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Caso clínico 1 Técia Gardênia Universidade Potiguar - UnP Fono 3TA Docente: Zilane Barbosa Motricidade Orofacial • Criado em 2009 pelas fonoaudiólogas Irene Marchesan, Giédre Berretin-Félix, Katia Flotes Genaro e Maria Inês Beltratti Rehder. • Necessidade de reunir todos os aspectos relacionados à estrutura e miofuncionalidade orofaciais , utilizando parâmetros descritos na literatura. O Protocolo MBGR apresenta escores, os quais permitem ao fonoaudiólogo avaliar, diagnosticar e estabelecer prognóstico em motricidade orofacial. Breve história Protocolo MBGR A avaliação clínica em motricidade orofacial (MO), representa fundamental etapa no processo de diagnóstico fonoaudiológico nessa área, uma vez que possibilita a compreensão das condições anatômicas e funcionais do sistema estomatognático. Permite, ainda, estabelecer o raciocínio terapêutico e definir a necessidade de encaminhamentos, além de fornecer dados quanto ao prognóstico do caso. Breve história Protocolo MBGR Objetivos ✓ Ele é extenso, porém de fácil aplicação e mantém o mesmo padrão dos protocolos de Motricidade Orofacial geral, existentes até o momento. Por ser um protocolo da MO de caráter mais global, quando for necessário, devem ser utilizados outros protocolos mais específicos para problemas pontuais como é o caso das disfunções da articulação temporomandibular; paralisia facial; problemas de fala de origem neurológica; fissura labiopalatina e disfunção velofaríngea, dentre outros. ✓ Os autores do protocolo MBGR sugerem a realização de medidas para análise facial e frênulo lingual, bem como da oclusão (estática e dinâmica) e dos movimentos mandibulares. O protocolo MBGR contém ainda questões que demandam do avaliador análises subjetivas baseadas no seu conhecimento. ✓ O uso de escores possibilita quantificar o grau da alteração apresentada pelo paciente nos diferentes aspectos investigados, trazendo contribuição aos trabalhos científicos, como também para acompanhamento da evolução do caso ao longo do tratamento miofuncional orofacial. CASO CLÍNICO 1 Nossa paciente R.R.S.S de 16 anos, veio encaminhada pela ortodontista Dra. Geórgia. Usa aparelho há 5 anos e, foi encaminhada à fonoaudiologia. Realizou avalição, mas não iniciou a terapia. De acordo com o diagnostico odontológico a paciente tinha os dentes girados e em classe II e divisão II, sugou o dedo, durante o dia respira mais pelo nariz e a noite pela boca, baba no travesseiro e ronca as vezes. A paciente nega ter dificuldades para se alimentar. A paciente R.R.S.S tem má oclusão de Classe II divisão 2 apresenta padrão dois, com mandíbula retoposicionada questão adquirida por genética ou adquirida, por isso a questão do ronco/apneia, um dos procedimentos é avançar a mandíbula, a dificuldade provável do paciente é de selamento labial por essa causa se dá o excesso de saliva, sobre os hábitos parafuncionais que são sugar dedo, dependo assim das circunstâncias hereditárias (se assim for um fator hereditário) pode agravar mais. Verificando a idade do paciente para saber o tratamento ortopédico, ou seja, ortopedia de maxilares, para assim tentar fazer o crescimento dessa mandíbula. A ortodontia encaminhou para o fonoaudiólogo possivelmente por causa do posicionamento errado da língua por esta rebaixado atrás dos dentes inferiores levando a um posicionamento incorreto quando deveria está posicionada no palato por trás dos dentes superiores. A língua não pode esta rebaixada no assoalho da boca, uma vez que propiciara uma possível projeção de língua, uma projeção em alguns fonemas e empurrara os dentes com a língua dificultando o trabalho do ortodontista haja visto que a língua é um musculo extremamente forte podendo mudar os dentes de posição. Na avaliação, verificou o posicionamento da língua, o tônus da língua se esta adequado ou rebaixado, como está a produção dos fonemas, a articulação para que tudo fique em harmonia com o tratamento do ortodontista. Como resultado, percebemos uma alteração na produção dos fonemas lingo-alveolares que são os fonemas s e z, chamado de ceceio, causado pela má oclusão dentária e, o indivíduo ser respirador oral. Nesse caso primeiramente se corrige a mordida do indivíduo e depois corrige assim a produção dos fonemas falado, ou seja, dependendo da causa do ceceio é importante que primeiramente se corrija a parte dentária (mordida) e depois a produção de fonemas (fala). Por esse motivo, não iniciou a terapia. As orientações do ortodontista e do fonoaudiólogo são muito importantes para a harmonia e um melhor resultado no tratamento. Na classe II que vocês veem na imagem, a sustentação do peso é anterior aos pés e como resultado dessa postura, é comum ver sintomas como dores no pescoço altas e baixas, problemas nos ombros como dor ou limitação de movimentos , dor na raiz ou formigamento nas mãos, dor nos joelhos, limitação ou dor lombar ... Figura: http://www.quirosum.es/la-mordida-afecta-a- la-postura/ Relação da mordida e postura Referências Bibliográficas ❑ MARCHESAN, I. Q. Fundamentos em fonoaudiologia, aspectos clínicos da motricidade oral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. ❑ MARCHESAN, I. Q.; SILVA, H. J.; BERRETIN-FELIX, G. (org.) Terapia fonoaudiológica em motricidade orofacial – São José dos Campos, SP: Pulso Editorial, 2012. ❑ Genaro KF, Berretin-Felix G, Redher MIBC, Marchesan IQ. Avaliação Miofuncional Orofacial - Protocolo MBGR. Rev CEFAC. 2009; 11(2):237-55. ❑ La mordida afecta a la postura. Quirosum, Calle Maestranza 4 1-D, 29016 Málaga, 24 de agosto de 2021. Disponível em: <https://www.quirosum.es/la-mordida-afecta-a-la-postura/>. Acesso em:24 de agosto de 2021. Grata pela atenção!
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