Buscar

Alterações da Normalidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

 São aquelas alterações que não 
apresentam obrigatoriamente caráter de 
doença, tratando-se tão somente de um 
“desvio de normalidade”; 
 Mesmo assim, essa condição não exime o 
profissional de efetuar um exame clínico 
detalhado e completo referente à 
alteração diagnosticada. 
 Representações: 
└ Grânulos de Fordyce; 
└ Leucoedema; 
└ Tórus Mandibular e Palatino; 
└ Língua Pilosa; 
└ Linha alba; 
└ Fossetas labiais; 
└ Varicosidades linguais; 
└ Exostose; 
└ Língua fissurada; 
└ Língua geográfica; 
└ Defeito ósseo de Stafne. 
 São invaginações congênitas raras do lábio 
inferior; 
 Acredita-se que elas se originam de sulcos 
laterais persistentes no arco mandibular 
embrionário (que deveriam desaparecer na 
sexta semana de vida embrionária); 
 Em geral são herdadas como um traço 
autossômico dominante em combinação com 
a fenda labial (FL) e/ou a fenda palatina 
(FP) — síndrome de van der Woude. 
 Também podem ser componentes da 
síndrome do pterígio poplíteo ou da 
síndrome de Kabuki; 
 Características clínicas: 
└ Se apresentam tipicamente como fístulas 
bilaterais e simétricas em relação à linha 
média do vermelhão de lábio inferior; 
└ Essas fístulas cegas podem se estender 
inferiormente a uma profundidade de 
1,5 cm e drenar saliva; 
 
 Tratamento: se necessário, podem ser 
excisadas por razões estéticas. 
 São pequenas invaginações da mucosa que 
ocorrem no limite do vermelhão dos lábios, 
nos ângulos da boca; 
 Ocorrem devido à falha na fusão normal do 
processo embrionário maxilar e do processo 
mandibular; 
 São mais frequentes em adultos, tendo sido 
relatadas em 12% a 20% da população; 
 Desenvolvem tardiamente na vida; 
 Características clínicas: 
└ Identificadas durante o exame clínico 
de rotina; 
└ Podem ser unilaterais ou bilaterais; 
└ Apresentam-se como fístulas cegas que 
podem se estender de 1 a 4 mm de 
profundidade; 
└ Drena saliva; 
 
└ Não estão associadas à fendas 
orofaciais; 
 Tratamento: não há necessidade! 
 São glândulas sebáceas ectópicas que 
ocorrem na mucosa oral; 
 Características clínicas: 
└ Múltiplas pápulas amareladas ou 
branco-amareladas; 
└ Mais encontradas na mucosa jugal e na 
porção lateral do vermelhão do lábio 
superior; 
└ São mais comuns em adultos do que nas 
crianças, provavelmente devido a 
fatores hormonais; 
└ Assintomático; 
 
 Histopatológico: glândulas sebáceas 
normais (lóbulos acinares + células 
cebáceas); 
 Tratamento: 
└ Nenhum tratamento é indicado; 
└ Orientações ao paciente; 
└ Em alguns casos, os grânulos de Fordyce 
podem tornar-se hiperplasiados ou 
podem formar pseudocistos preenchidos 
por queratina. 
 Condição comum da mucosa oral de 
etiologia desconhecida; 
 Predileção por indivíduos negros; 
└ Presença de uma pigmentação na 
mucosa em indivíduos negros que torna 
mais visível a alteração edematosa. 
 Características clínicas 
└ Aparência difusa, opalescente e branco-
acinzentada leitosa da mucosa; 
└ A superfície se apresenta 
frequentemente pregueada (estrias 
esbranquiçadas ou rugosidades); 
└ Não destacável; 
 
└ Geralmente acomete bilateralmente a 
mucosa jugal e os tecidos palato-
faringeanos; 
└ O aspecto esbranquiçado diminui muito 
ou até mesmo desaparece quando a 
mucosa é evertida e distendida; 
 
└ Assintomático; 
 Histopatológico: 
└ Aumento da espessura epitelial, com 
edema intracelular proeminente na 
camada espinhosa; 
└ Hiperceratose + Edema intercelular; 
 Tratamento: 
└ Nenhum tratamento é necessário! 
 É uma alteração comum da mucosa jugal; 
 Geralmente associada à pressão, irritação 
por fricção ou trauma de sucção das 
superfícies vestibulares dos dentes; 
 Características clínicas: 
└ Linha branca geralmente bilateral; 
└ Pode ser festonada e está localizada na 
mucosa jugal na altura da linha de 
oclusão dos dentes; 
└ Essa linha varia em proeminência e é 
comumente restrita a áreas dentadas; 
 
 Histopatológico: hiperceratose + edema 
intracelular do epitélio e inflamação crônica 
leve. 
 Tratamento: não é necessário. 
 “Mastigação crônica da bochecha”; 
 Mordiscadas crônicas que podem gerar 
lesões em língua, lábio e mucosa jugal; 
 Uma prevalência elevada é encontrada em 
pessoas sob estresse ou que exibem 
quadros psicológicos (ansiosos); 
 Hábitos consciente ou ato inconsciente; 
 Características clínicas: 
└ Maior frequência bilateralmente na 
porção anterior da mucosa jugal; 
└ Também podem ser unilaterais, 
combinadas com leões dos lábios ou 
língua, ou restritas aos lábios ou língua; 
└ Áreas brancas, espessadas e 
fragmentadas, podendo estar 
entremeadas a zonas eritematosas, com 
erosão/ulceração traumática focal; 
└ As áreas brancas da mucosa exibem 
uma superfície dilacerada e irregular; 
└ O paciente relata que é capaz de 
remover fragmentos de material branco 
da área envolvida; 
 
 Histopatológico: hiperceratose com 
projeções de queratina; 
 Tratamento: não há necessidade de 
tratamento das lesões orais; 
encaminhamento em casos de lesões 
psíquicas. 
 Condição relativamente comum 
caracterizada pela presença de várias 
fissuras ou sulcos na superfície dorsal da 
língua; 
 Causa é incerta, mas a hereditariedade 
parece ter um papel significante; 
 Etiologia: caráter genético + fatores 
ambientais + idade; 
 Características clínicas: 
└ Múltiplos sulcos ou fissuras, na superfície 
da língua, variando de 2 a 6 mm de 
profundidade; 
└ Casos mais graves: numerosas fissuras 
cobrem completamente a superfície 
dorsal e dividem as papilas linguais em 
múltiplas “ilhas”; 
 
└ Assintomática, embora possa ter 
discreta ardência ou dor; 
└ Pode estar associado a língua 
geográfica; 
 Tratamento: não é necessário; orientações 
de higiene. 
 Acúmulo acentuado de queratina nas 
papilas filiformes do dorso lingual 
(aparência semelhante a pelos); 
 Aumento na produção de queratina ou por 
um decréscimo na descamação da 
queratina normal; 
 Fatores associados: fumantes, debilitação 
geral, higiene oral deficiente, drogas que 
induzam a hipossalivação e histórico de 
radioterapia na região de cabeça e 
pescoço; 
 Características clínicas: 
└ Mais comum na linha média anterior às 
papilas circunvaladas, espalhando-se 
para as bordas lateral e anterior; 
└ As papilas alongadas são 
acastanhadas, amareladas ou 
enegrecidas (resultado da colonização e 
crescimento de bactérias cromogênicas, 
pigmentos do tabaco e alimentos); 
└ As múltiplas papilas filiformes 
individualmente aumentadas podem ser 
elevadas utilizando-se uma gaze ou um 
instrumental dental; 
└ Assintomática, 
embora possa 
ocorrer 
sensação de 
náusea ou de um 
gosto 
desagradável 
na boca; 
 Tratamento: 
└ Eliminação de fatores predisponentes; 
└ Excelente higiene oral deve ser 
efetuada; 
└ Raspagem periódica ou limpeza da 
língua com raspadores ou escova, 
apenas 1 vez ao dia, para não estimular 
as papilas; 
└ Agentes queratolíticos podem ser 
utilizados, segundo recomendações. 
 Sinonímia: língua geográfica ou glossite 
migratória benigna; 
 Condição benigna comum que afeta 
principalmente a língua; 
 Ocorrem em 1% a 3% da população; 
 As mulheres são afetadas com maior 
frequência do que os homens (2:1); 
 Características clínicas: 
└ São observadas nos dois terços 
anteriores da superfície dorsal da 
língua; 
└ Múltiplas zonas bem-demarcadas de 
eritema; 
└ Atrofia das papilas filiformes; 
└ Geralmente são assintomáticas, embora 
possa ocorrer uma sensação de 
ardência ou sensibilidade a alimentos 
quentes ou picantes (lesões ativas); 
└ As lesões são migratória e cíclica; 
└ Duração: horas a semanas. 
 
 Histopatológico: 
└ Hiperqueratose, espongiose, acantose e 
alongamento das cristas epiteliais; 
└ Inflamação aguda/crônica; 
└ Necrose superficial; 
 Tratamento: 
└ Nenhum tratamento é indicado para 
pacientes com eritemamigratório; 
└ Assegurar ao paciente que a condição é 
benigna por completo; 
└ Uso de corticosteroides tópicos, como 
géis de fluocinonida ou betametasona; 
└ Evitar alimentos condimentados e 
quentes 
└ Uso de laser; 
 “Língua presa”; 
 É uma alteração do desenvolvimento da 
língua, caracterizada pelo freio lingual 
curto, resultando na limitação dos 
movimentos da língua; 
 Prevalência: 1,7 a 4,4% dos recém-
nascidos; 
 Características clínicas: 
└ Apresenta manifestações clínicas 
variadas, a casos leves até casos de 
anquiloglossia completa; 
└ Em alguns casos, o freio se estende 
anteriormente e se insere no ápice 
lingual podendo ser observada uma 
discreta fenda nessa região; 
 
└ A inserção mucogengival alta do freio 
lingual pode desencadear problemas 
periodontais; 
└ Pode resultar em problemas de fonação 
e/ou amamentação; 
 Tratamento: 
└ Não há necessidade em casos de 
nenhum ou “pouco” problema clínico; 
└ Frenotomia: para recém-nascidos, com 
problemas específicos de 
amamentação; “corte” ou apenas a 
liberação do freio; 
└ Frenectomia: em crianças e adultos com 
dificuldades funcionais ou periodontais; 
liberação do freio com reparo plástico. 
└ Frequentemente, em crianças jovens, se 
recomenda que a cirurgia seja adiada 
até os quatro ou cinco anos de idade. 
 Consistem em veias anormalmente dilatadas 
e tortuosas; 
 Fator etiológico: idade (comum em adultos e 
idosos); 
 Seu desenvolvimento pode ser uma 
degeneração relacionada à idade, 
ocorrendo perda do tônus do tecido 
conjuntivo que suporta os vasos; 
 Comum em pacientes com histórico de 
doenças cardiovasculares ou tabagistas 
(sublingual); 
 Características clínicas: 
└ Tipo mais comum: variz sublingual, que 
ocorre em dois terços das pessoas com 
mais de 60 anos de idade; 
└ Se apresentam classicamente como 
vesículas papulares ou elevadas 
múltiplas, azul-purpúreas, na borda e 
ventre da língua; 
└ Assintomático, exceto quando ocorre 
trombose secundária; 
 
└ Varizes solitárias são menos frequentes 
(região de lábio e mucosa jugal) – após 
sofrerem trombose; 
└ Uma variz trombosada se apresenta 
como um nódulo azul-purpúreo, firme, 
indolor, que pode ser semelhante a um 
fragmento de projétil de chumbo abaixo 
da superfície mucosa. 
 
 Tratamento: não há indicação de 
tratamento; pode haver necessidade de 
remoção cirúrgica para confirmação do 
diagnóstico ou por razões estéticas. 
 São protuberâncias ósseas localizadas que 
surgem da cortical óssea; 
 Crescimentos benignos que frequentemente 
afetam a maxila e a mandíbula; 
 Mais conhecidas: tórus palatino e tórus 
mandibular; 
 Características clínicas: 
└ São identificadas com mais frequência 
em adultos; 
└ Exostoses vestibulares: ocorrem como 
aumentos de volume ósseos bilaterais ao 
longo da face vestibular dos rebordos 
alveolares da maxila e/ou mandíbula; 
└ São assintomáticas, a menos que a fina 
mucosa de recobrimento se torne 
ulcerada por trauma; 
 
└ Exostose palatinas (túberculos 
palatinos): são protuberâncias ósseas 
semelhantes que se desenvolvem no lado 
lingual das tuberosidades palatinas; 
└ São geralmente bilaterais, mas podem 
acometer apenas um lado, sendo mais 
comuns em homens; 
└ Muitos pacientes que possuem exostoses 
palatinas ou vestibulares apresentam 
também tórus mandibular ou palatino; 
 
└ Com menor frequência, pode haver 
exostoses solitárias, possivelmente, em 
resposta à irritação local; 
└ Se há uma quantidade excessiva de 
osso, as exostoses podem mostrar uma 
relativa radiopacidade nas 
radiografias dentárias; 
 
 É uma exostose comum que ocorre na linha 
média do palato duro; 
 Etiologia: fatores genéticos x fatores 
ambientais (estresse mastigatório) – 
multifatorial; 
 Características clínicas: 
└ Massa dura de osso que surge na linha 
média do palato duro; 
└ Tórus plano: tem uma base ampla e 
uma superfície lisa, ligeiramente 
convexa; se estende de forma simétrica 
para os dois lados da rafe palatina; 
 
└ Tórus angulado: apresenta-se como 
uma crista na linha média ao longo da 
rafe palatina; algumas vezes há um 
sulco central; 
└ Tórus nodular: protuberâncias múltiplas, 
cada uma com sua base; podem 
coalescer, formando sulcos entre si; 
└ Tórus lobular: massa lobulada, porém 
origina-se de uma base única; pode ser 
séssil ou pediculado; 
 
└ A maioria dos tórus palatinos é 
pequena, medindo menos de 2 cm de 
diâmetro, podendo aumentar de 
tamanho; 
└ Assintomático, podendo a mucosa ficar 
ulcerada em casos de traumas; 
└ Mais comum no sexo masculino (2:1); 
 Tratamento: 
└ Em pacientes edêntulos, a remoção 
cirúrgica pode ser necessária para 
acomodar a prótese; 
└ A cirurgia também pode ser indicada 
para o tórus palatino que apresente 
ulceração recorrente ou que interfira na 
função oral; 
└ O tórus palatino apresenta tendência ao 
desenvolvimento de osteonecrose 
induzida por medicamentos. 
 Exostose comum que se desenvolve ao longo 
da superfície lingual da mandíbula; 
 Causa multifatorial; 
 Características clínicas: 
└ Protuberância óssea ao longo da 
superfície lingual da mandíbula acima 
da linha miloióidea, na região de pré-
molares; 
└ Bilateral em 90% dos casos; 
└ Se apresenta como nódulos únicos, ainda 
que múltiplos lóbulos paralelos aos 
dentes não sejam incomuns; 
└ Assintomático, podendo a mucosa ficar 
ulcerada em casos de traumas; 
 
└ Em radiografias: radiopacidade 
superposta às raízes dentárias; 
 Tratamento: não há necessidade; a 
remoção cirúrgica pode ser necessária para 
acomodar uma prótese total ou parcial; 
pode recorrer. 
 Série de lesões radiolúcidas assintomáticas, 
localizadas próximo ao ângulo da 
mandíbula; 
 Representa uma concavidade focal do osso 
cortical na superfície lingual da mandíbula; 
 Em biopsias: tecido de glândula salivar 
histologicamente normal – sugere-se 
defeitos do desenvolvimento que contêm 
uma porção da glândula submandibular; 
 Características clínicas: 
└ Lesão radiolúcida assintomática, abaixo 
do canal mandibular, na região 
posterior da mandíbula, entre os 
molares e o ângulo da mandíbula; 
└ Bem circunscrita e apresenta uma borda 
esclerótica; 
└ A maioria é unilateral; 
└ Quando associado à glândula 
sublingual, apresenta-se como uma 
lesão radiolúcida bem definida que 
pode aparecer superposta aos ápices 
dos dentes anteriores; 
 
└ Não está presente desde o nascimento; 
 Tratamento: 
└ Não há necessidade de tratamento; 
└ Como o defeito lingual anterior da 
glândula salivar pode ser difícil de 
reconhecer, a biopsia pode ser 
necessária para exclusão de outras 
lesões; 
└ Em região posterior: acompanhar!

Outros materiais