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Vulvovaginites: Conceitos e Tratamentos

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GO- Samuel Soares
Vulvovagites 
*Conceitos e considerações iniciais: 
Aspectos importantes:
 ✓Conteúdo vaginal normal: secreção transparente sem odos característico, sendo formado por transudato vaginal, células descamadas, muco cervical, microorganismos e linfócitos;
 ✓Microbiota vaginal normal: vivem demaneira fisiológica, isto é, em comensalismo com a mulher. Os lactobacilos são os principais grupos da microbiotas, pois eles constituem a maioria da microbiota, além de produzir H2O2 e ácido lático (através do consumo das células descamadas ricos em glicogênio), promovendo um ↓PH vaginal (<=4,5) e substância que impedem a proliferação de bactérias patogênicas;
 ✓Aspectos a serem observados no corrimento para determinar a etiologia do corrimento anormal:
 
*As vulvovaginites:
Vaginose Bacteriana:
 1.Etiologia: ↓Lactobacilos ↑de bactérias anaeróbios (produção de aminas voláteis) que culminam em PH>5; A bactéria cocobacilar mais predominante na vaginose bacteriana é a Gardinerella vaginalis, porém pode haver outras bactérias! 
 2.Epidemiologia: mais comum, muitas oligosintomáticas, NÃO é uma IST (não precisa tratar o parceiro);
 3.Quadro clínico: 
 3.1 Pacientes oligosintomáticos
 >Depende do grau de proliferação, uma vez que muitas apresentam-se assintomáticas → so encontramos no exame ginecológico; 
 3.2 Pacientes sintomáticos: 
 >Corrimento esbranquiçado ou acinzentado com odor de ‘’peixe’’ em decorrência das aminas voláteis (putrecina, cadaverina etc), podendo ou não haver a presença de bolhas. Também há exacerbação dos sintomas pós coito e menstruação (sêmen e sangue mais básico); 
 
 >Critérios de Amsel:
 
 [Clue Cell: células descamadas da vagina recobertas por bactérias] 
 4.Tratamento: ATB para anaeróbios: VO (pode haver sintomas do TGI) ou Via vagina; [Metronidazol não pode consumir com álcool!]
 
 Na gestante: 1ºtrimestre- Clindamicina 300mg, VO, 12/12 por 7 dias; Após 1º trimestre Metronidazol 250mg, 2cps VO, 8/8h por 7 dias; 
Candidíase:
 1.Etiologia: é uma infecção da vulva e da vagina pela Candida albicans (também pode haver outras espécies em cândidas persistentes <10% dos casos), não IST, mesmo sendo um fungo comensal, sua quantidade pode ↑ devido algum fator metabólico da mulher (DM descompensada, estresse, agressões etc); 
 
 2.Epidemiologia: é a 2º vulvovagite mais comum, geralmente havendo sintomas em quase todas as pacientes;
 3.Quadro clínico: 
 >Eritema pruriginoso na vulva associada a sensação de queimação; 
 >Corrimento: branco, mais espeço grumoso ‘’queijo cotage’’; 
 >Disuria terminal;
 >Dispareunia penetração
 >Exame físico: edema, eritema, escoriação, parede vaginal hiperemiada com secreção anormal
 
 
 4.Tratamento: Ministério da Saúde 
 
 
 -Para casos recorrentes: deixar o tto vaginal por 14 noites ou Fluconazol 150mg, VO, x1/dia, nos dias 1,4 e 7 manurenção x1 por semana por 6 meses; → dosagem de TGO e TGP;
 -Corticoides tópicos podem auxiliar nos sintomas de prurido; 
Tricomaníase:
 1.Etiologia: é uma IST que ocorre por um protozoário flagelado (Trichomonas vaginalis) que infecta as células da vagina e até as células da uretra, por isso pode contaminar o homem também, porém ele geralmente se apresenta assintomático e geralmente ele que têm a infecção primária. 
 2.Clínica: 
 >Corrimento amarelo-esverdeado podenso ser bolhoso;
 >Odor fétido;
 >Queimação vulvovaginal;
 >Sinusorragia (sangramento pós coito); 
 >Exame especular: ‘’colo em morango/framboesa’’ 
 3.Tratamento: preferencialmente VO; 
 
*Resumindo:

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