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Audição

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RAYANNE MAIRA- FASA 2021 
 
A orelha é dividida em três regiões principais: (1) a orelha externa, que coleta as 
ondas sonoras e as direciona para dentro; (2) a orelha média, que conduz as 
vibrações sonoras para a janela do vestíbulo (oval); e (3) a orelha interna, que 
armazena os receptores para a audição e para o equilíbrio. 
ORELHA EXTERNA: 
• A orelha externa é formada pela orelha (pavilhão auricular), pelo meato 
acústico externo e pela membrana timpânica. 
• A orelha é uma aba de cartilagem elástica. A sua margem é a hélice; a 
parte inferior é o lóbulo. Ligamentos e músculos ligam a orelha à cabeça. 
• O meato acústico externo é um tubo curvado que se encontra no temporal 
e leva à membrana timpânica. Próximo a sua abertura externa, o meato 
acústico externo contém alguns pelos e glândulas sudoríferas 
especializadas chamadas de glândulas ceruminosas, que secretam cera 
de ouvido ou cerume. 
• A membrana timpânica ou tímpano é uma divisão fina e semitransparente 
entre o meato acústico externo e a orelha média. A membrana timpânica 
é coberta por epiderme e revestida por um epitélio cúbico simples. O 
rompimento da membrana timpânica é chamado de perfuração do 
tímpano. Ele pode ser causado pela pressão de um cotonete, por 
traumatismo ou por uma infecção na orelha média e em geral se cura em 
1 mês. 
 
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ORELHA MÈDIA: 
• A orelha média é uma pequena cavidade, cheia de ar e revestida por 
epitélio, situada na parte petrosa do temporal. Ela é separada da orelha 
externa pela membrana timpânica e da orelha interna por uma divisão 
óssea fina que contém duas pequenas aberturas: a janela do vestíbulo 
(oval) e a janela da cóclea (redonda). 
 
• Estendendo-se através da orelha média e ligada a ela através de 
ligamentos encontram-se os três menores ossos do corpo, os ossículos 
da audição, que são conectados por articulações sinoviais. Os ossos, 
nomeados por causa de seus formatos, são o martelo, a bigorna e o 
estribo. 
 
• Além dos ligamentos, dois pequenos músculos esqueléticos também se 
ligam aos ossículos O músculo tensor do tímpano, que é inervado pelo 
ramo mandibular do nervo trigêmeo (V), limita o movimento e aumenta a 
tensão da membrana timpânica, evitando danos à orelha interna por 
causa de barulhos muito altos. O músculo estapédio, que é inervado pelo 
nervo facial (NC VII) é o menor músculo esquelético do corpo humano. Ao 
evitar grandes vibrações no estribo decorrentes de sons altos, ele protege 
a janela do vestíbulo (oval), mas também diminui a sensibilidade auditiva. 
 
• A parede anterior da orelha média contém uma abertura que leva 
diretamente para a tuba auditiva. A tuba auditiva, contendo osso e 
cartilagem elástica, conecta a orelha média com a parte nasal da faringe 
ou nasofaringe (porção superior da garganta). 
 
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ORELHA INTERNA: 
 
• A orelha interna também é chamada de labirinto por causa de sua série 
complicada de canais. Estruturalmente, ela é formada por duas divisões 
principais: um labirinto ósseo externo que encapsula um labirinto 
membranáceo interno 
 
• O labirinto ósseo é formado por uma série de cavidades na parte petrosa 
do temporal divididas em três áreas: (1) os canais semicirculares, (2) o 
vestíbulo e (3) a cóclea. 
 
• O labirinto ósseo é revestido por periósteo e contém a perilinfa. Esse 
líquido, que é quimicamente semelhante ao líquido cerebrospinal, reveste 
o labirinto membranáceo, uma série de sacos e tubos epiteliais dentro do 
labirinto ósseo que têm o mesmo formato geral do labirinto ósseo, 
abrigando os receptores para a audição e o equilíbrio. O labirinto 
membranáceo epitelial contém a endolinfa. O nível de íons potássio (K+) 
na endolinfa é incomumente alto para um líquido extracelular e os íons 
potássio desempenham um papel na geração dos sinais auditivos 
(descritos a seguir). 
 
• O vestíbulo é a parte central oval do labirinto ósseo. O labirinto 
membranáceo no vestíbulo é formado por dois sacos chamados 
de utrículo e sáculo, que são conectados por um pequeno ducto. 
Projetando-se superior e posteriormente ao vestíbulo encontram-se 
três canais semicirculares ósseos. Com base em suas posições, eles são 
nomeados como canais semicirculares anterior, posterior e lateral. Os 
canais semicirculares anterior e posterior são orientados verticalmente; o 
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canal lateral é orientado horizontalmente. Em uma extremidade de cada 
canal encontra-se um alargamento redondo chamado de ampola. As 
partes do labirinto membranáceo que se encontram dentro dos canais 
semicirculares ósseos são chamados de ductos semicirculares. Essas 
estruturas se conectam ao utrículo do vestíbulo. 
 
• Anteriormente ao vestíbulo encontra-se a cóclea, um canal espiral que 
realiza quase três voltas ao redor de um núcleo ósseo central chamado 
de modíolo. Cortes histológicos através da cóclea revelam que ela é 
dividida em três canais: o ducto coclear, a rampa do vestíbulo e a rampa 
do tímpano. O ducto coclear é uma continuação do labirinto 
membranáceo em direção à cóclea; ele é preenchido por endolinfa. O 
canal acima do ducto coclear é a rampa do vestíbulo, que termina na 
janela do vestíbulo (oval). O canal abaixo é a rampa do tímpano, que 
termina na janela da cóclea (redonda). Tanto a rampa do vestíbulo quanto 
a rampa do tímpano são partes do labirinto ósseo da cóclea; portanto, 
essas câmaras são preenchidas por perilinfa. A rampa do vestíbulo e a 
rampa do tímpano são separadas completamente pelo ducto coclear, 
exceto por uma abertura no ápice da cóclea, o helicotrema. 
 
• A membrana (parede) vestibular separa o ducto coclear da rampa do 
vestíbulo e a lâmina basilar separa o ducto coclear da rampa do tímpano. 
 
• Localizada sobre a lâmina basilar encontra-se o órgão espiral ou órgão de 
Corti. O órgão espiral é uma lâmina espiral de células epiteliais, incluindo 
células epiteliais de sustentação e cerca de 16.000 células ciliadas, que 
são os receptores da audição. Existem dois grupos de células ciliadas: 
as células ciliadas internas estão organizadas em uma única fileira, 
enquanto as células ciliadas externas estão organizadas em três fileiras. 
Na porção apical de cada célula ciliada encontram-se entre 40 e 
80 estereocílios, que se estendem para a endolinfa do ducto coclear. 
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• As ondas sonoras são regiões de alta e baixa pressões que se alternam 
entre si e que viajam na mesma direção através de algum meio (como o 
ar). Elas são originadas a partir de um objeto que vibra de modo muito. A 
frequência de uma vibração sonora é o seu tom. Quanto maior for a 
frequência de vibração, maior será seu tom. Todo o espectro audível se 
estende entre 20 e 20.000 Hz. Os sons da fala contêm frequências 
principalmente entre 100 e 3.000 Hz Quanto maior for a intensidade 
(tamanho ou amplitude) da vibração, mais alto será o som. A intensidade 
do som é medida em unidades chamadas de decibéis (dB). um decibel 
representa um aumento de 10 vezes na intensidade sonora. Os sons se 
tornam desconfortáveis à orelha normal por volta de 120 dB e são 
dolorosos acima de 140 dB. 
 
 
1. O pavilhão direciona as ondas sonoras para o meato acústico externo. 
 
2. Quando as ondas sonoras alcançam a membrana timpânica, as ondas 
alternadas de pressão alta e baixa no ar fazem com que a membrana timpânica 
vibre para frente e para trás. A membrana timpânica vibra lentamente em 
resposta a sons de baixa frequência (tons baixos) e rapidamente em resposta a 
sons de alta frequência (tons altos). 
 
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3. A área central da membrana timpânica seconecta ao martelo, que vibra junto 
com a membrana timpânica. Essa vibração é transmitida do martelo para a 
bigorna e, então, para o estribo. 
 
4. Conforme o estribo se move para frente e para trás, sua placa basal em 
formato oval, conectada através de um ligamento à circunferência da janela do 
vestíbulo (oval), faz vibrar essa janela. As vibrações na janela do vestíbulo (oval) 
são cerca de 20 vezes mais vigorosas do que aquelas na membrana timpânica 
porque os ossículos auditivos transformam eficientemente pequenas vibrações 
espalhadas por uma grande área superficial (a membrana timpânica) em 
vibrações maiores em uma superfície menor (a janela do vestíbulo [oval]). 
 
5. O movimento do estribo na janela do vestíbulo (oval) provoca ondas de 
pressão no líquido da perilinfa da cóclea. Conforme a janela do vestíbulo (oval) 
é empurrada para dentro, ela empurra a perilinfa na rampa do vestíbulo. 
 
6. As ondas de pressão são transmitidas da rampa do vestíbulo para a rampa do 
tímpano e, eventualmente, para a janela da cóclea (redonda), fazendo com que 
ela se projete para fora na orelha média (ver na figura). 
 
7. As ondas de pressão atravessam através da perilinfa da rampa do vestíbulo, 
passam então para a membrana vestibular e se movem para a endolinfa dentro 
do ducto coclear. 
 
8. As ondas de pressão na endolinfa fazem com que as membranas basilares 
vibrem, fazendo com que as células ciliadas do órgão espiral se movam contra 
a membrana tectória. Isso promove o dobramento dos estereocílios e leva em 
última análise à geração de impulsos nervosos nos neurônios de primeira ordem 
nas fibras nervosas cocleares. 
 
9. As ondas sonoras de várias frequências fazem com que determinadas regiões 
da lâmina basilar vibrem mais intensamente do que outras. Cada segmento da 
lâmina basilar está “afinado” para um tom em particular. Como a membrana é 
mais estreita e mais espessa na base da cóclea (próxima à janela do vestíbulo 
[oval]), os sons de alta frequência (com tom alto) induzem vibrações máximas 
nessa região. Na direção do ápice da cóclea, a lâmina basilar é mais ampla e 
mais flexível; os sons de baixa frequência (de tom baixo) causam a vibração 
máxima da lâmina basilar naquele local. A altura do som é determinada pela 
intensidade das ondas sonoras. Ondas sonoras de alta intensidade promovem 
vibrações maiores na lâmina basilar, promovendo maior frequência de impulsos 
nervosos que chegam ao encéfalo. Sons mais altos também podem estimular 
uma quantidade maior de células ciliadas. 
 
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• O dobramento dos estereocílios das células ciliadas do órgão espiral 
promove a liberação de um neurotransmissor (provavelmente o 
glutamato), que gera impulsos nervosos nos neurônios sensitivos que 
inervam as células ciliadas. 
 
• Os corpos celulares dos neurônios sensitivos estão localizados nos 
gânglios espirais. Os impulsos nervosos passam através dos axônios 
desses neurônios, que formam a parte coclear do nervo vestibulococlear 
(VIII). 
 
• Esses axônios formam sinapses com neurônios nos núcleos 
cocleares no bulbo naquele mesmo lado. Alguns dos axônios dos 
núcleos cocleares passam por um cruzamento no bulbo e ascendem em 
um trato chamado de lemnisco lateral no lado oposto e terminam 
no colículo inferior do mesencéfalo. 
 
• Outros axônios dos núcleos cocleares terminam no núcleo olivar 
superior em cada lado da ponte. Diferenças sutis no tempo que demora 
para que os impulsos nervosos provenientes das duas orelhas cheguem 
nos núcleos olivares superiores permitem a localização da fonte do som. 
Axônios dos núcleos olivares superiores também ascendem no lemnisco 
lateral em ambos os lados e terminam nos colículos inferiores. A partir de 
cada colículo inferior, os impulsos nervosos são transmitidos para 
o núcleo geniculado medial no tálamo e, finalmente, para a área 
auditiva primária do córtex cerebral no lobo temporal do cérebro 
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Apesar do feto ou do embrião estar protegido pela placenta, alguns 
agentes infecciosos presentes na mãe podem atingi-lo. Os defeitos 
induzidos por micro-organismos diferem dos induzidos por agentes 
ambientais, uma vez que nem todas as lesões aparecem no período da 
gestação, sendo que muitas manifestações clínicas aparecem após o 
nascimento, mesmo que congenitamente adquiridas. 
 
 
• A rubéola é um doença infecto-contagiosa com sintomas leves e erupção 
generalizada, causada por um vírus da família Togaviridae e do gênero 
Rubivirus. Este possui simetria icosaédrica, é um vírus envelopado e de 
RNA fita simples com polaridade positiva. A transmissão ocorre por via 
aérea, e após a entrada no hospedeiro, pode se disseminar para diversos 
órgaos, inclusive para a placenta. A rubéola congênita possui um efeito 
teratogênico, uma vez que o vírus infecta a placenta, atinge o feto, inibe 
a mitose e estimula apoptose, comprometendo assim a organogênese, 
sendo pior no primeiro trimestre gestacional. Quando acontece no 
primeiro trimestre, a infecção materna produz infecção fetal em mais de 
90% dos casos. A evolução da forma congênita é crônica e grave. As 
principais manifestações são surdez, cataratas, glaucoma, retinopatia, 
cardiopatias, microcefalia, retardo mental, distúrbios motores, entre outros 
 
• A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário intracelular 
obrigatório T. gondii, e pode ser adquirida por meio da ingestao de 
oocistos liberados pelas fezes de felídeos, que podem estar presentes na 
água ou alimentos, ingestao de carne crua ou mal cozida, contendo cistos 
teciduais e da transmissão de taquizoítos por via transplacentária. Nesse 
último caso, o parasito atravessa a barreira placentária, atinge o feto, 
gerando infecção congênita e levando ao desenvolvimento de 
complicações neurológicas, oculares, auditivas e morte intraútero 
 
• A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria 
T. pallidum. Durante a gestação, leva a sérias implicações para a mulher 
e seu concepto, podendo causar o abortamento, a morte intra-uterina, o 
óbito neonatal ou deixar sequelas graves nos recém-nascidos. A 
transmissão congênita fazse da gestante infectada para o concepto, por 
via transplacentária, em qualquer momento da gestação. 23 Segundo o 
Ministério da Saúde (2006) 24 , além da prematuridade e do baixo peso 
 
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ao nascimento, as principais características dessa síndrome congênita 
são hepatomegalia com ou sem esplenomegalia, lesões cutâneas (como 
por exemplo, pênfigo palmo-plantar, condiloma plano), periostite ou 
osteíte ou osteocondrite (com alterações características ao estudo 
radiológico), pseudoparalisia dos membros, sofrimento respiratório com 
ou sem pneumonia, rinite sero-sanguinolenta, icterícia, anemia e 
linfadenopatia generalizada (principalmente epitroclear). Outras 
características clínicas incluem petéquias, púrpura, fissura peribucal, 
síndrome nefrótica, hidropsia, edema, convulsão e meningite. 
 
 
• O vírus Zika é um arbovírus de RNA, cuja circulação foi confirmada em 
18 estados brasileiros no ano de 2015. A partir de entao, houve um 
aumento inesperado de nascidos vivos (NV) com microcefalia, AC que 
ocorre devido a uma lesão neuronal que interfere no desenvolvimento 
cerebral, havendo redução do perímetro cefálico. 25 No período de 2000 
a 2014 o número de casos de NV com microcefalia era estável. Marinho 
et al. (2016) 26 verificaram que o número de casos dessa AC no ano da 
confirmação da circulação do vírus aumentou nove vezes em relação a 
média anual do país. Poucos estudos comprovaram que a infecção pelo 
vírus Zika durante a gravidez está associada à microcefalia, porém grande 
parte destes sugeriram esse elo 
 
Aborto é o processo de interrupção da gestação de fetos deaté 20 ou 22 
semanas, com peso previsto de até 500 gramas, sendo que a interrupção da 
gestação após esse período se chama antecipação do parto. Ele pode ser 
espontâneo (natural) ou induzido (provocado). Nos casos previstos em lei pela 
legislação brasileira, o aborto é conhecido por aborto legal. 
 
 
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