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ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 1 A1 – OBESIDADE Mecanismos de regulação do apetite: Fome: NPY e AgRP X Saciedade: POMC e CART Comportamento alimen- tar é controlado pelas sensações de fome, ape- tite e saciedade. Classificação (adultos) Peso normal 18,5 – 24,9 Sobrepeso 25-29,9 Obesidade G1 30-34,9 Obesidade G2 35-39.9 Obesidade G3 (mórbida) >= 40 Distribuição da gordura corporal Androide Mais gordura visceral, maior risco de saúde re- lacionados ao peso Maçã Ginoide Menos gordura visceral, menor risco de saúde relacionados ao peso Pera Cintura/quadril M > 0,85 H> 1,0 Circunferência da cintura Aumentado: M > 80cm. Muito aumentado M > 88cm Aumentado: H > 94. Muito aumentado > 102cm Estômago Grelina e Orexinas Produzidas em jejum no estômago. Ação no hipotálamo. Estimulo ao centro da fome Duodeno Colecistoquinase e GLP1 Inibe a fome e aumenta a saciedade Jejuno e cólon Insulina, Oxintimodulina Estimula a saciedade Cólon e reto Pepitídeo YY (PYY) Diminuição da sensação de fome Células adiposas Leptina e Adiponectina Diminui a fome e aumenta a saciedade. Adiponectina aumenta a sensibilidade do nosso corpo à insulina Classificação (infantil e adolescência) Valores críticos Diagnóstico nutricional < 0,1 Magreza acentuada 0,1 até <3 Magreza 3 até 85 Eutrófico >85 até 95 Sobrepeso >95 até 99,9 Obesidade >99,9 Obesidade grave Síndrome metabólica Alterações fisiológicas, bioquímicas e metabólicas relacionadas a distribuição de gor- dura corporal que aumentam risco CV e de DM2 -> adiposidade visceral e RI levam a diversas alterações. Aumento de 5x no risco de DM2 e 2x no risco de DCV em 5-10 anos Presença de 3 dos 5 primeiros: SM pelo NCEP Circunferência abdominal M>88cm e H>102cm Triglicerídeos >=150mg/dl HDL M<50mg/dl H<40mg/dl Pressão arterial >=130/85mmHg Glicemia em jejum >=110mg/dl Microalbuminúria (só no WHO) ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 2 Consequências da obesidade visceral: aumento do aporte de ácidos gravos livres na veia porta, aumentando a concentração de gordura hepática; resistência à insulina; metabolismo da glicose prejudicado – dislipidemias e hipertensão. Microbiota intestinal: aumento de firmicutes em relação a bacterioidetes – maior extração e estocagem de calorias dos alimentos ingeridos. TRATAMENTO – MODIFICAÇÃO DOS HÁBITOS E VIDA Educação nutricional Dieta hipocalórica balanceada em relação aos nutrientes Atividade física programada Atividade aeróbica: 20-60minutos de exercício contínuo (4-5 vezes/semana) + exercícios de resistência muscular (2 ve- zes/semana) Mudança comportamental Atividades diárias; atividades domésticas TRATAMENTO – MEDICAMENTOSO Orlistate 120mg 1-3x/dia Inibidor de lipases gastrointestinais: diminui a absorção a nível intes- tinal de 30% dos triglicerídeos ingeridos. Perdas ou evacuações oleosas, flatulência, urgência para evacuar, aumento das evacuações, desconforto/dor abdominal, fezes líqui- das, infecções do trato respiratório superior (resfriado e dor de gar- ganta), hipoglicemia, cefaleia Sibutramina 10mg e 15mg, Inibe a recaptação pré-sináptica de serotonina e da noradrenalina. Maior quantidade de serotonina e noradrenalina na fenda sináptica e neurônio pós-sináptico = aumento da saciedade e redução da fome Constipação, boca seca, insônia, aumento da FC, palpitações, au- mento da PA, vasodilatação, náuseas, agravamento de hemorroidas existentes, delírio, tonturas Lorcasereina 10mg 2x/dia Ativação dos receptores específicos de serotonina subtipo 5-HT2c que estão localizados no hipotálamo (ativação do sistema POMC), re- gião do SNC que controla a sensação de fome, saciedade e regulação do gasto energético Cefaleia, náuseas. Não associar com inibidores de recaptação de serotonina (síndrome serotoninérgica). Aumento de risco de câncer e mamas Liraglutida 3mg (+- o dobro da usada na DM) Age de maneira semelhante ao GLP-1. Retarda o esvaziamento gás- trico. Atua no hipotálamo, prolongando a sensação de saciedade Náuseas, vômitos, diarreia e cefaleias. Risco de pancreatite e câncer medular de tireoide Lisdexafentamina Inicial: 30mg/dia Terapêutica: 50- 70mg/dia Pró-fármaco da dextroanfetamina. Aprovado em 2018 para trata- mento de TCA moderado (4-7 episódios/semana) ou grave (8-13 epi- sódios/semana) Insônia, agitação, ansiedade, redução da libido, cefaleia, tontura Derivados anfeta- mínicos ↑ liberação da noradrenalina dentro da fenda sináptica. Atua no nú- cleo lateral do hipotálamo. Efeito periférico: ↑ a lipólise por ação nos receptores beta adrenérgicos Efeito rebote de ganho de peso quando para de tomar e não se reali- zada uma mudança de hábito de vida Topiramato 68-384mg/dia ↑ sensibilidade a leptina, expressão de neuropeptídios da termogê- nese e de enzimas lipolíticas. Inibe receptores gabaminérgicos no hi- potálamo Alterações de memória, parestesias, disfunção cognitiva, alterações de humor e interferência com ACO Buproprioan (+Naltrexona) 90/8mg até 2x/dia Inibidor seletivo da recaptação de catecolaminas + antagonista de receptores opioides. Leva ao sinergismo de ação em neurônios da POMC Serotoninérgicos Fluoxetina, sertralina. Coadjuvante no tratamento da ansiedade ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 3 *Indicações: IMC >30; IMC > 25 com comorbidade; falência dos tratamentos anteriores (perda de peso < 1% do peso inicial por mês, após três meses de tratamento não-farmacológico). TRATAMENTO – CIRÚRGICO Cirurgia bariátrica Indicações: IMC > 40kg/m² ou IMC > 35kg/m² associado a comorbidades. Falha no tratamento clínico após 2 anos. Obesi- dade grave há mais de cinco anos. 18-65 anos Precauções: ausência de uso de drogas ilícitas e eti- lismo; ausência de quadros psicóticos ou demenciais moderados a grave; compreensão dos riscos e mu- danças de hábitos inerentes à cirurgia. Necessidade de acompanhamento multidisciplinar a longo prazo Complicações agudas: tromboembolismo, fístulas, deiscência de suturas, estenoses, infecções, hemorra- gias, hérnias, obstrução intestinal. Complicações tardias: anemia ferropriva, deficiências vitamínicas, diarreia com flatulência excessiva, sín- drome de Dumping, doenças oesteometabolicas Balão intragástrico IMC entre 30 e 34,9 e obesidade grau 3 (IMC>40) como preparatório para cirurgia bariátrica Efeitos colaterais: náuseas, vômitos e dores abdomi- nais (por uma semana – em média) ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 4 A2 – NEUROENDOCRINOLOGIA HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS TRH Regula a secreção de TSH e PRL, neurônios secretores nas porções mediais dos núcleos paraventriculares e axônios terminam na porção medial da camada externa da eminência média CRH Estimula a secreção de ACTH e proopiomelanocortina, tanto o ADH como a angiotensina II potencializam a secreção de ACTH mediada pela CRH GnRH Controla a liberação do LH e FSH, neurônios secretores estão nas áreas pré-ópticas do hipotálamo anterior e axônios terminam nas porções laterais da camada externa da eminência média, adjacentes à haste hipofisária GHRH Estimula a secreção GH, neurônios secretores no núcleo arqueado próximo a iminência média Somatostatina Área paraventricular anterior, inibe a secreção GH Dopamina Neurônios nos núcleos arqueados, inibe a liberação PRL HORMÔNIOS DA HIPÓFISE POSTERIOR Sintetizados nos núcleos supra-ópticos e nas partes lateral e superior dos núcleos paraventriculares (hipotálamo), cujos axônios terminam na neurohipófise ADH Hormônio peptídico regulador do equilíbrio hídrico e um potente vasoconstritor (regulação da função cardiovascular) Ocitocina Hormônio peptídico responsável pela contração do músculo liso, especialmente nas células mioepiteliais que revestem os ductos mamários (ejeção do leite); receptores acoplados a proteína Gq TIPOS CELULARES HIPOFISÁRIOS Somatotrofos GH Porções laterais, 50% da AH Lactotrofos PRL Região posterolateral,distribuição é mais difusa. 10-30% da AH Tireotrofos TSH Porções anteromedial e anterolateral. Difusa. 5-10% da AH Corticotrofos ACTH e peptídeos afins (POMC e MSH) Porção anteromedial – central. 10-30% da AH Gonadotrofos LH e FSH Distribuem-se por todo o lobo anterior. Com a idade sofrem metaplasia es- camosa. 10% da AH. Células foliculoestreladas Células estromais (derivadas da glia) – sustentação as células da AH GH +: GHRH; além de exercício físico, hipoglicemia e aumento de amino- ácidos na circulação. Tiroxina, estrogênio e testosterona. Sono pro- fundo, jejum, acetilcolina, esteroides sexuais, estresse, grelina. -: Somatostatina, ácidos graxos, cortisol e glicose. Obesidade, glicocor- ticoides, hiperglicemia, hipotireoidismo, IGF-1 (feedback negativo) A maior parte circula ligado a proteína GHBP (reservatório); meia vida de 6-20 minutos, se- creção pulsátil (8-12/dia). Efeitos diretos sobre as respostas celulares por ligação ao seu re- ceptor e indiretamente pela produção e liberação do IGF1. Receptor do GH: receptor de cito- cinas. A molécula do GH tem 2 sítios de ligação determinando dimerização do receptor. Principal órgão-alvo: fígado – produção de IGF-1 ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 5 IGF-1 +: Puberdade, gravidez, hipertireoidismo e acromegalia. -: Desnutrição, cirrose, IRC, DM descompensado, hipotireoidismo, obesidade, insuficiência cardíaca, SERMs, estrógeno oral, AIDS. Produzido principalmente no fígado em resposta ao GH. Circula ligado à proteínas que regu- lam a sua ação biológica (IGFBPs). Reflete a secreção integrada do GH, sem flutuação circadi- ana ou secreção pulsátil. Forma livre tem meia vida de 15 a 20 minutos. GH, PTH e esteroides sexuais regulam a produção no osso. PROLACTINA +: Ocitocina, ADH e TRH; -: Dopamina Liberada pela hipófise. Estimula a diferenciação, proliferação e ramificação do ductos mamá- rios e desenvolvimento da glândula, síntese da proteína do leite e da enzima lactogênica. ADENOMAS HIPOFISÁRIOS Epidemiologia 10-15% dos tumores primários do SNC. Raros na infância, mais comum no sexo feminino. Classificação Microadenomas <1cm e Macroadenomas >1cm Funcionantes (síndromes de hipersecreção hormonal) e não-funcionantes (clinicamente silenciosos) Malignidade Benigna: maioria, de crescimento lento Maligna: <0,2%. Metástase à distância para considerar Quadro clínico Não-funcionantes: depende do tamanho da lesão (micro não causam sintomas), contato com quiasma óptico ou NC, preservação ou não do tecido hipofisário remanescente. Sintomas de efeito de massa: distúrbios visuais, neurológicos, hiperprolactinemia por desconexão de haste H-H. Déficits hormonais. Diabetes insípidus Investigação Rastreio hormonal para verificar se é funcionante (PRL; IGF-1, se aumentado – GH; hipercortisolismo se clinica: ACTH/cortisol – teste de supressão, urinário ou salivar noturno); Rastreio para hipopituitarismo se macroadenoma: cortisol basal; TSH e T4L; LH/FSH/estradiol e testosterona; IGF-1 e ITT para avaliar GH; história de NEM cálcio (T e ionizável), fósforo (hiperparatireoidismo); Exame neuro-oftalmológico: macroadenoma próximo ao quiasma óptico; RM de hipófise com contraste – tamanho, localização, invasão Tratamento Não-funcionantes: microadenomas – seguimento com RM de hipófise em 1 ano, 2 e 5 anos. Macroadenoma – com alteração visual, neurológica ou hipopituita- rismo – cirurgia é fortemente recomendada; RM após 3m e após anualmente. Ausência de sintomas compressivos: pode ser feito acompanhamento clínico e RM hipófise anual; agonistas dopaminérgicos ou análogos de somatostatina podem responder em alguns casos. RT pode ser tentada em pacientes sem condições de cirurgia ou que se recusem a operar; ou como tratamento adjuvante a cirurgia Indicação cirúrgica Qualquer tumor secretor (exceto prolactinoma); incidentalomas com comprometimento visual; incidentaloma com comprometimento neurológico; apoplexia com déficit visual ou neurológico importante ou quando o tratamento conservador não resultou em melhora clínica (7 dias de dexametasona); tumor com crescimento progressivo próximo de estruturas nobres; tumor próximo ao quiasma óptico em paciente que deseja engravidar EPIDEMIOLOGIA QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO ACROMEGALIA 30-50 anos de idade, sem predileção por sexo. Raro. Diagnóstico ocorre após 8 a 10 anos do início dos sintomas Início insidioso – excesso do GH ou IGF-1 e do efeito de massa do adenoma sobre as estruturas nobres adjacen- tes. Alterações craniofaciais: espessamento da calota craniana e do couro cabeludo, protrusão frontal, acentu- ação dos malares, aumento do nariz, orelhas e lábios, Confirmação da suspeita clínica pela ava- liação laboratorial (GH e IGF-1 elevados). Excluir se GH<0,4ng/ml e IGF-1 normal para idade. Após diagnóstico Preferencialmente cirurgia – microcirurgia transesfe- noidal, tratamento medica- mentoso – octreotide e lan- reotida (análogo da ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 6 sulcos nasolabiais mais proeminentes, macroglossia, prognatismo e diastema. Aumento das mãos e pés, sín- drome da túnel do carpo. Disfunção da articulação tem- poromandibular, crepitação, limitação de movimenta- ção e artralgias. Espessamento da pele, hiperodrose, au- mento da oleosidade, Hipertricose, papilomas cutâneos. Apneia do sono. HAS, IC, DAC, arritmias e doença cere- brovascular. Hiperprolactinemia, DM e hipopituita- rismo. Alteração do humor, depressão e embotamento afetivo e social. Bócio, cardiomegalia, hepatomegalia, es- plenomegalia. Fraqueza, fadiga e letargia. Cefaleia, défi- cit visual laboratorial, realizar RM preferencial- mente ou TC de sela túrcica somatostatina), agonista dopaminérgico (cabergo- lina), pegvisomanto (anta- gonista do receptor do GH) e radioterapia HIPERPROLACTINEMIA >Mulheres (>15ng/ml); Homens (>10ng/ml). Macroprolactinemia: Cerca de 15%. Associa- ção entre uma molécula de prolactina e uma de IgG. Forma polimérica com baixa atividade bio- lógica, mas com imunor- reatividade semelhante à PRL monomérica – sem manifestações clíni- cas Galactorreia, ginecomastia; Diminuição da pulsatilidade de LH e de FSH – hipogonadismo hipogonadotrófico – queda do estrogênio e testosterona, irregularidade menstrual, redução de libido, impotência, oligospermia, infertilidade, osteoporose. Sintomas compressivos, se houver macroadenoma: alterações visuais, cefaleia, hi- popituitarismo, resistência à insulina, progressão ou pi- ora de doenças autoimunes. Investigação: mulheres com ciclos ano- vulatórios, galactorreia com ciclos ovula- tórios. Homens com disfunção erétil ou com ginecomastia; infertilidade, pre- sença de tumor hipofisário. Dosagem da prolactina (20-200 – qual- quer etiologia; >200 macroprolactino- mas). RM de hipófise – investigar LH, FSH (ge- ralmente normais), testosterona ou es- trógeno. Densitometria mineral óssea se houver hipogonadismo. Se houver ma- croadenoma hipofisário, testar outros ei- xos hormonais e campimetria visual. Macroprolactinema: teste de precipita- ção com PEG e estudo de recuperação. <=30%: predomínio de formas poliméri- cas. 30-65: indeterminados (fazer cro- matografia). >= predomínio de formas monoméricas Restaurar níveis hormo- nais, cessar a galactorreia, restaurar a fertilidade e prevenir osteoporose. Induzida por drogas: sus- pensão de medicação. Hi- potireoidismo: reposição com L-tiroxina; Prolacti- noma: medicamentoso, cx (macroadenoma com sinto- mas compressivos persis- tentes, ausência de res- posta ao tto clínico) e radi- oterapia. Tto medicamentoso: ago- nistas dopaminérgicos (ca- bergolina e bromocriptina) – exames laboratoriais re- petidos a cada 30-90 dias. HIPOPITUITARISMO Deficiência de 2+ hor- mônios hipofisários. Causas genéticas, neo- plásicas, infiltrativas, vasculares, auto-imune, iatrogênicas, TC, idiopá- ticas e infecciosas Dependente do hormônio deficiente: hipogonadismo, deficiência de GH na criança ou adulto; hipotireoidismo;insuficiência adrenal, diabetes insipidus: hormônio anti- diurético baixo RM hipotálamo-hipófise mandatória ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 7 DEFICIÊNCIA DE GH Produção inadequada de GH ou defeito no re- ceptor. Pode ser congê- nito, adquirido ou idio- pático Deficiencia no crescimento durante a fase de cresci- mento. Recém-nascido apresenta tamanho normal, pode apre- sentar hipoglicemia, icterícia prolongada, micropênis, criptorquidia e hipoplasia da bolsa escrotal. Baixa esta- tura e velocidade de crescimento. Proporções corporais normais. Obesidade truncal, desenvolvimento muscular diminuído, aparência facial infantil com fronte proemi- nente e nariz em sela, atraso no fechamento das fonta- nelas, atraso na dentição, cabelos finos e esparsos, voz aguda e infantil, idade óssea atrasada Testes de estímulo do GH – arginina, clo- nidina, glucagon, insulina e L-dopa. En- saios monoclonais ou mono-policlonais por quimioluminescência, imunofluori- métricos ou imunorradiométricos. Res- posta normal: maior que 5mcg/L Concentração integrada de GH em 12 ou 24h – VN: > 3,3mcg/L RM de alta resolução 0,033mg/kg/dia DEFICIENCIA DE GH EM ADULTOS Evidencia de doença, trauma e/ou cirurgia em região hipotálamo-hipo- fisária; radioterapia cra- niana e nos que tiveram deficiência de GH na in- fância. Alteração da composição corpórea, aumento da gordura corporal, redução da massa muscular, redução do vo- lume líquido extracelular. Diminuição da densidade ós- sea, comprometimento do bem-estar psicológico, dimi- nuição da função renal, taxa metabólica basal, capaci- dade de exercício. Aumento da resistência à insulina, dos fatores de risco CV. Alterações da estrutura e função car- díaca Padrão-ouro: ITT (não deve ser realizado em pacientes cardiopatas, convulsivos e idosos).Pico de resposta de GH<3(ug/l) 0,2 a 0,3mg/dia ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 8 A3 – HIPÓFISE POSTERIOR ADH (Vasopressina) SÍNTESE Sintetizado nos neurônios magnocelulares, localizados nos núcleos paraventricular e supraóptico do hipotálamo. Proteína precursora -> Remoção do peptídeo sinalizador -> Pré-pró-vasopressina -> Pró-vasopressina (armazenada em grânulos pelo CG) -> Grânulos de armazenamento migram ao longo do axônio até os terminais nervosos (na neurohipófise) -> Liberação do hormônio SECREÇÃO Osmolalidade plasmática (2xNa + Glicose/18 + Ureia/6 = 295mOsm/kg – estimulo máximo do ADH; 280mOsm/kg – inibe a secreção de ADH - Hipotálamo percebe os estímulos de variação de osmolalidade -> ADH age no rim -> Estímulo de antidiurese (retenção hídrica) e estímulo para a ingestão de água (esses mecanismos fazem com que a osmolalidade caia, bem como o estímulo para liberação do ADH); Volemia (∆PA: 5-10%; ∆VS: 8-10%). Mais tardio e menos sensível. Reflexo nasofaringeano: Ingestão de água → ↓ADH memso antes da absorção e redução pOsm) Estímulo nauseoso: ↑100 a 1000 vezes a secreção de ADH – organismo está se preparando para perder volume quando se tem vômito; Hipoglicemia: Estimula ligeiramente a liberação de ADH Drogas: ↑: Morfina, Nicotina, Beta-adrenérgicos, Vincristina, Ciclofosfamida, Barbitúricos, Metoclopramida Carbamazepina, AINEs; ↓: Álcool, Lítio, Frio, Fenitoína, Hipercalcemia RECEPTORES V1 – Fosfolipases C e A2, diacilglicerol, trifosfato de Inositol, cálcio – Músculo liso arterial - Vasoconstrição V2 – Adenilciclase – Rim – Efeito antidiurético pela mobilização de aquaporina 2 nos ductos coletores V3 – Fosfolipases C e A2, diacilglicerol, trifosfato de Inositol, cálcio – Hipófise – Liberação de ACTH AÇÕES Renais: ↑ Permeabilidade à água da membrana luminal do epitélio do ducto coletor através dos canais sensíveis ao ADH (aquaporina 2). Reabsorção de ureia, mediada pelo transportador 1 na parte terminal dos ductos coletores da intimidade da medula. V1 – Vasoconstrição; V2 – Liberação de fator VIII e vW a partir do endotélio – análogos de vasopressina são usados para o tratamento de diáteses hemorrágicas DI Síndrome clinicamente caracteri- zada pela excreção de volume ex- cessivo de urina diluída. Poliúria (volume urinário>50ml/kg/24 horas); urina hipotônica (osmola- lidade urinária<300mOsm/kg) e polidipsia (ingesta de líqui- dos>3L/dia). Poliúria e polidipsia; preferên- cia por bebidas geladas; se o acesso à água for interrom- pido, ocorre aumento da osmo- laridade plasmática com mani- festações neurológicas (irrita- bilidade, confusão, ataxia, hi- pertermia e coma). Mecanismos: deficiência na síntese de ADH, diminuição da sensibilidade renal ao ADH, excessiva degradação do ADH. 1. Confirmar poliúria – diurese/24 horas > 45-50ml/kg; 2. Descartar outras causas de poliúria (DM descompensado, drogas, distúrbios meta- bólicos); 3. Definir etiologia DI CENTRAL Urina hipotônica apesar da pre- sença do estímulo para a liberação de ADH, ausência de DR e do au- mento da osmolaridade urinária após adm de ADH. Acontece a partir da destrui- ção de 75-85% dos neurônios magnocelulares dos núcleos supra-ópticos e paraventricu- lares Teste terapêutico com desmopressina: DDAVP (10- 20µg via nasal ou 1-2µg SC) por 2-3 dias = ↓ poliúria e polidipsia + [ ] urina = DI central (90%). Teste de res- trição hídrica = após restrição hídrica <300mOsm/kg; após DDAVP > 750mOsm/kg. Incremento da Uosm após DDAVP > 50%. Copetitina <21,4pmol/L. Estímulo copeptina <= 4,9pmol/L Desmopressina ou DDAVP (análogo sintético do ADH). Solução intranasal (mais uti- lizado – cuidado com hiper- tensos e coronariopatas), spray nasal, comprimidos e ampolas. ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 9 RM para pesquisa de tumores ou outras patologias do hipotálamo/hipófise – desaparecimento do potno bi- lhante em T1 na HP; EHH. DI FAMILIAR CEN- TRAL Forma autossômica dominante: + frequente, acometimento igual en- tre os sexos, deficiência progressiva da secreção de ADH, mutações heterozigóticas no gene da pré-pró-vasopressina, manifesta-se ge- ralmente de 1-6 anos); Forma autossômica recessiva ligada ao X: progressiva capacidade secretória do ADH; Forma autossômica re- cessiva – síndrome de Wolfram Síndrome de Wolfram: DIC, DM1, atrofia óptica progressiva, surdez neurossensorial. Pode incluir atrofia gonodal primária, redução da fertilidade, malformações cardíacas e disfunção da hipófise DI CAUSAS CONGÊNI- TAS Displasia septo-óptica; síndromes holoprosencefálicas; agenesia/hi- pogenesia da hipófise; associação a lábio leporino, palato em ogiva e outros defeitos craniofaciais da linha média; retardo psicomotor Manifestações começam após 1º ano de vida, mantém alguma capacidade de secretar ADH em desidratação grave. Clínica: não apresentam retardo mental, enurese noturna, sintomas interpretados como simulação, nictúria, polidipsia. DI CENTRAL ADQUI- RIDO Tumor cerebral (craniofaringeoma, glioma, linfoma, meningioma, germinoma); idiopático, trauma craniano; neurocirurgia; metásta- ses; distúrbios vasculares; infecções; doenças infiltrativas; drogas Lesões que atingem os neurônios secretores de ADH ou impedem o transporte do ADH pelo sistema porta-hipofisário.Resposta trifásica após TCE: Diminuição na produção de ADH com poliuria acentuada (até 5-6 dias); descarga de ADH pelos neurônios lesa- dos com redução intensa da diurese (até 12 dias); retorno do quadro de DIC com po- liuria acentuada (10-14 dias do evento inicial) DI CENTRAL IDIOPÁ- TICO DI Central – 50% não tem causa aparente, Mais comum em homens. Média aos 20 anos de idade. Etiologia auto-imune: AC antivasopres- sina. Exclusão de outras causas de DI em seguimento prolongado: tumor hipotalâmico radi- ologicamente visível anos após inicio dos sintomas; neurossarcoidose; infundibulo- neuro-hipofisite linfocítica DI NEFROGÊNICO Incapacidade de concentrar a urina, apesar da presença de ní- veis plasmáticos normais ou ele- vados de ADH. Poliúria, polidipsia e hipostenúria Teste terapêutico com desmo- pressina: DDAVP (10-20µg via nasal ou 1-2µg SC) por2-3 dias = efeito antidiurético significa- tivo (exclui DI nefrogênico); Teste de restrição hídrica = após restrição hídrica <300mOsm/kg; após DDAVP < 300mOsm/kg. Incremento da Uosm após DDAVP < 9% Copetitina >=21,4pmol/L Tratar a doença base, corrigir os distúrbios hidroeletrolíticos ou suspender as drogas responsáveis. Produzir depleção volumétrica leve a fim de reduzir o volume urinário e nictúria, ou dilatação da bexiga e dos ureteres. Opções terapêutica: diuréticos e AINEs (indometacina – uso apenas em falha terapêu- tica com os diuréticos) DI NEFROGÊNICO – CAUSAS CONGÊNITAS Associadas a mutação em dois genes: receptor tipo 2 de vasopres- sina (V2R),; - DIN ligado ao X; AQP2 – doença autossômica recessiva. Diferenciação através de testes clínicos que avaliem as respostas extra-renais ao DDAVP que estão presentes apenas nos pacientes com mutações no gene da aquapo- rina DI NEFROGÊNICO AD- QUIRIDO Induzido por drogas: aminoglicosídeos, anforericina B, cisplatina, colchicia, demeclociclina, difenilhidantohina, foscarnet, furosemida, gentamicina, isofosfa- mida, lítio, meticiclina, metoxiflurano, nicotina, rifampicina, vimblastina. Distúrbios hidroelétricos: hipocalemia, hipercalcemia, hipercalciúria; Doenças sis- têmicas; Neoplasia. ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 10 DI ASSOCIADO À GRAVIDEZ Rápida e excessiva degradação do ADH pela oxicitocinase produzida pela placenta Poliuria e polidipsia a partir do terceiro trimestre de gestação, sendo revertido após 3 a 6 semanas no pós-parto; Sensível à desmopressina. Associa-se a distúrbios de coagulação de pré-eclâmpsia DDAVP é seguro para mãe e para o feto. Medicamento deve ser suspenso logo que cessar o DI (1ª-2ª semana pós-parto) POLIDIPSIA PRIMÁRIA Dipsogênica: diminuição do limiar osmótico para sede abaixo do ní- vel para secreção de ADH; Psicogênica Poliúria hipotônica secundária à excessiva ingestão de líqui- dos Teste terapêutico com desmopressina: DDAVP (10-20µg via nasal ou 1-2µg SC) por 2- 3 dias = ↓ poliúria + manutenção da polidipsia + ↓Na=PP Teste de restrição hídrica = após restrição hídrica >750mOsm/kg; após DDAVP > 750mOsm/kg. Incremento da Uosm após DDAVP < 9% Copetitina <21,4pmol/L. Estímulo copeptina > 4,9pmol/L SIADH 14-40% dos casos de hiponatre- mia (+ comum de hiponatremia normovolêmica); fator etiológico mais usual em pacientes hispitali- zados. Inabilidade de diluir a urina na presença de hipo-osmolalidade plasmática. Mecanismos envolvi- dos sugerem elevação na secreção do ADH, um bloqueio do SRAA e elevação discreta do PAN Neoplasias: causa mais co- mum. Sintetizam ou secretam o ADH ou pré-pró-vasopres- sina. Patologias pulmonares: hipo- xemia ou hipercania podem aumentar o ADH por estimular quimio ou barorreceotires pe- riféricos. Distúrbios do SNC: AVE, me- ningites, encefalites, tumores e traumas. Drogas: amiodarona, nicotina, ecstasy, carbamazepina, ciclo- fosfamida, IECA, AINE, ome- prazol, ISRS Plasma com osmolalidade < 280 ou sódio plasmático < 134; osmolalidade urinária inapropriadamente con- centrada (Uosm>100); paciente euvolêmico; elevação do sódio urinário mesmo com dieta de sal e água nor- mal; exclusão de fatores: hipotireoidismo não tratado, uso de DIU, deficiência de glicocorticoides particular- mente em pacientes que foram submetidos à neuroci- rurgia Definitivo: tratar a causa de base. Principal: restrição da in- gesta hídrica. Pode ser asso- ciado a furosemida. Se não houver boa resposta tera- pêutica: emprego de medica- ções que diminuam a res- posta dos túbulos coletores ao ADH, aumentando a excre- ção de água livre – demeclo- ciclina, carbonasto de lítio e fludrocortisona ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 11 A4 – EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE – ADRENAL A biossíntese dos hormônios adrenais depende do colesterol que provém da circulação sanguínea na forma de LDL para dentro da mitocôndria das células das adrenais → Pregnenolona: Na camada glomerulosa → Progesterona → Aldosterona. Na camada fasciculada → 17-hidroxilase → Cortisol → Cortisona Na camada reticulada → Hormônios sexuais → Deihidroepiandrosterona (DHEA) Etapa limitadora da síntese de todos os hormônios esteroidais – modulado pela enzima colesterol-desmolase e StAR. Liberação do ACTH = pulsátil (7-15 ciclos por dia) com níveis maiores pela manhã que diminuem com o passar do dia. EPIDEMIOLOGIA QUADRO CLÍNICO ETIOLOGIA DIAGNÓSTICO SÍNDROME DE CUSHING Rara, decorre da perda do feed- back normal do eixo H-H-A e do ritmo circadiano (níveis man- tem-se constantemente eleva- dos na circulação). 70% dos casos endógenos e afeta mais as mulheres 3-8:1 na faixa etária entre 20-40 anos, Principal causa são os microade- nomas hipofisários<10mm que produzem incessantemente o ACTH. Fácies de lua cheia; Hipertricose fa- cia; pleitora facial – aumento da circu- lação sanguínea em face e pescoço; gi- bosidade – coxim gorduroso em re- gião cervical posterior; hirsutismo; acne; irregularidade menstrual; obe- sidade centrípeta – acumulo de gor- dura visceral; equimoses; estrias vio- láceas; mioatia proximal – diminuição da massa muscular proximal e fra- queza; HAS, DM e hipercolesterole- mia; osteoporose. Exógena: causa mais co- mum (50% em usuários crônicos GC); Endógenas: ACTH depen- dente: doença de Cushing (90%), síndrome do ACTH ectópico. ACTH indepen- dente: adenoma adrenal (60%), carcinoma adrenal (38%), hiperplasia macro- nodular adrenal (1%), do- ença adrenal nodular pri- mária pigmentada (<1%) 1. Confirmação do hipercortisolismo com perda do ritmo circadiano -> Afastar o uso de CTC exógeno. CUL (3x>VR), cortisol salivar 23-24h (2x>VR)e supressão com dexame- tasona (1mg às 23h e coleta de sangue na manhã seguinte (<=1,8mcg/dl são normais) – diferencia pseudo-hiper de síndrome de Cushing 2. Definição da dependência do ACTH – níveis indetectá- veis (<10 picogramas/ml) – ACTH independente, ACTH normal/normal alto/elevado: ACTH dependente. Teste de estímulo com CRH. 100mcg de CRH EV e coleta de sangue com 0, 15, 30, 45, 60, 90 e 120 min. Normalmente au- mento ACTH e cortisol em 15-20%. ACTHi pico menor 30pg/ml. ACTHd: pico maior 30, 3. Definição da etiologia ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 12 EPIDEMIOLOGIA QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO DOENÇA DE CUSHING (ACTHd) Sexo feminino; idade entre 20- 40 anos Hipercortisolismo moderado de evolução lenta; hiperan- drogenismo não muito pro- nunciado quando presente Teste de supressão com dexa 8mg: altas doses dexa reduzem 50% ou mais do cortisol sérico se DC); Teste de estímulo com DDAVP - 10µgEV: estimula a secreção de ACTH com Î liberação de ACTH>35% e cortisol>20%; Teste co metirapona: inibe a enzima 11betaOH, bloqueando a conversão de 11 desoxicor- tisol em cortisol e de DOC em corticosterona, promovendo aumento de ACTH e estimulando a secreção de esteroides antes do bloqueio (ACTH>200); Teste de estímulo com CRH:resposta exagerada (super-expressão do receptor CRH nas cé- lulas tumorais hipofisárias). Se teste de estímulo em discordância com imagem – ACTH e cortisol respondem ao estímulo com DDAVP ou CRH, porém RM de sela turca sem tumor. Microadenoma na RM, porém ACTH e cortisol não respondem ao estímulo – cateterismo de seio petroso inferior. Coleta de sangue periférico e central para dosar ACTH sob estímulo com DDAVP ou CRH, razão do resultado central (seio petroso inferior)/periférico (antecubital) > 2 no VB ou > 3 no valor de pico é indicativa de doença de Cushing RM e TC de sela túrcica Adenohipofisectomia Radioterapia Tratamento medica- mentoso: inibidores da esteroidogênese (mito- tano, metirapona, ceto- conazol, etomidado); neuromoduladores (bromocriptina, cipro- eptadina e ácido val- próico); antagonista do receptor de glicocorti- coide (mifepristone). SECREÇÃO ECTÓPICA DE ACTH (ACTHd) Sexo masculino, idade entre 40- 60 anos Hipercortisolismo grave e de instalação rápida,com mio- patia, hipocalemia com alca- lose metabólica; tumor pro- dutor de ACTH pode ser ób- vio (carcinoma pulmonar de pequenas células, feocromo- citoma) ou não (carcinoide brônquico) Teste de estímulo com CRH: baixa resposta Se teste de estímulo em discordância com imagem – ACTH e cortisol respondem ao estímulo com DDAVP ou CRH, porém RM de sela turca sem tumor. Microadenoma na RM, porém ACTH e cortisol não respondem ao estímulo – cateterismo de seio petroso inferior. Coleta de sangue periférico e central para dosar ACTH sob estímulo com DDAVP ou CRH, razão do resultado central (seio petroso inferior)/periférico (antecubital) TC ou RM de tórax, pescoço, abdome e pelve. ADENOMA ADRENAL (ACTHi) Sexo feminino, idade após 40 anos Hipercortisolismo puro, com androgênios baixos ou infe- tectáveis Adrenal: tomografia (melhor método) e cintilografia Teste de estímulo com CRH: ausência de resposta. DHEA – sulfato: no adenoma está suprimido por supressão do ACTH. CT de adrenais: Lesão < 3cm Adrenal: tomografia (melhor método) e cintilografia Adrenalectomia CARCINOMA ADRENAL (ACTHi) Crianças Secreção de múltiplos hor- mônios (cortisol, androgê- nios, precursores da esteroi- dogênese, estradiol), perda de peso, dor abdominal ou em flanco, massa tumoral palpável Teste de estímulo com CRH: ausência de resposta. DGEA – sulfato: no carcinoma adrenal costuma estar muito elevado. CT de adrenais: Lesão > 6cm Adrenal: tomografia (melhor método) e cintilografia Adrenalectomia ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 13 ETIOLOGIA + EPIDEMIOLOGIA QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO INSUFICIÊNCIA ADRENAL Síndrome clínica caracterizada por de- ficiência de GC e/ou mineralocorti- coide. Mais frequente em adultos, sem predileção por sexo Crônica: cansaço, fraqueza, depressão; anorexia, perda de peso; tontura e hi- potensão postural; náusea, vômito, di- arreia, dor abdominal; hiponatremia, hipoglicemia; anemia normocítica, lin- focitose e eosinofilia. Aguda; agitação, confusão febre, dor abdominal; vômi- tos, hipotensão arterial -> choque; hi- ponatremia; hipercalemia -> arritmias; acidose metabólica Aguda: laboratório – hi- ponatremia, hipercale- mia, acidose metabólica, hipercalemia, hipoglice- mia, eosinofilia, uremia Cortisol sérico <= 3ug/dl = IA confirmada (>= 19 = IA excluída) Administração de glicocorticoides. Crise addisoniana: corticoide, correção da desidratação, hipovolemia e anormalidades eletrolíticas – hidrocorti- sona. Diminuição gradual das doses se paciente estável. Dose de manutenção: prednisona; fludrocortisona. Re- posição glicocorticoide – prednisona ou hidrocortisona (monitorar sintomas e glicemia). Reposição mineralo- corticoide – fludrocortisona. Livre ingestão salina (mo- nitorar hipotensão postural, edema, eletrólitos, renina plasmática) INSUFICIÊNCIA ADRENAL PRIMÁRIA ACTH elevado Etiologia: tuberculose, infecções fúngi- cas, adrenalite autoimune, AIDS, carci- noma metastático, adrenoleucodistro- fia, deficiência isolada de GC familiar Hiperpigmntação; hiponatremia + hi- percalemia; vitiligo; tireoidite autoi- mune; sintomas neurológicos ACTH >= 100pg/ml Autoimune: anticorpo anti 21-OH e anti 17- OH; adrenoleucodistro- fia: dosagem VLCFA; TC de abdome; RM hipotá- lamo-hipofisária Manutenção IA primária: situações especiais: doença fe- bril aguda/stress leve: 2-3x dose usual de glicocorti- coide; emergência/trauma/stress grave: hidrocortisona EV – esquema = crise. Procedimentos invasivos/cirur- gias eletivas: conforme indicação INSUFICIÊNCIA ADRENAL SE- CUNDÁRIA Causa mais comum de IA. ACTH normal ou baixo. Etiologia: tumor primário hipófise-hi- potálamo; craniofaringioma; cx ou radi- oterapia hipofisária; hipofisite linfocí- tica; tumor metastático; deficiência iso- lada de ACTH idiopática; suspensão de GC de pacientes em uso crônico Palidez de pele, amenorreia; impotên- cia, diminuição da libido; perda de pe- los pubianos e axilares; diminuição do volume testicular; hipotireoidismo se- cundário; deficiência do crescimento e retardo puberal; hiponatremia/normo- tremia sem hipercalemia ACTH N1/baixo ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 14 A5 – DOENÇAS DO METABOLISMO ÓSSEO CÁLCIO A regulação dos níveis plasmáticos de cálcio é decisiva para a função celular normal, transmissão neural, estabilidade das membranas, estrutura óssea, coagulação sanguínea e sinalização intracelular. PTH, Vitamina D ativa (1,25-vit D) e sensores de cálcio nas paratireoides, rins e intestinos (homeostase mineral). O equilíbrio entre a quantidade de cálcio ionizado e ligado a proteínas depende, entre outros fatores, do pH do sangue. Calcitonina: inibe a reabsorção óssea e aumenta excreção renal de cálcio. Cálcio corrigido: cálcio medido + [(4-albumina) x 0,8] FÓSFORO Transporte de O2 da Hb para os tecidos; sinalização intracelular. Via metabólica da glicose (glicose 6-fosfato). Calcitriol: ↓ absorção de fósforo. PTH ↑ Excreção tubular de fosfato. Calcitriol ↑ Reabsorção de fosfato a nível tubular. PTH Sintetizado em pré-pró-hormônio nas paratireoides. Síntese e liberação contínuas (6-7 pulsos/h). Meia vida de 4-20 minutos. Degradção no fígado. Devido a múltiplos peptídeos de degradação circulantes, a determinação da molécula intacta é o único índice confiável dos níveis desse hormônio. +: Hipocalcemia, hiperfosfatemia, catecolaminas, PTH, paratormônio -; Hipercalcemia, vitamian D, hipomagnesemia grave VITAMINA D Pele (pró-vitamina D3 -> pré-vitamina D3). Dieta (vitaminas D2 e D3). Sofre duas hidroxilações: a primeira a nível hepático e a outra a nível renal – forma ativa (calcitriol). ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 15 CAUSAS QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO HIPOCAL- CEMIA - Associadas a deficiência ou resistência ao PTH; - Não-associadas: hipomasgnesemia (reduz a secreção do PTH e aumenta a resistência óssea e renal ao PTH); hipo- albuminemia (redução do cálcio total, sem clínica de hipocalcemia); deficiên- cia de cálcio e vitamina-D; pancreatite aguda (AGL quelam o cálcio no pâncreas – deposição em retroperitôneo); doença renal crônica (baixos níveis de 1,25 vit D e hiperparatireoidismo secundário); fome óssea pós-cirurgia para hiperpara- tireoidismo; medicamentos (anti-con- vulsivantes; inibidores da bomba H2; diuréticos de alça; GC; bifosfonatos EV e SC. - Hipocalcemia aguda: parestesias em face e extremidades distais; fraqueza, dor muscular; prolongamento QT, FV e PC (hipocalcemia severa); ICC; excitabi- lidade neuromusculasr: espasmos car- popedal; cãibras e espasmos muscula- res; sinais de Trousseau e Chovostek. Em casos graves: tetania espontânea ou crise convulsiva generalizada; laringo- espasmo; papiledema associado ou não a aumento na pressão intracraniana. - Hipocalcemia crônica: oligo ou assin- tomática. Manifestações psiquiátricas – mudança de humor, ansiedade, depres- são e mais raramente alucinações ou episódios psicóticos; zumbidos e ton- tura; calcificações cerebrais; sinais não específicos: pele seca e áspera; unhas fracas e quebradiças; cabelos secos. Anormalidades dentárias (crianças): atraso na erupção dentária; hipoplasia e defeitos no esmalte e raiz dos dentes Cálcio total (usualmente abaixo de 7,5mg/dl); albumina. Cálcio corrigido. Fósforo (usualmente aumentado na hi- pocalcemia crônica); PTH (inapropriada- mente baixo na presença de hipocalce- mia (<20ng/ml é dx de hipopara); vita- mina D; magnésio (excluir hipopara fun- cional); creatinina; cálcio urinário de 24 horas (hipercalciúria Ca urinário > 4mg/kg/dia; >250mg/24h); PTH elevado + P sanguíneo elevado = avaliar creatinina (elevado: IRC. Normal: pseudohipoparatireoidismo). Hipocalcemia aguda: tetania, convul- sões, laringoespasmos, alterações car- díacas: cálcio endovenoso urgente (gluconato de Ca 10%. Hipocalcemia crônica: manutenção do cálcio a longo prazo deve ser com uso de vit D e sais de cálcio– calcitriol (forma ativa da VD): meia vida de 4-6h – dose inicial 0,1-1ug/dia a cada 12 ho- ras. Sais de cálcio: aumentar a oferta de cál- cio para absorção intestinal e seques- trar radicais contendo fósforo presen- tes na refeição Prevenção de efeitos colaterais: pre- venção de nefrolitíase, necrocalcinose e IRC devido a calciúria (maior oferta de cálcio sem ação do PTH aumen- tando a reabsorção renal) – Diuréticos: clortalidona ou hidroclorotiazida (as- sociação com amilorida pode ajudar a poupar K, evitando hipopotassemia se- cundária ao uso prolongado de diuréti- cos). Magnésio pode ser necessário HIPOPARA- TIREOI- DISMO - Destruição da paratireoide (75% de- corrente das tireoidectomias, radiotera- pia, autoimune). Consequências: - Diminuição da reabsorção do cálcio a nível renal – Diminuição do cálcio sérico -> Hipercaciúria -> Nefrolitíase, nefro- calcinose -> DRC. Diminuição de reab- sorção do cálcio no osso -> Densidade mineral aumentada por baixa remode- lação (qualidade ruim). Diminuição da vitamina-D. SNC: ansiedade, depressão. - Sinais e sintomas de correntes da hi- pocalcemia (SNC, coração, músculo es- quelético e rins) – depende da duração e intensidade. Longo prazo: deterioração renal-litíase, nefrocalcinose, IR; catarata; calcifica- ções dos núcleos da base; deterioração da qualidade da vida; aumento do risco CV. Cálcio reduzido + PTH inapropriada- mente baixo na presença de hipocalce- mia (<20ng/ml é dx de hipopara); mag- nésio normal; Corrigir a hipocalcemia e hipofosfate- mia, reduzindo os sintomas e preve- nindo as complicações crônicas. Meta: deixar paciente assintomático, mantendo cálcio total próximo ao li- mite superior da normalidade (<300mg/dia ou 4mg/kg). Normalizar fósforo e magnésio plas- mático. ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 16 HIPERCAL- CEMIA ↑ reabsorção óssea; ↑ absorção intestinal; ↓ da excreção renal de cálcio + comum: hiperparatiroidismo primário; Outras: doenças malignas, granulomatosas, endocrinopatias, induzida por fárma- cos Aguda: vômitos, náuseas, polidipsia, poliúria, desidratação, manifestações neuro- lógicas (confusão, coma), toxicidade cardíaca (diminuição do intervalo QT); Crônica: sintomática para valores de calcemia superiores a 14mg/dl, mesmo que a evolução tenha sido gradual. Anorexia, obstipação, úlcera péptica, nefrolitíase ou pancreatite, manifestações psiquiátricas (depressão, ansiedade) HIPERPA- RATIREOI- DISMO PRI- MÁRIO Doença primária da paratireoides – com secreção ↑ ou inapropriada de PTH, cau- sada por hiperplasia, adenoma ou carci- noma de paratireoide -> hipercalcemia crônica; ↑ PTH intactp; hipercalcemia; hipercal- ciúria, ↓ fosfato sérico ↑1,25VD. Etiolo- gia: adenoma único de paratireoide – mais comum a partir da 6ª década de vida; pode ter apresentação familiar (raro). Hiperplasia de paratireoides (MEN 1 e MEN2a). Carcinoma de parati- reoide. Hipercalcemia hipocalciúria fa- miliar. Quadro clínico: decorrente do PTH ele- vado: sintomático – comprometimento renal (poliuria, polidipsia, hipercalciu- ria, calculose renal, nefrocalcinose); do- ença óssea (lesões líticas – tumor mar- rom, deformidades, fraturas, dor) Dosagem do Ca, P, PTH e creatinina séri- cas; cálciuria 24h. HPP: ↑ PTH intacto; hipercalcemia; hi- percalciúria; diminuição do fosfato sé- rico. Hipercalcemia PTH independente PTH < 30 (neoplasias). Avaliação repercussão: ecografia (renal) e DEXA, RX mãos e crânio, cintilografia (ósseo). Localização – adenoma: cintilogragia com tecnécio—mibi; US cervical; TC e RM cervical; punção do nódulo cervical – dosagem de PTH, imuno-histoquímica Paratireoidectomia – adenoma taxa de cura > 95%. Hiperplasia a taxa de cura é menor. Outros casos (neoplasia): tratamento de acordo com a doença de base OSTEOPO- ROSE Primária: pós-menopausa ou senil; Secundária: perda óssea resultante de doenças clínica específicas. Redução da massa óssea e ruptura da microarquitetura óssea que resultam em fraturas decorrentes de traumatis- mos mínimos (corpos vertebrais, ante- braço distal, fêmur proximal) Investigação de fatores de risco; identifi- car pacientes com risco de fraturas; do- res ósseas torácicas e lombares – micro- fraturas vertebrais, alterações posturais importantes, como a hipercifose e retifi- cação lombar. Densitometria óssea:valores absolutos, T-score (DP com referencia a DMO para adultos jovens:até 1 DP: normal. 1,1- 2,5DP: osteopenia. <2,5DP: osteoporose. <2,5DP na presença de fratura: osteopo- rose estabelecida. Z-score: abaixo de 2DP: causas secundárias Prevenção: dieta balanceada com calo- rias adequadas e suplementação de cálcio (18-50: 1000)e vitamina D, ade- quada exposição solar, atividade física (pressão sobre o osteócito ativando atividades de remodelação óssea. Pre- venção de perda), abstinência de álcool e fumo. OSTEOPO- ROSE IN- DUZIDA POR GC Doses contínuas sistêmicas > 5mg/dia de prednisona ou equivalente Crianças: compromete o crescimento esquelético, levam a falha na aquisição da massa óssea; Adultos: perda óssea; Risco de fraturas: fragilidade esquelética + fraqueza muscular Prevenção: redução da dose de GC, su- plementação com cálcio e VD, ativi- dade física, reposição hormonal se não tiver CI. Tratamento: bifosfonados; PTH ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 17 OSTEOMA- LÁCIA Etiologia: distúrbios no sistema endó- crino da VD: diminuição da disponibili- dade, metabolismo anormal, resposta anormal do tecido alvo; Distúrbios da homeostase do fosfato: di- minuição da absorção intestinal, au- mento das perdas renais; deficiência de cálcio, distúrbios primários da matriz óssea; inibidores da mineralização. Mi- neralização anormal do osso e da carti- lagem. Defeito ósseo ocorre após fechamento das placas epifisárias. Sinais clínicos sutis. Osteomalacia grave: dor óssea, fraquea muscular proximal; dificuldade para su- bir escadas ou levantar de cadeiras; his- tória de fraturas Depende da etiologia. Deficiencia de vita- mina D: 25vitD, cálcio e fosfato reduzi- dos, PTH elevado secundariamente, fos- fatúria, fosfastase alcalina elevada; Bx óssea transcortical = método defini- tivo Síndrome nefrótica: VD, monitorar com cálcio, fósforo e PTH; Osteodistrofia hepática: produção re- duzida de DBP e albumina, desnutri- ção, def. 25 hidroxilase; Fenitoina e fenobarbital: alteram me- tabolismo hepático da VD, resulta em doença óssea significativa se outros fa- tores predisponentes – suplementa- ção; Síndrome de Fanconi: afetam o TP – fostato, correção da acidose, calcitriol. Hipofosfatasia: fosfatase alcalina baixa, cálcio e fosfato podem esta altos, hipercalciuria, VD e PT normais. Sem tto estabelecido. Prevenção: ingestão de alimentos que contenham Ca, P e VD e exposição à luz solar. RAQUI- TISMO Defeito ocorre em ossos em cresci- mento, afeta a transformação da cartila- gem na zona de calcificação provisória. Lactentes e crianças pequenas: apatia, inquietação, hipotonia, fraqueza e pa- rada do crescimento; amolecimento da calota craniana, deformidade, suturas alargadas e bossa frontal. Erupção den- tária atrasada, marcha bamboleante. Geno varo, rosário raquítico – sulco de Harisson, alargamento das epífises. ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 18 A6 – HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA CAUSAS QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO HIPERAL- DOSTERO- NISMO PRI- MÁRIO Hiperplasia bilateral ou hiperaldosteronismo idiopático (HAI): +prevalente, eventual presença de nódulos, associação à hiperplasia do córtex adrenal. Resposta aumentada de aldosterona à estimulação pela AII e menor supressão da APR e menor produção e aldosterona. APA (adenoma produtor de aldosterona): tu es- porádicos, benignos, pequenos, quase sempre unilaterais, +comum em mulheres jovens e raros em crianças. Padrão celular híbrido com célula da glomerulosa e da fasciculada. Hiperplasia adrenal primária: comporta-se como APA, mas sem nóduloCarcinoma adrenal produtor de aldosterona: nó- dulos grandes Hiperaldosteronismo familiar tipo I Ausência de sintomas na maioria dos casos. Ce- faleia, palpitações, risco elevado de DAC, AVC, ICC. Hipopotassemia – pode causar caibras, pa- restesias, DI nefrogênico, fraqueza muscular, paralisia. Alcalose metabólica, hipomagnesemia e hipernatremia. + comum: hipertensão + normocalemia. - Rastramento (screening)> relação aldoste- rona/APR: Aldosterona>15ng/dl; Aldoste- rona/APR>30 (provavelmente hiperaldoste- ronismo primário -> testes confirmatórios – dispensado se aldosterona>30, RAR>40) - Confirmação: infusão de solução salina – al- dosterona>10 confirma, <5 exclui. Supressão com fludrocortisona (HAP:aldo>6; ATP<1 e C10h<C7h). Teste do captopril (HAP:aldo>12 ou falha na supressão>30%), - Diferenciação etiológica: TC/RM de abdome. Cateterismo adrenais (PO) aldo/aldo contra- lateral>4:1(APA);<3:1 (bilateral). Adrenalectomia unilateral lapa- roscópica em pa- ciente com hipe- raldosteronismo unilateral confir- mado.; Tratamento clí- nico: espirono- lactona, eplere- none. FEOCRO- MOCITOMA Tumor originário das células cromafins da me- dula adrenal que produzem, armazenam, meta- bolizam e secretam catecolaminas. Ocorre em todas as faixas (+frequente na vida adulta) Variação de 6 dias a 24 anos com uma média de 5 anos. Sinais e sintomas como consequencia di- reta dos efeitos CV (hipertrofia ventricular es- querda, palpitações, arritmias, miocardite aguda, miocardiopatia dilatada), metabólicos e viscerais das catecolaminas. HA pode ser paro- xística ou persistente – tende a ser grave e/ou refratária às drogas anti-hipertensivas e ape- sentarem-se com grandes oscilações. Paroxismos: tríade clássica cefaleia intensa, pal- pitações, sudorese. Manifestações atípicas: distúrbios endócrinos, metabólicos, cirúrgicos, cv, neurológicos. Perda de peso, febre, neutrofilia, diarreia aquosa ou constipação, hematúria Elevação do PA durante manipulação abdomi- nal, trabalho de parto, intubação, indução anestésica, cirurgias e outros procedimentos invasivos -> Investigar feocromocitoma. Dosar metanefrinas livres plasmáticas: Aumento: acima do valor normal porém com elevação menor que 4x – teste de supressão com clonidina; Pacientes de alto risco: MLP; Pacientes com baixa probabilidade: determi- nações urinárias. Localização: TC, RM e mapeamento de corpo inteiro com I-MIBG. Tratamento ci- rúrgico: retirada de todos os focos de tecido tumo- ral – único trata- mento definitivo. Pode ser aberto ou laparoscó- pico. ENDÓCRINO – P2 La Ju Japoa – TXVII 19
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