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HISTÓRIA DO DIREITO 
DA MONARQUIA ABSOLUTA AO ILUMINISMO
Flávia Lages de Castro
Período absolutista: até século XVIII – 1789 – Revolução Francesa
· Absolutismo de direito divino: poder se concentra na mão do Rei, mas a Igreja ainda tem seu lugar de poder. Dentre as justificações da centralização do poder, esta era a mais aceita. Proposta pelo bispo Jacques Bussuet. Autoriadade do rei é sagrada, pois emana de Deus. Se deus quis, se é da vontade divina, não se deve haver nenhum tipo de discussão. 
· Para a formação do Estado Absolutista, caracterizado pela centralização do poder, faz-se necessãrio obter uma força de coerção, a qual se dá por meio do processo de militarização.
· O absolutismo só funciona pelo apoio da Igreja e não só por ela, mas também pelo apoio de Deus, o qual era dado por meio da Igreja.
· A centralização do poder do Rei, acarreta no aparecimento de uma burguesia que almeja o poder político, que mais tarde vai ser responsável pelo fim do antigo regime, além corroborar com o surgimento e fortalecimento do capitalismo. (atrito da igraja com a burguesia: usura, lucro, comércio)
· Quanto mais questionamentos e resistência por parte da burguesia, mais a repressão era utilizada pelo Estado. A fonte do Direito Absoluto é o Rei. E isso gera conflito entre a burguesia e a Igreja.
· Assim, o período Absolutista é aquele em que o Rei concentra o poder, por concessão da Igreja e, logo, de Deus, e em que nasce a burguesia.
· Quando mais próximo ao século XVIII, mais o teocentrismo perde suas forças, dando lugar para o antropocentrismo. Assim, o Rei precisa justificar suas atirudes. 
AUTORES QUE JUSTIFICAM AS AÇÕES ABSOLUTISTAS
· Maquiavel: fins justificam os meios; para manter a centralização e o povo, tudo é justificado, ainda que isso signifique mentir, matar, fraudar, entre outros cimes. 
· Hobbes: homem lobo do homem, vive em estado de guerra; se o homem é capaz de se destruir, é necessário um poder de pulso firme, um poder concentrado, para controlar os homens. Assim, os homens fariam um pacto, um acordo no qual um deles iria governar, evitando a desordem e a matança indiscriminada entre eles. Com relação à lei, Hobbes considera que ela tem como fonte a vontade do Rei. 
· Jacques Bossuet: cérico; a autoridade do Rei é sagrada, logo quem questiona o Rei, questiona a Deus. Questionar Deus: pecado. Recria o crime de lesa majestade (ex: não poder falar mal da família real em solo inglês).
CARACTERÍSTICAS DO ABSOLUTISMO – Luís XIV – Rei Sol (quase 70 anos no poder)
· Luís XIV tem seu governo constantemente questionado
· Se mantém por “mão firme”
· Estabelece várias reformas jurídicas, como o “Código de Luís”, feito pleo Conselho de Reforma da Justiça, que contava com a presença do Rei, somado à Ordenação Civil e Ordenação Criminal de 1670.
· Tem-se o retorno de práticas da inquisição, como por exemplo, prisões sem julgamento, aumento da punição como forma de dar exemplo, uso da punição como método “educativo”.
· Cria-se um cargo de tenente de polícia, o qual possuía a autoridade de prender e soltar, logo, existia um movimento de corrupção no sistema penitenciário. 
ILUMINISMO
· O Iluminismo se organiza como crítica ao absolutismo. Dedende que todos os indivíduos são iguais. Ademais, não nega à Deus, mas sim à Igreja. 
· Flávia Lages, o define como “um movimento intelectual que tinha por característica uma confiança absoluta no progresso e, principalmente, na razão, que em seu século desafiou a autoridade e incentivou o livre pensamento como meio de alcançar o objetivo principal dos iluministas, a felicidade humana”.
· Os iluministas são herdeiros do Renascimento e da Revolução Cientifíca do século XVII.
PRINCÍPIOS DO ILUMINISMO
· Razão: a razão acaba por desconstruir a ideia de que o poderer era dado por Deus. Contrapõe-se ao absolutismo, o qual possuía a fé para as suas justificativas e, este, possuía a razão. 
· Cidadania: iluministas defendiam que a cidadania precisava ser estabelecida por todos e para todos, dessa forma, o Rei passaria ser apenas mais um cidadão. O Rei, seria então, escolhido pelo povo, não mais por Deus, para governar.
· Igualdade: a igualdade era vista como um direito natural, a qual apenas seria realizada após ser reconhecida como um direito positivo, garantido por um corpo de leis e pela força do Estado. Essas leis deveriam ser feitas pelos cidadãos. 
· Divisão dos poderes: a divisão dos poderes, sendo estes, independentes, onde um fiscalizaria o outro, se diferencia do absolutismo, o qual possuía o poder centralizado em apenas uma figura: o Rei absolutista.
· Contrato Social: defendido por ilumininistas como Rousseau, o contrato social propunha que todo poder vem do povo e é validado pelo povo.
ESSES 5 ELEMENTOS LEVAM O REGIME ABSOLUTISTA ABAIXO. UM DIREITO COM PRINCÍPIOS DE QUE TODOS SÇAO IGUAIS NASCE, APOIADO TAMBÉM PELO NATURALISMO.
BECCARIA – “DOS DELITOS E DAS PENAS”
· Considerado principal manifesto do Direito Penal moderno
· Defende que a lei não é vontade de Deus, nem do Rei. É um pacto social, normatizador de condutas, onde se abre mão da liberdade, para a manutenção da ordem.
· As leis e as penas devem ser frutos do convívio social
· As penas são para proteger a sociedade e não para dar o exemplo (como utilizado pela Igreja) ou por vingança.
· A lei deve ser aplicada com justiça, de forma igual para nobres e plebeus.
· A interpretação da lei deve ser feita por um “entendido da lei”e este deve tomar cuidado com a obscuridade das leis.
· Contra a pena de morte, pois o que inibe o crime é a eficiência da lei. A pena de morte promove apenas o medo
· Beccaria é contra o In Dúbio Pro Societate, – ainda que não se tenha provas contra um indivíduo suspeito, aplica-se a pena a fim de proteger a sociedade – sendo a favor do princípio pró réu (presunção de inocência)
· Ninguém deve ser condenado sem prova. Provas perfeitas: aquela que vale por si só; testemunho (menos quando a testemunha tem relação com a parte); provas imperfeitas: que precisam de outra prova.

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