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Resumo Pediatria

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PSICOLOGIA APLICADA A ODONTOPEDIATRIA 
PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO: 
- Trabalha com todo processo de desenvolvimento 
humano durante determinado período 
- Desenvolvimento Somático: Motricidade, fala 
- Desenvolvimento Emocional: Comportamento social, 
adaptações e personalidade 
COMPORTAMENTO ADAPTATIVO: Conhecimento 
do grau de aprendizagem e raciocínio 
- O profissional deve saber os limites, que tipo de 
palavras podem ser usadas. Ex: Bicho da cárie 
COMPORTAMENTO SOCIAL E PERSONALIDADE: 
- Relacionamento com os pais, com outros adultos 
(inclusive odontopediatra), colegas, parentes, professores 
FASE ORAL - Infância 0 a 18 meses: 
Boca: É o Órgão + importante do corpo nesta fase, pois a 
criança obtém ar e alimento e explora o corpo e o meio 
ambiente que a cerca através da boca e da pele 
- Mãe: Doador - Dá sensação de segurança e satisfação 
- Até os 6 meses: FATOR DE SIMBIOSE: A criança 
sente-se fusionada à mãe, não distingue limites, ela acha 
que faz parte do corpo da mãe, acha que ainda está dentro 
da barriga 
- Após os 6 meses: A criança começa a distinguir o limite 
entre ela e a mãe 
- Nesta fase, a criança pode desenvolver ansiedade por 
ficar longe da mãe, e pode começar a comer mais, a 
chorar mais, a chupar dedo, etc. 
- Desenvolve capacidade motora: Já consegue pegar 
objetos 
- Aumenta atividade mental: Já consegue fazer 
movimentos repetitivos 
- Fase de Individualização – separação: Ela começa a 
entender que ela é um indivíduo no meio de várias 
pessoas 
- Passa a tolerar insatisfações e separações 
SUCÇÃO: A necessidade de sucção (mamadeira) é 
importante para a sobrevivência física e psicológica do 
bebê 
- NECES.FISIOLÓGICA: Amamentação. Essa 
necessidade diminui com a introdução de alimentação 
sólida (mastigação); Geralmente cessa entre 9 a 12 meses 
- NECES.PSICOLÓGICA: Consolo, mas deve ser 
retirado no máximo aos 3 anos de idade. Esse hábito não 
deve ser incentivado pelos adultos se a criança não 
quiser. 
- Sucção para crianças maiores de 3 anos: Podem levar a 
problemas de oclusão e no desenvolvimento da fala 
FASE ANAL – OU PRIMEIRA INFÂNCIA – 18 
MESES A 3 ANOS: 
- A criança começa a alcançar o controle da bexiga e 
intestinos; Começa a ter autonomia com o controle do 
próprio corpo 
- Experimenta as próprias vontades – visão clara do seu 
“eu”, começa a experimentar várias coisas. Ex: Terra, 
plantas, etc. 
- Idade do desafio – sentimentos fortes e contraditórios 
(birra) - O quanto é capaz de agir e decidir sozinha) 
FINAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA – 3 ANOS: 
- Maturidade para o tratamento: Realizar 2 atividades ao 
mesmo tempo: Capacidade da criança ficar sentada e 
manter a boca aberta durante 10/20 minutos 
- Compreende explicações simples: É importante 
FALAR- MOSTRAR- FAZER 
- Sempre elogiar as capacidades da criança e manter 
contato físico (abraços, mão no ombro) 
SEGUNDA INFÂNCIA (3 a 5 anos) - FASE FÁLICA 
(Edipiana, Fase Genital Inicial): 
- Começam a perceber que elas têm alguma coisa dentro 
do corpo (Ex: batidas do coração) e questionar diferenças 
entre meninos e meninas 
- Pais transmitem idéias de feminilidade e masculinidade 
- Buscam identificação com pessoas próximas para imitá-
las 
COMPLEXO DE ÉDIPO: Período em que a criança 
idolatra uma pessoa do mesmo sexo e se “apaixona” pelo 
adulto do sexo oposto 
- Criança passa a ter valores morais e estilo de vida dos 
pais 
- Desejo de explorar, curiosidades, fazem muitas 
perguntas 
- É necessário impor limites, fazer regras 
- A criança precisa de orientação e limites bem definidos 
- Porém, o excesso de proibições por parte dos pais pode 
gerar sentimento de culpa: Pode transformar curiosidade 
em passividade. 
- Maturidade para o Tratamento: A criança senta e fica 
concentrada até 30 minutos 
- Sempre elogiar a aparência 
- Correções devem ter conotação POSITIVA: Sempre 
explicar de uma forma agradável. 
FASE DE LATÊNCIA (Idade Escolar – 5 a 12 anos): 
- Principal Foco: Criança em seu contexto social (deixa 
de ser o “centro” para participar do ambiente social) 
- Criança explora o mundo; Compara-se aos outros; Dá 
importância à escola, amigos, atividades recreativas, 
outros adultos; Estabelece diálogos e discussões abstratas 
- Gosta de colecionar e competir 
- MATURIDADE PARA TRATAMENTO: 
- Amadurecimento das capacidades motoras 
- Desenvolvimento mais realista do social 
- Visão mais real do tratamento odontológico 
- Solicita explicações para receber atendimento 
FASE GENITAL - ADOLESCÊNCIA (13 a 19 anos): 
Não é tratada pela Odontopediatria, e sim pela 
Odontohebiatria 
- Puberdade; Início da maturidade sexual; Início do 
mundo adulto 
- Mudanças físicas e psicológicas; Busca da identidade 
própria: Auto- estima e auto- conhecimento 
- Perfil: Desinteresse (não ouvem o que lhe falam); 
Sonhadores e “esquecidos”; Aparência pessoal e roupas; 
Centralizam o EGO; Ídolos, ideologias; Desejo de ser 
adulto com todos os privilégios; Desejo de ser criança 
(dependentes e protegidos); Sentem medo, solidão; 
Andam em grupos; Relacionamentos emocionais: Sonho 
distante 
RELAÇÃO HUMANA CIRURGIÃO DENTISTA / 
PAIS 
ANAMNESE: Fornece dados sobre desenvolvimento e 
conduta da criança 
- Relação com a família; Atitudes familiares possuem 
grande influência sobre o comportamento da criança; O 
dentista deve agir de acordo com os hábitos deles sem 
perder sua característica de trabalho 
- CIRURGIÃO – DENTISTA: 
- Não deve julgar ou posicionar-se de forma contrária, 
somente alertar, orientar 
- Importante ser uma pessoa equilibrada e preparada para 
aceitar as suas limitações e a dos outros 
- CONFIANÇA: Tratar da criança com competência 
RELAÇÃO HUMANA CIRURGIÃO DENTISTA / 
CRIANÇA: 
- O comportamento da criança está diretamente ligado à 
sua relação com o meio e particularmente à mãe. É 
importante saber se durante o dia a criança fica com a 
mãe, com a avó, com outras crianças na creche 
- Mãe ansiosa = Criança ansiosa; Mãe muito brava = 
Criança medrosa 
* Nesse momento, pode ser que seja necessário fazer com 
que a mãe fique esperando fora do consultório 
- O Odontopediatra deve observar e compreender as 
reações das crianças 
- Estar munido de autoconhecimento e segurança 
BOM RELACIONAMENTO COM A CRIANÇA: 
- Sempre reparar e elogiar a criança 
- Equilíbrio entre necessidades da criança e do 
profissional. 
- Entendimento e respeito à criança: Ambos se adequarão 
à situação 
- Sensibilidade e percepção: A criança pode sorrir para 
alguém e odiá-lo 
- Paciência para transformar essas situações em resolução 
positiva 
- Necessidades básicas da criança: Afeição; Aprovação; 
Autoridade – Ser firme e tranquilo 
MEDO: 
- Estado emocional diante do perigo, caracterizado pelo 
conhecimento intelectual do mesmo, provocando somente 
a sensação psicológica. 
- MEDO BIOLÓGICO: Fator biológico de defesa e 
proteção. Medo natural e necessário. 
- O medo biológico associado ao medo psicológico pode 
se tornar uma patologia (Fobia, pânico, pavor), 
geralmente é relacionado à uma situação já vivenciada no 
passado 
- EVOLUÇÃO DO MEDO: Medo biológico → Medo 
psicológico → 
→ Medo Condicionado → Ansiedade → Fobia 
- Existem dois tipos de medo: 
1) MEDO OBJETIVO: Ligado a experiências dolorosas, 
desagradáveis e cansativas. Situações reais vivenciadas 
pela criança. 
- Experiência profissional pregressa desagradável e 
consequente elaboração da própria criança, associado à 
interferência da ansiedade familiar 
1.1) MEDO OBJETIVO DIRETO: Quando a experiência 
anterior dolorosa ou desagradável sofrida pela criança foi 
através de ações provocadas durante o tratamento 
odontológico. Ela passou por dor e cansaço em outro 
dentista, por isso ela ficou com medo de todos os 
dentistas. 
1.2) MEDO OBJETIVO INDIRETO: Oriundo de 
experiências que ocorreram em ambientes semelhantes ao 
do consultório odontológico (médico, hospital, farmácia) 
e há correlação com o que passou anteriormente. Passou 
por medoem ambiente semelhante ao dentista (Ex: 
Hospital, posto de saúde, etc) 
- A criança prevê o que poderá acontecer no tratamento 
odontológico. 
2) MEDO SUBJETIVO: Ocorre principalmente por 
informações de adultos ou crianças maiores. É o que a 
criança pensa, ela ouve falar de experiências 
desagradáveis vividas por pais, parentes ou amigos no 
dentista, com isso, passa a fantasiar, exagerando o 
quadro. 
- Ela fica com medo por causa da opinião dos outros e 
também pelo o que ela vê. Ex: Foi no dentista e viu muito 
sangue, agulhas, etc. 
“Se a mamãe que é grande e me protege sentiu medo, 
será que eu vou sofrer?” 
- Não é obrigatoriamente ligado à verbalização, às vezes 
ela tem medo pq viu alguma coisa 
Ex: Expressão facial de alguém que sentiu dor ou medo - 
A criança entende tão claramente como se tivessem 
explicado em detalhes. 
- O medo subjetivo é mais difícil de ser controlado pois 
não temos dados concretos (objetivos) para explicar 
porque ela tem medo. 
QUADROS CLÍNICOS DO MEDO: 
- Crianças sofrem medo psicológico geralmente quando: 
- Foram submetidas a tratamentos médicos ou 
hospitalizadas; 
- Tiveram contato com a morte; 
- Nascimento de um irmão; 
- Perfil: Criança tímida e retraída; Agarra-se à mãe 
- Dentista: Deve passar confiança e tranquilidade, deve 
tentar desvincular sua imagem do medo; Deve 
descondicionar o medo com a associação de experiências 
prazerosas diante de situações traumáticas 
- Mostrar que o choro/birra não vão mudar o que temos 
que fazer (tratamento). Ela não sai do consultório 
enquanto ela não tratar o dente. 
MEDO DO DESCONHECIDO E DO INESPERADO: 
- SITUAÇÕES INESPERADAS OU 
DESCONHECIDAS: Nunca assustar a criança com 
situações novas, sempre mostrar o que vai acontecer 
- Barulho do alta rotação; Luz do refletor; Jato de água / 
ar; Sala de consulta; Paramentação do dentista 
- Apresentar equipamentos e instrumentais à criança 
- Satisfazer a curiosidade 
- Mostrar e explicar o funcionamento: Subir e descer a 
cadeira; Luz do refletor (nunca nos olhos); Barulho do 
alta e baixa rotação; Espelho, pinça clínica; Sugador; Jato 
de água/ar 
ANSIEDADE: 
- Normal e inevitável 
- Ansiedade: Doença (questão de quantidade e não 
qualidade) 
- Como driblar a ansiedade: O Dentista deve usar 
palavras tranquilizadoras e de carinho e realizar 
aproximação física (toque) para conquistar o apoio e 
confiança da criança 
CHORO: Várias origens: Apreensão (tensão); Birra 
(choro sirene); Medo do tratamento ou do desconhecido; 
Cansaço; Dor (choro mais sentido, com soluço) 
- O dentista deve analisar a origem; Discernir qual atitude 
tomar; Deve saber conviver com o choro 
- Manter diálogo para distrair a criança (descontração) 
- Transmitir segurança (olhar, atitudes, palavras e contato 
físico) 
- Ser carinhoso, não se deixar envolver pelo choro 
- Entender as atitudes e PROSSEGUIR o trabalho 
- Contornar a dor com recursos técnicos 
BIRRA: Chora, grita, bate mãos e pés,socos e pontapés, 
morde, cospe, etc. 
- Chora alto para não permitir diálogo 
- Recurso para não ouvir nada (tapa os ouvidos) 
- Sempre costuma ganhar, é mimada, os pais se fazem as 
vontades da criança 
- Criança aprende o valor da crise e passa a usá-la para ter 
a sua vontade imediatamente atendida 
- Dentista: Deve ter atitude mais firme mas sem ser 
ignorante (quando não tiver medo incluso) 
- Ajudar a criança a encontrar o caminho para a realidade 
pois está envolvida pelo medo e fantasia 
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O TRATAMENTO DE 
CRIANÇAS: 
- QUALIDADES BÁSICAS DO PROFISSIONAL QUE 
EXERCE ODONTOPEDIATRIA: 
1) AMAR AS CRIANÇAS: Ter prazer no seu convívio, 
alegrar-se por tê-las por perto. Não adianta só o dentista 
gostar e nenhuma criança gostar dele. 
2) FAZER- SE GOSTAR PELAS CRIANÇAS: Tornar-
se amigo e envolver-se facilmente com elas. Ser aceito 
com naturalidade. 
3) GOSTAR DE TRATAR DE CRIANÇAS: Conseguir 
satisfação profissional. Descobre- se a vocação e 
apreciação dos resultados. 
4) Conhecimento de Odontologia e especificamente em 
Odontopediatria: 
- O Clínico deve estar sempre atualizado nos 
conhecimentos específicos. 
- Aperfeiçoar quanto à habilidade manual para diminuir 
tempo de trabalho sem perder a qualidade 
- Saber exatamente qual o procedimento deverá ser feito 
5) Conhecimentos de Psicologia Infantil: Entender e 
avaliar o comportamento da criança para estabelecer o 
tipo de abordagem de relacionamento e de trabalho. 
6) PACIÊNCIA: Qualidade imprescindível: Deve ser 
desenvolvida e aprimorada através do autodomínio. 
7) CERTA CAPACIDADE DE PERSUADIR E 
CONVENCER: A criança deve ser convencida da 
necessidade do que nos propomos a fazer. Convencê-la 
que só queremos o bem dela. 
8) INTUIÇÃO E BOM SENSO: 
- Perceber o momento de ser firme ou mais delicado no 
trato e na voz. 
- Saber discernir o momento de parar quando a criança 
está cansada 
- A consulta deve ser mais rápida quando a criança não 
está bem. Ex: Doente, o bichinho de estimação morreu, 
etc. 
- Porém ,deve se perceber abusos, manhas e chantagens 
emocionais 
- Demonstrar interesse pela criança 
9) CERTA EXPRESSÃO DE AUTORIDADE: 
- Desenvolver o tratamento em clima amistoso e de 
carinho, deixando claro quem é a autoridade naquele 
momento. 
- Não deixar ser dominado pela criança ou pelos pais. 
10) APTIDÃO PARA A ESPECIALIDADE: 
- A somatória dos fatores descritos tornam o profissional 
mais ou menos apto a trabalhar com crianças. 
11) CAPACIDADE DE MANTER DIÁLOGOS: 
- Ajustar a conversa à idade, do nível de interesse ao grau 
de cultura e sexo. 
12) NÍVEIS DE DIÁLOGO: Assuntos e palavras devem 
ser escolhidos de acordo com a idade e o 
desenvolvimento mental da criança. 
13) TOM DE VOZ: Tranqüilo e firme.Gritar e hostilizar 
assusta a criança 
ATRIBUTOS BÁSICOS PARA TRATAR DE 
CRIANÇAS: 
1) APARÊNCIA PROFISSIONAL:Atributo físico 
essencial: Dentes tratados 
2) APRESENTAÇÃO FÍSICA: Cabelos, mãos, unhas e 
roupas bem cuidados 
3) SEGURANÇA PROFISSIONAL: O profissional 
seguro transmite tranqüilidade que é captada pela criança 
que se submeterá facilmente ao tratamento. 
- PRESENÇA DA MÃE NA SALA DE CONSULTA: 
Crianças menores de 3 anos e meio: A separação física da 
mãe causa sofrimento: Mãe ao lado e segurando a mão 
- Contenção: criança no colo abraçando a mãe 
- A mãe é orientada a não falar muito para evitar eco no 
consultório 
- TRUQUE: Bolsa e chave do carro às vistas da criança; 
mamãe está lendo revista na sala ao lado 
TIPOS DE CRIANÇAS – CLASSIF. DE CARLOS 
ALBERTO COSTA: 
1) Criança que coopera: Não provoca contrariedades ao 
tratamento e ao dentista 
2) Tímida ou assustada: Esconde o rosto atrás da mãe; 
Olha para baixo; Não responde quando lhes falam; Difícil 
de conversar; Pouca cooperação 
3) Medrosa: Dentista – estranho; Medos Subjetivo/ 
Objetivo; Horror de dentista e ambiente de consultório; 
Colaboração impossível 
4) Mimada: Choraminga, grita, sapateia; Luta para entrar 
no consultório; Tenta convencer os pais a levá-las para 
casa; Pais “escravos” de seus desejos 
5) Teimosa: Teimam em não permitir o tratamento; Não 
choram; Não falam muito; Ficar a sós com a criança para 
ela sentir quem é o “sr” da situação, sem assustar ou 
alterar humor 
6) Rebelde: Ela se recusa a entrar no consultório; 
Atitudes de teimosia; Quando o dentista se impõe se 
torna mais dócil 
7) Agressiva: Teimosa, rebelde, chora e grita; + agressão 
física: morde, empurra, bate, chuta, cospe, joga 
instrumentos no chão... 
8) C/necessidades especiais: As reações são diferentes; A 
idade não condiz sempre com o nível intelectual; 
Conhecer antecedentes e causas da anormalidade; 
Preparar-se para o atendimento; Não ter medo e sim 
cuidados específicos; Ex: Diabetes, doenças cardíacas – 
Planejar o atendimento para poder se intervir com 
segurança 
9) Doente: Considerar a saúde da criança;Limites: Não 
coopera com o tratamento; Curativos temporários p/tirar 
a dor; Deixar o trabalho mais demorado p/as próximasconsultas 
MANEJO DA CRIANÇA NO CONSULTÓRIO: 
- Entrevista inicial só com os pais: nome, tamanho e tipo 
geral de comportamento. 
- Recepção da criança: Cumprimentá-la primeiro e depois 
a mãe 
- Observar resposta positiva, indiferença, retrair e fugir ao 
cumprimento 
- Cuidado: Contato inicial festeiro (beijo, abraço, colo) 
pode assustar 
- Estabelecer diálogo; Preencher fichas de anamnese - 
Fazer a criança participar da conversa 
- Estabelecer AOS POUCOS (contato físico (mão no 
ombro, na cabeça) 
- Entrada no consultório: Criança caminha 
tranquilamente; Agarra a mãe: As 2 entrem; Criança não 
quer entrar: Descobrir a causa do medo (subjetivo, 
desconhecido, separação da mãe), Com amizade remover 
a causa, Birra: A mãe entra na frente, Choro: Conduzir a 
criança sem passar “emoção negativa” 
- DIÀLOGOS: Explorar o assunto que agrada a criança; 
Clínico falante: Importante; Clínico “tagarela”: Cansativo 
e irritante; CUIDADO: deslizes durante o diálogo (falar 
algo que provoca medo) 
- CONTATOS FÍSICOS: Acompanhado por palavras 
carinhosas; Cria vínculo, traz tranquilidade; Transmite 
segurança, confiança, autoridade; Segurar as mãos da 
criança entre as suas; Mãos sobre a cabeça; Carinho no 
rosto; Conduzir a criança pelas mãos ou ombros 
- REFORÇOS POSITIVOS: Parabéns!; Muito bem!; 
Cada dia você está melhor!; Elogiar roupas e acessórios; 
PEDIR é diferente de dar ORDEM: Você pode se 
sentar?; Senta aqui! 
- PERFIL DO DENTISTA: Dentista com medo de 
criança: Adia o atendimento; Paternal e quer ser 
simpático: Tagarela, Chato, voz “melada”; Terrorista 
(berra e grita): deve abster-se de tratar criança; Dentista 
Mudo: silêncio cria fantasias de temor na criança; 
Dentista que ridiculariza a criança: Faz com que a criança 
não nos queira bem. 
EDUCAÇÃO E MOTIVAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
- O dentista tem papel importante na educação da criança, 
por exemplo, o melhor horário para comer doces, técnicas 
de escovação, etc 
TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO: 
 - As escovas infantis devem ter cabeça pequena (para ir 
até o fundo da boca), cerdas macias (a criança ainda não 
sabe os limites da força na escovação), o cabo deve ter 
facilidade de apreensão (facilidade para segurar – melhor 
cabos mais grossos) 
DENTIFRÍCIOS: 
- Até 2 anos – Baixo risco de cárie (boa higienização, 
sem lesões de cárie) – Sem flúor 
- Até 2 anos – Alto risco de cárie (higienização 
insuficiente, com lesões de cárie) – Com flúor – 1 vez ao 
dia – Escovar mais vezes ao dia, porém com pasta sem 
flúor 
- 2 a 4 anos – Com flúor – 1 vez ao dia 
- 4 a 6 anos – Com flúor – 2 vezes ao dia 
- Mais de 7 anos – Com flúor – 3 vezes ao dia 
- Qtde. de creme dental: Colocar uma bolinha no sentido 
transversal da escova 
- TÉCNICA DE FONES (até 6 anos): Movimentos 
circulares nas vestibulares, linguais e palatinas; 
Movimentos de “varredura” nas linguais e palatinas de 
dentes anteriores com a escova de pé; Movimentos de 
“vai e vem” nas oclusais 
- TÉCNICA DE STILMAN (BASS MODIFICADA): 
Para crianças maiores, que já estejam alfabetizadas. 
- Vestibulares, linguais e palatinas: 45º; Oclusais: Vai e 
vem; Anteriores (linguais e palatinas): Varredura (escova 
em pé) 
MOTIVAÇÃO DE HIGIENE BUCAL: Permitir que a 
criança observe os hábitos de higiene bucal dos pais; 
Estimular a repetição; Brincar com a escova (tornar a 
escovação um hábito) 
ESCOVAÇÃO SUPERVISIONADA – POSIÇÃO DE 
STARKEY: Adulto atrás da criança; Criança com cabeça 
inclinada para trás 
LIMPADORES DE LÍNGUA: Para as crianças, usar de 
preferência os limpadores com cerda 
FIO DENTAL: Técnica convencional; Fio dental 
japonês: O mesmo pedaço do fio para todos os dentes - 
Não pode ser indicado pelo dentista; Técnica do laço 
IHO-S: ÍNDICE DE HIGIENE ORAL SIMPLIFICADO 
– GREENE E VERMILLION 
- Objetivo: Verificar como está a escovação da criança 
- Técnica: Corar com evidenciador (líquido); Faces 
vestibulares superiores (incisivo central superior direito, 
incisivo inferior direito); Faces linguais dos molares 
inferiores 
- Atribuir valores para as faces coradas 
- Calcular IHO-S = Somatória dos valores 
 Nº de dentes corados 
- Não corar nada = 0 
- Corar até o terço cervical = 1 
- Cobrir toda a cervical e atingir o terço médio = 3 
- Cobriu todo o terço médio e quase todo o dente = 3 
Ex: 2+1+3+2+1+3 
 6 
Resultado 0 = ótimo; De 0,1 a 1,0 = Bom; De 1,1 a 2,0 = 
Regular; 2,1 a 3,0 = Péssimo 
CARACTERÍSTICAS DA PRIMEIRA DENTIÇÃO: 
- Odontogênese (formação do dente) 
- Erupção dentária 
- Rizólise 
- Notação em odontopediatria 
CARACTERÍSTICAS AS DENTIÇÃO DECÍDUA: 
- Generalidades: 
- Diferenças entre os seres através da comparação 
- Decíduos X Permanentes 
- Objetivo: Conhecimento suficiente para fechar um 
diagnóstico, planejar e reabilitar o paciente 
- Criança X Adulto 
ODONTOGÊNESE: Origem e formação do dente 
- Antes de 3 semanas de vida intra uterina, o estomodeo 
já está estabelecido 
- Boca primitiva - forrada ectoderma - abaixo dele 
mesênquima. 
- Ectoderma – Epitélio Oral 
- Mesênquima – Conjuntivo 
- Fase de campânula: Papila dentária; Saco ou folículo 
dentário; Membrana basal; Epitélio interno; Retículo 
estrelado 
- Germe Dentário – Epitélio Oral - Órgão do esmalte - 
Epitélio Interno ou capa dos ameloblastos - ESMALTE 
- Germe dentário – Conjuntivo Subjacente – Papila 
Dentária – Odontoblastos/Polpa dentária – DENTINA 
- Germe dentário - Conjuntivo Subjacente – Saco 
Dentário –Cementoblastos/Fibroblastos/Osteoblastos – 
CEMENTO/LIGAMENTO/ALVÉOLO 
ERUPÇÃO DENTÁRIA: Exposição que a maioria dos 
leigos e profissionais usam para se referirem ao momento 
de irrompimento dental na cavidade bucal...o processo 
tem início na odontogênese e perdura por toda a vida do 
dente 
FASES DA ERUPÇÃO DENTÁRIA: 
a) Fase pré eruptva: Início com a diferenciação dos 
germes dentários e termina com a completa formação da 
coroa. Movimento de corpo (para a oclusal e vestibular). 
Movimento excêntrico (o germe dental cresce em 3D). 
Totalmente intra óssea. 
b) Fase Eruptiva: Inicia-se quando a coroa está formada e 
termina quando o dente chega ao plano oclusal. 
- Tamanho das coroas são estabelecidos 
- Importantes alterações de desenvolvimento (rizogênese 
e periodonto) 
- Principal movimento é excêntrico 
- Temos movimento do dente no sentido oclusal, rotação 
e horizontal (V,L,M e D) . Fase intra e extra óssea 
c) Pós eruptiva: Quando o dente entra em oclusão e 
termina com a perda fisiológica ou sua remoção. O dente 
mantém sua oclusão. 
- Movimento principal do dente é axial (mentem o dente 
erupcionado, enquanto os maxilares continuam a crescer) 
- Compensam os desgastes oclusal e proximal 
RIZÓLISE: Processo normal (fisiológico) da reabsorção 
radicular dos dentes decíduos, que decorre por um longo 
tempo e tem seu início por volta dos 3 anos antes do 
dente esfoliar. 
- Sequencia de reabsorção: Início; Intermediário; Final 
(qdo o dente já está para esfoliar) 
- Rizólise assimética: Reabsorção maior numa raiz do que 
em outra. Em anteriores, como há só uma raiz, há maior 
reabsorção de um lado do que no outro 
NOTAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA: 
Decíduo – Do Latim Decidere = Cair 
- É tudo que irá se perder fisiologicamente no organismo 
- Arco temporário – Composto por dentes decíduos 
- Arco permanente – Composto por dentes permanentes 
DIFERENÇAS ENTRE O ARCO DECÍDUO X 
PERMENENTE: 
Número: Decíduo: 20 dentes 
- Grupos de dentes: Na decídua, não existe o grupo de pré 
molares nem 3ºs molares 
- Tamanho dos arcos: O decíduo é menor pq tem menos 
dentes e dentes menores 
Nomenclatura dos dentes decíduos: 
- Hemi arco: HSD (5); HSE (6); HIE (7); HID (8) 
- Incisivo central (1), incisivo lateral (2), canino (3), 1º 
molar (4), 2º molar (5) 
CRONOLOGIA – ARCO DECÍDUO: 
- Sequência da erupção superior e inferior: 
I = 5 a 7 meses 
II = 8 a 11 meses 
IV = 12 a 16 meses 
III = 16 a 20 meses 
V = 19 a 24 meses 
CRONOLOGIA – ARCO PERMANENTE:6 anos – 1o M inf; 1o M sup; IC inf; 
7 anos – IC sup; IL inf; 
8 anos – IL sup; 
10 anos – C inf; 1o PM sup; 1o PM inf; 
11 anos – 2o PM sup e inf; C sup; 
12 anos – 2o M inf e sup; 
17 anos – 3o M inf e sup. 
DESCONTINUIDADE DO ARCO: Sabe-se a soma das 
distâncias mesio-distal dos dentes decíduos é menor que 
dos seus sucessores. Esse fato faz com que o crescimento 
dos maxilares principalmente nos últimos anos da 
dentição seja estimulado, formando separações e 
diastemas 
COR: A diferença na cor entre as dentições são evidentes, 
isso ocorre principalmente pela presença da dentina, que 
na dentição 
permanente é mais especializada e desenvolvida, o que 
fornece aos elementos variações de cor que irão do 
branco amarelado ao acinzentado. No dente decíduo 
normalmente apresentam cores claras e ultra-claras com 
aspecto LEITOSO. 
*Prova: CICLO BIOLÓGICO: Tempo de vida do dente 
decíduo dentro da cavidade oral. O ciclo biológico é 
diferente da idade biológica da criança. 
CÁRIE DENTÁRIA: 
DINÂMICA DA LESÃO DE CÁRIE: A superfície do 
esmalte dentário apresenta comportamento altamente 
dinâmico com o meio bucal. 
- pH bucal INFERIOR a 5,5: Saliva :composição 
SUBSATURANTE de Cálcio e Fosfato em relação à 
solubilidade da HÁ. Tendência físico- química : HA do 
dente PERDE Cálcio e Fosfato para o meio bucal. 
Dissolução do esmalte – desmineralização 
- pH bucal SUPERIOR a 5,5: Saliva :composição 
SUPERSATURANTE de Cálcio e Fosfato. Tendência 
físico- química : HA do dente GANHA Cálcio e Fosfato 
do meio bucal 
- pH 5,5 = pH crítico: Ingestão de açúcar - Bactérias 
produzem ácidos - pH abaixo de 5,5 - Restabelecimento 
das condições supersaturantes da saliva Reposição do 
cálcio e fosfato perdido na desmineralização 
FATORES ETIOLÓGICOS : Dente e hospedeiro – 
Microrganismos – Substrato – Tempo 
HISTOPATOLOGIA DA CÁRIE: 
- ESMALTE DENTÁRIO: Sólido, microporoso e 
transluzente 
- CONSTITUIÇÃO do ESMALTE DENTÁRIO: 95% 
COMPONENTES INORGÂNICOS; 4% MATÉRIA 
ORGÂNICA; 1% ÁGUA (ligada às proteínas na camada 
de hidratação dos cristais, aprisionadas nos cristais ou 
livre) 
- Entre cristais – Espaços ou microporos – ESPAÇOS 
INTERCRISTALINOS 
- Cárie Dentária: Aumento do Espaço inter- cristalino – 
diminui a translucidez - Diminuição no tamanho e 
número de cristais - Aumento da parte orgânica modifica 
seu índice de refração - aumenta a porosidade do esmalte 
- Esmalte normal: A translucidez do esmalte ocorre pela 
permissão da passagem da luz em sua estrutura cristalina. 
CÁRIE DE ESMALTE: No sentido da superfície do 
esmalte para a dentina, apresenta as seguintes etapas 
antes de formar a cavidade: Camada Superficial 
Aprismática ou de Darling; Corpo da Lesão; Zona Escura 
e Zona Translúcida 
1) Camada Superficial Aprismática ou de Darling: 
Permeável à entrada de produtos bacterianos ( ácidos); 
Microporosidades, Lamelas - Espaços intercristalinos e 
estrias incrementais de Retzius; Maior Resistência à 
formação de cavidade e à ação dos microrganismos; Alto 
grau de mineralização, conteúdo de flúor e maior teor de 
proteínas insolúveis 
2) CORPO DA LESÃO: Localizada subsuperficialmente; 
Desmineralização ocorre mais rapidamente - 
Solubilização dos cristais e aumento da porosidade; 
Porosidade: 10% a 25% do seu volume é ocupado por 
espaços inter- cristalinos ou microporos; Percentual 
crescente da periferia da lesão, acentuado as estrias 
incrementais de Retzius; 75% a 90% do conteúdo mineral 
está intacto 
3) ZONA ESCURA: Localiza- se na periferia imediata do 
corpo da lesão; Porosidade: Microporos representam 2% 
a 4% de seu volume 
4) ZONA TRANSLUCIDA: Representa a parte posterior 
da desmineralização do esmalte; Porosidade: 1% de seu 
volume é constituído por espaços intercristalinos ou 
microporos 
CAVIDADE DE CÁRIE: Decorrente do aumento 
gradativo e considerável do corpo da lesão e da 
consequente porosidade; Desmoronamento da cavidade 
superficial; Formação da cavidade 
PATOGENIA DA CÁRIE DE ESMALTE: 
Estabelecimento da Zona Translúcida: primeira alteração 
morfológica específica do esmalte na cárie (microscopia 
óptica); Surgimento da Zona Escura; Vizualização do 
Corpo da Lesão; Aparece a Lesão Branca: parte orgânica 
está modificada e a dentina poderá ser alterada também; 
Estabelece-se uma superfície gredosa no esmalte (sinal 
radiográfico inicial de cárie); Ocorre a formação da 
cavidade 
ESTÁGIOS DA CÁRIE: 1º. ESTÁGIO: MANCHA 
BRANCA; LESÃO INICIAL – CÁRIE INCIPIENTE; 
REVERSÍVEL; ATF 
MANCHA BRANCA ATIVA: OPACAS, RUGOSAS, 
SEM BRILHO E MARGEM GENGIVAL 
INFLAMADA (com acúmulo de biofilme dental) 
MANCHA BRANCA INATIVA OU PARALIZADA: 
LISA E BRILHANTE AFASTADA DAS MARGENS 
DA GENGIVA (SADIA); LIVRE DE ACÚMULO 
VISÍVEL DE BIOFILME DENTAL; CICATRIZAÇÃO 
DA LESÃO 
2º. ESTÁGIO: CAVITAÇÃO: CAVIDADE DE CÁRIE; 
IRREVERSÍVEL; DENTÍSTICA RESTAURADORA 
CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE CÁRIE DENTÁRIA: 
1) CÁRIE DE ESMALTE: Características: perdas 
minerais sucessivas que acarretam a formação de 
cavitações; Aspectos clínicos: cavidades; 
Microrganismos:S. mutans, S. salivarius 
2) CÁRIE DE DENTINA: Características: A esclerose 
dentinária resulta em desmineralização ácida de sua 
matriz e degradação (hidrólise) da porção orgânica. 
- Zona Infectada- Rica em microrganismos e restos 
celulares, consistência amolecida 
- Zona Afetada: Pela ação da microbiota acidogênica 
mostra-se desmineralizada e coloração acastanhada. 
- Aspectos clínicos: Presença de tecido amolecido, 
desorganizado, de coloração predominantemente 
amarelo-acastanhada; Microrganismos: Lactobacillus 
sp;Actinomyces naeslundii; S. mutans, Actinomyces 
viscosus, Bacilos filamentosos 
3) CÁRIE DE CEMENTO ou CÁRIE RADICULAR: 
Características: Requer para seu estabelecimento a 
exposição deste tecido ao meio bucal; Geralmente 
decorrente da recessão gengival (técnica de escovação 
incorreta) e a manutenção de biofilme dental nesta região. 
Aspectos clínicos: Lesões amolecidas na superfície 
radicular; Áreas amarelo-acastanhadas amolecidas que 
circundam toda a superfície da raiz; Normalmente 
apresenta maior extensão que profundidade. 
Microrganismos: Actinomyces viscosus; Actinomyces 
naeslundii; S. mutans, S. sanguis, S. salivarius 
4) CÁRIE DE SUPERFÍCIE LISA: Aspectos clínicos: 
formação de cavitações com tecido amolecido, 
desorganizado, de coloração predominantemente 
amarelo-acastanhada. Microrganismos: S. mutans; 
Streptococcus sobrinus, S. salivarius 
5) CÁRIE DE SULCOS E FISSURAS: A difusão da 
desmineralização ocorre LATERALMENTE em direção 
à junção amelo- dentinária; Forma cônica aberta com 
base voltada para Dentina e ápice para a superfície 
esmalte (oclusal). Aspectos clínicos: Pontos isolados; 
Toda a extensão dos sulcos, fóssulas e fissuras da 
superfície; Coloração esbranquiçada, amarelada ou 
acastanhada; Superfícies oclusais. Microrganismos: S. 
mutans ; S. sobrinus; Lactobacillus sp, S. sanguis, S. 
mitis, Actinomyces sp 
CÁRIE ATIVA: Aspectos clínicos: Tecido cariado de 
aparência amolecida; Coloração branco-amarelada ou 
acastanhada; Biofilme dental visível. Microrganismos: 
Streptococcus mutans; Lactobacillus; Actinomyces 
CÁRIE CRÔNICA: Características: Lesão cariosa com 
baixa ou baixíssima velocidade de progressão. Aspectos 
clínicos: Coloração marrom escuro ou enegrecida; 
Superfície brilhante, relativamente lisa e dura 
CÁRIE INATIVA OU PARALISADA: Características: 
Equilíbrio momentâneo ou duradouro entre o processo de 
desmineralização e remineralização, podendo levar à 
regressão da própria cárie ou a sua paralisação no estágio 
em que se encontra. Aspectos clínicos: Coloração 
predominantemente enegrecida, superfície lisa não-
retentiva 
CÁRIE SECUNDÁRIA OU CÁRIE RECORRENTE: 
Aspectos clínicos: Lesão de cárie normalmente localizada 
ao redor ou nas margens de restaurações pré-existentes. 
Principal fator desencadeante: Margens fraturadas de 
restaurações, restaurações inadequadas ou alteraçõesdimensionais dos materiais restauradores utilizados, em 
conjunto com a ação local dos fatores cariogênicos 
CÁRIE DE ESTABELECIMENTO PRECOCE: 
Aspectos clínicos: Lesão cariosa de grande velocidade de 
progressão. Normalmente assume coloração 
esbranquiçada ou amarelada, com aspecto amolecido 
(cárie aguda e rampante). Principal fator desencadeante: 
Mamadeira noturna (com ou sem açúcar) e ausência de 
higienização; Faixa etária: mais comum em crianças em 
amamentação ou que ingiram leite na mamadeira 
CLASSIFICAÇÃO DAS MANCHAS BRANCAS: 
CÁRIE INCIPIENTE; FLUOROSE; HIPOPLASIA 
- QUANTO À LOCALIZAÇÃO: INCIPIENTE: 
REGIÕES RETENTIVAS (CERVICAL, OCLUSAL, 
PROXIMAIS); FLUOROSE: TODA SUPERFÍCIE DO 
DENTE - PONTAS DE CÚSPIDES (snow cap); 
HIPOPLASIA: CENTRALIZADA, SUPERFÍCIES 
LISAS 
- QUANTO AO ASPECTO: INCIPIENTE: Bordas 
irregulares acompanham o contorno cervical; 
FLUOROSE: Linhas difusas acompanhando as linhas de 
formação dos dentes, Assemelha-se a riscos de giz; 
HIPOPLASIA: Lesão bem delimitada; Contornos oval ou 
arredondado; Dentes homólogos; Parece q sofreu trauma 
QUANTO AOS DENTES AFETADOS: INCIPIENTE: 
DENTES PERMANENTES E DECÍDUOS; 
FLUOROSE: DENTES HOMÓLOGOS, DENTES DE 
MESMO PERÍODO DE FORMAÇÃO; HIPOPLASIA: 
NORMALMENTE EM FACES VESTIBULARES DE 
UM ÚNICO DENTE OU DENTES HOMÓLOGOS 
QUANTO À COLORAÇÃO: INCIPIENTE: BRANCAS 
OPACAS, RUGOSAS OU LEVEMENTE 
AMARELADAS; FLUOROSE: BRANCAS - FORMAS 
LEVES; ACASTANHADAS- FORMAS SEVERAS; 
HIPOPLASIA: BRANCAS OPACAS, AMARELO- 
CREME, ALARANJADAS 
MÉTODOS SISTÊMICOS DE UTILIZAÇÃO DO 
FLÚOR 
FLÚOR: 
- Deve haver sua presença constante do Flúor em 
pequenas concentrações na cavidade bucal: 
- Ação Preventiva: Dificulta a desmineralização do 
esmalte (desequilíbrio da microbiota) 
- Ação Terapêutica: Atua na remineralização do esmalte 
desmineralizado (já há a doença, pq há mancha branca) (* 
quanto e que tipo de flúor se deve aplicar numa mancha 
branca ativa) 
- Incorporação do flúor nos cristais do esmalte de dentes 
permanentes durante a fase de maturação pós eruptiva (ou 
pós irrompimento – Quando o dente permanente irrompe, 
ele ainda está meio poroso, pq a camada superficial ainda 
não recebeu os benefícios do flúor, por isso está na 
mesma condição cristalina do restante do esmalte 
dentário). Essa maturação se dá após 6 meses. 
MÉTODOS SISTÊMICOS DE APLICAÇÃO DO 
FLÚOR: 
- A ação sistêmica do flúor pode ser obtida através de 
alimentos (Ex: frutos do mar, brócolis, água mineral, 
outras bebidas); Comprimidos de fluoreto de sódio 
2,21%, e, principalmente, através da água de 
abastecimento 
- FLUORIDROXIAPATITA: Quando o flúor, 
sistemicamente, age na formação do germe e do esmalte 
do dente permanente, alguns dos cristais irão formar não 
hidroxiapatita, e sim cristais de fluoridroxiapatita. São 
cristais mais resistentes ao ataque ácido. Quanto mais 
cristais de fluoridroxiapatita, mais resistente será o 
esmalte ao ataque ácido. 
- Porém seu excesso no período de formação do germe 
dentário 
irá gerar fluorose 
- Esses cristais reduzem a solubilidade do esmalte; 
Incorporam íons F na época de formação dos cristais do 
esmalte; Provocam mudança na estrutura cristalina 
- Fluoretação de Águas: Compostos mais 
utilizados:Fluorsilicato de sódio: Na2SiF6; Ácido 
fluorsilícico: H2SiF6; Fluoreto de sódio: NaF; Fluoreto 
de cálcio: Ca2F 
- Fluoretação de Águas: 
- Vantagens: Adequado: benefício a todos; Eficiente: 
diminui a incidência e prevalência de cárie dental; 
Seguro: na proporção ideal não produz efeito tóxico; 
Econômico: custo per capta reduzido; Prático: não requer 
equipamento especial; Perene: efeito perdura por toda 
vida 
TOXICIDADE: Exposição aguda aos fluoretos. Depende 
da dosagem ingerida e do peso corporal. 
- DCL (dose certamente letal): 32 a 64 mgF/kg de peso 
corporal 
- DPT (dose provavelmente tóxica): 5 mgF/kg de peso 
corporal 
- Cuidados ao utilizarmos o fluorfosfato acidulado (gel a 
1,23%) e o fluoreto de sódio 2% 
INTOXICAÇÃO AGUDA - SINAIS E SINTOMAS: 
- Gastrintestinais: Náuseas, vômito, diarréia, dores 
abdominais e cólicas 
- Neurológicos: parestesia, tetania, depressão do sistema 
nervoso central e coma 
- Cardiovasculares: pulso fraco, hipotensão, palidez, 
choque, irregularidade de 
batimentos cardíacos e falha (último estágio) 
- DPT de flúor para criança de 10 kg: (ver tabela) 
- A exposição crônica aos fluoretos pode causar 
FLUOROSE DENTÁRIA, a qual provoca opacidade do 
esmalte provocada pela ingestão prolongada de 
fluoretos durante a formação dentária (odontogênese) 
- Cuidados com a suplementação de flúor sistêmico e 
ingestão de dentifrícios 
fluoretados pelas crianças 
- Períodos de calcificação de dentes permanentes (ver 
tabela) 
- Tratamento de emergência para ingestão excessiva de 
flúor (mg de fluoreto por quilograma de peso corporal): 
- Abaixo de 5 mg / kg: Cálcio (leite) via oral e observar 
por algumas horas 
Induzir vômito se necessário 
- Acima de 5 mg/kg e abaixo de 15 mg/kg: Esvaziar o 
estômago induzindo o vômito com eméticos - Cálcio 
solúvel (gluconato de cálcio 5%, leite ) via oral 
Observar o paciente em ambiente hospitalar 
- Acima de 15 mg/kg: Induzir o vômito, levar o paciente 
para hospital, imediatamente. Monitoramento cardíaco e 
observar arritmia cardíaca. 
- Administrar lentamente (via intra- venosa) 10 ml de 
gluconato de cálcio 10%. Doses adicionais são 
necessárias quando os sinais de tetania persistirem. 
- Diuréticos podem ser administrados 
FLÚOR TÓPICO - AÇÃO PREVENTIVA: 
- Manutenção da concentração de Flúor na saliva através 
do uso freqüente de um método (ATF = Aplicação tópica 
de flúor) 
- Ação preventiva: Com a aplicação tópica de flúor, 
ocorre a formação de glóbulos de Fluoreto de Cálcio 
(CaF2), que irão ficar à disposição para agir contra a 
desmineralização do esmalte quando a saliva não der 
conta, com isso, há uma redução do índice de cárie de 
40%. 
AÇÃO TERAPÊUTICA: 
- Ocorre basicamente na remineralização 
- Pode ser na forma de aplicação tópica de flúor em alta 
concentração (gel, verniz) feita pelo dentista 
- Após essa aplicação, há a formação de Hidroxiapatita 
Fluoretada, a qual ficará em volta do cristal, preenchendo 
todos os espaços, sem modificar sua estrutura molecular 
- Hipersensibilidade dentária: 
ATF < concentração e 
> frequência (bochechos) Fluoreto De Cálcio 
ATF > concentração e 
< frequência (verniz, gel) Fluoreto De Cálcio 
HIDROXIAPATITA FLUORETADA 
Diminui a solubilidade do esmalte 
F é agregado durante a Remineralização (Des- Re) aos 
cristais de hidroxiapatita do esmalte 
Reduz o transporte de Ca e Po4 para fora do esmalte em 
meio ácido (Desmineralização) 
GLÓBULOS DE FLUORETO DE CÁLCIO 
Pequenas esferas microscópicas formadas pela reação do 
fluoreto com esmalte 
“RESERVA “ de F que é liberado durante Desafio 
Cariogênico 
Usado para obliterar poros sensibilidade dentinária ex. 
raiz exposta 
MÉTODOS DE USO DOMICILIAR: 
- Uso de dentifrícios e bochechos 
DENTIFRÍCIOS FLUORETADOS: 
- Método simples e racional com máximo efeito com a 
associação de métodos preventivos. Provoca redução do 
índice de cárie entre 25 a 40% 
- Podem ser compostos de Fluoreto de Sódio; 
Monofluorfosfato (MFP) ou Fluoreto Estanhoso 
- Risco à fluorose= 0,07mgF/kg peso/dia 
- Deve haver sempre supervisão durante a escovação 
dentária das crianças 
- Colocar o mínimo de dentifrício – técnica transversal 
BOCHECHOS: 
- Uso diário: NaF 0,05%-225 ppmF 
- Uso semanal/quinzenal: NaF 0,2%-900 ppmF 
- Redução no índice de cárie= 20-50% 
- INDICAÇÕES: Risco/Atividade de cárie; Crianças e 
adultos que vivem em comunidades deficientes de flúor; 
Pacientes com dificuldades motoras; Portadores de 
aparelhos ortodônticos fixos; Função salivar reduzida 
- CUIDADOS: Recomendado para crianças a partir de 6 
anos de idade (fazer um treino prévio) 
- MÉTODOS DE USO PROFISSIONAL: 
- ATF com Gel; Mousse; Vernizes e Materiais Dentários 
- Aplicação Tópicade Flúor: 
- Fluorfosfato Acidulado 1,23% pH 3,0-3,5 (colorido) – 
Indicado para prevenção de cáries. Pode ser usado na 
boca toda. 
- Fluorfosfato Neutro 2% (incolor) – Indicado para 
remineralização e reposição de flúor em regiões 
desmineralizadas; Hipersensibilidade. Utilizar somente 
na região sensível ou de mancha branca. 
- VEÍCULOS: Gel; Gel Tixotrópico; Mousse 
1) Antes da aplicação de flíor, sempre fazer profilaxia 
2) Selecionar e preparar as moldeiras (pré fabricadas ou 
feitas com cera); 
3- INSERÇÃO DE FLÚOR GEL: 
Quantidade a ser utilizada: 
- Parte rasa do pote Dappen de plástico para decíduos 
- Parte funda para os permanentes. 
- Utilizadas com moldeiras de material flexível 
- Para melhor penetração do gel nos espaços interdentais, 
deve-se exercer pressão na moldeira 
- Devido à diluição do gel pela saliva, é imprescindível a 
utilização do sugador para evitar a deglutição 
4- Aplicação 
- Paciente sentado a 90º 
- Secar bem os dentes das 2 arcadas 
- Inserção das moldeiras contendo flúor gel 
- Sugador presente em todo o processo 
- Manter em posição de 1 a 4 minutos 
5- REMOÇÃO DAS MOLDEIRAS 
Remover as moldeiras da boca 
Pedir para o paciente cuspir o EXCESSO 
Remover excessos com gaze (se necessário) 
NUNCA jogar água !!!!!! 
NÃO pedir para paciente fazer bochecho 
Orientar o paciente a não beber ou comer nos próximos 
40-60 minutos 
ATF GEL TIXOTRÓPICO: 
- Elevada viscosidade – não escorre (parece gelatina) 
- Quando não submetido a tensões – permanece na 
moldeira e não escoa 
ATF MOUSSE: 
- Usado na prevenção por ser acidulado 
- Aplicação feita através de moldeiras 
- Menor quantidade necessária 
- Menor risco de intoxicação 
- Mais seguro – não escorre 
- O custo é mais alto 
VERNIZES FLUORETADOS 
- Redução no índice de cárie = até 70% 
- 5% de concentração de flúor que são liberados aos 
poucos 
- É uma suspensão de fluoreto de sódio em solução 
alcoólica de vernizes naturais 
- Duraphat = 22,6 mgF/ml – pH neutro 
- Duraflur = 22,6 mgF/ml 
- Flúor Protector = 1.000 ppmF/frasco 0,4ml (dose única) 
ou ampolas 1,0ml – pH ácido 
- DOSE RECOMENDADA: 
Dent. Decídua= até 0,25 ml = 5,7 mgF 
Dent. Mista= até 0,40 ml = 9,0 mgF 
Dent. Permanente= até 0,75 ml = 17 mgF 
- INDICAÇÕES: Prevenção da cárie por impregnação 
profunda de flúor; Hipersensibilidade dentinária; 
Prevenção da cárie em dentes recém irrompidos; 
Prevenção da cárie secundária; Após ajustes oclusais; 
Remineralização de lesões iniciais de cárie 
APLICAÇÃO DE VERNIZES: Profilaxia (todas as vezes 
que se fizer a aplicação); Isolamento relativo com roletes 
de algodão; Secagem do esmalte com seringa tríplice; 
Sugador em posição; Aplicação do verniz com 
microbrush, de preferência nas bordas da lesão; Aguardar 
3 a 4 minutos; Remover o isolamento; Pedir para o 
paciente cuspir e remover o excesso com gaze, nunca 
jogar água; Orientações sobre alimentação e escovação 
(não comer nem escovar os dentes após a aplicação) 
ORIENTAÇÕES APÓS APLICAÇÃO DE VERNIZES 
- O verniz propicia a liberação de flúor por cerca de até 
24hs após a aplicação 
- Importante não ser removido! 
- NÃO mastigar alimentos muito consistentes (duros) 
- NÃO escovar o dente (s) ou faces aplicadas nas 
primeiras 6 hs 
- VANTAGENS: Fácil aplicação; Maior tempo de 
contato com a superfície dentária; Lenta liberação do 
flúor apesar da alta concentração aplicada 
- INDICAÇÕES: Remineralização de esmalte; 
Sensibilidade dentinária em raiz; 
Protocolo preventivo 
- PROTOCOLO PREVENTIVO: (22 min) Aplicações 
alternadas de vernizes de Clorexidina e Flúor em dentes 
permanentes recém irrompidos (Maturação pós eruptiva) 
dentes recém irrompidos incorporam íons por período 6 
meses 
- REMINERALIZAÇÃO: 
- 3 a 4 aplicações em mancha branca (lesão incipiente 
ativa) 
- Até completa remineralização – aspecto liso, brilhante 
do esmalte (Cicatriz da lesão) 
- VERNIZ DE CLOREXIDINA: Lise de parede celular 
bacteriana; Ação antimicrobiana; Retarda a formação de 
biofilme dental por diminuir a adesão bacteriana à PAE 
MATERIAIS LIBERADORES DE FLÚOR: 
- Propriedades cariostáticas 
- Aumentar a resistência à desmineralização 
- Reduzem o acúmulo de biofilme dental e o crescimento 
de microrganismos 
- Ex: CIV; Selantes Oclusais (Fluroshield, Dentsply) 
Riscos de toxicidade aguda com o uso de flúor tópico 
Quando utilizado corretamente, nenhum método de 
utilização do flúor oferece qualquer risco 
ao paciente 
Produtos de maior risco: Fluorfosfato Gel a 1,23% e 
Verniz Fluoretado 
Demais produtos: adequadamente armazenados e 
utilizados 
DPT de flúor para crianças com 20 kg quando do uso de 
métodos tópicos 
EXAME CLÍNICO, DIAGNÓSTICO E PLANO DE 
TRATAMENTO 
Índice de Green & Vermillion: Somam-se os valores 
obtidos e divide-se pelo nº de faces analisadas 
CLASSIFICAÇÃO DE BAUME: 
TIPO I : Além dos espaços primatas, apresenta diastemas 
generalizados entre os incisivos superiores e inferiores. 
Favorável a bom posicionamento dos permanentes 
anteriores quando da sua erupção. Com diastemas, 
apresentam além dos espaços primatas, espaços 
generalizados entre os incisivos superiores e inferiores 
TIPO II: Sem diastemas, apresentam apenas espaços 
primatas, sem espaços generalizados entre incisivos, 
podendo até ocorrer ausência dos espaços primatas 
(dentes continuamente em contato), tendência a 
apinhamento dos permanentes anteriores quando da sua 
erupção. 
ESPAÇO PRIMATA: Espaço entre os Caninos e Laterais 
decíduos superiores e Primeiros Molares e caninos 
decíduos inferiores 
RELAÇÃO TERMINAL SEGUNDOS MOLARES: 
- Relação distal em plano: se essa relação for mantida até 
a erupção dos primeiros molares, provavelmente a 
oclusão será topo a topo, a tendência é que pela 
substituição dos molares decíduos pelos pré-molares a 
oclusão seja em classe I de angle. 
- Relação distal formando degrau mesial para 
mandíbula: grande possibilidade dos primeiros molares 
permanentes erupcionarem e ocluirem em classe I. 
- Relação distal formando degrau distal para 
mandíbula: ao erupcionar os primeiros molares 
permanentes a oclusão será em classe II, distoclusão, 
prenúncio de má-oclusão. 
RELAÇÃO 1º MOLAR PERMANENTE – CLASSES 
DE ANGLE: 
CLASSE I: Cúspide mesio vestibular do primeiro molar 
superior permanente ocluindo no sulco mesio vestibular 
do primeiro molar inferior permanente com apinhamento 
na região anterior superior e/ou inferior 
CLASSE II: Cúspide mesio vestibular do primeiro molar 
superior permanente ocluindo mesialmente ao sulco 
mesio vestibular do primeiro molar inferior permanente 
CLASSE III: Cúspide mesio vestibular do primeiro molar 
superior permanente ocluindo distalmente ao sulco mesio 
vestibular do primeiro molar inferior permanente 
SOBRESSALÊNCIA/OVERJET: Excessivo trespasse 
horizontal dos incisivos, estando os superiores à frente 
dos inferiores ou os inferiores atrás dos superiores. 
Aspecto típico nas maloclusões classe II. A ponta dos 
incisivos superiores deve estar à frente da ponta dos 
inferiores em 1 a 4 mm no máximo. Se essa distância 
estiver maior temos um overjet. 
SOBREMORDIDA/OVERBITE: Quando há um 
excessivo trespasse dos incisivos, no sentido vertical. 
Pode estar presente em quaisquer das classes da 
classificação de ANGLE. 
Exame Clínico Dentário: Disciplinado, ordenado e 
abrangente; Avaliação de cor, forma, tamanho, número; 
Presença de erosão, abrasão, fraturas; Condições das 
restaurações presentes; Mobilidade dentária; Lesões de 
cárie; 
- Profilaxia prévia; Inspeção visual; Explorador com 
ponta ativa arredondada; 
PLANO DE TRATAMENTO: Fase sistêmica; Fase 
preparatória; Fase restauradora; Fase de manutenção. 
1- Adequação do meio: Conjunto de manobras utilizadas 
para preparar a cavidade bucal para receber o tratamento 
reabilitador. Visa diminuir o nº de microrganismos c/a 
remoção de focos infecciosos, redução de doenças 
sistêmicas e restabelecimento das funções mastigatórias. 
Aumentar o ph. Orientaçãode higiene bucal e controle de 
dieta; Escariação das cavidades e selamento com material 
obturador provisório (ionômero de vidro, IRM); 
Protocolo de vernizes; 
- Cirurgia; Endodontia; Dentística; Prótese; Ortodontia; 
Prevenção; Controle periódico (higiene bucal, reforço da 
motivação, reforço das medidas preventivas). 
RADIOLOGIA EM ODONTOPEDIATRIA: Importante 
no diagnóstico cáries incipientes; Anomalias q possam 
alterar a oclusão (ex.supranumerarios); Alterações 
erupção (época e sequencia);Rizólise; Fraturas; 
Reabsorções; Alterações no espaço periodontal e regiões 
periapicais. 
RECOMENDAÇÕES: Familiarizar a criança c/RX; 
Colocar avental de chumbo; Regular angulação e tempo 
de exposição; Filme compatível 
PERIAPICAL: Paralelismo ou Bissetriz - Relações entre 
decíduos e permanentes; Cárie sob restaurações; 
Alterações pulpares; Reabsorções; Lesões e doenças 
ósseas. Pode dobrar o filme formando 90º, usar rolete de 
algodão e fita crepe 
INTERPROXIMAL: C/posicionador ou c/fita crepe. 
Cáries proximais e oclusais; Lesões coronárias em 
contato c/a câmara pulpar; Avaliar restaurações; Ver 
crista óssea alveolar 
ESTÁGIOS DE NOLLA: São 10 estágios de 
desenvolvimento dental q vai desde à ausência de coroa 
até a formação da raiz. 
LOCALIZAÇÃO DE SUPRANUMERARIOS = TECN. 
DE CLARK (desloca a angulação horizontal do feixe de 
RX) 
ANESTESIA EM ODONTOPEDIATRIA 
Anestesia: produção de estado de insensibilidade 
localizada, reversível, sem que haja alteração do nível de 
consciência. 
- Indicações: qualquer procedimento que pode vir a 
causar dor. 
- Contra-indicações: pacientes alérgicos a anestésicos, 
anomalia ou infecção local que não permita o ato, 
problemas de saúde geral. 
ASPECTOS PSICOLÓGICOS 
CHORO por dor ou tensão 
- O método para aplicar a anestesia deve ser correto. 
- As explicações a respeito da anestesia deverão ser dadas 
com linguajar que seja compreendido (respeitar idade e 
nível mental). 
- A criança já foi anestesiada? 
- Como se comportou? 
- Qual foi a técnica empregada? 
- Como a criança se comporta ao tomar injeções? 
- Orientar os pais a evitar palavras ou gestos que venham 
causar medo à criança. 
- Tranquilizar a criança. 
- Durante a anestesia o profissional deverá conversar com 
a criança, desviando sua atenção. 
SELEÇÃO DA TÉCNICA ANESTÉSICA 
Deve-se considerar alguns fatores: 
- Idade do paciente; 
- Área a ser anestesiada; 
- Profundidade requerida; 
- Duração do efeito anestésico; 
- Presença de infecção local. 
ANESTESIA TÓPICA 
INDICAÇÕES: 
- Durante moldagens; 
- Durante exame radiográfico; 
- Sempre antes de qualquer anestesia local; 
- Na remoção de dentes decíduos quando com raízes 
totalmente reabsorvidas; 
- Dar preferência àqueles com sabor agradável; 
- Gel : mais localizado; 
- Spray: difuso (pode anestesiar regiões que não 
interessam e assustar a criança). 
ANESTESIA TÓPICA 
CONTRA-INDICAÇÕES: 
- Regiões inflamadas ou com ulcerações; 
- Úlceras traumáticas ou aftosas; 
- Herpes simples. 
ANESTESIA TÓPICA 
- Fazer anti-sepsia da região; 
- Secar a mucosa para evitar a diluição do anestésico; 
- Colocar o anestésico sobre a mucosa com um rolete de 
algodão que deve ser mantido em posição por cerca de 3 
minutos. 
ANESTESIA INFILTRATIVA 
Também chamada de terminal ou periférica. 
A injeção anestésica deverá ser depositada nas 
terminações nervosas da área a ser anestesiada. 
ANESTESIA INFILTRATIVA 
INDICAÇÕES: 
- Todos os dentes superiores (decíduos e permanentes); 
- Dentes anteriores inferiores ( decíduos e permanentes); 
- M decíduos inferiores até 5/6 anos de idade quando o 
1ºM permanente erupciona (maior compactação óssea 
mandibular, dificultando a difusão do anestésico). 
ANESTESIA INFILTRATIVA 
- Anti-sepsia do local da puntura; 
- Secagem da mucosa; 
- Aplicação de anestésico tópico por 3’; 
- Estirar o lábio para que a mucosa fique bem distendida; 
- Aproximar a agulha da região de fundo do vestíbulo, o 
mais próximo do ápice do dente a ser anestesiado com o 
bisel da agulha voltado para o osso; 
- Penetrar com a agulha lentamente e ir injetando 
vagarosamente o anestésico e com pouca pressão para dar 
tempo aos tecidos de se expandirem e que o VC atue, 
evitando absorção rápida e efeitos tóxicos do anestésico. 
ANESTESIA INTERSEPTAL OU INTERPAPILAR 
INDICAÇÃO: 
- Quando for necessário realizar uma anestesia por palatal 
ou lingual; 
- Quando for necessário a colocação de grampos para 
isolamento absoluto que podem causar incômodo na 
gengiva. 
Após realizar a anestesia infiltrativa por vestibular, 
introduz-se a agulha na papila vestibular penetrando 
lentamente de V para L/P e depositando o anestésico 
lentamente durante o trajeto. 
ANESTESIA PALATAL OU LINGUAL 
INDICAÇÕES: 
- Quando vamos colocar o grampo ou matriz; 
- Exodontias de dentes superiores. 
ANESTESIA REGIONAL PTERIGOMANDIBULAR 
INDICAÇÕES: 
- M decíduos e PM e M permanentes; 
- Intervenções no lábio inferior; 
- Intervenções em língua; 
- Tecido mucoso e ósseo da mandíbula. 
ANESTESIA REGIONAL PTERIGOMANDIBULAR 
Existem diferenças anatômicas entre crianças e adultos 
que serão responsáveis pela necessidade de algumas 
variações na técnica anestésica pterigomandibular. 
DIFERENÇAS ANATÔMICAS: 
- Ramo ascendente da MD da cça é mais curto; 
- Na cça o diâmetro antero-posterior do ramo é menor; 
- Quanto mais jovem a cça, mais aberto é o ângulo 
goníaco; 
- A língula da mandíbula pode estar situada abaixo do 
plano oclusal dos M decíduos e a uma distância da 
mucosa aproximadamente igual à metade da do adulto. 
VARIAÇÕES NA TÉCNICA: 
A anestesia pterigomandibular em cças deve ser realizada 
com a introdução da agulha numa posição ligeiramente 
mais baixa e mais posterior que nos adultos. 
ANESTESIA REGIONAL PTERIGOMANDIBULAR 
- Anti-sepsia na região de puntura; 
- Secagem da mucosa; 
- Aplicação do anestésico tópico por 3’; 
- Apalpar com o dedo indicador a linha oblíqua externa 
para localizar a fossa retromolar (depressão). l 
- A metade da altura da unha corresponde, 
aproximadamente, a uma distância de 1cm da superfície 
oclusal dos molares.Esse é o local da puntura. 
- A seringa deverá ser colocada na altura entre canino e 
1ºMdec. do lado oposto a ser anestesiado( téc. direta). 
- Introduzir a agulha mais ou menos 1cm e depositar um 
terço do anestésico para anestesiar o nervo lingual; 
- Introduz-se a agulha 2 a 2,5cm, depositamos o restante 
do anestésico e anestesiamos o n. dentário inferior; 
- O n. bucal será anestesiado pela deposição submucosa 
de algumas gotas na região do trígono retromolar. 
SINTOMAS 
- Percebidos após tempo médio de 5 a 10 minutos ; 
- Explicar à cça que ela poderá sentir calor, 
formigamento, inchaço e etc. e que estas sensações são 
passageiras; 
- Confirmar o efeito da anestesia tocando levemente a 
mucosa da região. 
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES 
- Úlceras Traumáticas: devido mordidas voluntárias ou 
involuntárias no lábio inferior ou nas bochechas. Orientar 
o paciente a não morder a área anestesiada e aos pais para 
não fornecerem alimentos consistentes e quentes e 
ficarem atentos a qualquer tentativa de morder o lábio ou 
bochecha. 
Promover anti-sepsia local ou bochechos com água 
morna e sal. i 
- Hematomas: ocorrem por extravasamento de sangue no 
interior dos tecidos após ruptura dos vasos sanguíneos. 
Geralmente decorrentes de técnicas mal executadas. 
Regressão espontânea. 
- Edemas: geralmente ocorre quando várias punturas são 
feitas num mesmo local e o anestésico é depositado 
rapidamente. t 
- Dores pós anestesia: podem ocorrer devido à sucessivas 
punturas num mesmo local; lesões em músculos ou 
ligamentos causados pela agulha; injeção rápida de 
anestésico( distensão dos tecidos) ou agulha 
contaminada( infecção tecidual). 
- Fratura da Agulha: pode ocorrer quando houver 
movimento brusco do paciente ou um tapa na mão doCD; agulhas de má qualidade ou esterelizáveis; 
profissional continua aprofundando a agulha mesmo com 
resistência óssea. 
- Injeção Intravascular: anestésico introduzido 
diretamente na corrente sanguínea alcançando o coração 
e centros cerebrais rapidamente, causando efeitos tóxicos 
graves. 
- Trismo: ou paralisia temporária da mandíbula que pode 
ocorrer por trauma em um músculo durante a introdução 
da agulha ou por hemorragia e infecção leve no músculo. 
- Infecção local: falta de anti-sepsia, introdução da agulha 
em locais inflamados ou supurados, solução anestésica 
contaminada ou ainda excesso de anestésico que pode 
provocar isquemia exagerada. 
- Escaras: ocorrem quando são executadas injeções 
sucessivas. 
- Paralisia temporária: resulta de anestesia de terminações 
nervosas motoras. Desaparece assim que cessa o efeito 
anestésico. 
- Parestesia: devido à lesão de um nervo sensitivo e 
poderá ser parcial ou total. O tratamento inclui 
fisioterapia com calor, administração de vitaminas do 
complexo B e a aplicação de laser. 
O efeito do anestésico pode não se instalar e quando isso 
ocorre devemos procurar a causa: 
- Armazenamento inadequado dos tubetes que pode 
causar alteração da droga; 
- Prazo de validade do anestésico vencido que também 
pode alterar a droga; 
- Alterações anatômicas que podem ocorrer nos 
pacientes, fazendo que haja erro técnico na aplicação da 
anestesia. 
REAÇÕES ALÉRGICAS 
É pouco freqüente e pode se dar de forma branda, tais 
como reações cutânea de tipo eczematoso, até as mais 
severas, como o choque anafilático. 
Podem ser resolvidas pelo próprio CD ou até necessitar 
de cuidados médicos urgentes, hospitalizando o paciente 
se necessário. 
Sinais: 
- eritema, edema, prurido, urticária, edema de pálpebra ou 
de lábios, broncoconstrição, edema de glote, dispnéia, 
hipotensão considerável. 
CIRURGIA EM ODONTOPEDIATRIA 
PRINCÍPIOS BÁSICOS: 
- Decisão cirúrgica, mediante exames necessários para 
diagnóstico correto; 
- A necessidade cirúrgica deve ser avaliada 
cuidadosamente,e informada aos pais dando-lhes 
detalhes; 
- Momento oportuno para cirurgia: estado geral de saúde 
e psicológico do paciente; 
- Estudo e interpretação dos dados obtidos no exame 
anamnético, nos exames clínico e complementares; - 
Executar as medidas pré-operatórias; 
- Planejamento da técnica cirúrgica, material e 
instrumental necessário; 
- Medidas de biossegurança. 
MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA: 
- Protocolo de controle de infecções, visando controlar 
doenças transmissíveis; 
- Visam a proteção do profissional, auxiliares e pacientes; 
Material e Instrumental Utilizados em Cirurgia Bucal: 
- Devem estar dispostos e agrupados de acordo com suas 
funções. 
Exodontia de Dentes Decíduos: Indicações: 
- O comprometimento do dente é tão grande que não 
existe mais nenhuma possibilidade de mantê-lo na 
cavidade bucal; 
- Nos casos de dentes, cuja região periapical ou 
interradicular apresente rarefação óssea, persistente após 
tentativas de tratamento endodôntico; 
- Presença de lesão periapical com rompimento da cripta 
óssea do germe do sucessor permanente; 
- Dentes com cáries que já atingiram a bifurcação 
radicular; 
- Dentes com alveólise; 
- Dentes com raízes fraturadas; 
- Dentes anquilosados e submersos. 
- Há uma série de situações que podem dificultar a 
exodontia, tais como: reabsorção desigual das raízes, 
fratura da coroa, raízes de molares em estreita relação 
com a coroa do dente permanente, dentes anquilosados. 
Exodontia pelo Uso de Fórceps: 
Nas exodontias com fórceps sua ponta ativa é projetada 
para ser adaptada à raiz, na junção da coroa e da raiz do 
dente. Quanto mais adaptada ela estiver à raiz do dente, 
mais eficiente será a remoção e menores serão as 
possibilidades de complicações. 
Exodontia de Dentes Anteriores Uso de Fórceps: 
Os dentes posteriores decíduos devem ser luxados 
empregando-se pressões alternadas no sentido vestíbulo-
lingual para em seguida serem retirados no sentido 
lingual. 
CONTRA INDICAÇÕES DO USO DO FÓRCEPS: Qdo 
não houver porção coronária suficiente para receber e 
transmitir o efeito mecânico do instrumento e também 
quando o germe do dente permanente sucessor puder ser 
deslocado quando do movimento das raízes do decíduo. 
Exodontia Pelo Uso de Extratores: Finalidades: 
- Luxar dentes para posterior utilização do fórceps; 
- Expandir o osso alveolar facilitando a exodontia; 
- Remover raízes fraturadas ou seccionadas 
cirurgicamente; 
- Remover dentes anteriores com reabsorção radicular 
extensa. 
ODONTOSSECÇÃO: 
- Reduzir a resistência à avulsão dentária; 
- Evitar fraturas radiculares durante a exodontia; 
- Eliminar a impacção de dentes retidos; 
- Raízes com dilaceração. 
Seccionamento feito com instrumento rotatório, no 
sentido vestíbulo-lingual e em seguida remove-se, 
cuidadosamente, cada raiz separadamente. 
itfititrtrttri,titíl-lilir-,it,rirt. 
DENTES ANQUILOSADOS: 
- Ligeiramente fora de oclusão; 
- Ou totalmente no interior do processo alveolar, mas 
mostrando evidência de já ter estado na boca; 
- Raízes quase totalmente reabsorvidas e não apresentam 
mobilidade quando pressionados manualmente ou com 
algum instrumento, podendo, então, estar soldado ao osso 
adjacente. 
CURETAGEM: Sempre que, após a exodontia, se 
constate a presença intra-alveolar de lesão patológica 
passível de ser removida por curetagem. 
Cuidado para não lesar o germe do dente permanente, 
nem deixar resíduos de um processo patológico que possa 
evoluir ou atuar nocivamente como um foco infeccioso 
residual. 
SUTURA: Pode ser usada se existir quantidade suficiente 
de tecido gengival que permita a passagem do fio de 
sutura, sem sofrer esgarçamento e sem lesar as porções 
mais superficiais do dente permanente. 
ACIDENTES NAS EXO DOS DECÍDUOS: + frequentes 
são: Fraturas coronárias e radiculares; Sangramento 
abundante; Traumatismo e mesmo a avulsão do germe do 
dente permanente. 
- Quando ocorre a avulsão do germe do dente permanente 
devemos colocá-lo em sua posição correta e obter sua 
imobilização. 
- Acompanha-se o reimplante podendo-se favorecê-lo 
com o uso de antinflamatórios e antibióticos. 
- Ocorrerendo reações inflamatórias exacerbadas, sépticas 
ou não, considerar a hipótese de insucesso e remoção do 
germe dentário reimplantado. 
DENTES NÃO IRROMPIDOS: Identificados como: 
- Dentes inclusos quando não existe bloqueio para o seu 
irrompimento; 
- Dentes impactados se houver obstáculo entre o dente e a 
superfície dos tecidos. 
- Sua permanência no arco deve ser periodicamente 
avaliada por meio de exame clínico-radiográfico. 
*cA exodontia é necessária quando: 
- Relação com a presença de um cisto ou de um tumor 
odontogênico; 
- Vinculado à manifestação de repetidas reações locais 
inflamatórias; 
- Interfere no tratamento ortodôntico; 
- Relacionado como causa de dano aos tecidos 
periodontais, ou mesmo das estruturas mineralizadas de 
um dente irrompido e posicionado no arco dentário; 
- Ser portador de cárie ou de reabsorção interna. 
DENTES SUPRANUMERÁRIOS: Necessidade de 
exodontia quando: 
- Impede o irrompimento de um dente permanente; 
- Sedia um cisto dentígero; 
- Participa da formação de um diastema; 
- Representa a causa do mal posicionamento de um dente 
permanente no arco dentário. 
- Se não for feita a exodontia deve-se avisar que poderá 
haver mudança de conduta com base nos achados clínico-
radiográficos que deverão ser feitos periodicamente. 
CISTOS DE ERUPÇÃO: Cisto dentígero extra-ósseo 
que ocorre quando o dente tem dificuldade para vencer 
resistências ao seu irrompimento no arco dentário e 
permanece com a face oclusal da sua coroa recoberta por 
um capuz de mucosa gengival. 
- Surge um quadro inflamatório de natureza traumática e 
o exsudato inflamatório advindo do bloqueio à 
microcirculação regional ao ser coletado entre a mucosa 
gengivale o dente, dá origem a uma lesão bolhosa que 
pode conter apenas líquido (aparência translúcida-
azulada) ou também pigmento hemoglobulínico 
(aparência de um hematoma). 
- O quadro clínico pode se tornar dolorido e incômodo e 
deve ser removido cirurgicamente: remoção dos tecidos 
que se superpõem à face oclusal do dente não irrompido 
colocando-o em contato com o meio bucal. 
ULECTOMIA: Remoção dos tecidos que revestem a face 
oclusal da coroa dentária de um dente não irrompido 
permitindo seu irrompimento. 
FRENECTOMIA: Remoção cirúrgica dos freios dos 
lábios, superior e inferior, bem como o da língua. 
- A exérese do freio labial é preconizada por razões bem 
diversificadas e muito polêmicas: Ordem funcional; 
Dificuldade na sucção de alimentos; Interferência na 
fonação; Favorecer os tratamentos ortodôntico e 
periodontal; Fechamento de diastema; Dificuldade na 
escovação; Tensão direta sobre a mucosa gengival. 
- Idade ideal: Imediatamente após o nascimento da 
criança; Após o irrompimento dos incisivos laterais 
decíduos; Após o irrompimento dos incisivos laterais 
permanentes; Após o irrompimento dos caninos 
permanentes. 
- Respeito ao princípio cirúrgico, quando possa ser usado 
anestésico local, quando o paciente colabora. 
Freio Lingual: Quando curto altera a fisiologia da 
mecânica da língua, podendo, também acarretar 
alterações anatômicas e funcionais em outras estruturas 
da boca. 
- No RN estende-se do ápice da língua até a base do 
processo alveolar da mandíbula. Com o passar do tempo, 
com o alongamento da língua ele passa a ocupar a porção 
central da porção anterior da língua. 
TERAPIA E CAPEAMENTO PULPAR: 
* Diferença entre capeamento pulpar (está próximo à 
polpa) e proteção do complexo dentina-polpa (finalidade 
de dentística restauradora) 
- 4 tipos: 
a) CAPEAMENTO PULPAR DIRETO: Geralmente 
contra indicado, exceto em crianças menores de 4 anos; 
Antes do inicio da rizólise; Onde a exposição não foi 
contaminada por saliva (micro exposição mecânica). 
Pasta Guedes Pinto + Guta em bastão + CIV ou HCa 
pasta + Verniz + C.de Fosf.de Zinco ou CIV ou OZE + 
IRM. Geralmente não se obtém sucesso e se opta pela 
polpotomia. 
b) CAPEAMENTO PULPAR INDIRETO: Mto próximo 
da polpa (2 mm), mas ainda não houve exposição. 
- Dentes sem risólise (+ ou – 2/3 da raiz p/responder ao 
capeamento) com cáries profundas q podem expor a 
polpa ou traumas. Suspende a curetagem e põe curativo 
sobre a dentina remanescente. Pasta Guedes Pinto + Guta 
em bastão + CIV ou OZE + IRM ou HCa pasta + Verniz 
+ C.de Fosf.de Zinco ou CIV. Geralmente não se obtém 
sucesso e se opta pela polpotomia. 
- Contra indicação: Dente com PULPITE, pois há 
comprometimento da resposta pulpar e o ciclo biológico é 
incompatível 
- Radiografar de 30 a 45 dias após 
c) POLPOTOMIA: Remoção parcial da polpa. 
- Indicações: Problemas pulpares em dentes decíduos q 
devem permanecer por mais de um ano; Decíduos 
cariados com probabilidade de exposição pulpar; Pulpite 
em fase inicial. 
- Resposta favorável: Sangue fluido de cor vermelho vivo 
- Resposta desfavorável: Sangue escuro e viscoso 
- Remover tecido cariado e teto da câmara pulpar até a 
exibição da polpa coronária; Usar curetas bem afiadas, 
remover a polpa coronária; fazer hemostasia com algodão 
estéril c/anestésico ou soro fisiológico por 1 min; cobrir a 
polpa com pasta Guedes Pinto; fina camada de Guta; 
cimento; restauração 
PASTA GUEDES PINTO: Iodofórmio + PMCC + 
Ricofort em partes iguais 
d) PULPECTOMIA: Remoção total da polpa viva 
- Indicações: Pulpite aguda; Após tentativa de polpotomia 
o sangramento continua abundante; Dentes c/grande 
destruição e q necessitam de pino intraradicular; Pulpites 
irreversíveis ou c/dúvida da vitalidade da polpa. A 
técnica é igual à anterior, mas remove toda a polpa. 
* Tratamento em decíduos c/polpa mortificada: Remover 
a maior qtde possível de tecido contaminado dentro dos 
canais, permitindo assim q o medicamento tenha melhor 
ação. Esperar a resposta orgânica favorável através de 
RX periódicos.

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