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Gabriely Pansera / ATM 25 / Módulo 132 Semiologia Sistema Urinário ➢ Anamnese ➢ Inspeção ➢ Palpação ➢ Percussão ➢ Ausculta ANAMNESE História Clínica – Principal para Diagnostico □ Queixas indiretas: astenia, náuseas, vômitos, anorexia, anemia, irritabilidade neuromuscular – lesão insidiosa do sistema urinário □ Queixas relacionadas: dor lombar, poliuria, hematúria – são atribuídas aos rins, mas fre- quentemente podem ter outra causa Abordagem – O que Perguntar □ Tem alguma dificuldade para urinar? □ Com que frequência o senhor urina? □ Qual o volume de urina em cada micção? □ Sente alguma dor ou queimação? □ Tem dificuldade de controlar a urina e chegar a tempo no banheiro? □ Qual a cor da sua urina? □ Em homens idosos: houve mudança na força do jato urinário ou no esforço que tem que fazer para urinar? □ Em mulheres: tosses, espirros ou o riso provocam alguma eliminação de urina? Principais Sinais e Sintomas □ Alterações de micção e do volume urinário □ Alterações da cor da urina □ Dor □ Edema □ Febre e calafrios Alterações da Micção e do Volume de Urina ‣ Oliguria – secreção insuficiente de urina ‣ Anuria – ausência de urina ‣ Poliuria – produção exacerbada de urina ‣ Piuria – presença de pus na urina ‣ Urgência – vontade súbita e urgente de urinar ‣ Polaciúria – aumento da frequência de micção sem aumento do volume, intervalo menor que 2h entre as micções ‣ Hesitação – esforço e demora para iniciar o jato ‣ Noctúria – necessidade de acordar a noite para urinar ‣ Nicturia – micção aumentada a noite (> dia) ‣ Retenção urinaria – incapacidade de esvaziar a bexiga completa ou parcialmente ‣ Incontinência – perda involuntária de urina ‣ Disuria – dor, ardência ou desconforto ao urinar ‣ Odinúria – dor em cólica ou aperto ao urinar Semiologia Sistema Urinário Volume Adequado de Urina: 700-2.000 ml/dia Capacidade Vesical: 400-600 ml Esvaziamento: a partir de 200 ml Oligúria: < 400 ml/dia ou < 20 ml/hr Anúria: < 100 ml/dia Poliúria: > 2.500 ml/dia Retenção Urinária: há produção de urina, mas não há eliminação: ۰ Aguda ۰ Crônica ۰ Recorrente Incontinência Urinaria: eliminação involuntária de urina: ۰ Estresse ۰ Transbordamento ۰ Urgência ۰ Funcional ۰ Secundaria a medicamentos Gabriely Pansera / ATM 25 / Módulo 132 Alterações de Cor □ Cor adequada: urina amarelo ouro de tons variáveis □ A cor reflete - maioria das vezes, o grau de hidra- tação do paciente ‣ Hematúria – presença de sangue na urina ‣ Colúria – presença de bilirrubina, cor coca-cola ‣ Urina turva – solução supersaturada ‣ Piuria – leucócitos/pus na urina ‣ Espuma – eliminação de proteínas ou hiperfos- fatúria ‣ Mau cheiro – eliminação de amônia, infecções, medicamentos Dor □ Geralmente quando há uma obstrução, infla- mação ou infecção □ Ex.: tumores primários, pielonefrite, calculose, invasão tumoral, abcesso Dor Lombar ‣ Na altura da 12ª costela ‣ Irradiação para flanco e fossa ilíaca – pela mesma inervação ‣ Confere distensão da capsula renal ‣ Características: profunda, pesada, fixa, persisten- te ‣ Intensidade variável, piora na movimentação, pio- ra na posição ereta ‣ Causas: hidronefrose, pielonefrite, rins policisti- cos ‣ “Dor nos rins” – patologias extrarrenais (frequent.) Cólica Renal ‣ Dor unilateral de obstrução do trato urinário ou distinção súbita da pelve renal ou do ureter com contrações da musculatura lisa ‣ Início: desconforto ‣ Evolução: repentina para dor lancinante 10/10 ‣ Vem do ângulo costovertebral (lombar) e flanco, irradiando para a fossa ilíaca e região inguinal, alcançando o testículo e o pênis/grandes lábios ‣ Tipo cólica, com fases de espasmos dolorosos que podem durar vários minutos, seguindo de alivio parcial ‣ O desaparecimento súbito da dor, ocasionado pela resolução natural da obstrução ajudando diagnóstico diferencial ‣ AS: náuseas, vômitos, sudorese, inquietude □ Variantes clinicas da cólica renal conforme a altura da obstrução: ‣ Junção UreteroPélvica (JUP): dor no flanco, irradiação para QS ou região inguinal homo- lateral ‣ Junção UreteroVesical (JUV): irritação do trígono vesical – disuria, urgência miccional e polaciuria ‣ Final do Ureter: dor persistente no testículo e pênis ou grande lábio vaginal, do mesmo lado, sem sintomas de irritação vesical Dor Vesical ‣ Suprapúbica ‣ Sensação de queimação, peso ‣ Agravada ou não após o ato miccional ‣ É comum a flexão do tronco para alivio da dor ‣ Causas mais comuns: cistite Tenesmo Vesical ‣ Dor quando há inflamação vesical intensa ‣ Acompanhado de estranguria: emissão lenta e muito dolorosa de urina, dor em especial no fim da micção ‣ Decorrente de espasmo da musculatura do trí- gono e colo vesical Dor Perineal ‣ Decorrente normalmente de infecção aguda da próstata (protatite) – causa dor perineal intensa ‣ Referida no sacro ou no reto ‣ Dispareunia é comum nas mulheres – relação sexual dolorosa ‣ Dor na região entre o anus e o pênis/vagina BOM Gabriely Pansera / ATM 25 / Módulo 132 Edema □ Aumento do volume do liquido intersticial □ Maciço e generalizado – anasarca □ Leve a moderado e localizado – edema de MMII □ Causas: IC, cirrose, sd. nefrítica e nefrótica, doenças venosas e linfáticas □ Sinal de Godet ou do Cacifo: ao realizar digito- pressão sobre a pele por 5s, a formação da depressão/fóvea não se desfaz imediatamente após a descompressão □ O edema pode ocorrer em outros lugares como: pulmão (edema agudo de pulmão), fígado (con- gestão hepática) Febre e Calafrios □ Em infecções agudas do trato urinário, a febre costuma ser elevada e acompanhada de calafrio- os, dor lombar ou suprapúbica □ Causas comuns: pielonefrite e prostatite □ Em infecções crônicas, a temperatura é discre- tamente elevada ou tem elevações intermitentes, as vezes sendo acompanhada de calafrios □ O adenocarcinoma renal costuma acompanhar- se de febre, que pode ser a única manifestação clinica da doença EXAME FÍSICO ➢ Inspeção ➢ Palpação ➢ Punho Percussão ➢ Ausculta Abdominal Inspeção □ Expor toda a área a ser examinada – abdome, flancos, costas, região inguinal e períneo □ A procura de lesões aparentes, tumorações, pul- sações, abaulamentos, hematomas □ Incorporado ao exame físico abdominal □ O enfoque no aparelho urinário se percebe: ‣ Flancos ‣ Supra púbica ou hipogástrio ‣ Região inguinal ‣ Região perineal – exame ginecológico ou proc- tourologico Palpação □ Área que compreende os ângulos costoverte- brais, fazer na inspiração □ Em pessoas magras, o polo inferior do rim D (normal) pode ser palpado na inspiração, o que geralmente não ocorre com o rim E □ Os rins são órgãos retroperitoneais e habitual- mente não são palpáveis, mas o exame ajuda a diferenciar rins de tamanho aumentado de outros órgãos e de massas abdominais □ Causas de aumento dos rins: hidronefrose, cistos e tumores □ Aumento bilateral sugere doença renal policís- tica Palpação Manobra de Guyon ou Devoto □ Pct em decúbito dorsal, uma das mãos explora os QS enquanto a outra espalmada empurra o flanco correspondente de baixo para cima, tentando trazer o rim para uma posição mais anterior □ Pode se posicionar a esquerda para o rim E e solicitar que o pct inspire fundo Manobra de Israel: □ Pct em decúbito lateral – rim a ser palpado para cima □ Mãos do examinador em pressão-contrapres- são como se fosse pinçar o rim □ Solicitar que o pct inspire fundo Gabriely Pansera / ATM 25 / Módulo 132 Pontos Ureterais □ Na palpação abdominal há dois pontos dolorososquando existe infecção ou obstrução dos urete- res: ‣ Superior: fica na parte media dos quadrantes superiores D e E ‣ Inferior: fica nas fossas ilíacas D e E, próximos a região suprapúbica □ Dor a palpação dos pontos ureterais tem signi- ficado diagnostico, especialmente associado a dados sugestivos de comprometimento do trato urinário alto Palpação Vesical □ A bexiga vazia não é palpável, porem pode haver hipersensibilidade na área suprapúbica ao pal- par □ Se houver retenção urinaria, observa-se dor intensa e presença de abaulamento no hipogás- trio □ Á palpação – massa lisa e firme na linha media (globo vesical), macicez a percussão □ Causas de distensão vesical: obstrução da via de saída por estenose uretral ou hiperplasia prostá- tica, efeitos colaterais de medicamentos e trans- tornos neurológicos como AVC ou esclerose múltipla □ Em mulheres, o esvaziamento vesical por catete- rismo poderá ser necessário para o diagnóstico diferencial com cisto do ovário Palpação do Períneo e da Próstata □ Exame ginecológico completo: inspeção, vulva, uretra, clitóris, exame especular e toque vaginal □ Exame genital masculino: exposição da glande, avaliação da uretra, palpação da bolsa escrotal e toque retal Percussão Punho Percussão Lombar PPL □ Sinal de Giordano: ‣ Sensação dolorosa aguda ou em pontada quando realizada PPL ou com a borda da mão na região lombar, mais especificamente na altura da loja renal entre a 12ª vertebra e a 3ª lombar ‣ Sugere pielonefrite ou litíase urinaria, mas pode ser de origem musculoesquelética ‣ Usar apenas força suficiente para provocar abalo/vibração perceptível, porem indolor Ausculta □ Campânula x diafragma – a campânula é mais adequada para sons de vasos - em mesogástrio e hipocôndrios □ Localização das artérias renais – procurar sopro por estenose □ Pontos de ausculta das artérias renais: ‣ Borda lateral do reto abdominal na altura do ponto médio entre o processo xifoide e a cicatriz umbilical
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