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Cuidado de enfermagem em emergência e trauma AULA 5 – AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA APH Essência do APH • Filosofia Scoop and Run -> transporte o mais rápido possível • Filosofia Stay and Play -> realizar atendimento na cena e ir Play and Run A Resolução COFEN 375/2011 estabelece em seu artigo primeiro que: “A assistência de Enfermagem em qualquer tipo de unidade móvel (terrestre, aérea ou marítima) destinada ao Atendimento Pré-Hospitalar e Inter- Hospitalar, em situações de risco conhecido ou desconhecido, somente deve ser desenvolvida na presença do Enfermeiro.” Quem é esse enfermeiro? • Titular do diploma de Enfermeiro; • Devidamente registrado no COREN de sua jurisdição; • Habilitado para ações de enfermagem no APH conforme os termos do regulamento, devendo além das ações assistenciais, prestar serviços administrativos e operacionais em sistemas de APH. • No APH, assume o papel de articulação entre a equipe; • Coordenador da equipe de enfermagem; Avaliação da cena • Avaliação da cena: assegurar de que a cena é segura para equipe e paciente, bem como considerar cuidadosamente a natureza exata da situação • Avaliação de cada doente: inclui uma forma inicial de triagem, de modo que os doentes mais graves sejam avaliados primeiro, com ênfase em: condições que possam resultar em perdas de vida e/ou de membros. • Situações de catástrofe ou incidente de múltiplas vítimas: em uma situação de desastre, a prioridade muda. Em vez de dirigir todos os recursos para o doente mais grave, deve-se dirigi-los para o salvamento do maior número de vítimas. Avaliação primária e atendimento do doente X – ABCDE • X – Hemorragias exsanguinante • A – Manter as vias aéreas (airway) pérvias e estabilização da coluna cervical • B – Boa respiração (breathing) e ventilação • C – Circulação (circulation) – verificação do pulso e controle de hemorragias • D – Avaliação de disfunção neurológica (disability) pela escala de coma de Glasgow (ECG), AVDI* e pela pupila. • E – exposição (exposure) e ambiente, prevenção da hipotermia. Avaliação primária e atendimento do doente A avaliação primária à vítima de trauma precisa ser realizada de forma dinâmica e integrada. Essas fases seguem a sequência X-A-B-C-D-E, mas podem ser desempenhadas simultaneamente, quando possível. Avaliação secundária • Consiste na avaliação cefalocaudal (da cabeça aos pés) da vítima. • Sedo somente realizada após o término da avaliação primária e tratamento de todas as lesões que ameacem a vida. Novidade – uso do torniquete! Quando podemos usar? • Quando a pressão direta ou o curativo compressivo não se mostrarem eficazes no controle de lesões graves e exsanguinantes, principalmente de extremidades. • Uso do torniquete pode ser seguramente aplicado pelo período de tempo de 120- 150minutos. (2- 2,5h), o horário de início deve ser escrito na faixa do torniquete ou em um esparadrapo. • Um tempo maior que este pode isquemiar o membro. X Controle de Hemorragia no APH No APH não faz controle de hemorragias internas (tórax e abdômen) 1. Pressão direta – ferimento aberto sangrante (chumaço de gazes ou atadura e coloca encima do ferimento para realizar uma pressão) 2. Preenchimento - ferimentos profundos seguido de pressão direta 3. Agentes Hemostáticos - técnica adjunta ex. celox, gaze hemostática 4. Curativo Compressivo - complemento de outra técnica, liberar um socorrista para outro procedimento (atadura israelense) 5. Torniquete de Extremidades - 120 a 150 minutos para chegar no hospital (com acesso ao molinete para frente) A – VIAS AÉREAS COM CONTROLE DA COLUNA CERVICAL Principal causas de obstrução de vias aéreas • Queda da língua em pacientes inconscientes • Presença de corpos estranhos, sangue e restos alimentares. • Fraturas de face • Traumas cervicais – ruptura da laringe e traqueia. Novo paradigma de restrição de movimento de coluna em atendimento pré-hospitalar no Brasil A maneira mais simples de diagnosticas problemas com as vias aéreas é através da resposta verbal da vítima, pois estando está respondendo evidencia-se a permeabilidade das vias. Sinais como agitação, cianose ou respiração ruidosa põem significar obstrução das vias aéreas. B – RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO A ventilação pode estar prejudicada tanto por obstrução das vias aéreas como: • Observe as incursões torácicas procurando movimentos simétricos. • Ausculte ambos os hemitórax; murmúrio vesicular diminuído ou ausente • Taquipnéia pode indicar falta ar. C – CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE HEMORRAGIA • A hipovolemia com consequente choque hemorrágico é a primeira causa de morte nas primeiras horas após o trauma • Hipotensão arterial em vítimas de trauma deve ser sempre considerada como consequência de hipovolemia. D – EXAME NEUROLÓGICO • Uma rápida avaliação do estado neurológico deve determinar o nível de consciência e a reatividade pupilar do traumatizado • O rebaixamento do nível de consciência é indicativo de diminuição da oxigenação, lesão direta do encéfalo ou uso de drogas e/ou álcool. o A – Alerta o V – Resposta ao estímulo verbal o D – Responde ao estímulo doloroso o I – Irresponsivo aos estímulos • Avaliação pupilar o Pupilas normais (ISOCORIA) o Pupilas desiguais (ANISOCORIA) o Pupilas contraídas (MIOSE) o Pupilas dilatadas (MIDRÍASE) ESCALA DE COMA DE GLASGOW COM RESPOSTA PUPILAR (ECG-P) Verifique: fatores que interferem com a comunicação, capacidade de resposta e outras lesões Observe: a abertura ocular, o conteudo do dicurso e os movimentos dos hemicorpos direito e esquerdo Estimule: estimilação sonora: ordem em tom de voz normal ou em voz alta. Estimulação física: pressão na extremidade dos dedos, trapézio ou incisura supraorbitária • O estímulo no osso esterno não é mais indicado para avaliar o inespecífico. Pontue: de acordo com a melhor resposta observada. O estímulo no osso esterno não é mais indicado para avaliar por ser inespecífico Que fatores podem interferir na avaliação da escala de coma de Glasgow? • Fatores pré-existentes: o Linguagem ou diferentes culturais o Déficit intelectual ou neurológico o Perda auditiva ou impedimento de fala • Efeitos do tratamento atual: o Intubação física ou traqueostomia o Farmacológicos -> sedação ou paralisia • Efeitos de outras lesões ou lesões: o Fratura orbital/craniana o Disfasia ou hemiplegia o Dano na medula espinhal CLASSIFICAÇÃO – ESCALA DE COMA DE GLASGOW • <8 – TCE GRAVE • 9 a 12 – TCE MODERADO • 13 a 15 – TCE LEVE Para escrever a escala não será realizado apenas a somatória dos pontos e dos critérios, e sim cada pontuação de cada critério junto com a somatória. • Abertura Ocular = O • Resposta Verbal = V • Melhor resposta Motora = M PUPULAR (ATUALIZAÇÃO 2018) • (2) inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de luz • (1) parcial: apenas uma pupila reage ao estímulo de luz • (0) completa: as duas pupilas reagem ao estímulo de luzu Analise a reatividade pupilar: suspenda cuidadosamente as pálpebras do paciente e direcione um foco de luz para os seus olhos. Registre a nota correspondente à reação ao estímulo. Esse valor será subtraído da nota obtida anteriormente, gerando um resultado final mais preciso. Essas reações devem ser anotadas periodicamente para possibilitar uma visão geral do progresso ou deterioração do estado neurológico do paciente. E – EXPOSIÇÃO DO PACIENTE COM CONTROLE DE HIPOTERMIA O paciente traumatizado deve ser completamente despido para facilitar o exame completo e a determinação de lesões que podem comprometera sua vida para se evitar movimentos e eventual mobilização de fratura ou luxações, as vestes devem ser cortadas antes da remoção. Durante o transporte do paciente, o enfermeiro deve assegurar a manutenção dos cuidados e evolução dos sinais e sintomas, transmitindo as informações a respeito do caso à equipe do pronto-socorro. No pós atendimento, deve repor o material utilizado, recarregar bateria dos equipamentos, limpeza e desinfecção dos equipamento e veículo de emergência. Registro das condutas adotas no atendimento e fazer relatório em livro de ocorrência de enfermagem. ESTUDO DE CASO 1 Paciente durante o atendimento: • Conversa e apresenta olhos abertos • Responde que gosta de maçã quando é perguntado sobre o que aconteceu • Retira a mão do examinador quando o mesmo faz pressão na ponta dos dedos. o Glasgow 11 o Glasgow 12 o Glasgow 13 ESTUDO DE CASO 2 • Tem olhos total queimados por fogo • Não tem qualquer resposta verbal a nenhuma pergunta • Faz movimento de extensão quando se realiza Pinçamento de trapézio o Glasgow 4 o Glasgow 6 o Glasgow 3
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