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Trabalho Direito Civil

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UNIASSELVI 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
Ketully de Souza Queiroz 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo de caso de direito civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIABA/MT 
2021 
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Ketully de Souza Queiroz 
 
 
 
 
 
Estudo de caso de direito civil 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Estudo de Caso que tem 
como objetivo a aprovação na disciplina 
de Direito Civil, no Curso de Direito na 
Faculdade de Ensino Superior da 
Uniasselvi 
Orientadora: Profa. Verginia Chinelato 
 
 
 
 
 
CUIABA/MT 
2021 
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INTRODUÇÃO 
 
 Neste estudo de caso, da disciplina de Direito Civil analisaremos o relato de dois sócios que 
optaram por romper o negocio jurídico que tinham e por ausência do sócio A na constatação do 
contrato, acaba havendo um erro substancial da parte dele. Veremos ainda a melhor solução para esse 
caso, de maneira que ambos não saiam prejudicados juridicamente e financeiramente. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
O caso conta a história de dois sócios chamados de A e B que tinham um restaurante, e após um 
desentendimento entre ambos, decidem desfazer o negocio que tinham juntado. E o sócio A decide então ficar 
com o restaurante e pagar para B duzentos mil reais pelas suas cotas comerciais. Mas A só controlava a 
produção de alimentos e não sabia da situação financeira e nem das benfeitorias feitas no restaurante, e com os 
ganhos do empreendimento não seria suficiente para cobrir as despesas do local e nem pagar as parcelas a B. 
Então A decide vender o estabelecimento, porém ao analisar o contrato que por ventura ele não havia 
participado quando ainda era sócio de B, percebeu que todas as benfeitorias feitas não seriam indenizadas. B 
então requere as notas promissórias vencidas, e A teme perder o seu negócio e sair no prejuízo. 
Ao adentrar no raciocínio do estudo de caso encontram-se defeitos do sócio A, por ambo não apresentar 
conhecimento dos investimentos e condições jurídicas feitas na propriedade, e o mesmo não participou do 
manuseio do contrato. O sócio A cometeu um erro substancial que este claramente presente no Art. 138 do 
Cc. “São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanar de erro substancial que 
poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.” 
 
O negocio jurídico pode ser anulado se obter um erro no contrato, como diz os artigos 171 e 138 do Cc. 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: 
I - por incapacidade relativa do agente; 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 
 
Art.138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanar de erro substancial que 
poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. 
Assim, para o sócio A não sair prejudicado no caso ele terá que pedir a anulação e então chegar a um novo 
acordo que restitua as partes, caso não houver obter sucesso, serão indenizados como diz o Art. 182 do 
Cc. “Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não sendo 
possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.” 
Silvio de Salvo Venosa citou em uma de suas obras: “A vontade é mola propulsora dos atos e dos negócios 
jurídicos. Essa vontade deve ser manifestada de forma idônea para que o ato tenha vida normal na atividade 
jurídica e no universo negocial. Se essa vontade não corresponder ao desejo do agente, o negócio jurídico torna-
se suscetível de nulidade ou anulação”. 
 
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Mas o que seria um erro substancial? 
 
Erro substancial ou essencial é um erro relacionado às declarações de vontade em virtude de negócios 
jurídicos. Se por algum motivo as declarações de vontade provir de erro substancial, o negócio jurídico se 
tornará anulável. 
 
 
CONCLUSÃO 
Haja vista tudo que foi abordado no presente trabalho, por virtude do sócio A não ter tido 
conhecimento das cláusulas do contrato, ele conseqüentemente cometeu um erro substancial e o seu negocio 
jurídico pode ser anulável sem causar efeitos negativos para ambas às partes. A melhor solução seria o sócio A 
entrar com o processo Ex Nunc. 
Ex Nunc tem o significado “desde agora”, quer dizer que os efeitos da sua decisão não retrocedem, e 
surgem efeitos após a sentença de anulação. Como diz o art. 177 do Cc. À anulabilidade não tem efeito antes de 
julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita 
exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade. 
Portanto, as partes não sendo restituídas devem ser indenizadas. Art.182. Anulado o negócio 
jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível 
restituí-las, serão indenizadas com o equivalente. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
https://projetotcmrj.jusbrasil.com.br/artigos/836228606/defeitos-do-negocio-juridico-erro-dolo-e-
coacao 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718904/artigo-182-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10719466/artigo-171-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10721698/artigo-138-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 
https://jb.jusbrasil.com.br/definicoes/100000738/erro-substancial 
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1472/Ex-nunc 
https://projetotcmrj.jusbrasil.com.br/artigos/836228606/defeitos-do-negocio-juridico-erro-dolo-e-coacao
https://projetotcmrj.jusbrasil.com.br/artigos/836228606/defeitos-do-negocio-juridico-erro-dolo-e-coacao
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718904/artigo-182-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10719466/artigo-171-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10721698/artigo-138-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://jb.jusbrasil.com.br/definicoes/100000738/erro-substancial
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1472/Ex-nunc

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