Buscar

Síndrome de Pandora

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

S Í N D R O M E D E P A N D O R A 
C O M P O R T A M E N T O 
F E L I N O 
• Acredita-se que temos registro de 
gatos com domesticação 
aproximada aos humanos de 5 mil 
a 7 mil anos atrás. 
• Ao longo do tempo houve fases em 
que os gatos estavam muito 
próximos dos humanos e fases em 
que eles eram muito rejeitados. 
Ex: na época da peste bubônica houve 
uma proximidade do gato com os 
humanos visto que eles caçavam ratos. Já 
na época da inquisição, os gatos ficaram 
distante pois diziam que eles tinham 
ligação com a bruxaria. 
Ou seja, o processo de domesticação do 
gato foi muito diferente do dos cães. 
Felino primordial 
Viviam em regiões áridas, por esse motivo 
desenvolveram um sistema urinário 
sofisticado, onde eles mantinham o 
máximo de água no organismo, já que 
tinha pouca disponível, com isso sua urina 
era extremamente concentrada. 
Além disso, o seu comportamento 
territorialista fazia com que eles 
concentrassem a urina para só marcar o 
território nos locais desejados para 
manter seu comportamento e disputa de 
território, sem virar uma presa muito fácil 
colocando seu cheio em qualquer lugar. 
Gato e água 
Os gatos não possuem um aparelho bucal 
próprio para ingestão de água - ao 
mesmo tempo que ele tenta capturar a 
água, ela cai para o lado. Ou seja, boa 
parte da água ingerida é perdida, com 
isso eles acabam tendo um gasto 
energético grande para conseguir ingerir 
a quantidade de água ideal. 
 
Todos esses fatores fazem o animal ter 
uma baixa adesão de água. Dificuldade 
para beber água + comportamento 
natural = Síndrome de Pandora. 
C O M P L E X I D A D E 
D A D O E N Ç A 
• Terminologia confusa 
Existem várias terminologias (usadas 
para designar a Síndrome de Pandora - 
podemos achar em algumas literaturas 
com outros nomes. 
• Envolve muitos sistemas 
• Acometem 0,5 a 1% da população 
de felinos (Ou mais) 
 
Causas que podem levar a SDP: 
• 56% cistite intersticial/idiopática 
• 21% plugs uretrais - que 
juntamente com uma urolitíase 
acabam formando uma obstrução. 
• 12% Urolitíase 
• 125 inflamações do trato urinário 
Dessa forma, é fácil vincular síndrome de 
pandora a doença urinária, porém ela vai 
muito além disso. Existem outros 
diferenciais: 
* Defeitos anatômicos na via urinária. 
Dessa forma, o combo de doenças que já 
era complexo por si só, só aumenta. 
M A N I F E S T A Ç Õ E S 
C O M U N S 
As manifestações que resumem a 
síndrome de Pandora, fazem com que a 
gente levasse essa doença apenas para o 
trato urinário, o que não é correto; 
 
Pois devemos tratar a SDP levando em 
consideração também a questão 
comportamental e psicológica, se não o 
paciente vai retornar a ter crises. 
H I S T Ó R I C O 
Ao longo do tempo, a síndrome de 
pandora era nomeado como doença do 
trato urinário inferior de felinos. 
 
Porém nomeá-la como SUF, DTUIF ou CIF 
é incorreto, visto que o paciente tem 
vários sistemas acometidos, e apresenta 
alterações dermatológicas, endócrinas, 
neurológicas, comportamentais e até 
locomotoras. 
Foi daí que surgiu o surgiu Síndrome de 
Pandora, que é o ‘’termo mais recente 
usado para denominar um conjunto de 
distúrbios resultantes da Cistite Intersticial 
felina, que não caracteriza apenas 
problemas no trato urinário inferior, mas 
também aspectos psicológicos e 
endócrinos’’. 
Apesar de existir uma grande 
variabilidade de manifestações, todas 
tem uma questão em comum -> resposta 
ao estresse. 
Ou seja, independente da sua 
manifestação clínica temos que 
reformular a vida desse paciente, para 
diminuirmos as condições ambientais que 
possam estar levando o animal a se 
estressar, essa intervenção é chamada de 
modificação multimodal do ambiente. 
F A T O R E S 
P R E D I S P O N E N T E S 
• Acomete principalmente o macho 
semidomicilidado, não castrado e 
vida sexual ativa. 
• Fatores ambientais que favorecem 
estresse 
• Idade: animais jovens a meia idade 
(1 a 10 anos) – não vemos tanta 
manifestação de SDP em pacientes 
idosos. 
• Paciente não castrados são mais 
predispostos, porém pode 
acometer paciente castrados 
também, portanto a castração 
não é regra para evitar a SDP. 
• Não existe predisposição sexual, 
mas observamos mais em machos 
por fatores preditivos a estresses e 
comorbidade (ex: gato com FIV). 
• Sedentarismo/obesidade; estresse 
e confinamento, 
Duração: geralmente são quadro agudos 
(7 a 10 dias) - alguns animais são 
autolimitantes (ex: apresenta uma 
hematúria passageira há um tempo e 
depois não mais). 
 
 
V I A S D A P A N D O R A 
 
Não se sabe ao certo quais são nem a 
origem nem os eventos gatilhos da SDP. 
Sabe-se que envolvem vários sistemas 
diferentes levando a alterações nos 
mesmos. 
D I A G N Ó S T I C O ? 
Tentativa de critério diagnóstico para 
Pandora: 
 
Precisamos buscar o diagnóstico através 
da experiência da vida desse paciente, 
portanto a sua anamnese geralmente é 
extensa -> precisamos descobrir o que 
aconteceu na rotina desse paciente que 
pode ter desencadeado a SDP. 
 
 
Essa anamnese precisa ser tão completa 
que nos EUA, algumas clínicas possuem 
uma ficha separada de anamnese para 
gatos, para que o veterinária não esqueça 
de perguntar nada que pode ajudar a 
fechar o diagnóstico. 
A C H A D O S C L Í N I C O S 
 
OBS.: Para caracterizarmos como 
Síndrome de Pandora, o paciente precisa 
apresentar como ponto desencadeador 
uma alteração em questão 
comportamental e ter como ponto 
desencadeador uma alteração 
comportamental (neuropsicológica). 
Portanto, nem todo paciente com 
problemas TUI (que vão apresentar estes 
achados clínicos) tem Síndrome de 
Pandora. 
Ex.: Alguns gatos vão ter distúrbios no TUI 
porque foram castrados muito cedo por 
exemplo, e acabam não desenvolvendo a 
uretra, o pênis ficou pequeno, dessa 
forma ele apresentará obstrução e 
alterações do TUI, mas não Síndrome de 
Pandora. 
O B S T R U Ç Ã O 
U R E T R A L 
Obstrução -> processo AGUDO 
Não podemos somente desobstrui-los e 
mandar para casa, precisamos TRATAR. 
Protocolo de gato obstruído: 
1. Sedação/anestesia 
2. Acesso vascular para fazer 
medicações rápidas (ação 
imediata), 
3. Fluidoterapia, cistocentese e 
cateterização vesical. 
4. Introdução parcial da sonda e 
hidropropulsão com solução 
fisiológica e lubrificação aquosa 
(proporção 1:1) 
5. Introdução e manutenção da 
sonda 
6. Penectomia caso a inflamação 
constante da uretra tenha fechado 
ela. 
 
 
 
Hidropropulsão 
T R A T A M E N T O 
• Manter animal sondado em 
circuito fechado – se manter a 
sonda aberta o animal vai urinar 
em si mesmo toda hora. 
• Corrigir: azotemia e distúrbios 
hidroeletrolíticos. 
 
M A N E J O D O G A T O 
N Ã O O B S T R U Í D O 
• Tratamento da causa base 
• Alteração da dieta 
• Alteração dos hábitos alimentares 
e ingestão de água 
• Reduzir estresse e sedentarismo

Continue navegando