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Imunologia - Resposta Imune contra Bactérias Extracelulares

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Imunologia 
Resposta Imune Anti-infecciosa 
Sistema Imunológico 
São células, barreiras (Tecidos) e moléculas que promovem 
resistência a doenças, principalmente doenças infecciosas. 
Este Sistema tem relação com doenças infeciosas, 
parasitárias, doenças autoimunes, alergias e Transplantes. 
Tipos de Resposta Imune 
▪ Imunidade Inata: Também chamada de Resposta Natural 
ou Nativa. É uma resposta imune filogeneticamente antiga, 
reconhecendo padrões moleculares compartilhados entre 
os microorganismos (PAMPs). Assim, tem especificidade 
limitada por reconhecer apenas PAMPs. É caracterizada por 
ser uma resposta imune rápida e não gerar uma memória 
imunológica. A Resposta Imune Inata tem como funções: 
◊ Erradicar Infecções: Bloqueando a entrada e eliminando 
rapidamente microorganismos pela Fagocitose, por 
exemplo. 
◊ Clearance: Eliminar células mortas. 
▪ Imunidade Adaptativa: Também chamada de Resposta 
Específica. É uma resposta imune filogeneticamente mais 
tardia e atua reconhecendo particularidades dos 
microorganismos (como Proteínas específicas de cada 
vírus), sendo assim altamente específica. É caracterizada 
por ser uma resposta imune induzida mais tardiamente e 
gerar uma memória imunológica. 
Uma das moléculas características desta resposta são os 
Anticorpos (produzidos por esta imunidade). As células 
envolvidas neste tipo de resposta são principalmente os 
Linfócitos B e Linfócitos T. 
Introdução 
Ao ver o Hemograma, podemos suspeitar de uma infecção 
bacteriana ao visualizar a alta porcentagem de Bastões ou 
Bastonetes (Neutrófilos não maduros) no sangue do 
paciente. Além disso, outro indicativo é a alta quantidade 
de Proteína C Reativa (PCR), cuja concentração sanguínea 
se eleva quando há indicativo de processos inflamatórios 
ou infecciosos. 
Para termos a instalação de uma doença infecciosa, há uma 
interação complexa entre o microorganismo ou Parasita e o 
hospedeiro. 
É preciso entender o microorganismo, seus Fatores de 
Virulência que o faz escapar do Sistema Imune, como é 
dada a resposta imune e qual o ambiente que ocorre a 
infecção. Ao mesmo tempo, o microorganismo tende a se 
adaptar ao microambiente e invadir o Sistema Imune para 
que a infecção se espalhe. Todos estes fatores influenciarão 
o processo inflamatório. 
Para a doença acontecer é preciso que haja a entrada do 
microorganismo no hospedeiro, sua colonização, a invasão 
de Tecidos e a evasão ao Sistema Imune, enquanto o 
patógeno pode causar lesão tecidual. Por outro lado, o 
Sistema Imune tentará combatê-lo com seus mecanismos 
(Imunidade Inata e Imunidade Adaptativa), podendo as 
vezes causar lesões teciduais assim como o patógeno. 
Resposta Imune a Bactérias Extracelulares 
No caso visto, o microorganismo Streptococcus pneumoniae 
é caracterizado como uma bactéria extracelular, ou seja, 
não necessita adentrar Fagócitos (células) para se replicar 
(no caso, conseguindo reproduzir-se no lúmen das Vias 
Aéreas). 
As lesões teciduais causadas pelo patógeno podem advir de 
suas Toxinas (como no Tétano, por exemplo) ou da invasão 
do Tecido pelo próprio patógeno. Também temos bactérias 
que podem lesar o Tecido tanto por sua invasão a ele, 
quanto pela posterior liberação de Toxinas, é o caso da 
bactéria Gram Positiva Streptococcus pneumoniae 
(liberando Exotoxinas). 
As doenças (resposta do organismo hospedeiro ao 
patógeno) advindas de bactérias Extracelulares são 
caracterizadas por sua rapidez. Isso ocorre pelo método de 
lesão tecidual destas bactérias, dada pela liberação de 
Exotoxinas e invasão tecidual levando a inflamação (que 
pode levar a destruição tecidual). 
▪ Evasinas: Neste processo, a bactéria também usa de um 
Fator de Virulência chamado Evasina, é um termo usado 
para definir a produção de Enzimas que tornam o patógeno 
capaz de invadir Tecidos ou se disseminar. São alguns 
exemplos de Evasinas a Enzima Colagenase e a Enzima 
Hialuronidase. 
São diferentes Enzimas que podem ajudar o patógeno de 
diferentes formas, como na degradação das Proteínas que 
formam a Matriz Extracelular (como a Enzima Colagenase, 
que degrada o Colágeno desta camada), dessa forma 
auxiliam a bactéria a invadir os Tecidos. 
A partir das Evasinas, os patógenos podem também clivar 
Imunoglobulinas A (IgA – Anticorpos), sendo considerado a 
degradação de células de defesa um mecanismo de evasão. 
Temos também bactérias, como o Streptococcus, que 
produzem a Enzima Hemolisina, que provoca a lise de 
Eritrócitos ou Hemácias. Sendo o Streptococcus 
pneumoniae uma bactéria α-hemolítica, lisando 
parcialmente as Hemácias. 
▪ Toxinas: São classificadas em Endotoxinas e Exotoxinas. Já 
As Exotoxinas são Proteínas extracelulares secretadas pela 
bactéria que tem função tóxica ao organismo hospedeiro. 
Já as Endotoxinas têm como maior exemplo o LPS (Toxina 
da Parede Celular de bactérias Gram Negativas), 
funcionando como um PAMP para as Células Sentinelas, 
que produzem Mediadores Inflamatórios (como Citocinas). 
 
 Imunologia 
A resposta imune será induzida então para tentar 
neutralizar estes efeitos tóxicos. 
Relembrando a Resposta Imune Inata 
Para o antígeno entrar no organismo hospedeiro e iniciar o 
processo inflamatório pela Imunidade Inata, é necessário 
que ele rompa Barreiras Naturais (como a Barreira Epitelial, 
ou seja, a Pele), que podem ser Físicas (como os Cílios), 
Químicas (como o pH ácido do Estômago) e Microbiológicas 
(barreira de microorganismos que vivem em simbiose em 
nosso corpo). 
No Interstício, o patógeno encontra Células Residentes ou 
Sentinelas (podem ser Macrófagos, Células Dendríticas, 
Mastócitos e Células Linfoides Inatas) que entram em 
contato com os PAMPs do patógeno e produzem 
Mediadores Inflamatórios Primários (como a Histamina 
produzida por Mastócitos ou as Citocinas e Quimiocinas 
produzidas por Macrófagos). 
Estes Mediadores Inflamatórios, como as Citocinas e 
Quimiocinas, são responsáveis pelo recrutamento tanto de 
Neutrófilos (um tipo de Fagócito) presentes na corrente 
sanguínea, quanto da produção desta célula na Medula 
Óssea. Os Neutrófilos são as primeiras células de defesa a 
chegarem ao local da infecção (através da Quimiotaxia), 
sendo sucedido por outras células, como os Monócitos (que 
se tornam Macrófagos e auxiliam na eliminação do 
patógeno pela Fagocitose). 
As Citocinas também agirão de forma sistêmica, agindo no 
Hipotálamo (aumentando a temperatura corpórea através 
de Proteínas de Estresse) e no Fígado (estimulando a 
produção de Proteínas de Fase Aguda, como a PCR). 
Enquanto ainda estimulam a Medula Óssea a produzir 
células de defesa. 
▪ Opsoninas: A Proteína C Reativa (PCR) é uma Proteína de 
Fase Aguda que auxilia na Fagocitose, revestindo ou 
marcando a bactéria de forma a facilitar o reconhecimento 
dela pelos Fagócitos. Qualquer substância que reveste ou 
marca um microorganismo ou célula infectada de forma 
favorecer a Fagocitose é chamada de Opsonina do Sistema 
Imune, sendo esta ação um processo de Opsonização. 
Os Neutrófilos são responsáveis também pela produção de 
NETs (Armadilhas Extracelulares dos Neutrófilos), processo 
de “suicídio” do Neutrófilo onde ele emite seus 
componentes nucleares e outras substâncias (como Óxido 
Nítrico – NO – e Enzimas Lisossomais) para o espaço 
extracelular de modo que prenda e mate o antígeno. 
Contudo, ele pode também lesionar o Tecido do 
hospedeiro. 
Clearance 
Em microorganismos, Parasitas e agentes infecciosos, as 
células de defesa reconhecem seus Padrões Moleculares 
Associados a Patógenos (PAMPs). Contudo, na função de 
Clearance as células de defesa reconhecerão Padrões 
Moleculares Associados a Danos (DAMPs), são moléculas 
contidas geralmente no interior das células do hospedeiro, 
não sendo reconhecidas pelo Sistema Imune. 
A partir do momento que a célula sofre uma lesão tecidual, 
estas moléculas (DAMPs) são liberadas, deforma que o 
Sistema Imune Inato as reconheça como um patógeno 
pelos Receptores de Reconhecimento de Padrões 
Moleculares (PRR), montando uma resposta imune. Logo, a 
Clearance é uma das funções da Imunidade Inata para 
eliminar células mortas. Os DAMPs são muito importantes 
quando estudamos sobre doenças autoimune. 
Resposta Imune Adaptativa ou Específica 
A Imunidade Inata age o tempo todo em nosso organismo, 
porém em alguns casos ela não dará conta e entrará em 
ação a Imunidade Adaptativa. Isso pode ocorrer quando a 
carga bacteriana foi muito grande e/ou seus Fatores de 
Virulência são muito intensos. 
Teremos então as Células Dendríticas, também chamada de 
DC (uma das Células Sentinelas) sendo responsáveis por 
realizar a ponte entre a Imunidade Inata e a Imunidade 
Adaptativa. Pois, sendo uma das Células Residentes a Célula 
Dendrítica também reconhecerá PAMPs, porém após 
reconhecê-los ela migra para longe do local da inflamação 
para “montar” a Resposta Imune Adaptativa. 
Veremos agora os tipos de Resposta Adaptativa que 
entrará em ação caso a Resposta Inata falhe por conta dos 
fatores já citados: 
▪ Resposta Imune Específica Humoral: é a Imunidade 
mediada por moléculas do sangue que se desenvolvem em 
resposta as infecções. As principais células responsáveis por 
este tipo de Imunidade Inata são os Linfócitos B que após 
reconhecer o antígeno, se diferenciam em Plasmócitos que 
produzirão Anticorpos (caracterizam este tipo de resposta). 
Ao se tratar de um microorganismo Extracelular (como a 
bactéria Streptococcus pneumoniae) é a Resposta 
Adaptativa Humoral que entrará em ação a partir dos 
Linfócitos B, que bloquearão a infecção e eliminarão os 
microorganismos Extracelulares. 
▪ Resposta Imune Específica Celular: As principais células 
responsáveis por este tipo de Imunidade Inata são os 
Linfócitos T, que podem ser de dois tipos: ´ 
◊ Linfócitos T CD4: Também chamado de Linfócito T Efetor 
(Helper ou Auxiliar). 
◊ Linfócitos T CD8: Também chamado de Linfócito T 
Citotóxico ou CTL. 
Neste tipo de Resposta Adaptativa, os Linfócitos T 
produzirão Citocinas e estimularão uma resposta tóxica 
contra uma célula infectada (ação citotóxica). É uma 
resposta imune voltada a microorganismos Intracelulares, 
 
 Imunologia 
bactérias englobadas por Fagossomos, células infectadas 
por vírus, entre outros casos. 
Reconhecimento de Antígenos na Imunidade Específica 
Na Resposta Imune Inata, os Receptores reconhecedores de 
antígenos são os Receptores de Reconhecimento de 
Padrões Moleculares (PRR), que tem como principal 
exemplo o Receptor TOLL. 
Na Resposta Imune Adaptativa, os Receptores 
reconhecedores de antígenos dependerão do tipo célula. 
Nos Linfócitos B teremos B Cell Receptors (BCR), enquanto 
nos Linfócitos T teremos T Cell Receptors (TCR) 
independendo do tipo de Linfócito T. 
Os Receptores BCR dos Linfócitos B reconhecerão os 
microorganismos diretamente, em sua forma 
tridimensional. Entretanto, os Receptores TCR dos 
Linfócitos T não conseguirão reconhecer o antígeno como 
os Receptores BCR. 
Logo, os Receptores TCR precisam de alguém que processe 
este antígeno e o apresente para ele para que o TCR possa 
reconhecê-lo. Quem realiza esta função são as Células 
Apresentadoras de Antígenos (APCs) a partir de suas 
Moléculas do Complexo Principal de Histocompatibilidade 
(MHC), o MHC então é o Receptor para antígeno nas APCs. 
É o MHC a molécula que precisa ser compatível nos casos 
de transplante de órgão. 
Chamamos de Células Apresentadoras de Antígenos 
Profissionais as principais APCs, como as Células 
Dendríticas, os Macrófagos e os Linfócitos B. 
Células Dendríticas 
As DCs revestem todo o nosso corpo, sendo de vários tipos, 
porém tendo sempre a função de “escanear” o organismo a 
procura de sinais de perigo (PAMPs). Podem ter origem de 
Células Tronco, de Monócitos, entre outras. 
Após reconhecer um PAMP, a Célula Dendrítica migra para 
um Órgão Linfoide Secundário (como os Linfonodos e o 
Baço), são órgãos onde ocorre o reconhecimento de 
antígenos e o desencadeamento de respostas imunes. A 
montagem da Resposta Imune Específica ocorre sempre no 
Órgão Linfoide Secundário, enquanto o mecanismo efetor 
desta resposta (que mata os antígenos) ocorre no Sítio 
Infeccioso. 
As Células Dendríticas são Fagócitos. Assim, ela fagocita o 
antígeno ao se unir a um Fagossomo e formar um 
Fagolisossomo. A partir daí o processo de Fagocitose 
apresenta dois caminhos, sendo eles ou a Excreção e 
Exocitose do antígeno “digerido” ou a apresentação deste 
antígeno. A Célula Dendrítica então segue pela segunda via 
da Fagocitose, isso é possível pois alguns fragmentos do 
interior do Fagolisossomo migram para a superfície da 
célula para se unir ao MHC. 
Assim, a Célula Dendrítica se ativa desde o reconhecimento 
do PAMP por seus Receptores TOLL, migrando até o Órgão 
Linfoide Secundário enquanto fagocita o antígeno, lá 
apresentará os fragmentos proteicos do antígeno junto ao 
MHC de sua superfície para os Receptores TCR do Linfócito 
T. Após reconhecer o antígeno, os Linfócitos T migram do 
Órgão Linfoide Secundário para o Sítio Infeccioso. 
▪ 1° Sinal: Chamamos de 1° Sinal o reconhecimento dos 
fragmentos proteicos do antígeno junto a MHC na 
superfície da Célula Dendrítica pelos Receptores TCR dos 
Linfócitos T. Este é o 1° sinal para a ativação da Resposta 
Imune Adaptativa. 
Como sabemos, o Receptor TOLL das células de defesa ativa 
moléculas NF-kB (um Fator de Transcrição envolvido no 
controle da expressão de diversos genes ligados à resposta 
inflamatória) que ativam Mediadores Inflamatórios (como 
Citocinas e Quimiocinas). Entretanto, além de ativar estes 
Mediadores Inflamatórios, a ativação do Receptor TOLL e 
do NF-kB também é responsável por ativar Moléculas de 
Co-estímulo (CD80 e a CD86, por exemplo) na Célula 
Dendrítica. A partir daqui esta Célula Dendrítica pode ser 
chamada de Célula Dendrítica Madura (MDC). 
▪ 2° Sinal: Chamamos de 2° Sinal a ligação das Moléculas de 
Co-estímulo da Célula Dendrítica com a molécula CD28 do 
Linfócito T. Dizemos que este sinal advém da Resposta 
Imune Inata por existir graças ao reconhecimento de 
PAMPs pelo Receptor TOLL. 
Para que o Linfócito T se ative, é necessário que ele receba 
os Sinais 1 (vindo do antígeno) e 2 (advindo da Resposta 
Imune Inata). Sua ativação permite a proliferação e 
diferenciação deste Linfócito T (até então chamado de 
“virgem”). Além disso, a partir do 1° Sinal há o início da 
Resposta Imune Adaptativa. A ativação dos Linfócitos T irá 
se perpetuar apenas enquanto houver antígenos no 
organismo. 
Linfócitos T 
A Célula Dendrítica apresentará os fragmentos proteicos do 
antígeno junto ao MHC de sua superfície tanto para o 
Linfócito T DC4, quanto para o Linfócito T CD8. 
As moléculas CD4 e CD8 são apenas Moléculas Co-
acessórias, sendo que CD (Cluster de Diferenciação) é um 
conjunto de moléculas marcadoras da superfície celular 
usadas para diferenciar os vários tipos de células. A 
molécula CD4 se ligará ao MHC de classe II, enquanto o 
CD8 se ligará ao MHC de classe I. 
▪ Expansão Clonal de Linfócitos T: Antes do Linfócito T 
migrar para o Sítio Infeccioso, há o processo de proliferação 
destas células. Isso é possível por conta do envolvimento da 
Interleucina-2 (uma Citocina que atua como Fator de 
Crescimento) produzida pela própria célula para agir nela 
mesma, estimulando a proliferação (vemos este processo 
como a formação de um “Exército”). 
 
 Imunologia 
Sendo a Memória uma das características da Imunidade 
Adaptativa, a partir desta proliferação teremos a formação 
de alguns Linfócitos T de Memória (Células de Memória), 
assim como a formação de Linfócitos T Efetores (Células 
Efetoras), tudo a partir do Linfócito T “virgem”. As Células 
Efetoras então migram para o Sitio Infeccioso para 
combater os antígenos. 
Quanto maisjovem, maior a quantidade de Linfócitos T 
imaturos (menor a quantidade de Células de Memória) pois 
o corpo ainda não teve contato com os antígenos. 
Conforme a idade avança, há a inversão. 
▪ Subpopulações de Linfócitos T CD4: De acordo com a 
Citocina que está presente na apresentação do antígeno 
pelas Células Dendríticas, podemos obter vários perfis de 
resposta imune diferentes das Células Efetoras. Assim, o 
tipo preferível de Célula Efetora produzida como um 
“exército” na Expansão Clonal para combater o antígeno 
presente no Sítio Infeccioso é definido de acordo com 
microorganismo invasor. 
Linfócitos B 
Os Linfócitos B conseguem reconhecer diretamente o 
antígeno, não necessitando da molécula MHC das Células 
Dendríticas. O reconhecimento do patógeno pelos 
Linfócitos ocorre nos Órgãos Linfoides Secundários, os 
antígenos chegam a estes órgãos através da Linfa. Assim, os 
Linfócitos B reconhecem os PAMPs do antígeno fora do 
Sítio Infeccioso. 
O PAMP do antígeno se ligará ao Receptor BCR dos 
Linfócitos B, esta célula então se diferencia em Plasmócito, 
que produzirá Anticorpos (molécula de Imunoglobulina) 
capazes de reconhecer a mesma porção antigênica 
reconhecida pelos Receptores BCR do Linfócito B. 
Os Receptores BCR são moléculas de Imunoglobulina (ou 
seja, Anticorpos) ligadas a superfície dos Linfócitos B. Ele se 
diferencia dos Anticorpos por estar ancorado na superfície 
da célula (em região hidrofóbica da Membrana) e 
apresentar Moléculas Acessórias que o auxiliam na 
Transdução de Sinal. Já os Anticorpos são como uma versão 
secretada do BCR que vai para o Sítio Infeccioso. 
Os Anticorpos podem matar o microorganismo tanto 
sozinhos, quanto em associação com o Sistema 
Complemento. São seus Mecanismos Efetores: 
▪ Neutralização: É um dos Mecanismos Efetores 
independentes do Sistema Complemento. Neste processo o 
Anticorpo se liga a uma molécula importante para aquele 
microorganismo infectar as células hospedeiras, possuindo 
um efeito neutralizante sobre uma porção do antígeno (o 
impedindo de infectar o organismo). 
Temos como exemplo a busca dos laboratórios por um 
Anticorpo com ação neutralizante (via vacina) que se ligue a 
Proteína Spike do Coronavírus (Proteína ligada a capacidade 
de entrada do vírus na célula hospedeira) e a impeça de se 
ligar e infectar as células do hospedeiro. 
Além disso, as Toxinas produzidas por patógenos que 
apresentam este Fator de Virulência também são 
neutralizadas pelos Anticorpos. Usando o Tétano como 
exemplo, ao nos revelarmos diante do antígeno é 
imediatamente necessário a infusão de Soro com 
Anticorpos que neutralizam as Toxinas produzidas pela 
bactéria Clostridium tetani. 
Logo, os Anticorpos no processo de Neutralização agem 
bloqueando a colonização do antígeno (impedindo a 
infecção da célula pelo antígeno a partir do bloqueio de sua 
ligação a moléculas e Tecidos) e podem agir no bloqueio da 
ligação de Toxinas ao Receptor das células. 
Os Anticorpos aqui podem realizar um Bloqueio Direto (por 
interação direta ao antígeno) ou um Bloqueio Alostérico 
(devido a mudança conformacional do sítio de ligação do 
antígeno). 
▪ Opsonização: É um dos Mecanismos Efetores 
independentes do Sistema Complemento. O Anticorpo é 
considerado uma Opsonina. 
Neste processo, o Anticorpo migrará para o Sítio Infeccioso 
e se ligará as bactérias (ou outro antígeno) de modo que 
seja reconhecido por Fagócitos (como Macrófagos e 
Neutrófilos) que os fagocitarão. Os Fagócitos possuem 
Receptores para Região Constante de Imunoglobulina (FgR) 
que reconhecem os Anticorpos para fagocitar, sendo um 
estímulo a mais para a defesa. 
Para estudarmos o Mecanismo Efetor dos Anticorpos 
dependente do Sistema Complemento, primeiramente 
precisamos entendê-lo: 
Sistema Complemento 
É um conjunto de moléculas termolábeis (alteradas por 
calor) que complementam a Resposta Imune Adaptativa 
dos Anticorpos (que são moléculas termoresistentes), além 
de complementar também a Imunidade Inata. Suas funções 
são: 
◊ Lise de bactérias, vírus e células do hospedeiro. 
◊ Fagocitose de antígenos resultante de Opsonização. 
◊ Estimulação da resposta inflamatória. 
◊ Remoção de Imunocomplexos circulantes (vinculado a 
doenças autoimune). 
O Sistema Complemento é composto por mais de 30 
Proteínas (caracterizadas como Proteínas de Fase Aguda) 
produzidas no Fígado pelos Hepatócitos. Os Hepatócitos 
são estimulados a produzirem Proteínas de Fase Aguda 
através de Citocinas produzidas por Fagócitos. Contudo, 
elas também podem ser produzidas por Macrófagos e 
 
 Imunologia 
Células Epiteliais do Trato Gastrointestinal e do Trato 
Urogenital. 
O Sistema Complemento é caracterizado como uma Cascata 
Enzimática (uma cascata de Clivagem), possuindo 
componentes de 1 até 9. Assim, o C1 clivará o C2 e assim 
em diante, pois nesta Clivagem geramos Enzimas que 
clivam o próximo componente (molécula) na sequência. 
Esses componentes são produzidos no Fígado, entram na 
corrente sanguínea e migram até o Sítio Infeccioso. 
É composto e ativado a partir de três Vias (Via Clássica – 
dependente de Anticorpos; Via da Lectinas e; Via 
Alternativa) que se convergem apenas na Clivagem do C3 
(componente 3), pela formação da Enzima C3 Convertase. 
Mecanismos Efetores de Lise do Patógeno 
▪ Via Clássica: O Sistema Complemento pode ser ativado 
pela Via Clássica, o principal mecanismo da Resposta Imune 
Adaptativa Humoral. 
Os Anticorpos podem combater o patógeno dependendo 
ou não do Sistema Complemento. Ele agirá sozinho nos 
processos de Neutralização e Opsonização. Porém na 
Opsonização, a ligação do Anticorpo ao microorganismo 
pode fazer com que Proteínas de Fase Aguda, como as do 
Sistema Complemento, se liguem a molécula de MHC. 
Ao chegar ao Sítio Infeccioso e se ligarem ao antígeno, os 
Anticorpos podem favorecer a Fagocitose pelos Fagócitos 
ou podem promover a conexão dele e do antígeno a uma 
molécula do Sistema Complemento (C1) que reconhece o 
Anticorpo. 
É uma via dependente de Anticorpos. Assim, se inicia 
quando o Anticorpo se liga a Membrana do microorganismo 
e se conecta a primeira molécula do Sistema Complemento, 
a C1. 
 
 
 
O componente proteico C1 possui três Proteínas 
Plasmáticas em seu complexo (C1q; C1r; e C1s). A Proteína 
Plasmática C1q é a responsável por detectar e se ligar ao 
Anticorpo. Após a ligação de C1q aos Anticorpo, duas 
Enzimas associadas a C1s e C1r são ativadas e iniciam uma 
reação em Cascata. A molécula C1r clivará a C1s, que clivará 
outros componentes ligados ao Anticorpo, sendo eles o C4 
(o transformando em C4a – que é encaminhado para o 
Meio Extracelular - e C4b- sendo que o C4b ancorará na 
Membrana do antígeno) e o C2 (o transformando em C2a – 
que ancorará na Membrana junto ao C4b - e C2b). 
Normalmente a subunidade b ancora a Membrana do 
antígeno por ser mais pesada. 
A junção dos componentes C2a ao C4b forma a Enzima C3 
Convertase, que é a responsável por clivar o componente 
 
C3 em C3a (que é encaminhada para o Meio Extracelular) e 
C3b (que ancora a Membrana do antígeno junto a C2a e a 
C4b). A junção da C3a, C2a e C4b forma a Enzima C5 
Convertase que cliva o conjunto proteico C5, levando a C5a 
para a Matriz Extracelular e a C5b a ancorar na Membrana 
Plasmática do antígeno). 
A molécula C5b leva a inserção dos componentes C6, C7, C8 
(que possui uma alta afinidade com o C7) e uma média de 
20 moléculas do componente C9 na Membrana do 
antígeno. Então esses componentes na Membrana se 
juntarão (Polimerização – junção de moléculas de um 
composto para a formação de um novo composto, 
chamado Polímero) e darão origem a um Poro na 
Membrana Plasmática do antígeno. Este Poro (junção da 
C5b; C6; C7; C8 e C9) recebe o nome de Complexo de 
Ataque a Membrana (MAC). 
A formação de Poros na camada leva o microorganismo a 
morrer por Lise Osmótica, quando há um grandeinfluxo de 
H2O no interior da célula causando ruptura de suas 
Membranas. 
 
Podemos concluir que o Sistema Complemento pela Via 
Clássica pertence a Resposta Imune Adaptativa, pois 
depende da Resposta Imune Adaptativa Humoral para 
produção de Anticorpos. 
▪ Via das Lectinas: As Lectinas são Proteínas que 
reconhecem e se ligam a Carboidratos ou Manose, sendo 
que o antígeno expressa Manose em sua superfície. O 
Sistema Complemente apresenta uma molécula (Proteína 
de Fase Aguda) chamada Proteína Ligadora de Manose 
(MBL), que reconhecerá este Carboidrato. 
Existem duas classes de Anticorpos que realizam esta 
ancoragem ao patógeno auxiliados pelo Sistema 
Complemento, são eles o IgM e o IgG. 
 
 
 
 Imunologia 
A molécula MBL então se ligará ao Carboidrato na 
superfície do antígeno e se ligando a ela e ao antígeno 
teremos duas Serinoproteases, chamadas MASP1 e MASP2. 
A Serinoprotease MASP1 clivará então a MASP2, que clivará 
o componente C4 (o transformando em C4a – que é 
encaminhado para o Meio Extracelular - e C4b- sendo que o 
C4b ancorará na Membrana do antígeno). 
Antes de ancorar a Membrana do antígeno, o componente 
C4b clivará o C2 (o transformando em C2a – que ancorará 
na Membrana junto ao C4b - e C2b – que é levada para o 
Meio Extracelular). O C2a e o C4b ancorados a Membrana 
formam então a Enzima C3 Convertase, que cliva o 
componente C3 (o transformando em C3a – que é 
encaminhado para o Meio Extracelular - e C3b - que 
ancorará na Membrana do antígeno junto a C4b e a C2a). 
 
A união do C2a, C4b e C3b na Membrana formará então a 
Enzima C5 Convertase, que cliva o componente C5, levando 
a C5a para a Matriz Extracelular e a C5b a ancorar na 
Membrana Plasmática do antígeno). A molécula C5b leva a 
inserção dos componentes C6, C7, C8 (que possui uma alta 
afinidade com o C7) e uma média de 20 moléculas do 
componente C9 na Membrana do antígeno. Esses 
componentes então se unem para formar o MAC, 
culminando em Lise Osmótica do microorganismo. 
Podemos concluir que o Sistema Complemento pela Via das 
Lectinas pertence a Resposta Imune Inata, pois não 
depende de Anticorpos para a ativação da cascata 
enzimática. 
▪ Via Alternativa: É uma via do Sistema Complemento 
iniciada pela molécula C3b. O componente C3 é uma 
molécula presente no Plasma, sofrendo constantes 
clivagens. Nossas células possuem proteção contra a 
ancoragem do componente C3b em suas Membranas. Na 
Via Alternativa o C3b ancorará na Membrana do 
microorganismo e iniciará a cascata. 
Como exemplo, em bactérias Gram Negativas o 
componente C3b pode reconhecer o LPS da Membrana da 
bactéria e se ancorar a ela. Porém, ela pode reconhecer 
também vários patógenos como Fungos, Leveduras, células 
infectadas e Vírus. 
A presença de certos agentes infecciosos com 
determinadas características ativa a Via Alternativa a través 
da ligação de uma ou mais moléculas de C3b em sua 
superfície. 
 
O componente C3 então recruta um Fator B, que é clivado 
pelo Fator D em Ba (que é mandado para o Meio 
Extracelular) e Bb (que se ancora a Membrana do antígeno 
junto a C3b). 
A junção do componente C3b junto a parte Bb do Fator B 
compõe a Enzima C3 Convertase, que cliva outra molécula 
de C3 em C3a (que é mandado para o Meio Extracelular) e 
C3b ((que se ancora a Membrana do antígeno junto a C3b e 
ao Bb). 
A Via Alternativa também pode ser chamada de Via da 
Properdina. Pois, a junção do componente C3b com a 
molécula Bb formando a Enzima C3 Convertase resulta em 
um produto instável. Sendo assim, a Proteína Properdina se 
ligará a Enzima C3 Convertase promovendo a estabilidade 
desta molécula (sem esta Proteína, não há sequência a Via). 
A união dos dois componentes C3b com a molécula de Bb 
na Membrana do antígeno formará então a Enzima C5 
Convertase, que clivará o componente C5 em C5a (que é 
mandado para o Meio Extracelular) e C5b (que ancorará na 
Membrana do antígeno). A molécula C5b leva a inserção 
dos componentes C6, C7, C8 (que possui uma alta afinidade 
com o C7) e uma média de 20 moléculas do componente C9 
na Membrana do antígeno. Esses componentes então se 
unem para formar o MAC, culminando em Lise Osmótica do 
microorganismo. 
Podemos concluir que o Sistema Complemento pela Via 
Alternativa pertence a Resposta Imune Inata, pois não 
depende de Anticorpos para a ativação da cascata 
enzimática. 
Amplificação das Vias do Sistema Complemento 
As Vias do Sistema Complemento podem ser amplificadas 
quando se relacionam. Pois, o C3b formado na Via 
Alternativa pode se unir ao C4b e C2a da Via Clássica, 
formando a Enzima C5 Convertase. 
Outro meio de amplificação é a possibilidade da molécula 
de C3b ancorada na Membrana do patógeno durante a Via 
 
 Imunologia 
Clássica pode seguir pelo caminho da Via Alternativa. Estas 
relações estimulam ainda mais o combate ao antígeno. 
Assim, as três vias podem atuar mais ou menos juntas, pois 
a Via Clássica precisará de Anticorpos produzidos pela 
Resposta Imune Adaptativa para se ativar (assim, demora 
mais para começar do que as outras vias). 
Ao invés ativar uma ou outra, as três vias são ativadas pelo 
nosso organismo pois após a ativação da Via da Lectina e da 
Via Alternativa, estas duas vias juntas podem produzir no 
Sitio Infeccioso, por exemplo, 1.000 moléculas de C3b. Já 
quando a Via Clássica é ativada, em 5min dos Anticorpos no 
Sitio Infeccioso teremos a 5x106 de moléculas C3b. 
Condições advindas do mal funcionamento do Sistema 
Complemento 
Doenças como o Lúpus Eritematoso Sistêmico são causadas 
pelo mal funcionamento do Sistema Complemento, esta é 
uma das doenças autoimunes mais frequentes entre a 
população e 90% dos pacientes apresentam alteração no 
componente C4. Além desta, há também 
Glomerulonefrites, Glomerulopatias, Vasculites, Meningites, 
entre outras. 
Há também casos de crianças mais suscetíveis a 
inflamações por conta de deficiência de Fator D, na Via 
Alternativa, tornando as visitas médicas frequentes por 
infecções recorrentes. 
▪ Hemoglobinúria Paroxística Noturna: É uma doença rara 
causada pela deficiência na proteção das nossas células 
contra a adesão das moléculas do Sistema Complemento. 
Normalmente notada pela constante urina escura ou 
avermelhada. 
Mecanismo Efetor de Opsonização de Antígeno 
Podemos considerar também os componentes C3b e C4b 
são considerados Opsoninas, auxiliando assim a Fagocitose. 
Assim, a hora que o componente C3b ancora na Membrana 
do antígeno, ele pode seguir pelas Vias de Mecanismo 
Efetores de lise do microorganismo (culminando no MAC), 
ou apenas auxiliar a Fagocitose a partir da marcação do 
antígeno, que é reconhecido por Fagócitos. 
A Opsonização pode ser efetuada pela ligação tanto de 
moléculas do Sistema Complemento, quanto de outros 
compostos como Anticorpos e Proteína C Reativa (PCR). 
Células como os Macrófagos possuem Receptores de 
Anticorpos e de C3b, que agem como Opsoninas. 
Mecanismos Efetores de Ativação do Processo 
Inflamatório 
▪ Anafilotoxinas: Os componentes do Sistema Complemento 
que vão para o Meio Extracelular após a Clivagem (C3a; 
C4a; e C5a) são consideradas Anafilotoxinas. 
Essas moléculas são reconhecidas por Mastócitos, que 
liberam Mediadores Inflamatórios (Histamina e 
Leucotrienos) que favorecem a alteração da Permeabilidade 
Vascular (aumentando-a) e Vasodilatação. 
▪ Quimiotaxia: Os componentes C3a e C5a também 
possuem função quimiotática (Quimiotaxia) no 
recrutamento de Leucócitos. Assim, após o início da Via 
Alternativa e da Via das Lectinas (ligado a Resposta Imune 
Inata), a liberação de C3a e C5a na Matriz Extracelular 
ajuda no recrutamento de Leucócitos até o Sítio Infeccioso 
pela Quimiotaxia. 
Imunidade Adaptativa a Bactérias Extracelulares 
A bactéria estudada no caso é classificada como Gram 
Positiva e possui uma Cápsula de Polissacarídeos, que 
confere resistência ao microorganismo(sendo um 
Mecanismo de Escape). 
Em bactérias encapsuladas, junto com a ancoragem do 
componente C3b (Via Alternativa, derivada da Imunidade 
Inata) do Sistema Complemento em sua Cápsula, a bactéria 
também atrairá o chamado Fator H, que é responsável por 
clivar o C3b e não permitir a sequência de cascata. 
O Fator H é um dos exemplos das moléculas que protegem 
nossas próprias células do Sistema Complemento. O truque 
das bactérias encapsuladas é atrair o Fator H e interromper 
a Via Alternativa do Sistema Complemento. No entanto, se 
houver a montagem da Imunidade Adaptativa, o composto 
que ancorará na Cápsula bacteriana será o Anticorpo. 
A ligação do patógeno com o Anticorpo impede que o Fator 
H seja recrutado e permite a ligação então do componente 
C1, dando início a cascata enzimática da Via Clássica. Assim, 
a produtividade de uma via ou outra é dada de acordo com 
o microorganismo agressor. Neste caso, se o patógeno 
possuir Mecanismos de Evasão, a Via Alternativa não irá 
funcionar, enquanto a Via Clássica conseguirá. 
Enquanto os Linfócitos B se conectam a este processo pela 
produção de Anticorpos, os Linfócitos T entrarão na história 
auxiliando na produção de Citocinas. Suas funções podem 
compor: 
◊ Assim, algumas Citocinas como a Interleucina-17 (IL-17) e 
Interleucina-22(IL-22) ajudam no influxo (recrutamento) e 
ativação de Neutrófilos e Macrófagos. 
◊ Além disso, a IL-22 estimula o aumento da integridade da 
Barreira Epitelial (fortalece as junções entre as Células 
Epiteliais). 
◊ Outras Citocinas também atuam aumentando o potencial 
fagocítico dos Macrófagos. 
◊ Temos Citocinas que interagem com Linfócito B de modo 
que o Linfócito B troque de classe de Anticorpos quando a 
classe IgM se mostra ineficiente, necessitando da outra 
classe, IgG (e vice-versa). Deste modo, amplifica a 
quantidade e funcionalidade dos Anticorpos. 
 
 Imunologia 
Assim, por produzir Citocinas, o Linfócito T auxilia tanto 
células da Imunidade Inata, quanto células da Imunidade 
Adaptativa. A Resposta Imune Adaptativa Celular não é a 
principal atuante, porém ajuda a resposta imune a 
bactérias Extracelulares. 
A Imunidade Inata, através das Células Dendríticas, ativa a 
Imunidade Adaptativa que, por sua vez, potencializa a 
Imunidade Inata (por Citocinas ou por Anticorpos).

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