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CONDUTA E PRESCRIÇÃO NO ATENDIMENTO DE PACIENTES SISTEMATICAMENTE COMPROMETIDOS

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INTRODUÇÃO 
O conhecimento da condição sistêmica dos pacientes é 
de grande importância na odontologia, uma vez que 
diversas doenças podem influenciar a indicação de um 
determinado procedimento ou modificar o plano de 
tratamento em diferentes instâncias. 
Condições e doenças sistêmicas: gravidez, pacientes 
irradiados em região de cabeça e pescoço, pacientes 
imunossuprimidos, alterações pulmonares, diabetes 
mellitus, cardiopatias, doenças hematológicas, 
transtornos convulsivos, insuficiência renal crônica, 
doenças auto-imunes 
A avaliação da saúde do paciente que será submetido 
a tratamento odontológico reveste-se de grande 
importância, uma vez que pode ser considerada um 
método preventivo de intercorrências 
transoperatórias e complicações pós-operatórias. 
Cirurgião-dentista deve ter como prioridade a 
avaliação pré-operatória, incluindo a realização de 
adequada anamnese, dos exames complementares e 
da investigação da história médica do paciente. 
CRITÉRIOS DA ASA 
ASA PACIENTE 
I Saudável, com boa tolerância ao exercício 
II Doença sistêmica leve ou moderada sem 
limitação funcional (HAS compensada, DM 
compensado, Tabagismo sem DPOC e etc). 
III Doença sistêmica grave com limitação 
funcional, mas não incapacitante (ICC 
compensada, Angina estável, IAM prévio, HAS 
não controlada) 
IV Doença sistêmica grave e incapacitante (angina 
instável, DPOC sintomático, ICC 
descompensada, Síndrome hepatorrenal) 
V Moribundo sem esperança de vida por mais de 
24h com ou sem cirurgia (falência de vários 
órgãos, sepse grave, coagulopatia grave não 
controlada) 
VI Morte cerebral, doador de órgão 
 
ASA II e III: troca de informações com médico, menor 
durações das sessões, cuidado com o posicionamento 
da cadeira odontológica, sedação mínima, avaliação 
criteriosa, anestésicos locais e etc. 
PACIENTES QUE REQUEREM CUIDADOS 
ESPECICIAS 
ASA II: Portador de doença sistêmica moderada ou de 
menor tolerâncias que o ASA I por apresentar maior 
grau de ansiedade ou medo ao tratamento 
odontológico. Pode exigir certas modificações no plano 
de tratamento, de acordo com cada caso. (ex. troca de 
informações com o médico, menor duração das 
sessões de atendimento, cuidados no posicionamento 
na cadeira odontológica, sedação mínima, uso de 
menor volume de solução anestésica, etc). Embora 
haja necessidade de certas precauções, o paciente ASA 
II apresenta risco mínimo de complicações durante o 
atendimento. 
ASA III : Paciente portador de doença sistêmica severa 
que limita suas atividades. Geralmente necessita de 
modificações no plano de tratamento, sendo 
imprescindível a troca de informações com o médico. 
O tratamento odontológico eletivo não está 
contraindicado, embora este paciente represente um 
maior risco durante o atendimento. 
INFORMAÇÃO TOTAL DO PACIENTE 
→ Anamnese 
→ Exame clínico adequado 
→ Exames complementares: radiografias; exames 
laboratoriais 
AVALIAÇÃO DOS RISCOS 
Possíveis problemas ou Preocupações durante o 
cálculo de risco 
A 
Antibióticos (profiláticos ou terapêuticos) 
Anestesia (tipo, vasoconstrictor) 
Ansiedade 
Alergia 
B 
Sangramento (Bleeding) 
C 
Cadeira: posicionamento 
CONDUTA E PRESCRIÇÃO NO 
ATENDIMENTO DE PACIENTES 
SISTEMATICAMENTE 
COMPROMETIDOS 
 
D 
Drogas/Fármacos (interações, efeitos adversos, 
efeitos colaterais, alergias) 
Dispositivos/Aparelhos (valvas protéticas, 
articulações protéticas, marcapasso, fístulas AV) 
E 
Equipamentos (raios x, aparelho de ultrassom, 
eletrocirurgia, oxigênio) 
Emergências (potencial ou real) 
GESTANTES OU LACTANTES 
→ Mudanças físicas, destinadas a prepara-la para o 
parto e a amamentação 
→ Alterações fisiológicas, hormonais e psicológicas 
FC PA FR Metabolismo 
carboidratos 
14ª a 30ª 
semana 
30ª 
semana 
Maior 
consumo 
de oxigênio 
Diabetes 
Mellitus 
Aumento 
10bpm 
Diastólica 
diminui e 
sistólica 
aumenta 
Aumentada “subclínio 
assintomático” 
→ Contato com médico assistente 
→ Todo tratamento odontológico essencial pode ser 
feito durante a gravidez, incluindo exodontias não 
complicadas, tratamento periodontal básico, 
restaurações dentárias, tratamento endodôntico, 
colocação de próteses, etc. 
→ Bom senso! Reabilitações oclusais extensas e as 
cirurgias mais invasivas devem ser programadas 
para o período pós-parto. 
1º TRIMESTRE 
Não é um período adequado para o tratamento 
odontológico, maior vuneralibilidade do feto. 
Profilaxia, tratamento periodontal básico e 
tratamento restauradores básicos. 
2ºTRIMESTRE 
Melhor época para o atendimento de gestantes 
(mais estável), pois o período da organogênese está 
completa. 
Procedimentos profiláticos, cirúrgicos, 
restauradores básicos e reabilitadores, além de 
raspagem e alisamento radicular, endodontias e 
exodontias, se necessário. 
 
3º TRIMESTRE 
Particularmente nas últimas semanas, também não 
é o período ideal para um tratamento prolongado. 
Profilaxia, procedimentos restauradores básicos e 
fluorterapia. 
→ Exames radiográficos podem ser realizados em 
gestantes, desde que se avalie a real necessidade 
do exame radiográfico para o diagnóstico. 
→ As sessões de atendimento devem ser curtas, 
agendadas preferencialmente para a 2ª metade do 
período da manhã, quando os episódios de enjoos 
são menos comuns. 
→ Hipotensão postural (a partir do 6º mês) 
→ “Tranquilização verbal”, evitando-se o uso de 
meios farmacológicos 
→ A solução anestésica local deve ser aquela que 
proporcione a melhor anestesia à gestante 
Cuidado com Prilocaína! Risco de metemoglobina 
(mais comum em pacientes com anemia – algumas 
pacientes desenvolvem durante a gestação) 
Cuidado com Felipressina! Contrações uterinas 
PROCEDIMENTOS ELETIVOS 
Programar preferencialmente para o 2º trimestre da 
gestação 
Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.00 ou 1:200.000 
URGÊNCIAS (DOR OU INFECÇÃO) 
Intervir em qualquer período da gestação 
GESTAÇÃO NORMAL 
Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.00 ou 1:200.000 
GRÁVIDAS COM HISTÓRIA DE ANEMIA 
Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.00 ou 1:200.000 
GRÁVIDAS DIABÉTICAS OU COM HIPERTENSÃO 
ARTERIAL CONTROLADA 
Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.00 ou 1:200.000 
GRÁVIDAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL NÃO 
CONTROLADA 
Avaliar risco/benefício do atendimento ambulatorial 
junto ao médico 
Prilocaína 3% com felipressina ou Mepivacaína 3% sem 
vasoconstrictor 
GRÁVIDAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL NÃO 
CONTROLADA E HISTÓRIA DE ANEMIA 
Mepivacaína 3% sem vasoconstrictor 
 
Medicamentos que podem ser prescritos para 
gestantes, sempre tendo em vista os riscos potenciais 
de teratogenia, principalmente nos três primeiros 
meses de gestação. 
ANTIINFLAMATÓRIOS 
Em casos de procedimentos invasivos que não 
puderam ser adiados, utilizar betametasona e 
Dexametasona em dose única de 4mg. 
 
ANALGÉSICOS 
Escolha é o Paracetamol (500mg ou 750mg de 6/6h, 
em casos de dor), podendo ser usado também 
durante a amamentação sem problemas ao recém-
nascido. 
 
ANTIBIÓTICOS 
Escolha são as penicilinas, de preferência a penicilina 
V e a Amoxicilina, pois são praticamente atóxicos 
não trazendo danos ao feto e/ou a gestante. 
Em caso de alergia a penicilina, é indicado utilizar a 
Eritromicina ou Cefalosporinas de primeira geração. 
 
DOENÇAS ONCOLÓGICAS – CÂNCER DE CABEÇA 
E PESCOÇO 
→ Câncer de boca, orofaringe, nasofaringe das 
glândulas salivares 
→ CD: diagnóstico, planejamento terapêutico e 
controle dos efeitos colaterais do tratamento e 
reabilitação 
→ CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS: 90% dos 
tumores 
→ CÂNCER DE BOCA : lábio inferior, pacientes brancos, 
fumantes, expostos ao sol 
→ CARCINOMA DE CABEÇA E PESCOÇO : assoalho de 
boca e borda lateral de língua 
→ TRATAMENTO CIRÚRGICO – remoção da lesão e 
esvaziamento cervical 
→ Quimioterapia, radioterapia e tratamentos mais 
recentes, imunologicamente mediados 
Os protocolos que usam regimes de doses elevadas de 
quimioterápicos ou quimioterapia combinadacom 
radioterapia seguida por transplante de células-tronco 
hematopoéticas (TCH). 
Avanços na terapia contra o câncer possuem o poder 
de preservar vidas, contudo, com frequência 
apresentam morbidade e complicações significativas. 
Como a quimioterapia contra o câncer muitas vezes é 
aplicada de forma sistêmica, a toxicidade sistêmica 
pode aumentar o risco de complicações orais. Ao 
contrário, os efeitos da radioterapia são 
primariamente limitados aos tecidos irradiados. 
Diversas complicações orofaciais crônicas podem 
afetar bastante a qualidade de vida a longo prazo e a 
função oral após a terapia. 
Prevenção e o tratamento bem-sucedidos das 
complicações orais. 
Reduzir a dor, o sofrimento e a incapacidade, ao 
mesmo tempo que diminuem o risco das complicações 
que podem interferir no tratamento antineoplásico em 
curso. 
É importante que o paciente passe por uma avaliação 
odontológica ANTES do tratamento quimio e 
radioterápico. 
QUIMIOTERAPIA 
PRÉ-QUIMIOTERAPIA 
Remoção de focos de infecção que podem ser 
potenciais fontes de infecção sistêmica 
CÁRIES DENTÁRIAS 
Pequenas: restauração convencional 
Médias: adequação com CIV 
Profundas: tratamento endodôntico ou exodontia 
LESÃO PERIAPICAL 
Sintomática: exodontia 
Assintomática: 
• <5mm: sem tratamento 
• >5mm: tratamento endodôntico ou exodontia 
DOENÇA PERIODONTAL 
Sintomática ou DP severa: exodontia 
Assintomático: 
• Profundidade de sondagem de até 8mm: 
tratamento periodontal 
• Profundidade de sondagem >8mm: exodontia 
3º MOLAR PARCIALMENTE IRROMPIDO 
Sintomático: exodontia 
Assintomáticas: instrução de higienização 
DURANTE A QUIMIOTERAPIA 
→ Anemia, neutropenia e trombocitopenia 
→ Maior propensão a infecção e hemorragia 
→ Realizar procedimento após confirmação de 
recuperação medular (hemograma) e, pelo menos, 
07 dias antes do próximo ciclo. 
EMERGÊNCIA CONDUTA 
Hemorragia oral Prescrição de hemostáticos 
locais ou sistêmicos + 
plaquetas 
Infecção oral Prescrição de antibiótico, 
antiviral ou antifúngico 
Mucosite Laserterapia 
Neurotoxicidade 
(dor) 
Prescrição de analgésico após 
a exclusão de outras etiologias 
Xerostomia Prescrição de hidratante oral 
PÓS-QUIMIOTERAPIA 
→ Hipossalivação, imunossupressão, recidiva da 
doença 
→ Controle odontológico no período da oncologia – 
03/03 meses 
→ Atenção as reações adversas 
→ Em casos de periodontopatias, pode-se iniciar 
tratamento 
→ Realizar restaurações simples, auxiliando estética e 
mastigação. 
RADIOTERAPIA 
PRÉ-RADIOTERAPIA 
→ Executar raspagem e polimento periodontal 
→ Remover dentes com cáries extensas ou com 
doença periodontal avançada, com o menor 
trauma possível e antecedência mínima de 15 dias 
antes da radioterapia 
→ Instruir e motivar o paciente quando à higienização 
oral 
→ Realizar tratamento preventivo às infecções 
oportunistas 
→ Executar sessões de fluoterapia 
→ Trocar as restaurações com bordas irregulares 
→ Restaurar as cavidades presentes 
DURANTE A RADIOTERAPIA 
→ Alívio da dor e controle dos casos de infecções 
aguda 
→ Tratamento odontológico de urgência 
→ Muitos pacientes desenvolvem Mucosite durante 
o tratamento. Maior risco de desenvolver 
infecções herpéticas e fúngicas. 
PÓS-RADIOTERAPIA 
→ Prevenir, reconhecer e tratar cada uma das 
sequelas induzidas pela irradiação, visando 
melhorar a qualidade de vida do paciente 
oncológico. 
→ Hipossalivação/Xerostomia, Trismo, Cárie de 
radiação, Osteorradionecrose 
→ Tratamento dentário deve ser o mais atraumático 
possível 
LEUCEMIA 
Consulta com o hematologista deve ser realizada 
previamente a consulta odontológica, e após a 
avaliação do hemograma 
PROCEDIMENTOS DENTÁRIOS ELETIVOS: só podem ser 
realizados quando a contagem de neutrófilos for maior 
que 1000/mm3 e de plaquetas for maior que 
40.000/mm3 
PROCEDIMENTOS DENTAIS DE EMERGÊNCIA: qualquer 
momento mediante consulta com hematologista, 
considerando a necessidade de infusão de plaquetas 
(contagem estiver abaixo de 40.000/mm3) 
INSTITUIR PROCEDIMENTOS DENTAIS PREVENTIVOS : 
escovação diária com escova extra macia e uso de fio 
dental (contagem de neutrófilos for maior que 
500/mm3 e de plaquetas maior que 20.000/mm3). Em 
alguns casos, o oncologista pode proibir o paciente de 
até mesmo escovar os dentes e passar fio dental, a 
depender do resultado do hemograma, pois o trauma 
da escovação e do fio dental podem levar o paciente a 
sangrar. Nesses casos, a instrução de higienização deve 
ser dada com limpeza da cavidade oral com gaze e 
bochechos com clorexidina. 
TRANSPLATADOS 
→ Para não haver rejeição do transplante, os 
pacientes são submetidos a uma terapia 
imunossupressiva por tempo indeterminado. 
→ DROGAS COMUNS: azatioprima (Imuram); 
Ciclosfosfamida (Cytoxan); Ciclosporina 
(Sandimmune); Prednisona 
→ Pacientes com maior risco à infecção 
→ Muitos efeitos colaterais como: nefrotoxicidade, 
aumento da predisposição as infecções 
bacterianas, fúngicas e virais. 
→ Pode ocasionar também alterações metabólicas 
(hiperglicemia, hipercolesterolemia) 
→ Na cavidade oral, seu efeito mais notável é a 
hiperplasia gengival 
→ Antes do procedimento odontológico invasivo 
deve-se consultar o médico 
→ Exames laboratoriais recentes, como hemograma 
e coagulograma também são necessários. 
→ Procedimentos de emergência que possam causar 
bacteremia recomenda-se o uso de profilaxia 
antibiótica, podendo-se prescrever 2g de 
Amoxicilina, 30 minutos ou 1h antes do 
procedimento. 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO 
→ Doença inflamatória crônica, autoimune, de causa 
desconhecida 
→ Presença de rash cutâneo e complicações 
articulares, ou severa, com falência renal e 
profundos distúrbios do sistema nervoso 
→ Uso de imunossupressores: corticóides 
→ 30% dos pacientes possuem Doença Renal Crônica 
→ 25-30% dos pacientes possuem anormalidades 
valvares cardíacas 
→ Trombocitopenia (- plaquetas) 
→ Lúpus eritematoso oral (2 a 54%): pode surgir em 
todas as etapas da doença 
TRATAMENTO: corticóides tópicos 
TRATAMENTO ODONTOLOGICO: 
→ Adiar ou interromper o tratamento em casos de 
crises do paciente 
→ Evitar as cirurgias eletivas e realizar apenas as 
extrações dentárias extremamente necessárias 
DURANTE O ATENDIMENTO: 
→ ANESTESIA LOCAL 
• Nos casos de pacientes com distúrbios renais, 
empregue volumes reduzidos da solução. Opte 
pelas soluções de lidocaína 2% com epinefrina 
1:100.000 ou 1:200.000 ou de articaína 4% 
com epinefrina 1:200.000. 
• No caso de pacientes hipertensos que fazem 
uso contínuo de betabloqueadores não 
seletivos (ex. Propranolol), evite soluções que 
contêm epinefrina nos bloqueios regionais. Na 
técnica infiltrativa, use volumes reduzidos 
(máximo de 2 tubetes por sessão) 
→ Nos procedimentos cirúrgicos, adote medidas para 
o controle do sangramento além da sutura 
primária 
→ As infecções devem ser tratadas agressivamente, 
por meio da descontaminação do local e do uso 
complementar de antibióticos, se indicado. 
→ Atentar-se para possíveis interações 
medicamentosas com corticosteróides, 
antiinflamatórios não-esteróides (aspirina e 
dipirona), antimalários (cloroquina e 
hidroxicloroquina) e imunossupressores 
APÓS O PROCEDIMENTO: 
→ Na prescrição de medicamentos, empregue doses 
apropriadas para pacientes com insuficiência renal 
ou recebendo hemodiálise. Pode ser necessário o 
ajuste das dosagens e dos intervalos entre as doses 
→ Ao prescrever, avalie a possibilidade de ocorrerem 
interações medicamentosas adversas, pois este 
grupo de pacientes pode estar fazendo uso de 
diferentes medicamentos 
→ Cuidado ao prescrever anti-inflamatório não 
esteroides. Os corticosteroides são uma boa 
alternativa. Caso o paciente já faça uso de 
corticosteroide, recomenda-se que a dose seja 
dobrada para ter uma ação anti-inflamatória. 
→ As penicilinas, cefalosporinas e tetraciclinas são 
eliminadas predominantemente pelos rins. A 
clindamicina é considerada uma boa alternativa. 
→ Empacientes sob terapia com imunossupressores, 
considere estender a profilaxia antibiótica no pós-
operatório de cirurgias (por mais 2-3 dias). 
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA 
→ Perda progressiva da função renal, acarretando 
uma diminuição da filtração glomerular 
→ Alterações na mucosa bucal, como sangramento 
gengival em casos de disfunção plaquetária, 
podem ser encontrados. 
→ Causas mais comuns: diabetes melito, hipertensão 
arterial e glomerulonefrite 
MANIFESTAÇÕES ORAIS: 
→ Palidez da mucosa oral 
→ Xerostomis 
→ Pigmentação da mucosa oral 
→ Infecções da parótida 
→ Disgeusia 
→ Candidíase 
→ Petéquias e equimoses na mucosa oral (devido a 
baixa das plaquetas) 
→ Hipoplasia e equimoses na mucosa oral 
→ Hipoplasia do esmalte 
→ Osteodistrofia (lesões radiolúcidas nos maxilares) 
→ Estomatite urêmica 
Atentar para o estado geral de saúde do paciente e 
sempre estar em contato com o neufrologista do 
mesmo 
Devido ao aumento do volume plasmático, resultante 
da retenção de líquidos, a hipertensão arterial é 
comumente encontrada 
Anemia: menor produção de eritropoirtina no plasma 
provoca a diminuição das células vermelhas 
Têm maior predisposição a infecções (causa mais 
comum de óbito): uremia também leva à supressão da 
resposta linfocitária, à disfunção dos granulócitos e à 
diminuição da imunidade mediada por células. 
Clearance da creatinina é <15ml/min, está indicada a 
DIÁLISE, que nada mais é do que um processo 
mecânico que filtra artificialmente o sangue. 
Existem dois tipos de diálise: a PERITONEAL , que usa o 
peritônio como membrana filtrante, e a HEMODIÁLISE, 
que usa uma membrana artificial como filtro 
DIÁLISE PERITONEAL HEMODIÁLISE 
Infudida uma solução 
hipertônica no peritônio 
com o auxílio de um cateter 
permamenente 
Após um tempo 
predeterminado, a solução 
e os solutos dissolvidos (ex. 
Ureia) são removidos 
O processo é realizado 4-5 
vezes ao dia e o líquido 
dialisado é recolhido numa 
bolsa presa ao paciente. 
Empregada na maioria dos 
pacientes com IRC em 
estágio final. 
Uso de um rim artificial com 
uma membrana 
semipermeável, gerando 
um circuito extracorporal 
por meio de uma fístula 
arteriovenosa. 
Executada a cada 2-3 dias e 
requer 4-5h por sessão. 
Durante a hemodiálise, há 
necessidade da 
administração de 
anticoagulantes 
(geralmente a heparina). 
 
ATENÇÃO! Não realizar tratamento odontológico no 
dia que o paciente for submetido à diálise para evitar 
problemas de sangramentos, uma vez que é 
administrado anticoagulante (heparina) durante este 
procedimento. 
Remarcar para dia posterior a diálise 
Na avaliação da pressão arterial, nunca empregar o 
braço que contém a fístula arteriovenosa necessária às 
sessões de hemodiálise 
Anestesia local: empregar menores volumes possíveis 
de uma solução de articaína 4% ou lidocaína 2%, com 
epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 (máximo de 2 
tubetes por sessão). Quando a epinefrina estiver 
contraindicada, empregar solução de prilocaína 3% 
com felipressina (exceto em paciente com anemia). 
Evitar o uso da mepivacaína, cujas metabolização 
hepática e excreção renal são mais lentas. 
Uso de analgésicos: para dores leves, optar pela 
dipirona ou pelo paracetamol, nas menores doses 
eficazes. Evitar o uso da aspirina. Para doses 
moderadas a intensas, o tramadol parece ser uma boa 
escolha. 
Uso de anti-inflamatórios: evitar o uso de anti-
inflamatórios não esteroides, que podem aumentar a 
retenção de sódio e interagir com os anti-hipertensivos 
e diuréticos, causando brusco aumento da pressão 
arterial. Podem também interferir negativamente na 
agregação plaquetária. Dar preferência ao uso dos 
corticosteroides (dexametasona ou betametasona), 
em dose única ou por tempo restrito. 
Uso de antibióticos: nos casos leves de doença renal 
crônica, não necessidade de redução das doses ou 
mudanças no intervalo entre as doses dos antibióticos 
mais usados em odontologia: penicilina V, amoxicilina, 
metronidazol, claritromicina, azitromicina e 
clindamicina. As tetraciclinas e as cefalosporina devem 
ser evitadas devido ao seu potencial nefrotóxico. 
Evitar drogas nefrotóxicas e ajustar a dosagem dos 
fármacos conforme o grau de insuficiência do paciente. 
NÃO USAR 
Tetraciclina, aspirina, antiinflamatórios não-
esteróides como ibuprofeno (Advil®) e naproxeno 
(Naprosyn®) 
AJUSTE 
Amoxicilina, ampicilina, cefalexina e o aciclovir 
necessitam de um ajuste no intervalo entre as doses 
ou de uma dosagem reduzida 
COMO REFERENCIAR O PACIENTE AO MÉDICO 
 
COAGULOPATIAS 
ALTERAÇÕES PLAQUETÁRIAS 
→ Alterações quantitativas e qualitativas das 
plaquetas 
→ As plaquetas possuem a função de formar o 
tampão de fibrina na coagulação do sangue. Ou 
seja, se o paciente tiver um número reduzido de 
plaquetas ou poucos qualitativas, ele terá 
problemas na formação do coágulo. 
→ Sangramentos cutâneos e em mucosas 
→ Equimoses, epistaxes, purpura, menorragia, 
gengivorragias, sangramentos excessivos após 
procedimentos cirúrgicos (extração dentária, 
partos) 
→ Avaliar contagem de plaquetas: 150.000 a 
450.000/mm3 (IDEAL) 
Antifibrinolíticos, transfusão de plaquetas, reposição 
fator VIIa recombinante 
COAGULOPATIAS HEREDITÁRIAS 
→ Sangramentos em tecidos profundos 
→ Alterações quantitativas e qualitativas dos Fatores 
de Coagulação. 
→ Doença de Von Willebrand (mais frequente): Fator 
Von Willebrand 
→ Hemofilias A e B: deficiência dos fatores VIII e IX 
respectivamente 
→ Hemofilia grave: sangramentos em articulação e 
musculares espontâneos 
Terapia de reposição do concentrado de Fator 
deficiente, antifibrinolíticos 
HEMOSTÁTICOS LOCAIS 
Ácido Tranexâmico 
Agente anti-fibrinolítico, 
análogo de lisina, que forma 
um complexo reversível com 
o plasminogênio e a 
plasmina; 
 
Inibe a ação proteolítica da 
plasmina no coágulo de modo 
a inibir a fibrinólise na ferida 
cirúrgica 
Alta capacidade hemostática, 
intravenoso ou forma tópica 
(colutórios) o 20-40mg/kg 
08/08h 
Hemograma, 
coagulograma e contagem 
de plaquetas 
1. Tipo Coagulopatia 
2. Extensão do 
procedimento 
3. Suporte hematológico 
4. Materiais Hemostáticos 
locais 
Esponjas à base de gelatina 
de colágeno 
 
Alta capacidade hemostática 
o Insolúveis em água e 
biologicamente reabsorvíveis 
(15 dias) 
 
Função é restringir a 
hemorragia dos vasos 
sanguíneos, cuja homeostase 
não foi obtida 
Provoca uma resposta 
inflamatória inicial sem 
efeitos colaterais ao longo 
prazo sobre a formação óssea 
1. Tipo Coagulopatia 
2. Extensão do 
procedimento 
3. Suporte hematológico 
4. Materiais Hemostáticos 
locais 
 
 
 
 
 
 
COAGULOPATIAS ADQUIRIDAS 
 
• Anticoagulantes Orais 
• Antiagregantes Plaquetários: 
• AAS, AINE

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