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INTRODUÇÃO O conhecimento da condição sistêmica dos pacientes é de grande importância na odontologia, uma vez que diversas doenças podem influenciar a indicação de um determinado procedimento ou modificar o plano de tratamento em diferentes instâncias. Condições e doenças sistêmicas: gravidez, pacientes irradiados em região de cabeça e pescoço, pacientes imunossuprimidos, alterações pulmonares, diabetes mellitus, cardiopatias, doenças hematológicas, transtornos convulsivos, insuficiência renal crônica, doenças auto-imunes A avaliação da saúde do paciente que será submetido a tratamento odontológico reveste-se de grande importância, uma vez que pode ser considerada um método preventivo de intercorrências transoperatórias e complicações pós-operatórias. Cirurgião-dentista deve ter como prioridade a avaliação pré-operatória, incluindo a realização de adequada anamnese, dos exames complementares e da investigação da história médica do paciente. CRITÉRIOS DA ASA ASA PACIENTE I Saudável, com boa tolerância ao exercício II Doença sistêmica leve ou moderada sem limitação funcional (HAS compensada, DM compensado, Tabagismo sem DPOC e etc). III Doença sistêmica grave com limitação funcional, mas não incapacitante (ICC compensada, Angina estável, IAM prévio, HAS não controlada) IV Doença sistêmica grave e incapacitante (angina instável, DPOC sintomático, ICC descompensada, Síndrome hepatorrenal) V Moribundo sem esperança de vida por mais de 24h com ou sem cirurgia (falência de vários órgãos, sepse grave, coagulopatia grave não controlada) VI Morte cerebral, doador de órgão ASA II e III: troca de informações com médico, menor durações das sessões, cuidado com o posicionamento da cadeira odontológica, sedação mínima, avaliação criteriosa, anestésicos locais e etc. PACIENTES QUE REQUEREM CUIDADOS ESPECICIAS ASA II: Portador de doença sistêmica moderada ou de menor tolerâncias que o ASA I por apresentar maior grau de ansiedade ou medo ao tratamento odontológico. Pode exigir certas modificações no plano de tratamento, de acordo com cada caso. (ex. troca de informações com o médico, menor duração das sessões de atendimento, cuidados no posicionamento na cadeira odontológica, sedação mínima, uso de menor volume de solução anestésica, etc). Embora haja necessidade de certas precauções, o paciente ASA II apresenta risco mínimo de complicações durante o atendimento. ASA III : Paciente portador de doença sistêmica severa que limita suas atividades. Geralmente necessita de modificações no plano de tratamento, sendo imprescindível a troca de informações com o médico. O tratamento odontológico eletivo não está contraindicado, embora este paciente represente um maior risco durante o atendimento. INFORMAÇÃO TOTAL DO PACIENTE → Anamnese → Exame clínico adequado → Exames complementares: radiografias; exames laboratoriais AVALIAÇÃO DOS RISCOS Possíveis problemas ou Preocupações durante o cálculo de risco A Antibióticos (profiláticos ou terapêuticos) Anestesia (tipo, vasoconstrictor) Ansiedade Alergia B Sangramento (Bleeding) C Cadeira: posicionamento CONDUTA E PRESCRIÇÃO NO ATENDIMENTO DE PACIENTES SISTEMATICAMENTE COMPROMETIDOS D Drogas/Fármacos (interações, efeitos adversos, efeitos colaterais, alergias) Dispositivos/Aparelhos (valvas protéticas, articulações protéticas, marcapasso, fístulas AV) E Equipamentos (raios x, aparelho de ultrassom, eletrocirurgia, oxigênio) Emergências (potencial ou real) GESTANTES OU LACTANTES → Mudanças físicas, destinadas a prepara-la para o parto e a amamentação → Alterações fisiológicas, hormonais e psicológicas FC PA FR Metabolismo carboidratos 14ª a 30ª semana 30ª semana Maior consumo de oxigênio Diabetes Mellitus Aumento 10bpm Diastólica diminui e sistólica aumenta Aumentada “subclínio assintomático” → Contato com médico assistente → Todo tratamento odontológico essencial pode ser feito durante a gravidez, incluindo exodontias não complicadas, tratamento periodontal básico, restaurações dentárias, tratamento endodôntico, colocação de próteses, etc. → Bom senso! Reabilitações oclusais extensas e as cirurgias mais invasivas devem ser programadas para o período pós-parto. 1º TRIMESTRE Não é um período adequado para o tratamento odontológico, maior vuneralibilidade do feto. Profilaxia, tratamento periodontal básico e tratamento restauradores básicos. 2ºTRIMESTRE Melhor época para o atendimento de gestantes (mais estável), pois o período da organogênese está completa. Procedimentos profiláticos, cirúrgicos, restauradores básicos e reabilitadores, além de raspagem e alisamento radicular, endodontias e exodontias, se necessário. 3º TRIMESTRE Particularmente nas últimas semanas, também não é o período ideal para um tratamento prolongado. Profilaxia, procedimentos restauradores básicos e fluorterapia. → Exames radiográficos podem ser realizados em gestantes, desde que se avalie a real necessidade do exame radiográfico para o diagnóstico. → As sessões de atendimento devem ser curtas, agendadas preferencialmente para a 2ª metade do período da manhã, quando os episódios de enjoos são menos comuns. → Hipotensão postural (a partir do 6º mês) → “Tranquilização verbal”, evitando-se o uso de meios farmacológicos → A solução anestésica local deve ser aquela que proporcione a melhor anestesia à gestante Cuidado com Prilocaína! Risco de metemoglobina (mais comum em pacientes com anemia – algumas pacientes desenvolvem durante a gestação) Cuidado com Felipressina! Contrações uterinas PROCEDIMENTOS ELETIVOS Programar preferencialmente para o 2º trimestre da gestação Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.00 ou 1:200.000 URGÊNCIAS (DOR OU INFECÇÃO) Intervir em qualquer período da gestação GESTAÇÃO NORMAL Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.00 ou 1:200.000 GRÁVIDAS COM HISTÓRIA DE ANEMIA Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.00 ou 1:200.000 GRÁVIDAS DIABÉTICAS OU COM HIPERTENSÃO ARTERIAL CONTROLADA Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.00 ou 1:200.000 GRÁVIDAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL NÃO CONTROLADA Avaliar risco/benefício do atendimento ambulatorial junto ao médico Prilocaína 3% com felipressina ou Mepivacaína 3% sem vasoconstrictor GRÁVIDAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL NÃO CONTROLADA E HISTÓRIA DE ANEMIA Mepivacaína 3% sem vasoconstrictor Medicamentos que podem ser prescritos para gestantes, sempre tendo em vista os riscos potenciais de teratogenia, principalmente nos três primeiros meses de gestação. ANTIINFLAMATÓRIOS Em casos de procedimentos invasivos que não puderam ser adiados, utilizar betametasona e Dexametasona em dose única de 4mg. ANALGÉSICOS Escolha é o Paracetamol (500mg ou 750mg de 6/6h, em casos de dor), podendo ser usado também durante a amamentação sem problemas ao recém- nascido. ANTIBIÓTICOS Escolha são as penicilinas, de preferência a penicilina V e a Amoxicilina, pois são praticamente atóxicos não trazendo danos ao feto e/ou a gestante. Em caso de alergia a penicilina, é indicado utilizar a Eritromicina ou Cefalosporinas de primeira geração. DOENÇAS ONCOLÓGICAS – CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO → Câncer de boca, orofaringe, nasofaringe das glândulas salivares → CD: diagnóstico, planejamento terapêutico e controle dos efeitos colaterais do tratamento e reabilitação → CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS: 90% dos tumores → CÂNCER DE BOCA : lábio inferior, pacientes brancos, fumantes, expostos ao sol → CARCINOMA DE CABEÇA E PESCOÇO : assoalho de boca e borda lateral de língua → TRATAMENTO CIRÚRGICO – remoção da lesão e esvaziamento cervical → Quimioterapia, radioterapia e tratamentos mais recentes, imunologicamente mediados Os protocolos que usam regimes de doses elevadas de quimioterápicos ou quimioterapia combinadacom radioterapia seguida por transplante de células-tronco hematopoéticas (TCH). Avanços na terapia contra o câncer possuem o poder de preservar vidas, contudo, com frequência apresentam morbidade e complicações significativas. Como a quimioterapia contra o câncer muitas vezes é aplicada de forma sistêmica, a toxicidade sistêmica pode aumentar o risco de complicações orais. Ao contrário, os efeitos da radioterapia são primariamente limitados aos tecidos irradiados. Diversas complicações orofaciais crônicas podem afetar bastante a qualidade de vida a longo prazo e a função oral após a terapia. Prevenção e o tratamento bem-sucedidos das complicações orais. Reduzir a dor, o sofrimento e a incapacidade, ao mesmo tempo que diminuem o risco das complicações que podem interferir no tratamento antineoplásico em curso. É importante que o paciente passe por uma avaliação odontológica ANTES do tratamento quimio e radioterápico. QUIMIOTERAPIA PRÉ-QUIMIOTERAPIA Remoção de focos de infecção que podem ser potenciais fontes de infecção sistêmica CÁRIES DENTÁRIAS Pequenas: restauração convencional Médias: adequação com CIV Profundas: tratamento endodôntico ou exodontia LESÃO PERIAPICAL Sintomática: exodontia Assintomática: • <5mm: sem tratamento • >5mm: tratamento endodôntico ou exodontia DOENÇA PERIODONTAL Sintomática ou DP severa: exodontia Assintomático: • Profundidade de sondagem de até 8mm: tratamento periodontal • Profundidade de sondagem >8mm: exodontia 3º MOLAR PARCIALMENTE IRROMPIDO Sintomático: exodontia Assintomáticas: instrução de higienização DURANTE A QUIMIOTERAPIA → Anemia, neutropenia e trombocitopenia → Maior propensão a infecção e hemorragia → Realizar procedimento após confirmação de recuperação medular (hemograma) e, pelo menos, 07 dias antes do próximo ciclo. EMERGÊNCIA CONDUTA Hemorragia oral Prescrição de hemostáticos locais ou sistêmicos + plaquetas Infecção oral Prescrição de antibiótico, antiviral ou antifúngico Mucosite Laserterapia Neurotoxicidade (dor) Prescrição de analgésico após a exclusão de outras etiologias Xerostomia Prescrição de hidratante oral PÓS-QUIMIOTERAPIA → Hipossalivação, imunossupressão, recidiva da doença → Controle odontológico no período da oncologia – 03/03 meses → Atenção as reações adversas → Em casos de periodontopatias, pode-se iniciar tratamento → Realizar restaurações simples, auxiliando estética e mastigação. RADIOTERAPIA PRÉ-RADIOTERAPIA → Executar raspagem e polimento periodontal → Remover dentes com cáries extensas ou com doença periodontal avançada, com o menor trauma possível e antecedência mínima de 15 dias antes da radioterapia → Instruir e motivar o paciente quando à higienização oral → Realizar tratamento preventivo às infecções oportunistas → Executar sessões de fluoterapia → Trocar as restaurações com bordas irregulares → Restaurar as cavidades presentes DURANTE A RADIOTERAPIA → Alívio da dor e controle dos casos de infecções aguda → Tratamento odontológico de urgência → Muitos pacientes desenvolvem Mucosite durante o tratamento. Maior risco de desenvolver infecções herpéticas e fúngicas. PÓS-RADIOTERAPIA → Prevenir, reconhecer e tratar cada uma das sequelas induzidas pela irradiação, visando melhorar a qualidade de vida do paciente oncológico. → Hipossalivação/Xerostomia, Trismo, Cárie de radiação, Osteorradionecrose → Tratamento dentário deve ser o mais atraumático possível LEUCEMIA Consulta com o hematologista deve ser realizada previamente a consulta odontológica, e após a avaliação do hemograma PROCEDIMENTOS DENTÁRIOS ELETIVOS: só podem ser realizados quando a contagem de neutrófilos for maior que 1000/mm3 e de plaquetas for maior que 40.000/mm3 PROCEDIMENTOS DENTAIS DE EMERGÊNCIA: qualquer momento mediante consulta com hematologista, considerando a necessidade de infusão de plaquetas (contagem estiver abaixo de 40.000/mm3) INSTITUIR PROCEDIMENTOS DENTAIS PREVENTIVOS : escovação diária com escova extra macia e uso de fio dental (contagem de neutrófilos for maior que 500/mm3 e de plaquetas maior que 20.000/mm3). Em alguns casos, o oncologista pode proibir o paciente de até mesmo escovar os dentes e passar fio dental, a depender do resultado do hemograma, pois o trauma da escovação e do fio dental podem levar o paciente a sangrar. Nesses casos, a instrução de higienização deve ser dada com limpeza da cavidade oral com gaze e bochechos com clorexidina. TRANSPLATADOS → Para não haver rejeição do transplante, os pacientes são submetidos a uma terapia imunossupressiva por tempo indeterminado. → DROGAS COMUNS: azatioprima (Imuram); Ciclosfosfamida (Cytoxan); Ciclosporina (Sandimmune); Prednisona → Pacientes com maior risco à infecção → Muitos efeitos colaterais como: nefrotoxicidade, aumento da predisposição as infecções bacterianas, fúngicas e virais. → Pode ocasionar também alterações metabólicas (hiperglicemia, hipercolesterolemia) → Na cavidade oral, seu efeito mais notável é a hiperplasia gengival → Antes do procedimento odontológico invasivo deve-se consultar o médico → Exames laboratoriais recentes, como hemograma e coagulograma também são necessários. → Procedimentos de emergência que possam causar bacteremia recomenda-se o uso de profilaxia antibiótica, podendo-se prescrever 2g de Amoxicilina, 30 minutos ou 1h antes do procedimento. LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO → Doença inflamatória crônica, autoimune, de causa desconhecida → Presença de rash cutâneo e complicações articulares, ou severa, com falência renal e profundos distúrbios do sistema nervoso → Uso de imunossupressores: corticóides → 30% dos pacientes possuem Doença Renal Crônica → 25-30% dos pacientes possuem anormalidades valvares cardíacas → Trombocitopenia (- plaquetas) → Lúpus eritematoso oral (2 a 54%): pode surgir em todas as etapas da doença TRATAMENTO: corticóides tópicos TRATAMENTO ODONTOLOGICO: → Adiar ou interromper o tratamento em casos de crises do paciente → Evitar as cirurgias eletivas e realizar apenas as extrações dentárias extremamente necessárias DURANTE O ATENDIMENTO: → ANESTESIA LOCAL • Nos casos de pacientes com distúrbios renais, empregue volumes reduzidos da solução. Opte pelas soluções de lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 ou de articaína 4% com epinefrina 1:200.000. • No caso de pacientes hipertensos que fazem uso contínuo de betabloqueadores não seletivos (ex. Propranolol), evite soluções que contêm epinefrina nos bloqueios regionais. Na técnica infiltrativa, use volumes reduzidos (máximo de 2 tubetes por sessão) → Nos procedimentos cirúrgicos, adote medidas para o controle do sangramento além da sutura primária → As infecções devem ser tratadas agressivamente, por meio da descontaminação do local e do uso complementar de antibióticos, se indicado. → Atentar-se para possíveis interações medicamentosas com corticosteróides, antiinflamatórios não-esteróides (aspirina e dipirona), antimalários (cloroquina e hidroxicloroquina) e imunossupressores APÓS O PROCEDIMENTO: → Na prescrição de medicamentos, empregue doses apropriadas para pacientes com insuficiência renal ou recebendo hemodiálise. Pode ser necessário o ajuste das dosagens e dos intervalos entre as doses → Ao prescrever, avalie a possibilidade de ocorrerem interações medicamentosas adversas, pois este grupo de pacientes pode estar fazendo uso de diferentes medicamentos → Cuidado ao prescrever anti-inflamatório não esteroides. Os corticosteroides são uma boa alternativa. Caso o paciente já faça uso de corticosteroide, recomenda-se que a dose seja dobrada para ter uma ação anti-inflamatória. → As penicilinas, cefalosporinas e tetraciclinas são eliminadas predominantemente pelos rins. A clindamicina é considerada uma boa alternativa. → Empacientes sob terapia com imunossupressores, considere estender a profilaxia antibiótica no pós- operatório de cirurgias (por mais 2-3 dias). INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA → Perda progressiva da função renal, acarretando uma diminuição da filtração glomerular → Alterações na mucosa bucal, como sangramento gengival em casos de disfunção plaquetária, podem ser encontrados. → Causas mais comuns: diabetes melito, hipertensão arterial e glomerulonefrite MANIFESTAÇÕES ORAIS: → Palidez da mucosa oral → Xerostomis → Pigmentação da mucosa oral → Infecções da parótida → Disgeusia → Candidíase → Petéquias e equimoses na mucosa oral (devido a baixa das plaquetas) → Hipoplasia e equimoses na mucosa oral → Hipoplasia do esmalte → Osteodistrofia (lesões radiolúcidas nos maxilares) → Estomatite urêmica Atentar para o estado geral de saúde do paciente e sempre estar em contato com o neufrologista do mesmo Devido ao aumento do volume plasmático, resultante da retenção de líquidos, a hipertensão arterial é comumente encontrada Anemia: menor produção de eritropoirtina no plasma provoca a diminuição das células vermelhas Têm maior predisposição a infecções (causa mais comum de óbito): uremia também leva à supressão da resposta linfocitária, à disfunção dos granulócitos e à diminuição da imunidade mediada por células. Clearance da creatinina é <15ml/min, está indicada a DIÁLISE, que nada mais é do que um processo mecânico que filtra artificialmente o sangue. Existem dois tipos de diálise: a PERITONEAL , que usa o peritônio como membrana filtrante, e a HEMODIÁLISE, que usa uma membrana artificial como filtro DIÁLISE PERITONEAL HEMODIÁLISE Infudida uma solução hipertônica no peritônio com o auxílio de um cateter permamenente Após um tempo predeterminado, a solução e os solutos dissolvidos (ex. Ureia) são removidos O processo é realizado 4-5 vezes ao dia e o líquido dialisado é recolhido numa bolsa presa ao paciente. Empregada na maioria dos pacientes com IRC em estágio final. Uso de um rim artificial com uma membrana semipermeável, gerando um circuito extracorporal por meio de uma fístula arteriovenosa. Executada a cada 2-3 dias e requer 4-5h por sessão. Durante a hemodiálise, há necessidade da administração de anticoagulantes (geralmente a heparina). ATENÇÃO! Não realizar tratamento odontológico no dia que o paciente for submetido à diálise para evitar problemas de sangramentos, uma vez que é administrado anticoagulante (heparina) durante este procedimento. Remarcar para dia posterior a diálise Na avaliação da pressão arterial, nunca empregar o braço que contém a fístula arteriovenosa necessária às sessões de hemodiálise Anestesia local: empregar menores volumes possíveis de uma solução de articaína 4% ou lidocaína 2%, com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 (máximo de 2 tubetes por sessão). Quando a epinefrina estiver contraindicada, empregar solução de prilocaína 3% com felipressina (exceto em paciente com anemia). Evitar o uso da mepivacaína, cujas metabolização hepática e excreção renal são mais lentas. Uso de analgésicos: para dores leves, optar pela dipirona ou pelo paracetamol, nas menores doses eficazes. Evitar o uso da aspirina. Para doses moderadas a intensas, o tramadol parece ser uma boa escolha. Uso de anti-inflamatórios: evitar o uso de anti- inflamatórios não esteroides, que podem aumentar a retenção de sódio e interagir com os anti-hipertensivos e diuréticos, causando brusco aumento da pressão arterial. Podem também interferir negativamente na agregação plaquetária. Dar preferência ao uso dos corticosteroides (dexametasona ou betametasona), em dose única ou por tempo restrito. Uso de antibióticos: nos casos leves de doença renal crônica, não necessidade de redução das doses ou mudanças no intervalo entre as doses dos antibióticos mais usados em odontologia: penicilina V, amoxicilina, metronidazol, claritromicina, azitromicina e clindamicina. As tetraciclinas e as cefalosporina devem ser evitadas devido ao seu potencial nefrotóxico. Evitar drogas nefrotóxicas e ajustar a dosagem dos fármacos conforme o grau de insuficiência do paciente. NÃO USAR Tetraciclina, aspirina, antiinflamatórios não- esteróides como ibuprofeno (Advil®) e naproxeno (Naprosyn®) AJUSTE Amoxicilina, ampicilina, cefalexina e o aciclovir necessitam de um ajuste no intervalo entre as doses ou de uma dosagem reduzida COMO REFERENCIAR O PACIENTE AO MÉDICO COAGULOPATIAS ALTERAÇÕES PLAQUETÁRIAS → Alterações quantitativas e qualitativas das plaquetas → As plaquetas possuem a função de formar o tampão de fibrina na coagulação do sangue. Ou seja, se o paciente tiver um número reduzido de plaquetas ou poucos qualitativas, ele terá problemas na formação do coágulo. → Sangramentos cutâneos e em mucosas → Equimoses, epistaxes, purpura, menorragia, gengivorragias, sangramentos excessivos após procedimentos cirúrgicos (extração dentária, partos) → Avaliar contagem de plaquetas: 150.000 a 450.000/mm3 (IDEAL) Antifibrinolíticos, transfusão de plaquetas, reposição fator VIIa recombinante COAGULOPATIAS HEREDITÁRIAS → Sangramentos em tecidos profundos → Alterações quantitativas e qualitativas dos Fatores de Coagulação. → Doença de Von Willebrand (mais frequente): Fator Von Willebrand → Hemofilias A e B: deficiência dos fatores VIII e IX respectivamente → Hemofilia grave: sangramentos em articulação e musculares espontâneos Terapia de reposição do concentrado de Fator deficiente, antifibrinolíticos HEMOSTÁTICOS LOCAIS Ácido Tranexâmico Agente anti-fibrinolítico, análogo de lisina, que forma um complexo reversível com o plasminogênio e a plasmina; Inibe a ação proteolítica da plasmina no coágulo de modo a inibir a fibrinólise na ferida cirúrgica Alta capacidade hemostática, intravenoso ou forma tópica (colutórios) o 20-40mg/kg 08/08h Hemograma, coagulograma e contagem de plaquetas 1. Tipo Coagulopatia 2. Extensão do procedimento 3. Suporte hematológico 4. Materiais Hemostáticos locais Esponjas à base de gelatina de colágeno Alta capacidade hemostática o Insolúveis em água e biologicamente reabsorvíveis (15 dias) Função é restringir a hemorragia dos vasos sanguíneos, cuja homeostase não foi obtida Provoca uma resposta inflamatória inicial sem efeitos colaterais ao longo prazo sobre a formação óssea 1. Tipo Coagulopatia 2. Extensão do procedimento 3. Suporte hematológico 4. Materiais Hemostáticos locais COAGULOPATIAS ADQUIRIDAS • Anticoagulantes Orais • Antiagregantes Plaquetários: • AAS, AINE
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