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AVALIAÇÃO FISIOTERAPEUTICA RESPIRATORIA

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O fisioterapeuta deve preparar a avaliação seguindo um 
plano organizado e predeterminado, adaptável às 
necessidades individuais e às circunstâncias. Os elementos 
básicos a serem incluídos são: anamnese e exame físico 
(geral e específico). 
 
Anamnese 
É a base fundamental para o diagnostico e representa o 
registro ordenado dos fenômenos ocorridos. Além de 
permitir identificação de sintomas, permite avaliar 
detalhes importantes como características 
comportamentais, hábitos diários e etc., o que auxilia no 
desenvolvimento de um plano de tratamento adequado. 
Em crianças maiores e lactentes, os dados principais a 
serem abordados em um primeiro instante são: 
1. Identificação: nome, sexo, data de 
nascimento, raça e procedência. Isso porque a 
distribuição de doenças sofre variações de acordo 
com o sexo, faixa etária e etnia. 
2. Queixa principal: definida como a 
manifestação imediata que faz com que seja 
procurado o atendimento médico; nem sempre é o 
principal distúrbio apresentado. 
3. Condições socioambientais: 
características do domicílio (urbano ou rural; 
ventilação, insolação, número de cômodos e de 
pessoas, saneamento básico, luz elétrica ne coleta de 
lixo), presença de animais, local onde a criança 
dorme, grau de escolaridade dos pais, renda familiar 
e rotina de vida da criança (quem cuidado, 
características do sono, horário das principais 
atividades). 
4. Antecedentes familiares: esse 
interesse varia de acordo com o caráter genético 
das doenças, mas nunca devem ser ignorados. 
5. Antecedentes nutricionais: duração 
do aleitamento materno, motivo do desmame, idade 
de introdução alimentar, história de 
intolerância/alergias. É importante que o 
fisioterapeuta esteja atento a isso, pois em casos de 
desnutrição ou hipodesenvolvimento, é necessário 
um plano de tratamento adequado e estimulação do 
desenvolvimento neuropsicomotor sem uma perda 
energética e calórica deletéria. Além disso, muitos 
fatores podem agravar, ocasionar ou explicar 
distúrbios respiratórios. 
6. Aspectos psicológicos: por conta da 
influência dos fatores sociopsicológicos sobre as 
doenças e sobre a capacidade de cooperação do 
paciente com o tratamento. 
7. História da doença atual: é 
geralmente a parte mais importante da anamnese, 
mas também muito difícil de ser obtida de forma 
correta. Deve-se deixar que o paciente comece 
falando livremente e depois deve direcionar o relato 
da história. Sempre registrada em termos técnicos e 
organizada obedecendo à ordem cronológica dos 
sintomas. 
8. História pregressa: busca recolher 
informações sobre o passado mórbido do paciente 
que mostrem possuir relação direta ou indireta de 
causa e efeito com a moléstia atual. 
Avaliação fisioterapêutica 
Respiratória 
9. Desenvolvimento: é importante registrar 
as idades que se iniciaram as principais aquisições e 
percepção dos pais quanto ao desenvolvimento 
global da sua criança (motor, linguagem, socialização, 
habilidades). 
 
Antecedentes maternos 
1. Pré-natais: gravides planejada e/ou desejada 
ou não, planejamento familiar. Gestação (número de 
consultas, ganho de peso, saúde, complicações, 
vitaminas, repouso, higiene, infecções, 
medicamentos). Realização de exames sorológicos, 
número de gestações, partos, abortos, história de 
partos prematuros e/ ou laboriosos e fator RH. 
2. Natais: história e tipo de parto, indicação, 
duração, intercorrências como PCR, aspiração de 
líquido meconial, tempo de bolsa rota e valores de 
escore de Apgar. 
3. Período neonatal: necessidade de 
internações anteriores em UTI e outros locais, 
utilização de ventilação artificial por prematuridade 
extrema e outros fatores, medicamentos, 
intercorrências no berçário, icterícia (se precisou de 
fototerapia), presença de cianose e/ou regurgitação. 
Peso e tamanho ao nascimento, IG, perímetro 
cefálico, etc. 
Exame físico 
O exame físico geral é uma abordagem resumida, 
realizada diariamente e de modo comparativo durante 
toda intervenção. Já o específico abordará diversos 
sistemas do corpo. O sistema respiratório é o de maior 
relevância profissional, mas é importante avaliar outros 
sistemas e sua influência como um todo. 
Exame físico geral 
Os principais pontos a serem abordados são: 
→ Estado geral do paciente de forma subjetiva, 
considerando estado clínico geral, atual e então o 
relato da pessoa, quando está com grau de 
compreensão adequado. Pode ser classificado em: 
bom estado geral (BEG), regular estado geral (REG) 
e mau estado geral (MEG). 
→ Estado neurológico atual: ativo, hipoativo ou inativo 
(relação com movimentação espontânea e grau de 
interação com o meio); reativo, hiporreativo e 
arreativo (principalmente em RN e crianças menores, 
relaciona-se com respostas à manipulação e 
estímulos realizados), ou então consciente, 
sonolento, torporoso ou inconsciente; contactuante 
e orientado ou não (em crianças maiores). 
É preciso estar atento as respostas obtidas e fazer 
associação com possível uso de medicamentos ou 
drogas como sedativos, calmantes e depressores. 
→ As pupilas devem ser centradas, redondas e 
simétricas. Deve-se dirigir um feixe de luz para um 
olho, quando a pupila contrai dos dois lados, do lado 
excitado (reflexo pupilar direto) e do lado oposto 
(reflexo pupilar indireto). Suas alterações consistem 
em: anisocóricas (quando há assimetria, em casos de 
meningite, hemorragias cranianas; midriáticas 
(quando estão dilatadas em casos de lesão do III par 
e intoxicação) ou mióticas (quando estão contraídas 
e sem reação a luz em casos de traumas e 
intoxicações). 
→ O estado de hidratação, no qual a criança pode estar 
hidratada ou desidratada. A avaliação pode ser feita 
pela pele (perda de elasticidade), mucosas e língua 
(ressecadas), pulso e enchimento capilar (baixos). 
GPA
Além disso, pode ficar irritado, letárgico, com cefaleia 
e dificuldade de concentração. 
→ Temperatura axilar: febril, afebril, subfebril e 
hipotérmico. 
→ Coloração da pele que pode ser corada ou 
descorada; acianótico ou cianótico, sendo central ou 
periférica; anictérico e ictérico. 
→ Aspectos hemodinâmicos: 
 
→ Avaliação respiratória geral: 
 
→ Análises incluindo coloração, viscosidade e quantidade 
de secreções traqueias e de vias aéreas superiores 
aspiradas ou expectoradas, bem como presença e 
eficácia de tosse. 
→ Utilização de oxigenioterapia suplementar e qual a 
técnica. 
→ Utilização de VMNI ou VMI, caso esteja em unidades 
críticas. 
→ Avaliar modalidade e parâmetros ventilatórios, bem 
como conforto e sincronia entre paciente e máquina, 
além de estar bem atento ao posicionamento na IOT. 
→ Observar a saturação periférica de oxigênio e 
gasometria arterial. 
Exame físico específico 
Os sistemas de mais relevância para avaliação são: 
Sistema neurológico: auxilia nas adequações de técnicas 
às capacidades cognitivas e possíveis alterações que 
acometem os pacientes. 
Sistema musculoesquelético: para um direcionamento 
mais adequado da intervenção, minimizando os efeitos 
deletérios em curo e longo prazo. 
Sistema cardiovascular: para uma intervenção mais 
segura, respeitando as limitações individuais de cada 
criança. 
Sistema respiratório: requer mais atuação e avaliação 
minuciosa. 
 
Avaliação cardiorrespiratória 
As principais formas de monitorização são: 
→ Frequência cardíaca: quando está acima do normal, 
chama-se taquicardia e pode ocorrer em situações 
como medo, exercício, ansiedade, PA baixa, anemia, 
febre, baixo nível de O2 no sangue arterial e certos 
medicamentos; quando o valor está abaixo do normal 
chama-se bradicardia, ocorrendo em hipotermia, 
efeito colateral de medicações, arritmias e etc. 
→ Pressão arterial: quando está acima, chama-se 
hipertensão arterial, geralmente ocasionada pelo 
aumento da resistência vascular sistêmica; a 
diminuição da pressão é chamada dehipotensão 
arterial, ocorrendo quando há diminuição do volume 
sanguíneo circulante, vasodilatação periférica, 
insuficiência cardíaca e etc. A hipotensão pode 
reduzir o fluxo sanguíneo adequado para órgãos 
vitais, assim diminuído a quantidade de oxigênio e 
causando hipoxia tecidual. 
 
Os componentes da avaliação respiratória são: inspeção 
visual, palpação, percussão e ausculta. 
 
ISEPÇÃO VISUAL DO TÓRAX 
Estática 
Consiste na observação do tórax sem considerar os 
movimentos respiratórios. Deve-se analisar os seguintes 
elementos: 
 
O ângulo de Charpy é formado pelas últimas costela e é 
usado para definir a morfologia do tórax que também 
está relacionado com o biotipo do paciente. São 
classificados em: 
 
O tórax pode ser classificado de acordo com a formação 
óssea: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando acentuadas, essas deformidades torácicas 
podem favorecer alterações pulmonares com as de 
mecânica respiratória e em casos extremos de 
alterações cardíacas. 
 
 
 
Dinâmica 
Consiste em avaliar os movimentos do tórax, incluindo 
padrão e ritmo respiratório, amplitude e frequências 
respiratórias, expansibilidade torácica e sinais que indicam 
desconforto respiratório. 
1. Padrão respiratório: em RN o padrão é 
abdominal por conta das estruturas 
anatomofisiológicas do indivíduo. Isso dificulta a 
contração coordenada dos músculos respiratórios e 
movimentação do tórax. Com o desenvolvimento, o 
padrão respiratório se torna toracoabdominal com os 
movimentos específicos de braço de bomba e alba 
de balde. 
2. Ritmo respiratório: apresenta-se de forma 
irregular, tornando-se regular e sem a existência de 
pausas entre os movimentos respiratórios com o 
crescimento e o amadurecimento. Entre as 
anormalidades do ritmo estão: 
 
 
 
 
 
3. Frequência respiratória: o paciente pode ser 
classificado em: 
 
4. Sinais de desconforto respiratório: os 
mais importantes são: 
 
 
 
5. Amplitude de respiração: 
6. Expansibilidade torácica: dá uma ideia do 
volume de ar mobilizado pela respiração do 
segmento pulmonar investigado. Deve ser realizado 
o teste dos ápices até as bases do pulmão na parte 
posterior do tórax. Geralmente, é simétrica e igual 
nos dois hemitóraces. Qualquer situação que afete a 
caixa torácica, musculatura ou o diafragma pode ser 
percebida pela assimetria dos movimentos 
ventilatórios quando há comparação dos dois lados. 
Pode ser classificada como: preservada, simétrica, 
assimétrica diminuída e aumentada difusa ou 
unilateralmente. As alterações podem ocorrer por 
diversos fatores: 
 
 
 
PALPAÇÃO DO TÓRAX 
 
Pode promover informações adicionais. Deve-se palpar 
toda superfície torácica, nas faces anterior, posterior e 
lateral. Sendo realizada com os dedos sobre a pele, com 
movimentos circulares, de modo a exercer 
compreensão das camadas superficiais do tegumento 
sobre o gradil costal. 
É importante observar presença de pontos e áreas 
dolorosas. No caso de recém-nascidos, observar 
desconfortos expressos na face durante o teste. 
Verificam-se condições das partes moles e do arcabouço 
ósseo. Bem como, a movimentação da ventilação. 
Por meio dela, pequenas variações regionais da 
expansibilidade podem ser mais detectadas, revelando 
sinais precoces de anormalidades da caixa torácica, pleura 
ou pulmão subjacente. 
 
PERCUSSÃO DO TÓRAX 
Consiste na realização de vibrações na parede torácica 
que são transmitidas aos órgãos e tecidos subjacentes. 
Enquanto um paciente está internado, deve ser realizado 
rotineiramente. No caso do bebê, o choro e a irritação 
podem alterar os resultados. 
A percussão do tórax em conjunto produz um som 
chamado de som claro pulmonar ou som normal. Ele se 
altera de acordo com a relação entre a quantidade de ar 
e de tecido. Quando existe desequilíbrio na relação 
normal ar/tecidos, a percussão resulta em sons 
diferentes. 
Quando existir excesso de ar em relação a quantidade 
de tecido, a percussão produz um som mais ressonante 
e com duração maior do que o norma, assim é chamado 
de hipersonoro. Quando a relação está reduzida, o som 
produzido é curto e seco. Isso ocorre em situações 
como: 
 
 
AUSCULTA PULMONAR 
Quando feita em um RN, deve-se ter atenção redobrada 
pois os sons pulmonares propagam-se pelo tórax 
delgado do neonato podem não indicar o campo 
pulmonar especificamente. 
Três sons são normais da respiração: 
 
SOM BRAQUIAL: normalmente audível sobre a áreas de 
projeção da traqueia, colocando o estetoscópio sobre a 
região supraesternal. Ausculta-se inspiração intensa, bem 
audível, rude; depois uma pausa, em seguida a expiração, 
também bem audível e rude, com duração igual ou um 
pouco maior do que a inspiração. 
 
SOM BRONCOVESICULAR: ouvido em qualquer área na 
qual os brônquios e o tecido pulmonar estejam próximos 
à superfície (regiões infra e supraclaviculares e 
supraescapulares). A expiração tem duração e 
intensidades iguais, não havendo pausa entre elas. Não é 
um som tão rude. Achado de murmúrio vesicular nessas 
regiões não é anormal. 
 
MURMÚRIO OU SOM VESICULAR: audível no restante do 
tórax e representam um leve murmúrio, que na 
inspiração é mais longo e mais nítido e na expiração é 
mais curto, mais fraco e menos nítido. Os sons 
pulmonares são mais suaves nas bases do que nos 
ápices. Ele fica aumentado em indivíduos com maior 
volume de ar circulante (dispneia, taquipneia, exercício 
físico); e pode estar diminuído sempre que houve 
diminuição do volume corrente. 
 
Os ruídos adventícios são classificados como secos 
(roncos e sibilos), úmidos (estertores crepirantes e 
subcrepitantes) e atrito pleural. 
Os estertores crepitantes são úmidos e descontínuos, 
discretos e exclusivamente inspiratórios. Eles indicam 
patologia nas vias aéreas periféricas. 
 
Os estertores subcrepitantes são ruídos descontínuos 
ouvidos tanto na inspiração quanto na expiração. São 
resultado de mobilização de secreção em brônquios de 
médio e pequeno calibre. 
 
Os roncos são sons de baixo timbre, porém contínuos, 
com tonalidade grave, predominantemente inspiratório e 
são atribuídos à presença de secreção nas vias aéreas 
de grande calibre e centrais. 
 
Os sibilos são contínuos, porém de alto timbre e 
tonalidade aguda, predominantemente na expiração e 
indica broncoespasmo. Também podem ser causados 
pelo movimento do ar por meio de obstruções por 
secreções brônquicas. 
 
A respiração soporosa, referente ao próprio ruido 
laringotraqueal que, em razão da comunicação do 
brônquio com o tecido pulmonar condensado, passa a 
ser ouvida na superfície do tórax, indicando a presença 
de condensações no parênquima pulmonar, cavidades 
vazias e derrames pleurais. 
 
O atrito pleural decorre da irritação das superfícies 
pleurais por inflamação, infecção e neoplasias, sendo 
caracterizado por um estalido a cada respiração durante 
o deslizamento pleural.