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Ana Lorena 4º P – APG A mucosa gástrica produz ácidos, enzimas e muco. O desequilíbrio entre essas forças defensivas leva a formação de lesões; Quando a mucosa gástrica está inflamada, produz menos ácido, enzimas e muco. Mecanismos de proteção gástrica: A secreção superficial de muco; A secreção de bicarbonato no muco; Fluxo sanguíneo da mucosa; O transporte da membrana na superfície apical; Capacidade regenerativa epitelial; Síntese de prostaglandina. ➼ A mucina secretada pelas células foveolares da superfície, forma uma camada fina de muco que tem pH neutro como resultado da secreção de íon de bicarbonato pelas células epiteliais superficiais. ➼ A gastrite é uma lesão benigna decorrente da quebra da barreira mucosa, acarretando alterações macro e microscópicas da mucosa gástrica, associadas a uma resposta inflamatória. Pode ser classificada em: Gastrite aguda; Gastrite crônica. O papel da gastrite na doença ulcerosa é complexo: ➼ Ela pode aumentar ou diminuir o risco de úlcera, dependendo do seu grau e do tipo topográfico. Gastrite e atrofia do antro tendem a aumentar o risco de úlcera péptica, enquanto a gastrite com atrofia do corpo tende a diminuí-lo. ➼ A gastrite aguda é caracterizada por inflamação aguda da mucosa, de forma transitória e acomete, principalmente o antro do estômago, afetando as células parietais e, consequentemente, diminuindo a produção de pepsinogênio. ➼ Apresenta infiltrado de neutrófilos na mucosa que vão invadir a foveola gástrica. ➼ As alterações histológicas se caracterizam, na zona subepitelial, por edema difuso da lâmina própria, congestão capilar e diferentes graus de hemorragia intersticial. Erosões podem ou não estar presentes. É causada por agentes que provocam estresse estomacal: Anti-inflamatórios não esteroidais - AINEs (aspirina e ibuprofeno); Ana Lorena 4º P – APG Álcool; Tabagismo; Infecções virais e bacterianas (H.pylori); Cirurgias estomacais. ➼ Pode acontecer uma hemorragia da mucosa na forma erosiva e descamação superficial nos casos raros. A gastrite aguda pode ser dividida em 3 grupos: Gastrite aguda por Helicobacter pylori; Gastrite supurativa ou flegmonosa aguda; Gastrite aguda hemorrágica ou gastrite erosiva aguda (também pode ser denominada de lesão aguda da mucosa gastroduodenal). Gastrite flegmonosa: ➼ Se caracteriza por infecção bacteriana da muscularis mucosa e submucosa do estômago, com infiltração de células plasmáticas, linfócitos e polimorfonucleares. A inflamação não ultrapassa a cárdia e o piloro, sendo a mucosa gástrica pouco acometida; Quando causada por agentes formadores de gás, é denominada gastrite enfisematosa; Acometido pelo Streptococcus sp. O diagnóstico é feito através de: Laparotomia exploradora ou na necropsia; Leucocitose com desvio para a esquerda; Amilase normal; No estudo radiológico revela espessamento das pregas gástricas com redução da distensibilidade antral. ➼ O tratamento é com antibióticos de amplo espectro associado à drenagem cirúrgica ou endoscópica da parede gástrica, pode-se também haver necessário uma intervenção cirúrgica de ressecção. Gastrite aguda hemorrágica: ➼ São caracterizadas por múltiplas lesões hemorrágicas, puntiformes, associadas a alterações da superfície epitelial e edema. ➼ Essas lesões deixam a mucosa gástrica muito mais vulnerável e, com isso, leva ao quadro de hemorragia. ➼ Acomete as regiões proximais do estômago. Possíveis causas: Corticoides orais; Álcool. Tratamento: Inibidores de bomba de prótons; Antagonistas dos receptores H2; Antiácidos. ➼ É uma condição inflamatória que afeta diferentes regiões do estômago e acomete o indivíduo por um longo período de tempo. Essa inflamação é caracterizada pelo aumento de linfócitos e plasmócitos. ➼ Acompanha-se de atrofia glandular, ou seja, a perda das glândulas especializadas de antro e/ou corpo como resultado de um processo inflamatório prolongado e difuso ou de lesão tecidual acentuada (erosão, úlcera), tendo como consequência adelgaçamento da mucosa e redução da função secretora gástrica. Quadro clínico: Assintomática As queixas são muito variáveis, podendo ocorrer desconforto e estufamento pós- prandial, náuseas, vômitos e dor epigástrica, geralmente relacionadas com a ingestão de determinados alimentos, bebidas alcoólicas ou conflitos emocionais. Suas principais causas: H. pylori; Autoimune; Reacional. Helicobacter pylori: GRAM negativa; Possui flagelo; Coloniza células epiteliais secretoras de muco; Urease positiva. ➼ Consiste em uma doença inflamatória que acomete o antro e o corpo do estômago ou todo o órgão (pangastrite). Ele é mais encontrado no antro, pois é uma região mais propicia para sua sobrevivência. ➼ A resposta inflamatória induz uma secreção exagerada de gastrina pelas células G do antro e uma diminuição de somatostatina, com resultante incremento da secreção ácida. Ana Lorena 4º P – APG ➼ Com a cronicidade da inflamação, vai havendo perda gradual de células G e de células parietais, diminuindo a secreção ácida e com desenvolvimento de atrofia gástrica e metaplasia intestinal. Essas alterações facilitam a progressiva migração da bactéria em direção ao corpo gástrico, com atrofia e respectiva hipocloridria. ➼ A metaplasia intestinal é uma reação adaptativa à inflamação crônica da mucosa, na qual as células foveolares ou glandulares do estômago são substituídas por dois tipos de epitélio intestinal; 1. Enterócitos absortivos, semelhantes aos do intestino delgado, com bordo em escova e células caliciformes; 2. Células colunares com citoplasma esponjoso e sem bordo em escova. A metaplasia é dividida em 3 fenótipos: Tipo I ou do intestino delgado, é o mais comum e está associado a baixo risco de câncer; Tipo II ou do intestino delgado; Tipo III ou colônica, está fortemente relacionado com a neoplasia. ➼ Nem sempre essa mudança de epitélio vai ser benéfica, pode acontecer uma displasia, essa mudança vai ser para um epitélio pré-cancerosa tendo risco de um adenocarcinoma gástrico. Riscos dessa infecção: Adenocarcinoma gástrico; Úlcera péptica; Linfoma gástrico de células B. Histologicamente, observa-se: Infiltrado inflamatório composto de plasmócitos e linfócitos na lâmina própria; A inflamação ativa é evidenciada pela presença de neutrófilos na camada glandular e na superfície epitelial; Na mucosa há agregados linfoides. Tratamento: Amoxicilina + claritromicina + omeprazol (IBP). Autoimune: ➼ É assintomática do ponto de vista gastrintestinal, com sintomas hematológicos ou neurológicos no caso de anemia perniciosa. ➼ É mais comum nas mulheres. ➼ A produção de anticorpos contra a mucosa oxíntica (afeta as células parietais e principais) geram a atrofia da mucosa, isso vai destruir as células, causando anemia perniciosa (devido a deficiência de vit. B12 por causa do defeito das células parietais), hipocloridria levando uma redução da acidez estomacal (devido à queda do HCl, por defeito das células principais). ➼ Na microscopia, tem infiltrado linfocitário com muitos plasmócitos, eles liberam autoanticorpos que causam fortes lesões na mucosa. ➼ Em decorrência da acloridria, com consequente elevação do pH gástrico, os pacientes têm maior risco de desenvolver infecções entéricas por bactérias, vírus e parasitos. Diagnóstico: Fazer a endoscopia para analise histopatológico; Na endoscopia, quando se insufla ar no estômago, o pregueado mucoso do corpo se desfaz total ou parcialmente e observa-se uma mucosa de aspecto liso, brilhante e delgado, com os vasos da submucosa facilmente visualizados; Ana Lorena 4º P – APG Deve-se coletaro material do corpo o antro gástrico para ter a certeza da localização da inflamação. Tratamento: Quando há anemia perniciosa, exige reposição de vitamina B12, por via parenteral.