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Anatomia e Fisiologia Pulmonar

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Anatomia e Fisiologia Pulmonar 1
Anatomia e Fisiologia Pulmonar
Vias aéreas superiores: nariz, boca, faringe e laringe
Vias aéreas inferiores: traqueia, brônquios e bronquíolos
O pulmão direito tem 3 lobos (superior, médio e inferior), enquanto o esquerdo possui apenas 2 (superior e inferior - a 
língula faz parte do lobo superior). A cada divisão brônquica, a secção transversa aumenta como um todo. Em 
indivíduos normais, essa área equivale a 70 m2. 
Os brônquios segmentares se dividem em brônquios segmentares maiores (5), brônquios subsegmentares pequenos 
(15), bronquíolos e bronquílos terminais. Essas estruturas possuem apenas função ventilatória. A função respiratória se 
inicia nos bronquíolos respiratórios, originados a partir dos bronquíolos terminais. Os ductos alveolares saem dos 
bronquíolos respiratórios e chegam aos alvéolos. No centro dos alvéolos, há poros de Kron, que permitem a 
comunicação entre alvéolos. Além disso, existem septos interalveolares, por onde passam os capilares sanguíneos que 
ficam em contato com o ar, possibilitando a hematose. Doenças intersticiais atingem o septo interalveolar, gerando seu 
espessamento e dificuldade de troca gasosa. 
O epitelio dos brônquios é cilíndrico ciliado, e possui glândulas produtoras de muco, fibras musculares e cartilagem. A 
função principal do muco é a limpeza das vias aéreas. Ele é levado pelos cílios de dentro para fora (limpeza contínua, 
chamada de clearence brônquio-pulmonar). 
O epitélio dos bronquíolos é cilíndrico ciliado menor, sem cartilagem ou glândulas. 
Lóbulo pulmonar secundário: menor unidade estrutural visualizada na TC. É delimitado por septos de tecido conjuntivo 
(septos interlobulares) que fazem a drenagem venosa e linfática do lóbulo. Possuem forma poliédrica, medem de 2 a 5 
cm de diâmetro e podem conter um número variado de ácidos. Nesse lóbulo há um ramo da artéria pulmonar.
Os capilares pulmonares estão no septo interalveolar. Quando o indivíduo inspira, o volume dos alvéolos aumenta e não 
é possível ver os capilares. Na expiração, o volume é menor e podemos observá-los.
A artéria pulmonar esquerda, por ficar em cima do brônquio principal esquerdo, fica em um nível mais elevado que a 
artéria pulmonar direita. Se houver alguma alteração, pode significar que algo está “puxando” a artéria pulmonar 
esquerda para baixo ou a direita para cima.
As artérias pulmonares carregam sangue venoso, e as veias pulmonares, sangue arterial.
Uma pequena parte do sangue passa sem ser oxigenada (shunt). Esse sangue de reserva, junto com o sangue que foi 
oxigenado, vai para o ventrículo esquerdo e depois para o resto do corpo.
A troca gasosa ocorre por diferença de pressão, por difusão simples.
Pleuras:
Visceral: recobre os pulmões, separam os lobos pulmonares. Não possuem inervação sensitiva.
Parietal: recobre a caixa torácica, e possui inervação sensitiva (dói).
Espaço pleural: muito pequeno (“virtual”), possui líquido pleural, que lubrifica as pleuras, para que os movimentos de 
respiração tenham menos atrito e menos gasto de energia. O derrame pleural exerce efeito de volume, que passa a 
empurrar o pulmão, diminuindo seu volume.
Irrigação e drenagem:
Dupla circulação:
Artérias brônquicas: carregam sangue arterial, irrigam todo o pulmão, até o bronquíolo terminal.
Artérias pulmonares: carregam sangue venoso, arterializado nas estruturas após o bronquíolo terminal.
Drenagem:
Veias pulmonares
Veias brônquicas
Inervação: SNA
Anatomia e Fisiologia Pulmonar 2
Parassimpático (vago): bronco-constrição - Anticolinérgicos
Simpático: inibição da musculatura brônquica, inibe a broncoconstrição, causa broncodilatação. - beta adrenérgicos
Drenagem linfática:
Superficial: subpleurais
Profunda:
Intrapulmonares
Peritraqueobrônquicos
Mediastinais
Funções pulmonares:
Respiração: ventilação, perfusão e difusão
Filtração
Reservatório de sangue
Metabolismo pulmonar
Comandos nervosos reflexos
Emunctório de substâncias voláteis
Regulação térmica
Ligação entre VD e AE
Função ventilatória: compreende o deslocamento da massa de ar desde a atmosfera até os bronquíolos terminais. Deve 
ser estudada através de volumes e capacidades.
Inspiração: aumento da cavidade torácica, com gasto de energia (diafragma contrai). Ocorre diminuição da pressão 
pulmonar em relação à atmosférica e o ar entra.
Expiração: diafragma relaxa (passivamente). Volume torácico diminui, aumento de pressão intratorácica, maior do 
que a atm, ar sai.
Volumes e capacidades:
Volume Corrente (VC): volume da respiração normal (inspiração e expiração normais)
Volume de Reserva Expiratória (VRE): é o volume de ar expirado ao máximo
Volume de Reserva Inspiratória (VRI): volume de ar inspirado ao máximo
Capacidade vital (CV): VC + VRE + VRI. É o volume de ar que se consegue eliminar ao máximo após inspiração 
máxima.
Volume residual (VR): alvéolos não colaram totalmente na expiração. Esse volume de ar que permanece nos 
pulmões mesmo após expiração máxima, impedindo que os alvéolos colagem. Não é possível de ser medido por 
espirometria, mas sim por métodos mais específicos.
Capacidade Pulmonar Total (CPT): todo volume de pulmão após inspiração máxima. CV + RV.
Capacidade funcional residual (CFR): VRE + VR
Capacidade inspiratória (CI): VRI + VC
Espirograma: volume x tempo máximo expiratório (pelo menos 6 segundos). Mede a capacidade vital forçada 
(geralmente igual ao volume de reserva expiratório). 
Capacidade vital forçada é medida no 1º segundo pelo volume expiratório forçado (VEF1).
Diminuição da CVF: restrição respiratória
Diminuição do VEF1: obstrução respiratória com CV normal (demora mais para atingir o mesmo CVF)
VEF1/CVF: quanto da capacidade vital saiu no primeiro segundo. Reduzido na obstrução. O normal é 80%. Para 
jovens um pouco maior, para idosos um pouco menor.
Anatomia e Fisiologia Pulmonar 3
Distúrbio combinado: obstrução + restrição - VEF1/CVF < 80%.
Assim, na restrição o indivíduo tem menos pulmão funcionando, apenas o volume importa. Na obstrução, devemos fazer 
a capacidade vital forçada para analisarmos o fluxo (VEF1 abaixo do normal). Fazer a curva 3 vezes, levando em conta 
a capacidade vital. Se melhorar com o broncodilatador, é uma obstrução (aumenta o diâmetro dos brônquios e facilita a 
saída de ar). 
Ventilação pulmonar:
A ventilação promove a renovação contínua do ar alveolar, mantendo o oxigênio e o gás carbônico com pressões de 
100 e 40 mmHg, respectivamente. Ela depende da frequência respiratória, do volume corrente e do espaço morto (150 
mL).
Volume minuto: VM = VC x FR
Ventilação alveolar (4.000 L/min): VA = (VC - EM) x FR
Hiperventilação alveolar: hipocapnia (reduz pCO2)
Hipoventilação alveolar: hipercapnia (aumenta pCO2)
Perfusão pulmonar:
Leva o sangue venoso até o ar alveolar, para que ocorra a hematose. A quantidade de sangue enviada aos pulmões é 
igual à sistêmica. As pressões normais são 22 x 8 mmHg
Rede capilar: 100 mL de sangue distribuídos em 70m2
Repouso: 5.000 mL/min Exercício: 30.000 - 40.000 mL/min
Relação ventilação/perfusão (V/Q):
Ideal: 0,8 (ventilação/perfusão = 4.000/5.000 = 0,8. Mas não é uniforme, sendo que as bases pulmonares perfundem 
mais do que os ápices. Nas áreas superiores, V/Q > 0,8. Nas áreas inferiores < 0,8. 
Alterações de V/Q:
Sem ventilação e com perfusão: efeito shunt - colabamento do pulmão, pneumotórax
Com ventilação e sem perfusão: efeito espaço morto - TEP 
Difusão pulmonar:
Transferência de gases para a hemácia, através da membrana alvéolo-capilar (membrana alveolar, endotélio capilar, 
plasma do sangue, parede da hemácia e fluido intracelular que separa as moléculas de hemoglobina). 
Depende da distribuição efetiva do ar (ventilação adequada), distribuição uniforme do sangue (perfusão adequada) e da 
integridade da membrana alvéolo-capilar. 
Por difusão passiva, o oxigênio entra no capilar e o CO2 sai. 
Diminuição da difusão: alteração da relação V/Q, edema intra-alveolar ou intersticial, espessamento da membrana 
alvéolo-capilar.Insuficiência Respiratória
Ventilatória: restritiva (diminui CPT), obstrutiva (diminui VEF1 ou VEF1/CVF), combinada ou neuromuscular (diminui 
CPT)
Alvéolo-capilar: pO2 < 60 mmHg ou pCO2 > 49 mmHg. Ocorre por problema na difusão. Pode ser distributiva 
(alterações na distribuição do ar ou sangue) ou difusional (alterações na membrana alvéolo-capilar).