Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 BEATRIZ ARAÚJO – T5C – FISIOPATOLOGIA II Pancreatite crônica e neoplasias COMO ACONTECE? Consumo de álcool → suco pancreático rico em proteínas e pobre em litostatina → formação de rolhas proteicas e deposição de cálcio → formação de cálculos → obstrução do ducto pancreático: • Inflamação → ↑ EROs → pancreatite crônica • Aumento da pressão intraductal → isquêmica → pancreatite crônica Patogênese 1. Episódios repetidos de pancreatite aguda. 2. Fibrose perilobular + distorção dos ductos + alterações nas secreções pancreáticas. 3. Destruição progressiva irreversível do parênquima pancreático. → A lesão pancreática crônica, qualquer que seja a sua causa, leva à produção local de mediadores inflamatórios que causam fibrose e perda de células acinares. → A pancreatite autoimune é uma forma patogenicamente distinta de pancreatite crônica que está associada à presença de plasmócitos secretores de IgG4 no pâncreas. Morfologia Inflamação crônica com fibrose e destruição irreversível de parênquima pancreático, inicialmente com perda de pâncreas exócrino (ácinos) e que pode evoluir para perda de pâncreas endócrino (ilhotas de langerhans). Causas: • Exposição crônica ao álcool • Obstrução ducto pancreático • Pancreatite autoimune • Pancreatite hereditária • Alterações anatômicas do pâncreas (pancreas divisium) Se o estimulo agressor não é retirado, o paciente pode desenvolver diabetes. Se já atingiu insuficiência pancreática, terá que fazer suplementação enzimática para o resto da vida, mesmo retirando os estímulos agressores. 2 BEATRIZ ARAÚJO – T5C – FISIOPATOLOGIA II Infiltrado inflamatório crônico + tecido fibrótico + células acinares reduzidas (*) + Ilhotas de Langerhans preservadas (seta) - com o tempo podem ser perdidas Ductos apresentam dilatações, distorções e alterações no seu epitélio- atrofia, hiperplasia e metaplasia escamosa (seta). Aspectos clínicos ➣ Dores em faixa de região epigástrica com irradiação para o dorso que podem variar de moderada a grave (intermitente ou crônica); ➣ Insuficiência pancreática - má absorção de nutrientes; ➣ Diarréia e esteatorréia; ➣ Perda de peso; ➣ Hipoalbuminemia- edema; ➣ Icterícia (obstrução do colédoco e ↑ de fosfatase alcalina) ➣ Diabetes mellitus CISTO NÃO NEOPLÁSICO CISTO VERDADEIRO: cavidade revestida por um epitélio, e é preenchida por um conteúdo liquido ou pastoso. PSEUDOCISTO: cisto que não é revestido por um epitélio. → Pseudocistos: formados no processo de pancreatite aguda sobreposta a pancreatite crônica. Contém material necrótico hemorrágico em seu interior e ausência de revestimento epitelial. 3 BEATRIZ ARAÚJO – T5C – FISIOPATOLOGIA II Reversão espontânea ou complicações: • Podem causar obstrução do colédoco e ou infecções com perfuração. NEOPLasias císticas pancreáticas • Serosa 25%: - Benigna - Multiplos (1-3mm) - Epitélio cúbico, rico em muco - Mulheres – 6 e 7ª década de vida - Dores abdominais • Mucinosa 8% - pode virar maligna • Neoplasia intraductal papilar – pode virar maligno *mucinosa e intraductal -as vezes utilizam- se quimioterapia para que não evoluam para malignidade. *seroso* NEOPLasia cística mucisona (NCM) • Benigna com potencial de malignidade • Únicos múltiplos de maior tamanho (6cm) em causa e corpo de pâncreas • Cisto revestido por epitélio colunar contendo mucina, sustenado por estroma denso (tipo ovariano) • Mutação em TP53 e KRAS • ↑ CEA e amilase normal ⤷ CEA (Antígeno carcinoude epidermal) → Típico ne-oplasias viscerais, sendo um marcador de atividade 4 BEATRIZ ARAÚJO – T5C – FISIOPATOLOGIA II proliferativa epitelial, não sendo específico para ne-oplasias pancreáticas; ⟡ Na NCM, ele se encontra aumentado, e pode ser utilizado também para acompanhar o tra-tamento. NEOPLasia cística mucisona (NCM) – progressão * Esquerdo displasia de alto grau * Direito displasia de baixo grau NEOPLasia intraductal papilar mucinosa (nimps) • Benigna com potencial de malignidade • Epitélio do ducto pancreático e se diferenciam em outros fenótipos (gástrico + comum) • Cabeça do pâncreas • Ausência do estroma denso • Mutação em GNAS. KRAS, TP53, SMAD4 • CEA e amilase 5 BEATRIZ ARAÚJO – T5C – FISIOPATOLOGIA II NEOPLasia intraductal papilar mucinosa – progressão ⤷ Nessa neoplasia, tanto os marcadores CA quanto Amilase encontram-se elevados. ⟡ Próximo à cabeça, na região ductal, o cisto produz um componente fibrovascular, formando papilas, e bloqueia a secreção ductal e causa um quadro de pancreatite; ⟡ Não se sabe se a pancreatite causa o NIMPS ou o NIMPS causa a pancreatite; ⟡ A obstrução do lúmen ductal faz com que os zimogênios, como a amilase, se acumulem no parênquima do órgão; ⟡ O acúmulo da amilase causa também um processo inflamatório associado Adenocarcinoma ductal pancreático • Carcinoma de pâncreas ou câncer de pâncreas • Transformação maligna de epitélio de ductos entre os ácinos • 65% cabeça do pâncreas; 15% corpo; 5% cauda; 20% difusa • Alto potencial invasivo • Diagnóstico tardio- destruição local avançada e metástases • Taxa de sobrevida em 5 anos < 5% 6 BEATRIZ ARAÚJO – T5C – FISIOPATOLOGIA II NCM e NIPMs são consideradas lesões precursoras mas a mais importante é a NEOPLASIA INTRAEPITELIAL PANCREÁTICA (NIpan) (sme que haja a formação cística) Formações de aspecto glandular invadindo o estroma, alta reação desmoplásica, atipia nuclear, mitoses frequentes. Adenocarcinoma ductal pancreático – fatores de risco • Tabagismo, obesidade (dieta hiperlipidica) • Homens (60-80 anos), etnia – negros e judeus Ashkenazi • Sindormes hereditárias – pancreatite hereditária, câncer de mama hereditário, Peutz-Jeghers • Pancreatite crônica • Diabetes mellitus Adenocarcinoma ductal pancreático – aspectos clínicos • Dor abdominal 7 BEATRIZ ARAÚJO – T5C – FISIOPATOLOGIA II • Anorexia/fraqueza • Perda de peso • Síndrome de trousseau • Icterícia • ↑↑ CEA e CA – 19 – 9
Compartilhar