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Questões sobre doenças bacterianas

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Questões sobre doenças bacterianas
Questão 01 - Sobre o Mormo, descreva sua patogenia, discorra como deve ser realizado o diagnóstico diferencial para outras enfermidades, comente sobre os principais riscos a saúde pública gerados por esse agente.
	
Com relação a sua patogenia, o agente penetra pela mucosa intestinal, atinge os linfonodos onde fazem proliferação e se espalham para órgãos de eleição via corrente sanguínea. O agente é encontrado nos pulmões, porém pode ser observado também na pele e mucosa nasal. Nos animais infectados, formam-se lesões primárias na faringe, estendendo-se para o sistema linfático onde causa lesões nodulares. Metástases são encontradas nos pulmões, baço, fígado e pele. No septo nasal podem ocorrer lesões primárias de origem hematógena ou secundária a um foco pulmonar.
O diagnóstico diferencial inclui garrotilho (Streptococcus equi), linfangite ulcerativa (Corynebacterium pseudotuberculosis), botriomicose, esporotricose, pseudotuberculose (Yersinia pseudotuberculosis), linfangite epizootica (Histoplasma farciminosum), poxvírus equino, tuberculose e traumas e alergias, porém só devem ser pensados após descartar a suspeita de mormo, sendo a sorologia indispensável e a submissão de amostras para isolamento e/ou identificação procedidas sempre que disponíveis. Esfregaço de exsudatos ou lesões frescas são submetidos à microscopia, e fragmentos ou lesões inteiras e secreções devem ser enviados para isolamento e/ou identificação do agente, sendo preferidas lesões fechadas e não-contaminadas e meios contendo glicerol.
No que diz respeito aos riscos a saúde pública, a enfermidade é pouco frequente no homem, quem tem mais riscos de se contaminar são pessoas que tem contato direto com os equinos, como tratadores e veterinários, ou quem manipula material em laboratório. O êxito no tratamento em humanos, semelhante a uma pneumonia, depende do estágio da enfermidade.
Questão 02 - Em um rebanho bovino de exploração de leite os animais com faixa etária entre 5 e 7 anos estão emagrecendo. Alguns animais estão apresentando tosse e dorso arqueado. Você como Médico Veterinário é solicitado para tentar resolver a problemática apresentada. Você suspeita de tuberculose e resolve fazer a tuberculinização desses animais. Alguns desses animais reagem com medidas da pele acima de 6,0 mm, ou seja, resultado positivo para Tuberculose. Outros nas mesmas condições não reagem ou são considerados como resultado inconclusivos. Esses animais são levados para o abate em matadouro com inspeção, porém esses, animais de resultado inconclusivo foram os que mais apresentaram lesões de tubérculos no pulmão e outros já com tuberculose generalizada. Pergunta-se, qual a razão desses animais não terem reagido à tuberculinização?
Há bovinos que, embora infectados, não reagem à tuberculinização devido a uma deficiência temporária do sistema imunitário, induzida por inoculações sucessivas de tuberculina ou aplicação de altas concentrações do antígeno, denominada dessensibilização. É um fenômeno de curta duração e cessa quando a população de linfócitos T é restabelecida. 
Além disso, animais com tuberculose crônica também não reagem a tuberculinização.
Questão 03 - Qual a idade ideal e quais bovinos devem ser imunizados contra brucelose utilizando as vacinas B19 e RB51?
A B-19 deve ser utilizada em fêmeas bovinas e bubalinas entre três e oito meses de idade. Já a RB51 será utilizada em fêmeas bovinas e bubalinas com idade acima de 8 meses, que não foram vacinadas entre 3 e 8 meses de idade com vacina B19, sem a necessidade de testes.
Questão 04 - Com foco A leptospirose é uma zoonose de ocorrência mundial, causada por bactérias do gênero Leptospira. Trata-se de uma doença infectocontagiosa que acomete o ser humano, animais domésticos e silvestres, amplamente disseminada, assumindo considerável importância como problema econômico e de saúde pública. A doença é de notificação obrigatória. A prevalência de leptospirose depende de um animal portador, que é o disseminador da contaminação, da sobrevivência do agente no ambiente e do contato de indivíduos suscetíveis com o agente. A persistência de focos de leptospirose é devida aos animais infectados, convalescentes e assintomáticos, os quais se comportam como fonte contínua de contaminação ambiental. Nesse contexto, avalie as afirmações que se seguem.
 I. Nos animais, a infecção ocorre por inalação do agente, ingestão de água ou alimentos contaminados por urina de animais doentes ou portadores.
 II. No Brasil, a leptospirose é uma doença endêmica, tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, principalmente nas capitais e áreas metropolitanas. 
 III. Em situações de rotina, os métodos sorológicos são escolhidos preferencialmente para o diagnóstico da leptospirose. Os mais utilizados no Brasil são o teste ELISA e a microaglutinação (MAT).
 IV. A efetividade das ações de prevenção e controle com relação aos animais (sinantrópicos, domésticos ou de criação) e a consequente diminuição do nível de contaminação ambiental são importantes para a redução do número de casos humanos de leptospirose. 
É CORRETO o que se afirma em:
a) I e III, apenas. b) I e IV, apenas. c) II e III, apenas. d) I, II e IV, apenas. e) II, III e IV, apenas.
Questão 05 - O botulismo é uma das principais causas de mortalidade em bovinos no Brasil. A doença é originada pela ingestão de neurotoxinas C ou D de Clostridium botulinum previamente formadas em matérias orgânicas decompostas. A atuação do médico veterinário envolve não só o diagnóstico, prevenção e controle da doença, mas também o manejo sistêmico do ambiente. Considerando a atuação recomendada, esse profissional deveria
I. Implementar suplementação mineral, principalmente à base de fósforo para evitar a osteofagia, e vacinação sistemática do rebanho.
II. Promover a pré-compostagem de carcaças e incineração de ossos.
III. Promover o manejo do ambiente, para evitar acúmulo de água, e a drenagem de áreas alagadas. 
IV. Divulgar informações sobre os fatores de risco da doença para que medidas de manejo sanitário sejam compreendidas pelos produtores. 
V. Recomendar aos produtores enterrar as carcaças de animais que morrem da doença. 
É CORRETO o que se afirma em: 
a) I e III, apenas. 
b) IV e V, apenas. 
c) I, II e V, apenas. 
d) I, II, III e IV, apenas. 
e) II, III, IV e V, apenas.
Questão 06 - Você na qualidade de médico veterinário é solicitado para realização de uma assistência técnica em uma criação de ovinos, ao realizar a inspeção dos animais você constata que vários animais apresentam-se com escore nutricional abaixo do desejado haja vista que esses animais são criados em sistema semi-intensivo com suplementação a cocho, alguns animais apresentam os linfonodos superficiais aumentados de volume, sendo que linfonodos apresentam-se com uma leve alopecia no centro, ao questionar o proprietário, o mesmo afirma que os animais foram introduzidos recentemente no rebanho oriundos de outro estado. Qual o possível diagnóstico? Quais atitudes você na qualidade de médico veterinário irá realizar para resolver esse problema na propriedade e manter a sanidade dos animais?
 O possível diagnóstico é linfadenite caseosa, e as primeiras medidas a serem tomadas nesta propriedade são a realização de inspeção periódica do rebanho e retirada dos animais com abscessos ou lifonodos aumentados, a realização da higienização periódica das instalações, evitar aquisição de animais com abscessos ou linfonodos aumentados, tratar qualquer tipo de ferimento para evitar contágio e isolar os animais que aparentarem estar doentes. As medidas higiênicas devem ser rigorosas, devendo haver sempre desinfecção dos equipamentos utilizados.
Questão 07 - Qual o procedimento deve ser realizado em uma propriedade com casos de animais que vieram a óbito com suspeita de infecção por Clostridium chauvoei?
O controle e profilaxia deve ser feito a partir de medidas adequadas de manejo e com vacinações sistemáticas de todo o rebanho, já que os animais estão em permanentecontato com os agentes e com os fatores que poderão desencadear as enfermidades. Em casos de surtos animais devem ser vacinados ou revacinados.
Deve-se proceder à vacinação de bovinos a partir de 4 meses de idade. Pode ser importante vacinar e revacinar com 20-30 dias de intervalo entre as doses, principalmente se a ocorrência da doença é frequente na região.
A transferência dos animais para áreas distantes do sítio de contaminação pode ser uma estratégia, porém nem sempre efetiva. Carcaças devem ser incineradas para prevenir a disseminação da bactéria.
Questão 08 - Fale sobre as manifestações clínicas, patogenicidade e diagnóstico da leptospirose.
Em cães, os sinais iniciais são febre, letargia, depressão, perda de apetite, taquipneia, evoluindo pra vômito, diarreia, mialgia e icterícia. Em cães filhotes pode se manifestar através de tendências hemorrágicas, hematêmese, melena, epistaxe e petéquias em mucosas.
A patogenia da leptospira inclui a penetração ativa dos microrganismos pelas mucosas, pele escarificada ou integra. Vencidas as barreiras da porta de entrada, as leptospiras multiplicam-se no espaço intersticial e nos humores orgânicos (sangue, linfa e líquor), caracterizando um quadro agudo septicêmico denominado de leptospiremia. As lesões primárias são atribuídas à ação mecânica do microrganismo nas células endoteliais de revestimento vascular. A consequência direta das lesões dos pequenos vasos é o extravasamento sanguíneo para os tecidos (hemorragias), formação de trombos e o bloqueio do aporte sanguíneo nas áreas acometidas na fase aguda da infecção.
Já o diagnóstico pode ser feito por método direto através do Isolamento do agente, PCR e microscopia de campo escuro ou através de método indireto, pela soroaglutinação microscópica (SAM), ELISA, imunofluorescência, histoquímica ou imuno-histoquímica.
Questão 9 – Descreva a patogenia e os principais sinais clínicos apresentados por um bovino infectado pelo Corinebacterium renale?
A patogenia depende do refluxo anormal de urina contaminada por bactérias desde o trato urinário inferior até a pelve renal e túbulos, através de adesão ao epitélio vulvar e colonização do revestimento mucoso da bexiga.
Os sinais clínicos são cistite, febre, anorexia, diminuição da produção de leite, inquietação (chute na região abdominal), disúria, dorso arqueado, hematúria e lesão renal.

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