Buscar

asilo politico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1.4 A RESPONSABILIDADE DO ESTADO NA CONCESSÃO DE ASILO 
	A globalização do mundo culmina diariamente em grandes tensões nos mais diversos setores da sociedade, seja por questões políticas, diplomáticas, discordâncias de vivências, dentre outros fatores, como expõe Campos (2019, artigo online), ao descrever que tais tensões podem surgir também em decorrência de perseguições étnicas, religiosas e por questões de gênero. 
	Nesse sentido, é necessário que haja instrumentos normativos que visem proteger a vida dos indivíduos. Além do mais, é fundamental que direitos e garantias básicas sejam assegurados aos sujeitos de uma nação. Isto posto, surgem então os institutos do asilo político e do refúgio. (CAMPOS, 2019, artigo online).
	Esses instrumentos, embora sejam voltados a pessoa humana, não são taxados como direito do indivíduo, e sim como direito do Estado, como explica um artigo do Âmbito Jurídico (2017). Esse direito é fundamental para que o Estado Democrático de Direito possa ser reafirmado, mesmo que não haja uma obrigatoriedade a concessão de asilo político, ou seja, o Estado possui discricionariedade quanto a esse assunto. 
	Com isso, é possível citar o artigo I do Decreto n° 55.929, que dispõe:
Art. 1° Todo estado tem direito, no exercício de sua soberania, de admitir dentro, de seu território as pessoas que julgar conveniente, sem que, pelo exercício desse direito, nenhum outro Estado possa fazer qualquer reclamação. (BRASILI, 1965).
	Ainda nesse sentido há também o artigo 2° do Decreto n° 42.628:
Art. 2° Todo Estado tem direito de conceder asilo, mas não se chega obrigado a concedê-lo, nem a declarar por que o nega. (BRASIL, 1957).
	No Brasil, o direito de asilo é caracterizado como um dos pilares que orienta as relações internacionais, e está previsto no artigo 4° da Constituição Federal de 1988, a qual prevê: 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
(...)
        X -  concessão de asilo político. (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 1988). 
	
	O Itamaraty (201?) expressa que o asilo no Brasil pode ser categorizado em duas formas distintas, ou seja, de forma diplomática e de forma territorial, onde o primeiro ocorre quando o requerente encontra-se em país estrangeiro e o segundo quando o requerente está em território brasileiro. (ITAMARATY, 201?, site online).
	Dessa forma, é de responsabilidade do Estado conferir a concessão de asilo político a um indivíduo. Claudino (2020) explica que essa atribuição é cabível somente ao Poder Executivo, com representação dada através do Ministério da Justiça.
	Em outras palavras, é possível dizer que o asilo político pode ser definido como uma entidade jurídica, cujo intuito é proteger, de forma soberana, um indivíduo que se encontre em determinadas condições de perigo. Logo, o Estado possui algumas atribuições quanto a essa entidade, tal como descreve um artigo do JusBrasil:
· Todo homem tem direito a procurar asilo em outros países, porém o direito ao asilo político não deve ser solicitado quando motivado por uma perseguição decorrente de crimes de direito comum ou por atitudes contrárias aos fundamentos e princípios das Nações Unidas.
· Estado algum pode negar asilo político com razões fundamentadas ao solicitante.
· O solicitante vítima de perseguição poderá pedir asilo político em um Estado cujo regime governamental seja ditatorial. (JUSBRASIL, 2016, artigo online).
Diante da revisão realizada através de achados bibliográficos, fica evidente que o Estado, embora não possua obrigatoriedade na concessão ao asilo, o faz de forma necessária e refirma assim questões humanitárias, além de assegurar direitos e garantias, inclusive direitos humanos. A título de exemplo, tem-se o art. 14 da Declaração Universal de Direitos Humanos:
Art. 14 Todos os seres humanos têm o direito de procurar e de beneficiar de asilo noutros países.
Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas. (ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS, 1948). 
	O Estado atua então, objetivando não somente a seguridade de direitos e garantias, mas objetiva também o acompanhamento de conflitos, de modo que seja possível propor soluções para uma possível resolução. 
	REFERÊNCIAS
AMBITO JURÍDICO. O direito ao asilo político: uma análise dos Decretos n 55.929 de 19 de abril de 1965 e n° 42.628 de 13 de novembro de 1957. Artigo Online. Disponível em: https://www.amibtojuridico.com.br/edicoes/revista-167/o-direito-ao-asilo-politico-uma-analise-dos-decretos-n-55-929-de-19-de-abril-de1965-e-n-42-628-de-13-de-novembro-de-1957. Acesso em: 04 jun. 2021.
ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Resolução 217 A III de 1948. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos. Acesso em 07 jun. 2021.
BRASIL. Decreto 42.628, de 13 de novembro de 1957. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/D42628.htm. Acesso em: 07 jun. 2021.
BRASIL. Decreto 55.929, de 19 de abril de 1965. Promulga a convenção sobre asilo territorial. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950--1969/d55929.htm. Acesso em: 07 jun. 2021.
CAMPOS, L.S.C. Asilo político e refúgio. Artigo Online. Disponível em: https://www.drleonardocampos.jusbrasil.com.br/artigos/6920788373/asilo-politico-e-refugio. Acesso em: 04 jun. 2021. 
CLAUDINO, G. Asilo diplomático e refúgio por perseguição proteção ao cidadão estrangeiro. Disponível em: https://www.jus.com.br/artigos/83864/asilo-diplomatico-e-refugio-por-perseguicao-protecao-ao-cidadao-estrangeiro. Acesso em: 07 jun, 2021.
ITAMARATY, BRASIL. Asilo no Brasil. Disponível em: https://www.portalconsular.itamaraty.gov.br/asilo-no-brasil. Acesso em: 07 jun. 2021. 
JUSBRASIL. Asilo Político. Artigo Online. Disponível em: https://www.examedaoab.jusbrasil.com.br/noticias/381889314/asilo-politico. Acesso Em 07 jun. 2021.

Outros materiais