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peça - ação cambial - 08 09 21

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EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA _______ VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
PORTO ALEGRE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BANCO ARROIO GRANDE S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no 
CNPJ sob o nº XXXXXX, endereço eletrônico XXXX, com sede em XXX, vem, mui 
respeitosamente, perante Vossa Exa., por intermédio de seu advogado(a)r (procuração 
anexa), com endereço profissional XXXX, com fulcro no artigo 784, inciso XII do 
Código de Processo Civil, propor 
 
AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA 
 
em face de Ijuí Alimentso Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no 
CNPJ sob o nº XXXXXX, com sede em XXXX, endereço eletrônico XXXXX, 
representada por seu administrador (nome e sobrenome), (estado civil), (nacionalidade), 
(profissão), inscrito sob o CPF/MF nº XXXX e RG nº xxxxx, residente e domiciliado na 
(endereço), (bairro), e os avalistas Pedro (sobrenome), (nacionalidade),(estado civil), 
(profissão), (endereço eletrônico), (endereço), (bairro), e Osório (sobrenome), 
(nacionalidade), (estado civil), (endereço eletrônico), (endereço), (bairro), pelo motivos 
de fatos e de Direito a seguir expostos. 
 
 
I – DOS FATOS 
Ocorre que o contrato de abertura de crédito, a requerida emitiu uma cédula de 
crédito bancária em 02 de dezembro de 2015, tendo com vencimento em 02 de janeiro de 
2018. Pedro e Osório representam na cédula como os avalistas simultâneos do emissor. 
Após 30 dias do vencimento do título, sem que a obrigação tenha sido adimplida, muito 
menos tentado proposta moratória ou então, renegociação por parte dos emissores, o 
requerente ficou ciente da situação, por meio de anúncio publicado em jornal de grande 
circulação, de que a requerida iria colocar à venda o único bem de sua propriedade, na 
qual seria, um imóvel de valor estimado no mercado. 
Desta maneira, como não houve o pagamento do título e a natureza do titulo em 
que se acha consolidado com o crédito, o credor deseja propor a cobrança judicial dos 
responsáveis pelo não pagamento, bem como, requer medida no intuito de acautelar seu 
crédito, tendo em vista a transcendência da venda do único bem de propriedade do 
devedor, com o valor estimado e atualizada da dívida é de R$ 530.000,00. 
 
II – DO DIREITO 
De acordo com o artigo 799, inciso VIII, CPC, é permitido ao exequente 
reivindicar medidas de urgência quando houver perigo de irreversibilidade ou então dano 
ao bem jurídico tutelado. No caso, existe dano iminente subjetivo patrimonial, pois caso 
ocorra a venda do único bem de propriedade do executado, o exequente poderá ficar com 
seu credito frustrado caso o bem de propriedade do emitente do título seja aliendado, 
consubstancia-se o periculum in mora, da mesma forma, o fumus boni iuris é demonstrado 
a partir da força executiva. 
 
III – DA LEGITIMIDADE 
 
Verifica-se V. Exa., que o BANCO ARROIO GRANDE S/A que, na condição de 
credor e portador do título executivo, pode promover a execução forçada conforme o 
artigo 778 do Código de Processo Civil. 
 
IV – DA TEMPESTIVIDADE 
 
Em observação ao vencimento da CCB (cédula de crédito bancário), em 02 de 
janeiro de 2018, não verificou o decurso do prazo prescricional da pretensão à execução, 
que é de 3 (três) anos da data do vencimento, com fundamento no artigo 44 da Lei nº 
10.931/04 c/c e o artigo 70 do Decreto nº 57.663/66. 
 
V – DOS FUNDAMENTOS 
 
A cédula de credito bancário é um título executivo extrajudicial, com base no 
artigo 784, inciso XII, do CPC. 
Observa-se que há existência de legitimidade ativa do exequente, pois os 
devedores não adimpliram a obrigação certa, líquida e exigível, com fundamento no 
artigo 783, do CPC. 
Verifica-se também que a legitimidade passiva dos avalistas simultâneos, em 
razão da solidariedade legal entre eles e o avalizado, sendo corresponsáveis perante o 
autor, pela base do artigo 44 da Lei nº 10.931/04 c/c e o artigo 47 do Decreto nº 57.663/66. 
Desta maneira, Exa., existe uma possibilidade de dano irreparável ao direito 
subjetivo patrimonial do exequente caso se consume a venda do único bem de propriedade 
do executado. Sendo assim, o Banco poderá não ter o seu crédito satisfeito se o único bem 
de propriedade do emitente do título for alienado (periculum in mora). 
Por fim, o fumus boni iuris será demonstrado a partir da força executiva do titulo 
e do inadimplemento. Assim, a medida urgente será no sentido de que o executado, 
proprietário do imóvel, se abstenha de aliená-lo. 
 
VI - PEDIDOS 
 
Diante do exposto requer: 
a) A concessão de medida urgente para que o executado Ijuí Alimentos Ltda, 
proprietário do imóvel, se abstenha de aliena-lo, com fundamento no artigo 
799, inciso VIII do CPC; 
b) Citação do emitente para que pague a quantia exequenda, e dos avalistas, no 
prazo de 3 dias, sob pena de o Oficial de Justiça proceder à penhora de bens e 
à sua avaliação, com base no artigo 829, caput e § 1º, do CPC; 
c) A condenação dos réus ao pagamento dos ônus sucumbenciais; 
 
 
VII – DAS PROVAS 
 
a) Pretende provar o alegado por todos os meios de provas em especial com 
Cédula de Credito Bancário (art. 798, inciso I, alínea a, do CPC); 
b) bem como o demonstrativo do debito atualizado até a data da propositura 
da ação (art. 798, inciso I, alínea b, do CPC, e art. 28, § 2º, da Lei nº 
10.931/2004); 
c) publicação de anuncio em jornal de grande circulação com oferta de venda 
do único imóvel do emitente da CCB, de elevado valor. 
d) Valor da causa: R$ 530.000,00 (quinhentos e trinta mil reais). 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
 
(Local), (data) 
Advogado 
OAB

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