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AULA 4 - BIOSSEGURANÇA (avaliação da exposição, notificção compulsória e quimioprofilaxia)

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Biossegurança 
AULA 4 – AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO, 
NOTIFICAÇÃO E QUIMIOPROFILAXIA 
Riscos 
• Identificação 
• Avaliação 
• Treinamento 
• Proteção 
• Acidentes de trabalho (AT) 
 
Acidentes de trabalho (AT): AT é aquele que 
acontece no exercício do trabalho e que traz como 
consequência uma lesão corporal ou perturbação 
funcional, com perda ou redução da capacidade 
para o trabalho, de forma permanente ou 
temporária, ou até mesmo a morte. 
 
O ministério da saúde (MS) dispõe sobre os 
procedimentos técnicos para a notificação 
compulsória de agravos à saúde do trabalhador, 
dentre os quais está regulamentado a notificação 
dos acidentes de trabalho com exposição a material 
biológico. 
 
Notificação: 
• Ficha própria 
• Sistema de informação de agravos de 
notificação (SINAN-NET) 
• Redes sentinelas específicas, a exemplo dos 
centros de referência de saúde do 
trabalhador (CEREST), para que as politicas 
de prevenção e controle possam ser 
executadas. 
 
Importância da notificação: 
• Estimativas da ocorrência e acidentes 
biológicos 
• Divulgação de dados como a letalidade das 
infecções 
• Direcionar cuidados e prevenção 
• Melhorar o encaminhamento dos 
trabalhadores acidentados aos serviços 
especializados 
• Adotar medidas para a prevenção dos 
acidentes nos locais de trabalho 
 
Dentre os vários tipos de acidentes, os 
perfurocortantes são não só os mais frequentes, 
como também os mais graves, por possibilitarem o 
desenvolvimento de doenças letais para os 
trabalhadores. 
Conduta pós acidente 
• Lavagem do local exposto com água e sabão nos 
casos de exposição percutânea ou cutânea 
• Nas exposições de mucosas -> lavar 
exaustivamente com água ou solução salina 
fisiológica 
• Não há evidencia de que o uso de antissépticos 
ou expressão do local do ferimento reduzam 
risco de transmissão, entretanto, o uso de 
antisséptico não é contraindicado 
• Não devem ser realizados procedimentos que 
aumentem a área exposta tais como cortes ou 
infecções locais. A utilização de soluções 
irritantes (éter, glutaraldeído, hipoclorito de 
sódio) também está contraindicada. 
 
Avaliação do acidente 
• Estabelecer o material biológico envolvido: 
sangue, fluidos orgânicos potencialmente 
infectantes (sêmen, secreção vaginal liquido 
sinovial, liquido pleural, peritoneal, pericárdico e 
amniótico), fluidos orgânicos potencialmente 
não-infectante (suor, lágrima, fezes, urina e 
saliva) exceto se contaminando com sangue 
• Tipo de acidente: perfurocortante, contato com 
mucosa, contato com pele com solução de 
continuidade 
• Conhecimento da fonte: fonte 
comprovadamente infectada ou exposta à 
situação de risco ou fonte de origem fora do 
ambiente de trabalho 
 
Orientação ao acidentado 
• Com relação ao risco do acidente. 
• Possível uso de quimioprofilaxia. 
• Consentimento para realização de exames 
sorológicos. 
• Comprometer o acidentado com seu 
acompanhamento durante seis meses. 
• Prevenção da transmissão secundária. 
• Suporte emocional devido estresse pós-
acidente. 
• Relatar de imediato os sintomas: 
linfoadenopatia, dor de garganta, sintomas de 
gripe (sugestivos de soroconversão aguda) 
• Reforçar a prática de biossegurança e 
precauções básicas em serviços. 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO QUANTO AO 
POTENCIAL DE TRANSMISSÃO 
1. Tipo de exposição 
• Percutânea: lesões provocadas por 
instrumentos perfurocortantes. 
• Em mucosas: respingos em olhos, nariz, 
boca e genitália 
• Em pele não íntegra: contato com 
dermatite, ferida abertas, mordeduras 
humanas. Considerar exposição de risco 
quando houver sangue 
o Avaliar fonte e acidentado 
 
2. Tipo de fluido 
• Fluido biológico de risco: sangue, liquido 
orgânico com sangue viável ou fluido 
potencialmente infectante 
• Material biológico potencialmente não 
infectantes: fezes, secreção nasal, escarro, 
suor, lágrima, urina, vomito, exceto se tiver 
com sangue 
Quantidade de fluidos e tecidos 
• Maior volume de sangue: lesões 
profundas para material cortante, presença 
de sangue visível nos instrumentos, 
acidentes com agulhas previamente 
utilizadas em veias ou artérias, acidentes 
com agulhas de grosso calibre, agulha com 
lúmen 
• Maior inoculação viral: paciente-fonte 
com HIV/Aids avançada, infecção aguda 
para HIV, situações com viremia elevada 
 
 
3. Status sorológico da fonte 
• Fonte conhecida: solicitar exames e 
aconselhamento pré-teste: HBsAg; Anti-
HBc; Anti-HCV e Anti-HIV 
• Fonte com status sorológico 
desconhecido: (recusa ou impossibilidade 
de realizar testes), considerar o diagnóstico 
médico, sintomas e história de situação de 
risco. 
• Exame de detecção viral não são 
recomendados com testes de triagem 
• Fontes desconhecidas: considerar a 
possibilidade clínica e epidemiológica de 
infecção pelo HIV, HBV e HCV (prevalência 
de infecção naquela população local, onde 
o material perfurocortantes foi encontrado, 
procedimento ao qual ele foi associado, 
presença ou não de sangue, etc.) 
 
4. Status sorológico do acidentado 
• Verificar realização de vacinação por HBV 
• Comprovação de imunidade através do 
Anti-HBs 
• Realizar sorologia do acidentado para HIV, 
HBV e HCV 
 
QUIMIOPROFILAXIA 
• Tratamento para evitar a propagação de 
doenças 
• Administração de drogas capazes de prevenir a 
infecção ou impedir que o individuo infectado 
adoeça 
 
QUIMIOPROFILAXIA PARA O HIV 
É o direito do profissional se recusar a realizar a 
quimioprofilaxia ou outros procedimentos 
necessários pós-exposição. Nestes casos, porém, 
deverá assinar um documento onde esteja 
claramente explicitado que todas as informações 
foram fornecidas no seu atendimento sobre os 
riscos da exposição e os riscos e benefícios da 
conduta indicada. 
 
 
 
QUIMIOPROFILAXIA PARA HBV 
• A vacinação pré-exposição contra a hepatite B é 
a principal medida de prevenção de hepatite B 
ocupacional entre profissionais de saúde. 
• Vacinação deverá ser feita antes da admissão do 
profissional nos serviços de saúde 
• Está indicada para todos aqueles que podem 
estar expostos aos materiais biológicos durante 
suas atividades 
• Não é recomendada a sorologia pré-vacinal para 
definir a vacinação exclusiva de profissionais 
não-imunes 
• Profissionais que relatam história de hepatite, 
mas não sabem informar qual tipo viral, deve ser 
vacinado contra hepatite B 
• A vacina contra hepatite B é extremamente 
eficaz (90 a 95% de resposta vacinal em adultos 
imunocompetentes) e segura. A gravidez e a 
lactação não são contraindicações para 
utilização da vacina. 
 
 
QUIMIOPROFILAXIA PARA HCV 
Não existe nenhuma medida especifica eficaz para 
redução do risco de transmissão do vírus da hepatite 
C após exposição ocupacional. 
 
Os estudos não comprovam benefício profilático 
com o uso de imunoglobulinas 
 
a única medida eficaz para eliminação do risco de 
infecção pelo vírus da hepatite C é por meio da 
prevenção da ocorrência do acidente. 
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE O PACIENTE-FONTE 
O paciente-fonte deverá ser avaliado quanto à 
infecção pelo HIV, hepatite B e hepatite C, no 
momento da ocorrência do acidente -> informações 
disponíveis no prontuário; 
 
Se o paciente-fonte é conhecido 
• Doença previa ou situação sorológica para 
HIV, HBV, HCV é desconhecida -> orientá-lo 
• Os resultados dos exames sorológicos 
devem ser sempre comunicados aos 
pacientes. 
 
Se a fonte de exposição não é conhecida ou não 
pode ser testada, deve-se avaliar a probabilidade 
clinica e epidemiológica da infecção pelo HIV, 
HBV ou HCV. 
• Importantes itens a serem considerados são 
a prevalência da infecção naquela 
localização, origem do material e a gravidade 
do acidente. 
 
 
 
 
 
CASO A SE ESTUDADO 
Funcionário do laboratório de analise clínicas, A.B.C, 
40 anos, trabalha há 20 anosem laboratório, sofreu 
um acidente de trabalho ao manipular uma amostra 
de escarro. Ao abrir o recipiente com o material, este 
escorregou das suas mãos e parte do material 
espirrou em seu rosto, A.B.C usava apenas luvas de 
látex. 
 
Tal amostra chegou ao laboratório vindo direto do 
hospital de doenças infecciosas referência em sua 
cidade 
 
No final da tarde da sexta-feira, dia do acidente, a 
funcionária realizou apenas a lavagem das mãos e 
foi para sua residência. Como era final de expediente 
e estava sozinha, não comunicou a nenhum outro 
funcionário 
 
Aproximadamente 3 semanas após o acidente faltou 
o trabalho relatando estar doente.

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