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AULA 11 - SAÚDE MENTAL E CUIDADO DE ENFERMAGEM EM PSIQUIATRIA (transtorno de humor)

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Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 11 – TRANSTORNOS DE HUMOR 
Caracterização dos TH 
PERDER CONTROLE DO HUMOR (estado emocional) 
E AFETOS (expressão externa do tom emocional), 
levando a características extremas variando de: 
• Deprimido: incapacidade de experimentar 
prazer (anedonia), sentimento de menos valia 
(baixa estima), indecisão, tristeza, angustia, 
tendência a chorar. Sintomas físicos: fadiga, 
padrões de sono e apetite alterados. 
• Mania: entusiasmo, alegria e euforia exagerados 
e extremo prazer em cada atividade. Acreditam 
ser capazes de realizar o que desejarem. Fala 
rápida, empolgada, irritada e as vezes 
incoerentes (expressar varias ideias de uma vez). 
 
Transtornos depressivos 
• EPSÓDIO DEPRESSIVO MAIOR: Critérios para o 
diagnóstico 
• Pelo menos duas semanas com (pelo menos 5 
sintomas) 
1. humor deprimido na maior parte do dia, 
quase todos os dias 
2. Acentuada diminuição do interesse ou 
prazer em todas ou quase todas as 
atividades/maior parte do dia. 
3. Peso 
4. Sono 
5. Agitação ou retardo PSM 
6. Fadiga 
7. Inutilidade/culpa 
8. Indecisão/concentração 
9. Pensamentos recorrentes de morte 
• N Misto; C prejuízo ocupacional; D descartar 
drogas/patologia; E diferenciar de luto, 
preocupação mórbida, ideação suicida, psicose. 
• Caso TDM 
 
Do luto à Depressão! 
• Você já perdeu alguém que ama? O que 
você sentiu? 
• Depressão grave após uma perda (divórcio, 
viuvez, etc) não é considerado um 
transtorno, a menos que curse com sintomas 
graves (ideação suicida e sintomas 
psicóticos, incapacitação). 
• Duração normal: primeiros meses até um 
ano, recorrendo em datas especiais 
• Reação de luto patológica: lembranças 
intrusivas, anseios dolorosamente fortes 
pelo ente querido e esquiva de pessoas ou 
lugares que lembrem o ser amado (ou 
inversamente não querer sair do cemitério). 
• Tratamento: estresse pós traumático 
 
Transtorno distímico 
Os sintomas são mais leves e permanecem por 
longos anos. 
 
Caso clinico: 
Solteiro, 38 anos, advogado há 10 anos. Procurou 
tratamento por sentir-se desolado com a vida e com 
dificuldades de tomar decisões importantes como 
marcar a data do casamento e procurar um emprego 
melhor. Refere ter sido sempre um menino triste, 
que nunca achou a vida bonita ou teve momentos 
de alegria duradoura. Mas, conseguiu viver bem até 
a faculdade. Com a mudança para São Paulo passou 
a sentir-se inferior, sem energia para competir ou 
buscar aprimoramento intelectual. Hesita em casar 
para evitar a paternidade. Seu pai era severo, crítico 
e reservado. 
 
Transtorno bipolar 
De acordo com o DSM.IV e o CID-10, (manuais 
internacionais de classificação diagnóstica), o 
transtorno bipolar pode ser classificado nos 
seguintes tipos: 
• Transtorno bipolar Tipo I: O portador do 
distúrbio apresenta períodos de mania, que 
duram, no mínimo, sete dias, e fases de humor 
deprimido, que se estendem de duas semanas a 
vários meses. 
• Transtorno bipolar Tipo II: Há uma alternância 
entre os episódios de depressão e os de 
hipomania (estado mais leve de euforia, 
excitação, otimismo e, às vezes, de 
agressividade), sem prejuízo maior para o 
comportamento e as atividades do portador. 
• Transtorno bipolar não especificado ou 
misto: Os sintomas sugerem o diagnóstico de 
transtorno bipolar, mas não são suficientes nem 
em número nem no tempo de duração para 
classificar a doença em um dos dois tipos 
anteriores. 
• Transtorno ciclotímico: É o quadro mais leve 
do transtorno bipolar, marcado por oscilações 
crônicas do humor, que podem ocorrer até no 
mesmo dia. O paciente alterna sintomas de 
hipomania e de depressão leve que, muitas 
vezes, são entendidos como próprios de um 
temperamento instável ou irresponsável. 
 
Diagnostico diferencial 
• Déficit de atenção e hiperatividade 
• Transtorno de conduta 
• Transtorno de ansiedade 
• Síndrome do pânico 
• Esquizofrenia de inicio precoce 
• Abuso de drogas 
 
O transtorno afetivo bipolar (TAB) é um transtorno 
de humor caracterizado pela alternância de 
episódios de depressão, mania ou hipomania. É uma 
doença crônica que acarreta grande sofrimento, 
afetando negativamente a vida dos doentes em 
diversas áreas, em especial no trabalho, no lazer e 
nos relacionamentos interpessoais. A síndrome 
maníaca é um componente fundamental para o 
diagnóstico do TAB. Suas principais características 
são: 
a) autoimagem instável (p. ex., as pessoas 
flutuam entre se verem como bondosas ou 
cruéis) ou inconsistências nos valores, 
objetivos e aparência (p. ex., as pessoas são 
profundamente religiosas na igreja, mas 
profanas e desrespeitosas em outros 
lugares). 
b) lentificação ou diminuição de quase todos os 
aspectos de emoção e comportamento: 
velocidade de pensamento e fala, energia, 
sexualidade e capacidade de sentir prazer. 
c) comportamento excêntrico, pensamentos e 
crenças incomuns ou bizarras, sentimento de 
desconforto em ambientes sociais e 
dificuldade para ter relacionamentos 
íntimos. 
d) exaltação do humor, aceleração do 
pensamento com fuga de ideias e 
aumento da atividade motora, aumento 
de energia (com diminuição da 
necessidade de sono), pressão de fala e 
taquilalia, irritabilidade, paranoia, 
hipersexualidade e impulsividade. 
 
 
 
 
 
 
 
Usuário com diagnóstico de transtorno afetivo 
bipolar, apresentando um episódio agudamente 
maníaco com estado grave de agitação, comparece 
à unidade de saúde, acompanhado da genitora, em 
busca do médico que o acompanha. O médico 
encontra -se de férias, e eles são acolhidos pela 
equipe de enfermagem da unidade. Nesse caso, a 
conduta mais adequada deve ser 
a) providenciar o matriciamento para um 
centro de atenção psicossocial ou uma 
unidade de pronto atendimento, pois há 
necessidade de controle rápido da 
agitação e do comportamento agressivo. 
b) deixar o paciente em observação na unidade 
de saúde ou nos serviços residenciais 
terapêuticos, tentando acalmá-lo até sua 
completa estabilização, pois o seu 
tratamento, nesse momento, requer um 
planejamento de longo prazo. 
c) deixar o paciente em observação na unidade 
de saúde, tentando acalmá-lo até sua 
completa estabilização, e providenciar o 
matriciamento para uma unidade hospitalar 
psiquiátrica, pois o seu tratamento requer 
internamento. 
d) agendar uma consulta com o médico que o 
acompanha na unidade de saúde e orientar 
para voltar somente no dia da consulta, pois 
o seu tratamento, nesse momento, requer 
um planejamento de longo prazo.

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