Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Lívi� �aí� Rodrigue� C�t� - XXXI - Medicin� Teratom� Sacrococcíge�: São tumores derivados das células germinativas primordiais, seja, de residuais da linha primitiva, apresentando evolução benigna ou maligna e podendo ser gonadal ou extragonadal, sendo a região sacrococcígea a mais comum. O teratoma é formado por tecidos diferentes, os quais variam dependendo do órgão ou local que se originam, além disso o teratoma é composto pelas três camadas germinativas, mas pode existir o monodérmico - Embriogênese e oncogênese: A origem do tumor decorre numa falha na migração de células germinativas primordiais que acabam não formando as gônadas e começam a se multiplicar em outros locais mediais e paramediais do corpo, como a região sacrococcígea, retroperitôneo, mediastino, pescoço e a área pineal do cérebro - Classificação histológica do teratoma: É classificado histologicamente como: ✦Maduro/Benigno: Formado por tecidos bem diferenciados ✦ Imaturo : Reconhecido pela presença de estruturas histológicas semelhantes ao do tubo neural ou de elementos embriônicos neurogliais ou neuroepiteliais, lembrando meduloblastoma ou ependimoma ✦ Com componentes malignos: O maligno é caracterizado pela presença de um ou mais componentes de células germinativas malignas - germinoma, coriocarcinoma, tumor do seio endodérmico ou carcinoma embrionário NOTA: A maioria são tumores benignos e com maior prevalência no sexo feminino - Marcadores tumorais: O componente maligno do teratoma mais comum é o tumor do seio endodérmico, que - na maioria dos casos - secretam AFP, cujo papel é sinalizar doenças residuais ou recorrentes, além disso a gonadotrofina coriônica b, que é produzida pelo coriocarcinoma, pode também estar elevada, porém numa freqüência muito menor do que a AFP. - Classificação do teratoma sacrococcígeo de acordo com sua localização: •Predominantemente externo com mínimo comprometimento pré-sacral •Externo, com componente intrapélvico significativo •Externo, com componente pélvico e extensão acima do abdome; •Inteiramente pré-sacral, sem apresentação externa. NOTA: O tipo I é o mais comum e com menor probabilidade de ser maligno no momento do diagnóstico. - Diagnóstico: Pré-natal: -Ecografia gestacional (tamanho, extensão, localização, componente). Após o nascimento: -Ecografia de abdome total e massa tumoral; -TC de coluna lombar e sacral; -Ressonância magnética; -Ecocardiograma; -Dosagem de marcadores tumorais (alfa-fetoproteína e gonadotrofina coriônica). - O diagnóstico do teratoma tipo I, II e III pode ser feito no exame físico, embora, algumas vezes, o abaulamento da região glútea seja discreto. O tipo IV é o que comumente passa desapercebido ao exame clínico, sendo, a constipação, usualmente a queixa principal do paciente. - PROGNÓSTICO: O prognóstico dos pacientes com teratoma sacrococcígeo depende do tamanho do tumor, sua histologia e localização e a idade do paciente. •Idade do paciente •Tamanho do tumor •Tipo histológico •Velocidade de crescimento •Grau de vascularização •Metástase •Falência cardíaca •Polidramnia •Êxito na ressecção cirúrgica Lívi� �aí� Rodrigue� C�t� - XXXI - Medicin� - TRATAMENTO: O tratamento principal para o teratoma sacrococcígeo, independente do tipo histológico, é o de ressecção cirúrgica completa do tumor e do cóccix ✦ No paciente com teratoma maduro o único tratamento preconizado é o cirúrgico, possuindo uma taxa de recidiva em torno de 4% ✦ No paciente com TSC imaturo faz-se a remoção cirúrgica e no pós-operatório a quimioterapia, para evitar a reincidência e o aumento das taxas séricas e da AFP ✦ No paciente com TSC maligno a terapia moderna consiste na administração de várias drogas quimioterápicas, entre elas a cisplatina, como complementação da cirurgia. - COMPLICAÇÕES: As anomalias mais comuns associadas ao teratoma sacrococcígeo são do trato geniturinário e incluem hidronefrose, displasia renal, atresia uretral, ascite urinária e hidrocolpos NOTA: Em conclusão, a região sacrococcígea é a mais freqüente localização dos teratomas em crianças. A ressecção tumoral completa e a retirada do cóccix constituem o principal objetivo no tratamento curativo do teratoma. O diagnóstico e seu tratamento o mais precoce possível é de fundamental importância para evitar sua malignização. - ESPINHA BÍFIDA - Essa anomalia da medula espinhal é resultante de uma malformação do tubo neural na terceira semana de desenvolvimento embrionário e esses DTN afetam tecidos sobre a medula espinhal: meninges, arcos vertebrais, músculos e pele. Quando afeta os arcos vertebrais, isto é, não se forma o processo espinhoso recebe o nome de espinha bífida - Algumas estruturas ( processo espinhoso) das vértebras que deveriam proteger a medula espinhal não se formam corretamente ou se fundem, permanecendo abertas, podendo deixar exposta a medula. Existem duas classificações para este tipo de malformação: oculta e aberta ou cística. - PROGNÓSTICO: Na EB aberta o principal fator prognóstico conhecido é o nível vertebral da lesão, que corresponde à vértebra com afastamento dos centros de ossificação posteriores localizada mais superiormente - Reparação cirúrgica: Atualmente, com o advento da cirurgia fetal, a reparação de lesões de MMC vai para além da mandatória intervenção pós-natal precoce. A cirurgia fetal adquiriu maior expressão após a publicação em 2011, do ‘MOMS Trial’, o primeiro ensaio randomizado nesta área, o qual evidenciou vantagens da cirurgia fetal aberta vs. cirurgia pós-natal, designadamente Lívi� �aí� Rodrigue� C�t� - XXXI - Medicin� no que respeita à redução da mortalidade e necessidade de shunt ventrículo-peritoneal, e aos melhores resultados de desenvolvimento mental e motor. Contudo, no grupo submetido a intervenção in utero, registaram-se maiores complicações maternas/neonatais, destacando-se: parto pré-termo, descolamento prematuro de placenta normalmente inserida, deiscência de histerotomia e necessidade de transfusão materna - ESPINHAS BÍFIDAS ABERTAS/CÍSTICA: - São tipos graves de EB e apresenta uma protusão(em forma de saco) espinhal e/ou meninges através do defeito dos arcos vertebrais. Meningocele: Exposição pelo defeito vertebral apenas da meninge e são mais raras que as meningomieloceles Meningomielocele: Exposição da meninge e da medula espinhal pela ausência do processo espinhoso. NOTA: Casos mais graves de MMC envolvendo várias vértebras são oriundas da ausência de parte do encéfalo - Mostra graus variados de déficit neurológico, dependendo da região e extensão da lesão - Ocorre perda da sensibilidade do dermátomo correspondente e uma paralisia parcial ou total do músculo esquelético - Nas lombossacrais é comum a paralisia do esfíncter Mielosquise: É o tipo mais grave de EB, na qual a medula espinhal está aberta na região do defeito, devido a não fusão das pregas neurais - É decorrente do não fechamento do neuroporo caudal e em consequência a medula é representada por uma massa achatada de tecido nervoso NOTA: Complicações da espinhas bífidas incluem perdas sensitivas, perdas motoras, hidrocefalia e incontinência - ESPINHAS BÍFIDAS FECHADAS: - Ocorrem anomalias da pele que recobre o dorso inferior (normalmente na região lombossacra); estes incluem tratos sinusais sem uma base visível, acima da região sacral inferior, ou fora da linha média; áreas hiperpigmentadas; assimetria e fenda glútea com a margem superior desviada para um dos lados; e tufos de cabelo. Essas crianças têm frequentemente anomalias na porção abaixo da medula espinal, como lipomas e medula presa (em que a medula espinhal apresenta uma inserção anormal)
Compartilhar