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ATIVIDADE ERRO DE TIPO ACIDENTAL

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FELIPE BORGES DE OLIVEIRA
Responda, de forma fundamentada, as questões abaixo em, no máximo, 5 linhas cada.
1. Paloma, sob o efeito do estado puerperal, logo após o parto, durante a madrugada, vai até o berçário onde acredita encontrar-se seu filho recém-nascido e o sufoca até a morte, retornando ao local de origem sem ser notada. No dia seguinte, foi descoberta a morte da criança e, pelo circuito interno do hospital, é verificado que Paloma foi a autora do crime. Todavia, constatou-se que a criança morta não era o seu filho, que se encontrava no berçário ao lado, tendo ela se equivocado quanto à vítima desejada. Diante desse quadro, Paloma deverá ser responsabilizada por crime de homicídio (art. 121) ou por crime de infanticídio (art. 123)? Justifique.
 Muito embora a agente tenha incidido em um erro (aberratio), o que deve ser considerado é que ela não só desejava a morte do seu filho como moldou sua conduta afim de atingir esse resultado e realmente acreditava que tinha conseguido. Nesse caso, embora a criança morta não tenha sido a dela, ela responderá como se tivesse conseguido o resultado pretendido, devendo ser considerado nesse momento a qualidade da vítima pretendida, ou seja, seu filho. Como ficou claro que ela preencheu os elementares do artigo 123 do Código penal e Art. 20 § 3º.
2. Paulo tinha inveja da prosperidade de Gustavo e, certo dia, resolveu quebrar o carro que este último havia acabado de comprar. Para tanto, assim que Gustavo estacionou o veículo e dele saiu, Paulo, munido de uma barra de ferro, foi correndo em direção ao bem para danificá-lo. Ao ver a cena, Gustavo colocou-se à frente do carro e acabou sendo atingido por um golpe da barra de ferro, vindo a falecer em decorrência de traumatismo craniano derivado da pancada. Sabe-se que Paulo não tinha a intenção de matar Gustavo e que este somente recebeu o golpe porque se colocou à frente do carro quando Paulo já estava com a barra de ferro no ar, em rápido movimento para atingir o veículo, que ficou intacto. Neste caso, por que crime(s) Paulo deve ser responsabilizado? Justifique.
Paulo responderá por homicídio culposo, haja vista que a situação ocorreu a figura prevista no art. 74, do Código Penal conhecida como “resultado diverso do pretendido” ou aberratio criminis, respondendo o agente apenas pelo resultado produzido a título de culpa.
3. Pedro, jovem rebelde, sai à procura de Henrique, 24 anos, seu inimigo, com a intenção de matá-lo, vindo a encontrá-lo conversando com uma senhora de 68 anos de idade. Pedro saca sua arma, regularizada e cujo porte era autorizado, e dispara em direção ao rival. Ao mesmo tempo, a senhora dava um abraço de despedida em Henrique e acaba sendo atingida pelo disparo. Henrique, que não sofreu qualquer lesão, tenta salvar a senhora, mas ela falece. Neste caso, por que crime(s) Pedro deve ser responsabilizado? Justifique.
Pedro responderá por homicídio doloso consumado, pois houve erro na execução, na forma do art. 73 do CP. Não há aumento de pena em razão da agravante de ter sido praticado contra pessoa idosa, pois consideram-se as condições pessoais da vítima visada, e não as da vítima atingida, nos termos do art. 73 c/c art. 20, §3º do CP.
4. Durante discussão acirrada na sala dos professores de uma instituição de ensino, “L”, cansado das constantes provocações de “G”, resolve dar fim à vida deste. Assim, munido com uma arma de fogo de baixo calibre, efetua um tiro em direção à vítima. No entanto, em razão de sua pouca experiência no manuseio do artefato, o tiro atinge o ombro de “G” apenas de raspão, vindo, na sequência, a atingir também “H”, causando-lhe lesão corporal no braço. Neste caso, por que crime(s) “L” deve ser responsabilizado? Justifique.
“L” responderá por tentativa pois foi iniciada a execução, e a mesma não se consumou tendo em vista a pouca experiência no manuseio da arma, porém não se exclui o dolo por se tratar de um erro acidental onde “L” queria a realização desta conduta mas acabou atingindo outro alvo, sendo assim ele será responsabilizado como se tivesse atingido a vitima pretendida.

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