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Anna Beatriz Rambaldi | 4° Semestre 13/09 21.2 Pancreatite Crônica Pâncreas ● Porção exócrina (células acinares) - predomina na cabeça do pâncreas, mais próximo do duodeno, onde as enzimas serão liberadas ● Porção endócrina - porção final do corpo e cauda Pancreatite Crônica Inflamação crônica com fibrose e destruição irreversível de parênquima pancreático, inicialmente com perda de pâncreas exócrino (ácinos) e que pode evoluir para perda de pâncreas endócrino (ilhotas de Langerhans) OBS: a porção perdida não recupera mais (irreversível) → paciente precisará fazer administração exógena de enzimas/hormônios → O estímulo agressor (principalmente álcool) deve ser retirado para cessar a destruição do parênquima + descanso do pâncreas (cessar ingestão oral) ↳ Episódios repetidos de pancreatite aguda → resulta em cronificação ↳ Pancreatite crônica não evolui para necrose hemorrágica (sem efeito sistêmico), mas pode evoluir para câncer ↳ Na crônica ocorre uma perda celular devido ao excesso de mecanismo de cura e reparo → ácinos substituídos por tecido fibrótico (fibrose) ↳ Típico de pancreatite crônica → insuficiência pancreática (fibrose) - perda de pâncreas endócrinos e exócrinos Causas ● Exposição crônica ao álcool ● Obstrução ducto pancreático - principal: colelitíase ● Pancreatite autoimune ● Pancreatite hereditária - associada à fibrose cística ● Alterações anatômicas do pâncreas (pancreas divisium) - alteração da formação dos ductos → o principal fica muito carregado Carcinomas pancreáticos → desenvolve em epitélio → ductos pancreáticos ↳ São carcinomas intraductais Exposição ao álcool Consumo de álcool ⬇ Aumento da viscosidade do suco pancreático - rico em proteínas e pobre em litostatina (impede deposição de Ca+2) ⬇ Formação de rolhas proteicas e deposição de cálcio ⬇ Formação de cálculos ⬇ Obstrução do ducto pancreático ⬇ 1- Processos inflamatórios e aumento de EROS → pancreatite crônica 2- Aumento da pressão intraductal → Isquemia → hipóxia → degeneração hidrópica → necrose → fibrose → pancreatite crônica → Vulnerabilidade relacionada à redução de litostatina + associação ao abuso de álcool → risco maior para a pancreatite crônica Patogênese Episódios repetidos de pancreatite aguda ⬇ Fibrose perilobular + distorção dos ductos + alterações pancreáticas ⬇ Resp inflamatória crônica (TGFb - estimula fibroblastos e PDGF - crescimento de plaquetas) → ativação e proliferação de miofibroblastos periacinares ⬇ Destruição progressiva e irreversível de parênquima pancreático (perda + fibrose) Redução de células acinares (destruição e atrofia) preservação de ilhotas de Langerhans Ducto distorcido, com concreções proteicas em sua luz Epitélio pode sofrer atrofia, hiperplasia e/ou metaplasia escamosa (seta) → alterações que podem evoluir para neoplasia (não obrigatoriamente) Aspectos Clínicos ● Dores em faixa de região epigástrica com irradiação para o dorso que podem variar de moderada a grave (intermitente ou crônica); ● Diarreia e esteatorreia (fezes amarelada ou esbranquiçada) - incapacidade de digerir gordura (deficiência de lipase) ● Insuficiência pancreática - má absorção de nutrientes - Síndromes malabsortivas - dificuldade de digerir gordura, proteína (pode ocorrer hipoalbuminemia) ● Perda de peso repentino ● Edema - hipoalbuminemia ● Hiperglicemia - Diabetes mellitus (deficiência de insulina - perda das Ilhotas de Langerhans) ● Icterícia (obstrução do colédoco e ↑de fosfatase alcalina - lesão de via biliar)
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