Análise de Rótulos de Alimentos

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PRÁTICA 03:
Será que conhecemos o que ingerimos?
 
 
 
 
 Discente: Cicero Ernandes de Melo Santos
Serra Talhada, PE
Outubro de 2020
Discente: Cicero Ernandes de Melo Santos
Prática 03:
Será que conhecemos o que ingerimos? 
Relatório da aula prática apresentado para o professor da disciplina de Análise Química de Alimentos do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada.
Profª. Drª. Sueny Kêlia Barbosa Freitas
Serra Talhada – PE
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Unidade Acadêmica de Serra Talhada
Análise Química de Alimentos
Professora: Sueny Kêlia Barbosa Freitas
 	
Outubro de 2020
Sumário
1 – INTRODUÇÃO	4
2 – OBJETIVO	5
3 - MATERIAIS E MÉTODOS	5
3.1 MATERIAIS	5
3.3 MÉTODO	5
4 - RESULTADO E DISCUSSÃO	5
5 – CONCLUSÃO	8
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	9
1 – INTRODUÇÃO
A grande diversidade de empresas e indústrias que fabricam e produzem alimentos industrialmente acarretam em uma diversidade de produtos que diferenciam entre si, o que torna mais interessante para os consumidores, pois há muitas opções para se adquirir, bem como há vantagens em relação ao preço e qualidade. No entanto, uma das coisas que tornam os produtos produzidos por diferentes tipos de indústrias é a rotulagem, pois há uma padronização que é exigida por órgãos de controle e de fiscalização de alimentos.
A rotulagem de alimentos possui a capacidade de tornar a comunicação mais direta entre o produtor e o consumidor dos alimentos. São estas informações presente nos rótulos que dão identidade ao alimento e impactam significativamente a forma como o consumidor adquire e se interessa. Nesse sentido, os rótulos necessariamente precisam ser claros e transparentes, pois, só assim poderá cumprir o objetivo de orientar a escolha adequada do produto (RGNUTRI, 2020). 
Qualquer tipo de inscrição e/ou caractere que estiver apresentada na embalagem de um alimento é considerada rótulo, seja ela legenda, imagem, matéria descritiva ou gráfica, que esteja escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo, litografada ou colada sobre a embalagem do alimento (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002). Assim, para que haja coerência com a legislação, as inscrições devem contemplar na totalidade as informações obrigatórias regulamentadas pela legislação brasileira. Pois, qualquer informação que estiver além da obrigatoriedade deve obedecer aos regulamentos para informações complementares (RODRIGUES, 1999).
A responsável por regulamentar a Rotulagem Nutricional Obrigatória (RNO) entre outras variedades de rotulagem no Brasil, é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que faz parte de uma política nacional para a redução dos índices de sobrepeso, obesidade e de outras condições relacionados aos hábitos alimentares da população. No Brasil a rotulagem deve apresentar, obrigatoriamente, as seguintes informações: Denominação de venda do alimento; Lista de ingredientes (composto, água, misturas, aditivos); Conteúdos líquidos; Identificação da origem; Identificação do lote; Prazo de validade; Instruções para a principal utilização e preparo pelo consumidor (RODRIGUES, 1999).
Os rótulos traduzem-se como uma forma simples útil e de extrema utilidade para os clientes e para os produtores, pois há utilidades práticas que quando bem apresentadas facilitam a escolha e manipulação dos produtos. Nesse sentido, a presente prática teve como objetivo a análise de informações de rótulos em diferentes alimentos industrializados. 
2 – OBJETIVO
Realizar análise de informações dispostas nos rótulos de alimentos industrializados, afim de verificar o conhecimento comum que temos acerca da qualidade do produto.
3 - MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS 
· Sardinha enlatada (pescada)
· Chocolatto (chocolate em pó)
· Arroz parboilizado
· Leite em pó
· Cuscuz
3.3 MÉTODO
· Procurar em casa, cinco diferentes tipos de alimentos industrializados e analisar o rótulo de cada um.
· Anotar para cada produto os itens obrigatórios no rótulo:
· Lista de ingredientes
· Identificação de origem
· Número de lote
· Prazo de validade
· Modo de conservação do produto
· Instruções sobre preparo e uso (quando necessário)
· Conteúdo líquido
· Após a análise, anotar todas as informações contidas no rótulo.
· Ao fim de cada anotação, escrever o conhecimento sobre o que foi informado no rótulo.
4 - RESULTADO E DISCUSSÃO
Os produtos alimentícios escolhidos foram a “Sardinha enlatada (pescada)”, “Chocolatto (chocolate em pó)”, “Arroz”, “leite em pó” e “cuscuz”. Estes foram adquiridos em um supermercado no município de Serra Talhada, Pernambuco. 
Em relação aos constituintes nutricionais, fica evidente que todos os alimentos analisados não apresentaram gorduras trans, o que em meu entendimento, torna mais saudável e seguro para os consumidores. Além disso, é notável a preocupação das indústrias alimentícias atualmente com a qualidade de seus produtos.
Ao analisar a sardinha enlatada percebe-se que este rótulo é rico de informações, como observado na tabela 01, pois as principais informações estavam dispostas em sua embalagem. No entanto, um dos pontos negativos deste rótulo é o tamanho de fonte das letras impressas, pois são muito pequenas, o que exige um nível maior de atenção.
Tabela 01. Informações importantes apresentadas na embalagem da sardinha enlatada.
	Sardinha enlatada (pescada)
	 Denominação de venda
	Sardinha ao próprio suco com molho de tomate
	
Lista de ingredientes
	Sardinha, água de constituição (ao próprio suco), molho de tomate preparado (água, óleo vegetal de soja, polpa de tomate, açúcar, cebola, alho, louro, coentro, pimenta vermelha, pimenta Jamaica, cravo, salsa, realçador de sabor glutamato monossódico, espessante: carragena, acidulante ácido cítrico, emulsificante: estearoilactato de sódio, aromatizante natural) e sal
	 
Identificação de origem 
	Camil alimentos S/A – Unidade de beneficiamento de pescados e produtos de pescado – Rua Orlando Ferreira, 705 – Machados – CEP 88.371.900 – Navegantes – SC – CNPJ 64.904.295/0028-23. Indústria Brasileira. Registro no ministério da agricultura SIF/DIPOA sob N° 0019/558
	Número de lote
	062. 23:41. R04
	Prazo de validade
	Mar/2024
	Modo de conservação do produto
	Mantenha em local seco e arejado. Após aberto retirar o produto da lata, conservando-o sob refrigeração, em embalagem fechada, por no máximo 72 horas
	Conteúdo líquido
	125 g – Peso drenado 83 g
	Instruções sobre preparo e uso
	Não informado
Apesar de ter uma embalagem mais atraente e com tamanho de letras maiores, as informações disponíveis no rotulo do produto analisado são menos ricas do que a do produto anterior (sardinha enlatada). A “denominação de venda”, não foi disponibilizada, além de informações menos detalhadas, como observado tabela 02.
Tabela 02. Informações importantes apresentadas na embalagem do chocolate em pó.
	Chocolatto (chocolate em pó)
	 Denominação de venda
	Não informado
	Lista de ingredientes
	Açúcar, cacau em pó, maltodextrina, minerais, vitaminas, emulsificante lectina de soja e aromatizante
	 
Identificação de origem 
	Três corações alimentos S/A. BR-101 – Km 10,5 – lote 140 quadras 4 e 5 – Bairro Nossa Senhora da Apresentação. CEP 59115-001 – Natal – RN/Brasil. CNPJ 63.310.411/0014-18
	Número de lote
	B17 L56M
	Prazo de validade
	23/04/2021
	
Modo de conservação do produto
	Mantenha o pacote bem fechado em lugar fresco e seco. Após aberta a embalagem, recomenda-se o consumo do produto em até 30 dias. Evite utensílios molhados ao manusear o pó dentro da embalagem
	Conteúdo líquido
	200 g
	Instruções sobre preparo e uso
	Adicione 2 colheres (sopa) bem cheias de achocolatado (aproximadamente 20 g) a uma caneca ou copo de leite (aproximadamente 160 mL). Mexa bem e está pronto. 
	Em relação ao arroz, esta foi uma das embalagens com menos riqueza de detalhes, pois não houve informações com muitos detalhes. No entanto, considera-se satisfatório para fins deinformação para o consumidor, uma vez que este é um produto mais simples de ser processado e de ser consumido, como observado na tabela 03. 
Tabela 03. Informações importantes apresentadas na embalagem do pacote de arroz.
	Arroz
	 Denominação de venda
	Arroz parboilizado
	Lista de ingredientes
	Arroz parboilizado
	 
Identificação de origem 
	Cooperativa agroindustrial cooperja. Sede administrativa: Avenida padre Herval Fontanella, 500 Jacinto Machado – Santa Catarina. Fone (48) 3535-6000
	Número de lote
	070 M6/PE
	Prazo de validade
	09/06/2021
	Modo de conservação do produto
	Conservar em local seco e arejado
	Conteúdo líquido
	1 Kg
	
Instruções sobre preparo e uso
	1 colher de sopa de óleo, 1 xícara de arroz. Levar ao fogo e deixar fritar, após, adicione 2 xícaras de água quente, sal e tempero a gosto. Quando ferver, tampe a panela e deixe cozinhar durante 15 minutos em fogo brando. Retire a panela do fogo e abafe por 10 minutos
	O leite em pó é um dos alimentos que demandam mais processos de preparo e de tratamento, portanto, envolve adições de muitos conservantes, emulsificantes. Além disso, a produção do leite envolve processamento relativamente difícil, o que torna relevante uma riqueza maior de detalhes. Portanto, considera-se que o leite em pó foi um dos alimentos que apresentaram maior riqueza de detalhes, como observado na tabela 04.
Tabela 04. Informações importantes apresentadas na embalagem do pacote de leite em pó.
	Camponesa Integral
	 Denominação de venda
	Leite em pó integral
	Lista de ingredientes
	Não informado
	
 Identificação de origem 
	Embaré indústrias alimentícias S/A. Usina de beneficiamento. Avenida Brasil, 241 – Bairro centro – CEP 35590-000. Lagoa da prata, Minas Gerais. CNPJ 21.992.946/0001-51.
	Número de lote
	0316 05
	Prazo de validade
	17/04/2021
	
Modo de conservação do produto
	Conservar em local seco e arejado. Quando não for utilizado todo o conteúdo, dobre a embalagem e guarde em recipiente fechado e seco. Dessa forma, o produto estará bom para o consumo por mais 15 dias.
	Conteúdo líquido
	200 g
	Instruções sobre preparo e uso
	Prepare 1 copo (200 mL) adicionando 2 colheres (sopa) (130 g) do leite em pó em água morna e misture bem
	O cuscuz também é um produto que parece ser semelhante ao arroz em relação ao processamento e preparo do produto, portanto, apresenta informações com menor riqueza de detalhes. Como é observado na tabela 05, considera-se que as informações apresentadas são satisfatórias levando em consideração a simplicidade do alimento.
Tabela 05. Informações importantes apresentadas na embalagem do pacote de cuscuz.
	 Cuscuz
	 Denominação de venda
	Farinha de milho pré-cozida
	Lista de ingredientes
	Farinha de milho pré-cozida
	
 Identificação de origem 
	Pajeú Nordeste Ltda. Fazenda malhada cortada, 1625 Lote 4D – Galpão B. Bairro São Sebastião, Serra Talhada – Pernambuco. CNPJ 02.814.573/0007-70. Indústria Brasileira
	Número de lote
	04/20
	Prazo de validade
	04/10/2020
	Modo de conservação do produto
	Manter em local seco e arejado
	Conteúdo líquido
	400 g
	
Instruções sobre preparo e uso
	Coloque a farinha de milho em uma vasilha, adicione a água, o sal, misture e deixe descansar por 10 minutos. Passe a mistura para uma cuscuzeira, misture e deixe descansar por 10 minutos, sem apertar a superfície. Tampe e leve ao fogo baixo por 10 minutos. Desligue o fogo, espere 3 minutos e desenforme 
5 – CONCLUSÃO
Após a realização da prática, foi possível verificar o quão simples pode ser a análise de rótulos em produtos alimentícios, no entanto, há informações que devem ser melhor apresentados, com tamanhos de fontes maiores, por exemplo. Com a realização da prática, foi constatado a importância de se ter informações relevantes para o consumidor. 
Os alimentos necessitam ser devidamente caracterizado, de modo que os consumidores saibam encontrar as informações de maior interesse para o seu uso. Pois, uma informação incompleta e/ou com pouco legibilidade torna confuso e pode lezar o consumidor propositalmente ou não. 
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Resolução RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002. Aprova o Regulamento técnico para rotulagem de alimentos embalados. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 set. 2002.
RODRIGUES, H. da R. Manual de rotulagem. Embrapa Agroindústria de Alimentos-Documentos (INFOTECA-E), 1999. 
ROTULAGEM DE ALIMENTOS: SAIBA O QUE É OBRIGATÓRIO NESTA PRÁTICA! RGNUTRI, 2020. Disponível em: <http://www.rgnutri.com.br/2019/07/08/rotulagem-de-alimentos/>. Acesso em: 05 de outubro de 2020.
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