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P2 2 - CONCORRENCIA - 30 06

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NOME: Thayza Alencar MATRÍCULA: 201851366458 
 
• Respostas (com base em caso estudado em sala de aula - processo administrativo nº 
08012.007423/2006-27): 
(i) Por que as práticas comerciais realizadas pela Unilever foram consideradas ilícitas pelo 
CADE? Qual o prejuízo para o consumidor? 
(ii) A Nestlé também figurava no polo passivo, mas o processo foi arquivado em relação a 
ela, apesar de ter realizado as mesmas práticas comerciais da Unilever. Esclareça o motivo e 
a base legal. 
 
 
(I) O processo em tela é referente à Representação com pedido de medida preventiva, 
apresentada em 2006 pela Della Vita, em face da Unilever/Kibon e da Nestlé, contendo 
alegação de práticas anticoncorrenciais no mercado de sorvetes, consistentes em: 
imposição de exclusividade de vendas, de exposição, de uso de freezers e merchandising 
e imposição de vendas de quantidades mínimas e cláusulas de preferência em relação aos 
pontos de venda (PDVs). As referidas práticas demonstram ser uma forma de impedir a 
livre concorrência, sendo extremamente prejudicial para o consumidor, já que 
dificultavam a distribuição e venda dos concorrentes, e com isso, o consumidor não tinha 
livre escolha na hora de decidir sobre qual marca de sorvete gostaria de comprar. 
 As condutas praticadas estão elencadas nos artigos 20, I, II e IV, c/c art. 21, IV, 
V, VI e XI da Lei nº 8.884/94 (que correspondem ao art. 36, I, II e IV e § 3º, III, IV, V, 
VI e IX da Lei 12.529/2011). 
 
 
(II) As ações de limitar ou prejudicar a livre concorrência são passiveis de sanção 
conforme previsão legal do artigo 20 da Lei 8884/94. E, ainda de acordo com o §2º da 
mesma lei, um dos requisitos é que a empresa detenha posição dominante. Apesar da 
Nestlé estar no polo passivo não foi possível afirmar que ela detinha posição dominante 
e, por essa razão o processo foi arquivado em relação a ela. No entanto, o mesmo não 
ocorreu com a Unilever que, diferentemente da Nestlé, tinha todos os requisitos previstos 
no artigo 20, §2º da Lei 8884/94.

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