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Pancreatite Crônica e Neoplasias Pancreáticas

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO 
JEAN LUQUE T5C 
 
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Pancreatite Cronica e Neoplasias Pancreaticas 
13/09/2021 
 
• Aula da professora; 
• Capítulo 23 Robbins. 
 
RESUMO DO LIVRO, O QUE DEVEMOS SABER: 
 
Resumindo a pancreatite crônica, segundo robbins: 
 
Quais sao as principais diferenças das duas pancreatites: 
 
Na crônica ocorre a fibrose – TGF BETA, do pâncreas com a perda 
de células acinares. 
• Lembrar do aumento dos fatores fibrogênicos. 
Na aula de hoje iremos abordar os seguintes pontos: 
• Pancreatite crônica; 
• Cistos não neoplásicos; 
• Cistos neoplásicos; 
• Neoplasia intrapitelial pancreática (NIpan); 
• Adenomacarcinoma ductal de pâncreas; 
Relembrar a parte dos pâncreas e o que é afetado nessa doença 
crônica: 
 
As ilhotas são localizadas na posição final do pâncreas e na cauda, 
não chega a ter tanto contato com o duodeno, essa regiao ajuda sua 
secreção na circulação e sistemicamente as funções de regulação 
sistêmica aconteça. 
Perda dessas ilhotas cursa com um quadro de diabetes. 
Por outro lado, se estamos falando de um câncer de pâncreas, isso 
é, um carcinoma (a partir de epitélio) 
1) PANCREATITE CRÔNICA: 
É a inflamação crônica com fibrose e destruição irreversível de 
parênquima pancreático, inicialmente com perda de pâncreas 
exócrino (ácinos) e que pode evoluir para perda de pâncreas 
endócrino, isso é, com as ilhotas de langerhans. 
Por vezes, vemos a preservação das ilhotas, e por conta disso pode 
ou não evoluir para uma diabetes. 
Quais sao as causas desse tipo de pancreatite; 
• Exposição crônica ao álcool; 
• Obstrução ducto pancreático; 
• Pancreatite autoimune; 
o É uma forma patogenicamente distinta de 
pancreatite crônica que está associado a 
presença de plasmócitos secretores de IgG4 no 
pâncreas. Pode emitir os sinais e sintomas do 
carcinoma pancreático. 
• Alterações anatômicas do pâncreas, isto é, pâncreas 
divisium; 
• É mais comum no sexo feminino devido as pedras, e no 
masculino ao consumo exacerbado de álcool. 
A patogenia: 
• Episódios repetidos de pancreatite aguda; 
• Fibrose perilobular + distorção dos ductos + alteração nas 
secreções pancreáticas; 
 
• Destruição progressiva irreversível de parênquima 
pancreático. 
 
Além disso, devemos saber que ocorre o seguinte: 
 
Para a gente entender um pouco melhor sobre o álcool e sua 
relação com a pancreatite nessa condição ne cronificação; 
• A exposição ao álcool modifica a consistência do suco 
pancreático, pois o álcool modificando o metabolismo de 
proteínas faz com que esse suco fique mais viscoso; 
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• Esse suco fica rico em proteínas e pobre em litostatina, 
sendo que essa última é uma molécula que impede a 
deposição de cálcio no suco pancreático. 
o A listotatina diminuída está relacionada a uma 
pré-disposição também. 
o Com pouca, tenho proteína e cálcio sobrando, 
favorecendo a solidificação com calcificação 
distrófica, o que favorece a formação de 
cálculos; 
o Essa calculose pode já vir a obstruir ducto. 
• Aumenta a pressão intraductal; 
o Pode levar a isquemia; 
o Pancreatite crônica. 
• Ocorrer inflamação; 
• Aumenta eros; 
• Pacreátite crônica, que pode levar a morte. 
O que encontramos na lâmina: 
 
 
Infiltrado inflamatório crônico + tecido fibrótico + células acinares 
reduzidas* + ilhotas de langerhans preservadas (setas)- com o tempo 
podem ser perdidas. 
 
Quais sao os aspectos clínicos? 
• Insuficiência pancreática- má absorção de nutrientes; 
• Dores em faixa da regiao epigástrica com irradiação para 
o dorso que podem variar de moderada a grave; 
• Diarreia e esteatorréia; 
• Perda de peso; 
• Hipoalbunemia- edema; 
• Icterícia, obstrução do colédoco e aumento de fosfatase 
alcalina; 
• Diabetes de mellitus. 
Os ductos apresentam dilatações, distorções e alterações no seu 
epitélio- atrofia, hiperplasia e metalepsia escamosa (seta) 
 
 
À medida que tenho a modifica esse epitélio, podemos evoluir/ cursar 
para uma neoplasia. 
 
2) CISTOS NAO NEOPLÁSICOS: 
 
Um cisto é uma cavidade revestida por um epitélio e é 
preenchido por um conteúdo líquido ou pastoso. Isso é um cisto 
verdadeiro. 
• Pseudocistos, formados no processo de pancreatite aguda 
sobreposta a pancreatite crônica; 
• Não possuem um revestimento epitelial, por isso o prefixo 
psuedo; 
• Presença enzimas pancreáticas. 
• Contém material necrótico e hemorrágico em seu interior 
e ausência de revestimento epitelial. 
A reversão pode ser espontânea, ou ocorre complicações como: 
• Obstrução do colédoco e ou infecções com perfuração. 
 
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A lâmina, como é: 
 
Embora muitos pseudocistos se resolvam espontaneamente, podem 
se tornar secundariamente infectados, e pseudocistos maiores 
podem comprimir ou até mesmo sofrer perfuração de estruturas 
adjacentes. 
 
3) NEOPLASIAS CÍSTICAS PANCREÁTICAS: 
 
• Geralmente ocorrem na cauda do pâncreas; 
• Ocorre uma divisão nesse tipo de neoplasia cística; 
o Mucina: 8%; 
o Neoplasia intraductal papilar; 
• Essas duas correm risco alto de evoluir para carcinoma, ou 
seja, são a priori benigna e podem virar maligna. 
Além disso, dentre as neoplasias císticas pancreáticas temos a 
SEROSA, que corresponde a 25%, sendo suas características: 
• Benigna; 
• Múltipla; 
• Epitélio cúbico, rico em muco; 
• Mulher- 6 e 7 décadas; 
• Dores abdominais. 
 
A) Neoplasia cística mucinosa (NCM) 
• Benigno com potencial de malignidade; 
• Únicos ou múltiplos, em cauda e corpo do pâncreas; 
• Tamanho máximo de 6mm; 
 
• Cisto revestido por epitélio colunar contendo mucina, 
sustentado por estroma denso; tipo ovariano; 
• Mutação em TP53 e KRAS, é o que representa seu risco 
de malignidade- pré-maligna. 
• Aumenta CEA, QUE É UM ANTÍGENO CARNICÓIDE 
EPIDERMAL, é um marcador de que tenho uma atividade 
proliferativa de epitelial, CEA muito alto, atividade 
neoplásico acontecendo, e amilase normal; 
• Epitélio rico em muco sustentado por um estroma do tipo 
ovariano. 
 
 
B) NEOPLASIA INTRADUCTAL PAPILAR MUCINA (NIPMS.) 
• Benigna com potencial de malignidade; 
• Epitélio e ducto pancreático. E se diferenciam em outros 
fenótipos (gástrico comum); 
• Cabeça do pâncreas; 
• Ausência de estroma denso; 
• Mutação em GNAS, KRAS, TP53, SMAD4.; 
• CEA e amilase alta. 
 
Vale destacar que: 
 
 
Adenocarcinoma ductal pancreático: 
• Carcinoma de pâncreas ou câncer de pâncreas; 
• Transformação maligna de epitélio de ductos entre os 
ácinos; 
• 65% cabeça, 15% corpo; 5% cauda; 20% difusa; 
• Alto potencial invasivo; 
• Diagnostico tardio- destruição local avançada e metástase; 
• Sobrevida em 5 anos. 
Fatores de risco: 
• Tabagismo, obesidade, alta ingestão de lipídios saturados; 
• Homem 60-80 anos, negro e judeus; 
• Síndrome hereditárias- pancreatite hereditária, câncer de 
mama hereditário; 
• Pancreatite crônica; 
• Diabetes Mellitus. 
Os aspectos clínicos: 
 
 
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O estadiamento:

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