênese e o papel dos diferentes tipos de células nesse processo; Refere-se ao processo de diferenciação contínua das células germinativas para a produção de espermatozoides, é controlada principalmente pela ação do FSH. ● O FSH atua indiretamente ao estimular a espermatogênese . O FSH e a testosterona atuam sinergicamente nas células sustentaculares(SERTOLI) estimulando a secreção da proteína de ligação a androgênios (ABP) no lúmen dos túbulos seminíferos e no líquido intersticial em torno das células espermatogênicas. ○ A ABP se liga à testosterona, mantendo a sua concentração elevada. A testosterona estimula as etapas finais da espermatogênese nos túbulos seminíferos. ○ Uma vez alcançado o grau de espermatogênese necessário para as funções reprodutivas masculinas, as células sustentaculares liberam inibina, um hormônio proteico assim chamado por inibir a secreção de FSH pela adenohipófise. ○ Se a espermatogênese ocorrer muito lentamente, menos inibina é liberada, o que possibilita maior secreção de FSH e aumento da espermatogênese. A espermatogênese ocorre em quatro etapas: 1)Proliferação: nessa etapa acontece a proliferação das espermatogônias que revestem o túbulo seminífero, elas provêm das células germinativas primordiais. Isso por meio de sucessivas mitoses. ● Das células produzidas por essas divisões mitóticas, algumas espermatogônias permanecem no reservatório “em repouso”, enquanto as outras proliferam várias vezes e sofrem 1 a 5 estágios de divisão e diferenciação. Após a última divisão, as células resultantes são denominadas espermatócitos primários. ● As espermatogônias “em repouso” ou primordiais '' permanecem em estado dormente por certo tempo e, a seguir, sofrem um novo ciclo de proliferação. 2)Meiose: Os espermatócitos primários sofrem duas divisões; a primeira divisão meiótica produz dois espermatócitos secundários. A divisão dos espermatócitos secundários completa a meiose e produz as espermátides 3)Espermiogênese: Essa fase caracteriza-se por alterações nucleares e citoplasmáticas que produzem espermatozoides com elementos essenciais ao desempenho de sua função. ● condensação do material nuclear da espermátide, ● a formação do acrossoma, o reposicionamento da espermátide para possibilitar ● a formação e o alongamento das estruturas da cauda, ● a formação da espiral mitocondrial e a remoção do citoplasma estranho, resultando em espermatozoides 4)Espermiação: Trata-se do processo final de liberação dos espermatozoides maduros das células de Sertoli na luz tubular REGULAÇÃO HORMONAL: A espermatogênese depende da estimulação pelas gonadotrofinas e da produção de testosterona. O FSH estimula a proliferação e a atividade secretora das células de Sertoli, enquanto o LH estimula a síntese da testosterona. Por sua vez, a testosterona estimula a espermatogênese por eventos mediados por receptores nas células de Sertoli. A elevação da testosterona intratesticular induzida pelo LH desempenha um papel essencial na indução e na manutenção da espermatogênese pelas células de Sertoli. A testosterona produzida pelas células de Leydig é transportada até as células germinativas em desenvolvimento ligada à ABP produzida pelas células de Sertoli em resposta à estimulação do FSH e liberada no compartimento adluminal. A síntese de ABP requer que a célula de Sertoli esteja sob influência androgênica, ressaltando a importância da testosterona na função das células de Sertoli e a dependência dos mecanismos parácrinos de ação hormonal.
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