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exame físico da boca

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Judkássia Oliveira P2-UC4/UNIT 
Anatomia da boca 
 
 
 
 
Sinais e sintomas 
Dor 
 A dor mais comum na cavidade bucal é a de origem 
dentária (odontalgia), podendo também existir a 
pulpite (quando há perda de esmalte dentário). 
 As causas geralmente estão relacionadas com cárie 
dentária, alterações pulpares e dos tecidos de 
suporte dos dentes, o periodonto. 
 Em relação aos tecidos de suporte do dente (osso 
alveolar, ligamento periodontal), as dores mais 
comuns estão relacionadas ao abscesso periapical 
e periodontal, à alveolite e à osteomielite. 
Alveolite: complicação mais comum após uma extração 
dentária difícil e traumática. O coágulo sanguíneo se 
desintegrou ou foi deslocado, resultando em odor 
desagradável e dor intensa, mas sem supuração. 
Osteomielite: processo inflamatório agudo ou crônico 
localizado nos espaços medulares ou nas superfícies 
corticais do osso. 
 
Limitação da abertura bucal: 
 Este sinal, também denominado trismo, consiste na 
dificuldade ou impossibilidade, temporária ou 
permanente, de abertura da boca. 
 Pode ter causa intra ou extra articular (ATM). 
Halitose 
 Odor bucal desagradável (mau hálito), em geral 
percebido pelos circunstantes e, menos 
frequentemente, pelo próprio paciente. Em 
condições normais, no jovem, o hálito geralmente é 
Judkássia Oliveira P2-UC4/UNIT 
doce e agradável. Com o aumento da idade torna-se 
mais intenso e desagradável. 
 A halitose pode ser também de origem metabólica 
ou psicogênica, porém, causas locais representam 
cerca de 90% dos casos, destacando-se higiene 
bucal deficiente, as causas não bucais ou gerais 
são: respiratórias, digestórias, metabólicas, 
psicogênicas, jejum prolongado. 
Xerostomia. 
 Boca seca, pode estar relacionada com falta de 
saliva, contudo, nem sempre a boca seca indica falta 
ou diminuição na produção de saliva. 
 As causas mais frequentes são as condições que 
desidratam a boca e ressecam a mucosa bucal, 
dentre as quais incluem-se a respiração bucal e o 
ronco, uso excessivo da fala e a desidratação de 
qualquer causa. 
 Pode ocorrer em doenças das glândulas salivares, 
quimioterapia e uso de alguns medicamentos. 
Sangramento gengival. 
 É um sintoma comum, cuja causa mais frequente é 
o ato de escovar os dentes. Quando isso ocorre, é 
necessário investigar a presença de gengivite. No 
sangramento gengival espontâneo, anemia ou 
leucemia devem ser investigadas. A dengue do tipo 
hemorrágico pode ter o sangramento gengival como 
manifestação clínica. 
Úlceras aftosas recorrentes. 
 As úlceras aftosas recorrentes são comuns em 
diferentes locais da mucosa bucal, sem causa 
definida. 
 Dentre as causas incluem-se alergias, 
predisposição genética, deficiências nutricionais, 
anormalidades hematológicas, influências 
hormonais, agentes infecciosos, trauma e estresse. 
 Podem apresentar-se como ulceração aftosa menor, 
maior e herpetiforme. 
 Úlceras que não cicatrizam. 
 Em muitos casos, observam-se causas benignas, 
como trauma mastigatório ou corpos estranhos que 
podem originar um processo inflamatório, às vezes 
com formação de lesões granulomatosas. Outras 
vezes, a falta de higiene local é fonte de infecções 
recorrentes, favorecendo a formação de trajetos 
fistulosos e abscessos. Alguns microrganismos, 
podem provocar úlceras, clinicamente semelhantes 
a lesões malignas. Em alguns casos, doenças 
sistêmicas ou metabólicas subjacentes podem 
contribuir para a formação de úlceras na cavidade 
oral. 
 Úlcera que não cicatriza e que apresenta áreas de 
necrose central, bordas elevadas e endurecidas, 
com padrão invasivo e de limites indefinidos levanta 
a suspeita de neoplasia maligna. 
Nódulos, vesículas, bolhas, manchas e placas. 
 Os crescimentos teciduais benignos mais 
frequentes na cavidade bucal, que se apresentam 
como nódulos, são: processos proliferativos não 
neoplásicos (hiperplasia fibrosa inflamatória, lesão 
periférica de células gigantes e granuloma 
piogênico), neoplasias benignas (fibroma, osteoma, 
adenoma pleomórfico, papiloma escamoso e 
lipoma) e relacionadas com o desenvolvimento, tais 
como o toro ósseo palatino e mandibular. São lesões 
bem delimitadas que apresentam superfície lisa, 
mas que podem apresentar sinais inflamatórios. 
 As vesículas e bolhas são manifestações de 
doenças de natureza infecciosa, traumática ou 
autoimune. As manifestações clínicas do herpes, por 
exemplo, localizadas na região perioral podem se 
manifestar como vesículas e bolhas dolorosas. 
Doenças autoimunes, como pênfigo e penfigoide, 
podem se manifestar como bolhas na boca, as quais 
rompem-se facilmente, formando ulcerações muito 
dolorosas. Traumas na região das glândulas 
salivares podem comprometer o ducto glandular e 
propiciar a formação de bolhas, contendo saliva em 
seu interior, como nos casos de mucocele e rânula 
(no soalho bucal). 
 Manchas na região bucomaxilofacial podem ser 
resultantes de fatores endógenos ou exógenos. As 
manchas vermelhas ou eritematosas geralmente 
estão associadas a alterações vasculares 
(malformação vasculares), traumáticas (durante 
alimentação e escovação dentária), infecciosas 
Judkássia Oliveira P2-UC4/UNIT 
(candidíase) e alterações potencialmente malignas 
(eritroplasia e queilite actínica). 
Exame físico 
Extrabucal. 
 O exame extrabucal inclui a investigação dos 
linfonodos superficiais da região de cabeça e 
pescoço, forma e simetria das estruturas da região 
bucomaxilofacial, que podem estar relacionadas 
com alterações do desenvolvimento, má oclusão 
dentária, alterações e lesões musculoesqueléticas, 
articulares (ATM), dos seios da face e das glândulas 
salivares. 
 A palpação da musculatura da mastigação é 
importante, indispensável quando a queixa é de dor 
ou desconforto nesta região, para diagnóstico 
diferencial da dor originada em outras estruturas na 
mesma topografia. 
 A palpação lateral deve ser bidigital ou digital, 1 cm 
à frente do trágus, e a palpação posterior com a 
polpa do dedo mínimo posicionada no interior da 
entrada do conduto auditivo. Ambas devem ser 
realizadas nas posições de boca fechada e aberta. 
 Durante os movimentos da mandíbula, a palpação 
propicia a percepção tátil de assimetrias da cabeça 
da mandíbula, estalidos e crepitações articulares, 
que podem originar alterações intra-articulares. 
 Avalia-se, também, o grau de abertura da boca, 
desvios, sinais de tumefação e dor. As regiões 
correspondentes às glândulas parótidas e 
submandibulares são avaliadas quanto à simetria e 
à coloração da pele, alterações que podem indicar 
sialoadenites agudas ou crônicas e neoplasias. 
Intrabucal. 
 Deve-se utilizar o olfato, a inspeção, a palpação e a 
percussão. 
 
Exame dos lábios 
Sua cor, largura e formato variam de acordo com a etnia e as 
características genéticas herdadas. Pessoas negras tendem 
a ter lábios mais grossos e largos do que as brancas. 
A semimucosa é também conhecida como “vermelhão do 
lábio”, sendo a parte da boca exposta diretamente ao meio 
externo. 
A mucosa labial é a parte da mucosa bucal que reveste 
internamente os lábios superior e inferior. 
 
Exame da cavidade bucal 
Condição essencial para o exame da boca é uma boa 
iluminação, que pode ser a própria luz solar, quando então se 
coloca o paciente nas proximidades de uma janela, ou uma 
fonte luminosa artificial, representada por uma lanterna ou por 
um foco luminoso fixo. Como meio auxiliar, empregam-se 
espátulas de madeira para afastar os tecidos e abaixar a 
língua. Se o paciente estiver usando prótese dentária 
removível, ela deve ser retirada antes do exame. O exame da 
boca baseia-se na inspeção e na palpação, mas o olfato e a 
percussão têm papel importante. 
Mucosa jugal 
 Em condições normais, a mucosa jugal ou da 
bochecha tem uma coloração róseo-avermelhada 
mais homogêneaque a da língua. 
 Principais estruturas: 
▪ Carúncula onde desemboca o ducto da 
glândula parótida: localizada na altura do 
segundo molar superior 
▪ Linha alba: associada ao nível de oclusão 
dos dentes, representando área de atrição 
▪ Grânulos de Fordyce: glândulas sebáceas, 
ectópicas que se apresentam como 
múltiplas pápulas amareladas ou 
esbranquiçadas, as quais, quando em 
Judkássia Oliveira P2-UC4/UNIT 
grande número, podem ser confundidas 
com placas leucoplásicas 
▪ Pigmentações melânicas. Assim como na 
mucosa labial a afecção mais encontrada 
nesta região é a estomatite aftosa ou afta. 
 
 Em crianças constitui achado frequente a estomatite 
por candidíase, popularmente chamada “sapinho”. 
Caracteriza-se pela presença de placas brancas, 
múltiplas e ligeiramente elevadas, semelhantes a 
“leite coalhado”, que aparecem repentinamente em 
toda a cavidade bucal. Um dado importante para o 
diagnóstico é o fato de essas placas poderem ser 
desprendidas facilmente da superfície dos tecidos, 
deixando uma superfície vermelha e dolorida. 
Existem outros tipos de estomatite, tais como a 
tuberculosa, a sifilítica e a herpética. Placas brancas 
não raspáveis, que não apresentam associação com 
nenhuma outra causa caracterizam leucoplasias, 
que também podem ser identificadas em outros 
sítios da mucosa bucal, especialmente na língua, as 
quais devem ser avaliadas com atenção especial, 
complementandose com avaliação histopatológica, 
especialmente na boca de fumantes e/ou etilistas, 
por serem lesões potencialmente malignas. Outra 
lesão branca que merece atenção é o líquen plano, 
uma doença autoimune (Figura 15.13). 
Pigmentações escurecidas podem representar 
manifestações fisiológicas como a melanose racial 
(Figura 15.13). Na doença de Addison observamse 
pigmentação escura da mucosa. As manchas de 
Koplik – minúsculas manchas esbranquiçadas 
circundadas por uma aréola vermelha e situadas 
quase sempre na bochecha em frente aos molares 
– aparecem no sarampo e eclodem antes das lesões 
cutâneas. Em outras doenças exantemáticas – 
rubéola, varicela –, também encontramse lesões na 
mucosa bucal. Fissuras nas comissuras labiais 
(queilite) são observadas em pacientes com 
dentaduras inadequadas, favorecendo a presença 
de umidade pela saliva e proliferação de fungos 
(candidíase) e bactérias. Deficiência do complexo B, 
principalmente de riboflavina, é outra causa 
importante de queilite. Em pacientes 
imunodeprimidos, a queilose angular pode ser 
complicada por candidíase. A queilite (Figura 15.10) 
e a queilose podem ser identificadas no exame da 
semimucosa labial. Úlceras da mucosa jugal 
associadas a eritema grave e sufusão hemorrágica 
fazem parte da síndrome de StevensJohnson, em 
geral de causa medicamentosa, principalmente 
sulfas e antibióticos. 
 
Palato duro 
 Para a inspeção do palato duro, conhecido como 
“céu da boca”, o paciente deve inclinar sua cabeça 
para trás e abrir a boca, iluminação adequada em 
toda a sua extensão. Em condições normais 
apresentase com coloração rosapálido, 
esbranquiçada, com uma textura firme. 
 Principais estruturas: 
▪ Pregas palatinas transversais – região 
anterior Papila incisiva – região anterior 
▪ Rafe do palato – linha mediana 
Judkássia Oliveira P2-UC4/UNIT 
▪ Fossetas palatinas – no limite com palato 
mole 
▪ Toro palatino – exostose (crescimento 
ósseo benigno) na região central do palato, 
recoberto por mucosa normal, 
assintomático; 
 As lesões mais frequentes incluem ulcerações 
traumáticas (trauma químico, mecânico e térmico), 
candidíase, estomatite nicotínica, neoplasias de 
glândulas salivares menores (aumento de volume 
com ou sem ulceração), fendas palatinas, sarcoma 
de Kaposi. 
 Manchas enegrecidas podem ser causadas pelo 
mercúrio presente em fragmentos de restaurações 
de amálgama presentes na mucosa, mas o 
diagnóstico diferencial deve ser feito com um dos 
tumores mais agressivos da cavidade bucal – o 
melanoma. 
 
Palato mole 
 O palato mole, véu palatino ou palato muscular, 
parte móvel posterior do palato, apresenta coloração 
rósea mais intensa que o palato duro (Figura 15.14). 
Os músculos do palato mole desempenham papel 
importante na deglutição (tensor do véu palatino, 
palatoglosso e elevador do véu palatino); na 
respiração (palatofaríngeo) e na fonação (músculo 
da úvula), que move a úvula para obstruir a entrada 
de alimentos na cavidade nasal, auxiliando na 
fonação (Figura 15.14). Mudanças na coloração 
frequentemente refletem hábitos do indivíduo (p. ex., 
cor amarelada pela alta ingesta de alimentos com 
caroteno; vermelhoescura, associada a tabagismo). 
As lesões aftosas, especialmente as aftas maiores, 
são extremamente dolorosas, podendo levar à 
desidratação (especialmente quando em crianças), 
pela dificuldade de deglutir até água. 
Língua 
 Solicitase ao paciente abrir a boca ao máximo, 
utilizando uma gaze para segurar a ponta da língua. 
Deve ser observada em três posições: dorso – 
tracionandoa para fora da cavidade bucal; bordas ou 
margens laterais – tracionando-a para cada um dos 
lados, até que seja possível visualizar seu terço mais 
posterior; ventre – solicitando que o paciente eleve 
a ponta da língua procurando tocar o palato, mas 
mantendo a boca aberta. Em condições normais, a 
língua situa-se medianamente, apresentando quase 
sempre pequena e constante movimentação, a qual 
pode ser suprimida voluntariamente pelo paciente. 
Tem coloração róseo avermelhada, é levemente 
úmida, superfície discretamente rugosa no dorso e 
margem lateral, lisa e brilhante no ventre (face 
inferior). Sulcos ou depressões são comuns. Em 
pessoas idosas, as veias do ventre lingual tornamse 
mais espessas e tortuosas. Essas varicosidades 
geralmente não sangram. 
 As alterações mais comuns na língua são: 
■ Língua saburrosa: acúmulo de uma substância 
brancoacinzentada ou amarelada na sua superfície 
■ Língua seca: aparece nas condições em que há 
alterações do fluxo salivar, tais como desidratação, 
respiração pela boca e efeitos colaterais de 
medicamentos (atropina e antidepressivos, 
inibidores da enzima conversora de angiotensina – 
IECA) 
 ■ Língua lisa: superfície lisa em vez da sua 
rugosidade própria, decorrente da atrofia das papilas 
fungiformes e filiformes 
■ Língua pilosa: os “pelos” correspondem às papilas 
filiformes alongadas e a cor varia de amarelada a 
preta 
■ Língua geográfica: áreas avermelhadas 
irregulares, delimitadas por bordas esbranquiçadas 
e circinadas, lembrando um mapa geográfico, as 
quais mudam de localização periodicamente 
■ Língua fissurada: sulcos irregulares no dorso da 
língua 
■ Língua crenada: margens marcadas pelo contorno 
dos dentes, caracterizando pressão exercida pelo(s) 
limite(s) dentário(s). Candidíase atrófica e úlcera 
aftosa são as lesões mais frequentes na língua. 
Leucoplasias, que são placas esbranquiçadas, lisas, 
localizadas, em geral, no dorso da língua, são lesões 
Judkássia Oliveira P2-UC4/UNIT 
potencialmente malignas, capazes de se 
transformar em carcinoma de células escamosas. 
Aftas são lesões ulceradas com 0,2 a 1 cm de 
diâmetro cobertas por exsudato esbranquiçado e 
circunscritas por aréola vermelha. Cicatrizes, 
frequentemente, estão associadas às mordeduras. 
As lesões vasculares são representadas pelas 
malformações vasculares, linfangioma e 
hemangioma. 
 
Soalho bucal. 
 O soalho bucal é examinado pela inspeção, seguido 
por palpação bimanual. Deve-se solicitar ao 
paciente que levante a língua, para permitir 
visualização direta dos tecidos na linha média do 
soalho. 
 O espelho intrabucal ou espátula de madeira deve 
ser utilizado para afastar a língua e examinar as 
áreas próximas à reborda alveolar da mandíbula. 
 Os tecidos devem apresentar-se hidratados e bem 
vascularizados. 
 As principais lesões incluem astraumáticas 
(úlceras) e as das glândulas salivares 
(mucoceles/rânulas, sialólitos, neoplasias). Nos 
pacientes edêntulos inferiores, com reabsorção 
extensa da reborda alveolar, as glândulas 
sublinguais podem elevar-se no soalho bucal e ser 
confundidas com neoplasias. 
 
Glândulas salivares. 
 As glândulas salivares menores, espalhadas em 
toda mucosa bucal, e as maiores (parótidas, 
submandibulares e sublinguais), em condições 
normais, não são visíveis e a saliva é límpida. 
 Nos processos inflamatórios e na obstrução dos 
ductos salivares apresentam-se intumescidas e 
dolorosas. 
 A estimulação manual dessas glândulas, conhecida 
como “ordenha”, permite uma avaliação quali e 
quantitativa da saliva, observando os seus pontos 
de drenagem (carúnculas linguais e parotídeas). 
 A drenagem de saliva com grumos mucoides, 
redução ou ausência de gota translúcida de saliva, 
pode revelar doença obstrutiva (sialólitos) e/ou 
infecciosas (sialoadenites). 
 Neoplasias benignas e malignas das glândulas 
salivares têm comportamento biológico semelhante 
– crescimento lento e insidioso, razão pela qual a 
suspeita clínica deve ser avaliada com critério. 
 Dos tumores benignos de glândulas salivares o 
adenoma pleomórfico é o mais comum, sendo a 
glândula parótida a de maior prevalência. Dos 
malignos o carcinoma mucoepidermoide está entre 
os mais prevalentes, especialmente nas glândulas 
menores. 
 
Judkássia Oliveira P2-UC4/UNIT

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