Métodos epidemiológicos

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07 - Métodos Epidemiológicos 1
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07 - Métodos Epidemiológicos
→ Estudo de caso/serie de casos e estudos transversais 
Relembrando: 
Quais as fontes de informação epidemiológica?
Vigilância epidemiológica e SIS
Como os agravos à saúde estão distribuídos na população?
Distribuição segundo pessoa, lugar e tempo 
Como medir a ocorrência de doenças e óbitos na população?
Medidas de morbidade e mortalidade 
Como as mudanças ocorridas nas últimas décadas influenciaram no quadro atual de morbidade e mortalidade
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
Métodos Epidemiológicos
Objetivos: 
1. Conhecer os diferentes tipos de estudos epidemiológicos
2. Aprender a interpretar os resultados dos estudos epidemiológicos
3. Realizar a avaliação crítica sobre a qualidade dos artigos científicos
Estratégias metodológicas de pesquisa 
→ Gerar respostas a questões que compõem o objeto científico da epidemiologia 
Descritivo: Conhecer as condições de saúde da população 
Analítico: Compreender relações de associação entre exposições e desfechos em saúde
Associação: Relação de dependência entre dois eventos
Cuidado: Associação é diferente de causalidade
→ Processo de planejamento e investigação empírica para responder a questões de interesse da epidemiologia
Classificação dos métodos Epidemiológicos
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Estudo de Caso/ Série de Casos
→ Descrição inicial detalhada de um ou poucos indivíduos com um mesmo agravo, traçando-se um perfil das suas principais características
Série de casos: Mais de um indivíduo
Estudo de Casos: Um indivíduo
Úteis no reconhecimento e descrição de novas doenças, manifestações raras, novos tratamentos e eventos adversos anteriormente 
desconhecidos
Objetivos: sugerir explicações e levantar hipóteses → alerta para os profissionais/pesquisadores 
Exemplo: Covid-19 = série de casos que levantou uma hipótese sobre a existência de uma nova doença.
Estudos Transversais (Seccionais, inquérito ou de prevalência): 
→ Observação direta e planejada (estudos observacionais) de um número específico de pessoas, delimitados em um espaço determinado, em 
uma única oportunidade
Aqui o pesquisador apenas observa o grupo
Não tem acompanhamento ao longo do tempo (longitudinal)
As pessoas não são necessariamente avaliadas no mesmo dia, uma única oportunidade significa que a mesma pessoa só é avaliada 
(observada) uma vez. 
 Censo (toda a população) x Amostra 
→ Ao selecionar a amostra, devemos levar em consideração o número de pessoas, que leva em conta parâmetros específicos para o estudo que 
está sendo realizado (calculo amostral). Além disso, deve ser considerada a forma de seleção dos indivíduos, que deve ser de forma totalmente 
aleatórias
Ficar de olho sempre em como foi selecionada a amostra em um estudo, assim é possível saber se foi ou não um estudo tendencioso 
Os estudos transversais...
→ Podem ter um objetivo apenas descritivo 
Padrão de distribuição segundo pessoa, lugar e tempo: Existem diferenças? Porque elas ocorrem? 
São úteis para gestores de saúde alocarem recursos e planejarem programas de saude
Também utilizados para levantar hipóteses
→ Podem ter o objetivo de avaliar uma associação
Estabelecem associações entre exposições e desfechos em saúde 
Adaptado de Almeida Filho & Barreto, 2012
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Como avaliar se há associação?
Medidas de associação 
→ Utilizadas para mensurar a magnitude da associação entre exposição e desfecho
Baseadas na comparação da ocorrência do desfecho nos expostos e não expostos, por meio de uma razão 
Medida de ocorrência: Prevalência, incidência ou odds
→ Escolha da medida de associação a ser calculada: Depende do desenho do estudo
Qual a medida de ocorrência pode ser calculada? 
→ Nos estudos transversais eu consigo quantificar a frequência a partir da prevalência do desfecho (não se diferencia casos novos de casos 
antigos, então não da pra fazer incidência)
♦ Logo, a medida de ocorrência própria dos estudos transversais é a prevalência e a medida de associação própria dos estudos 
transversais é a razão de prevalência.
Tabela 2x2 
Prevalência do desfecho entre o expostos: A /A + B
Prevalência do desfecho entre os não expostos: C / C + D 
Razão de prevalência: 
 Prevalência do desfecho entre os expostos 
Notas de Aula, 2021
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Prevalência do desfecho entre os não expostos
Como interpretar a Razão de prevalência: 
> 1 - A prevalência do desfecho entre expostos é maior que a prevalência entre os não expostos
= 1 - a prevalência do desfecho entre expostos é igual à prevalência entre não expostos
< 1 - A prevalência do desfecho entre expostos é menor que a prevalência entre não expostos (fator de proteção)
Vantagens: 
Simplicidade, baixo custo e rapidez
Permite avaliar múltiplos fatores de exposição e múltiplos 
desfechos de saúde ao mesmo tempo
Provê estimativas de prevalência da exposição e desfecho
Desvantagens: 
Não são um bom desenho de estudo para investigação de 
condições raras
Limitados para testar hipóteses causais: Não é possível 
estabelecer uma relação temporal
Causalidade reversa: Ocorre quando a exposição muda como resultado do desfecho 
Exemplo: Sedentarismo vs. HAS 
→ A pessoa com Hipertensão Arterial Sistêmica tendem a fazer atividade física, logo, no grupo de pessoas q fazem atividade física é possível 
encontrar associações contrárias ao esperado