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1 Questões socioambientais urgentes principais problemáticas

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José Guilherme F. de Campos 
Diogo Palheta Nery
Introdução à 
gestão socioambiental
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Jeane Passos de Souza - CRB 8a/6189)
Campos, José Guilherme F. de
 Introdução à gestão socioambiental / José Guilherme F. de 
Campos, Diogo Palheta Nery. – São Paulo : Editora Senac São Paulo, 
2021.
	 Bibliografia.
 e-ISBN 978-65-5536-631-0 (ePub/2021)
 e-ISBN 978-65-5536-632-7 (PDF/2021)
 1. Gestão de empresas : Responsabilidade socioambiental 
2. Sustentabilidade 3. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 
4. Sistema de Gestão Ambiental (SGA) I. Nery, Diogo Palheta II. Título. 
III. Série.
21-1269t CDD – 658.408
 BISAC BUS072000
Índice para catálogo sistemático
1. Gestão de empresas : Desenvolvimento sustentável : 
Responsabilidade socioambiental 658.408
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INTRODUÇÃO À GESTÃO 
SOCIOAMBIENTAL
José Guilherme F. de Campos 
Diogo Palheta Nery
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aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo
Presidente do Conselho Regional
Abram Szajman
Diretor do Departamento Regional
Luiz Francisco de A. Salgado
Superintendente Universitário e de Desenvolvimento
Luiz Carlos Dourado
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Editora Senac São Paulo
Conselho Editorial
Luiz Francisco de A. Salgado 
Luiz Carlos Dourado 
Darcio Sayad Maia 
Lucila Mara Sbrana Sciotti 
Jeane Passos de Souza
Gerente/Publisher
Jeane Passos de Souza (jpassos@sp.senac.br)
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Revisão Técnica
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Preparação e Revisão de Texto
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Emília Corrêa Abreu
Capa
Antonio Carlos De Angelis
Editoração Eletrônica
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Ilustrações
Sidney Foot Gomes
Imagens
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Todos os direitos desta edição reservados à
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Caixa Postal 1120 – CEP 01032-970 – São Paulo – SP
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© Editora Senac São Paulo, 2021
Sumário
M
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 Editora Senac São Paulo.
Capítulo 1
Questões socioambientais 
urgentes: principais 
problemáticas, 7
1 Questões ambientais: os limites 
planetários, 8
2 Questões sociais: principais 
desafios,	16
3 Objetivos do desenvolvimento 
sustentável (ODS) e a Agenda 
2030, 21
Considerações	finais,	23
Referências, 23
Capítulo 2
Gestão socioambiental: 
integrando as organizações à 
sociedade, 27
1 A evolução das expectativas quanto 
ao papel das empresas na 
sociedade, 28
2 Sustentabilidade, desenvolvimento 
sustentável e responsabilidade 
socioambiental, 31
3 Papel da gestão socioambiental na 
sustentabilidade e desenvolvimento 
sustentável, 37
Considerações	finais,	42
Referências, 43
Capítulo 3
Estratégia e gestão 
socioambiental, 45
1 Diferenciação via gestão 
socioambiental, 46
2 Gestão de stakeholders, 51
3 Índices, relatórios e indicadores de 
sustentabilidade, 54
4 Planejamento para a 
sustentabilidade, 56
5 O papel da liderança na criação 
de uma cultura organizacional 
sustentável, 57
Considerações	finais,	59
Referências, 59
Capítulo 4
Gestão de pessoas e gestão 
socioambiental, 63
1 Importância do treinamento 
nas práticas de gestão 
socioambiental, 64
2 Papel da gestão socioambiental na 
atração e retenção de talentos, 67
3 Vinculação das recompensas ao 
desempenho socioambiental, 70
4 Promoção e gestão da 
diversidade, 73
Considerações	finais,	77
Referências, 78
Capítulo 5
Finanças e gestão 
socioambiental, 81
1 Gestão de riscos socioambientais e 
finanças,	82
2 Finanças sustentáveis: 
financiamento	e	investimento,	89
Considerações	finais,	94
Referências, 95
Capítulo 6
Administração da produção e 
gestão socioambiental, 99
1 Sistema de gestão ambiental 
(SGA), 100
2	Ecoeficiência,	106
3 Ecoinovação, 109
4 Cadeia de suprimentos verde, 112
Considerações	finais,	115
Referências, 116
6 Introdução à gestão socioambiental Ma
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Capítulo 7
Marketing e gestão 
socioambiental, 119
1 A emergência do consumo 
sustentável, 120
2 Marketing verde e reputação 
organizacional, 122
3	Selos	e	certificações	
socioambientais, 131
Considerações	finais,	135
Referências, 136
Capítulo 8
Tendências e novos 
modelos organizacionais 
socioambientalmente 
responsáveis, 139
1 Economia do compartilhamento, 
servitização, digitalização e 
plataformas digitais, 140
2 Novos modelos e paradigmas 
organizacionais, 145
3 Outros conceitos emergentes, 148
Considerações	finais,	150
Referências, 151
Sobre os autores, 155
7
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Capítulo 1
Questões 
socioambientais 
urgentes: principais 
problemáticas
Neste capítulo inicial, entenderemos quais as principais questões so-
ciais e ambientais contemporâneas. Para tanto, abordaremos estudos e 
publicações de referência que discutem tais questões de maneira siste-
mática, procurando entender a fundo as causas dos problemas e suas 
potenciais consequências. 
Embora o cenário atual seja grave, e a necessidade de sua supera-
ção, urgente, veremos também, a partir da apresentação dos objetivos 
de desenvolvimento sustentável (ODS), como os esforços têm sido dire-
cionados para a superação dessas questões.
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1 Questões ambientais: os limites 
planetários
A situação ambiental atual bastante grave é resultado de um pro-
cesso histórico pelo qual a humanidade vem passando, principalmente 
aolongo dos últimos três séculos. Esse processo tem feito com que 
as	condições	de	vida	se	tornem	cada	vez	mais	desafiadoras	e,	como	
consequência, requer que medidas sejam tomadas com urgência para 
reverter essa tendência.
1.1 A evolução do impacto da humanidade na natureza
Durante boa parte da nossa história, a natureza e os recursos natu-
rais pareceram inesgotáveis. O grande ponto de virada, quando o ho-
mem começou a explorar a natureza em escalas nunca antes vistas, foi 
a Revolução Industrial, a partir dos séculos XVIII e XIX. O que era feito 
em	escala	artesanal/manual	passou	a	ser	 feito	em	escalas	significa-
tivamente maiores. Com a produção industrial em grandes escalas, a 
formação de mercados de consumo em massa e o crescimento popu-
lacional cada vez mais acelerado, a pressão sobre os recursos naturais, 
a atmosfera e a biosfera passou a ser muito maior. Esse impacto foi re-
presentado	em	um	gráfico	por	pesquisadores	que	estudam	a	evolução	
das emissões dos chamados gases de efeito estufa (GEE), conforme 
podemos observar a seguir:
9Questões socioambientais urgentes: principais problemáticas
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Gráfico 1 – Emissões anuais de gás carbônico
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Fonte: CDIAC (2021).
Tamanho tem sido o impacto da humanidade no planeta devido ao 
aumento das emissões de gases de efeito estufa que o pesquisador e 
prêmio Nobel de Química Paul Crutzen (CRUTZEN, 2002) argumenta que 
estamos vivendo uma nova era que traz grandes mudanças ao modo 
de vida, mudanças que poderiam ser equivalentes às das eras geoló-
gicas passadas. O pesquisador denominou essa nova era, ou época, de 
Antropoceno (do grego antropo,	que	significa	“humano”;	e	ceno, que signi-
fica	“era	geológica”).	
Esse impacto da humanidade no ambiente acaba por gerar desdo-
bramentos indesejáveis. De um lado, ele agrava problemas já existentes 
no ambiente. De outro, como consequência esperada, acaba por pre-
judicar a própria humanidade, afetando a saúde humana, piorando as 
condições de vida e o desenvolvimento humano de populações mais 
vulneráveis.
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.Uma	 teoria	 polêmica,	 porém	 bem	 fundamentada	 cientificamente,	
proposta pelo cientista e ambientalista inglês James Lovelock, chama-
da Hipótese de Gaia, alerta que os impactos do homem na natureza po-
dem acabar se voltando contra o próprio homem em uma escala catas-
trófica.	Fazendo	alusão	principalmente	ao	aquecimento	global,	Lovelock	
(2006) argumenta que a Terra (ou Gaia, que, na mitologia greco-romana, 
corresponde à deusa da terra e dos seres vivos) é um organismo vivo e 
que, portanto, age com instinto de sobrevivência, lutando para se man-
ter	viva.	Para	isso,	inclusive,	poderia	se	“defender”	promovendo	mudan-
ças	significativas	nas	condições	do	planeta	(concentração	de	gases	na	
atmosfera,	vegetação,	clima,	etc.),	com	a	finalidade	de	se	livrar	do	que	a	
prejudica. Neste caso, o mais prejudicial seriam os seres humanos, que 
emitem, por exemplo, altas concentrações de gases geradores do aque-
cimento	global.	Esse	“sistema	de	defesa”	da	Terra	colocaria	em	risco	a	
própria sobrevivência da humanidade. Não por acaso, Lovelock atribuiu 
ao seu livro sobre a temática, publicado em 2006, o nome sugestivo de 
A vingança de Gaia. 
1.2 Os limites planetários e a condição de vida na Terra
Diversos cientistas, especialistas e ambientalistas apontam, há al-
gum tempo, que a humanidade vem explorando em excesso o ambien-
te. James Lovelock é um deles. O que não se sabe ou pelo menos não 
se sabia até duas décadas atrás era até onde a humanidade poderia 
explorar o ambiente sem que isso fosse uma ameaça à sua própria vida 
na Terra. Essa dúvida pairava até um cientista sueco, liderando uma 
grande equipe de cientistas, fazer um esforço para determinar, objetiva 
e	cientificamente,	os	“limites	planetários”	(ROCKSTRÖM	et al., 2009).
Os esforços da pesquisa de Rockström e colaboradores levaram 
à	 identificação	de	nove	 limites	planetários	e	seus	 respectivos	valores	
máximos de referência, que a humanidade deve respeitar para manter 
uma margem de segurança que garanta condições de vida no planeta. 
11Questões socioambientais urgentes: principais problemáticas
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 Editora Senac São Paulo.
Alguns dos limites já estão sendo ultrapassados pela atividade humana. 
Outros ainda não. O quadro 1 mostra uma síntese dos limites planetá-
rios e de seu estado atual, além de indicadores de mensuração (quando 
disponíveis	segundo	o	conhecimento	científico	existente).
Quadro 1 – Limites planetários e sua situação atual 
LIMITE PLANETÁRIO SITUAÇÃO ATUAL E INDICADORES
Mudanças climáticas
O limite já foi superado: o limite de segurança seria de 350 ppm (partes por 
milhão), e o nível atual é de 396,5 ppm de concentração de gases de efeito 
estufa (como o CO2) na atmosfera.
Integridade da biosfera
O limite já foi mais do que superado: a taxa de extinção de espécies de 
seres vivos está praticamente dez vezes o limite máximo de segurança.
Destruição da camada de 
ozônio
Nível ainda dentro dos limites de segurança: a superfície da camada de 
ozônio comprometida ainda está dentro dos limites de segurança.
Poluição química por 
substâncias artificiais
Limites de segurança ainda não identificados, mas essa questão envolve 
uma série de substâncias artificiais criadas.
Acidificação do oceano
Nível ainda dentro dos limites, mas próximo dos limites de segurança: 
está abaixo do limite da concentração de íons de carbono (valor de 84, não 
podendo, idealmente, baixar para menos de 80).
Consumo de água potável
Nível ainda dentro dos limites de segurança: o consumo de água está em 
2.600 km3/ano, enquanto o limite está em 4.000 km³/ano.
Mudança no uso da terra
Limite já superado: o percentual de área florestada global encontra-se em 
62%, enquanto o limite inferior deveria ser 75%.
Interferências nos fluxos 
biogeoquímicos do fósforo 
(P) e do nitrogênio (N)
O limite de segurança já foi mais do que superado: sobrecarga de fósforo e 
nitrogênio; estão praticamente no dobro do limite máximo ideal.
Poluição do ar/concentração 
de aerossóis
Limites de segurança ainda não identificados, mas envolve uma série de 
substâncias artificiais criadas.
 Limite de segurança já bastante superado
 Limite de segurança já superado
 Nível ainda dentro dos limites de segurança
Fonte: adaptado de Rockström et al. (2009) e Rockström e Klum (2015).
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.Ressaltemos duas observações importantes feitas por Rockström 
e seus colaboradores sobre a proposição dos limites planetários. Apri-
meira	é	que	muitos	dos	limites	se	influenciam,	podendo	levar	a	resulta-
dos imprevisíveis, o que os torna ainda mais críticos. Três deles são es-
pecialmente relevantes por afetarem o planeta em escala global e não 
serem	reversíveis:	é	o	caso	das	mudanças	climáticas,	da	acidificação	
dos oceanos e da destruição da camada de ozônio. A segunda observa-
ção é que, apesar de as estimativas serem globais, os efeitos gerados 
muitas vezes são sentidos de maneiras diferentes em diferentes regi-
ões. Por exemplo, em algumas regiões há abundância de água potável, 
ao passo que, em outras, falta água potável para consumir.
PARA SABER MAIS 
A proposta dos limites planetários é um esforço sério envolvendo mui-
tos pesquisadores, mas os autores reconhecem que é difícil mensurar 
com extrema precisão o volume que permanece dentro da margem de 
segurança e ressaltam que a pesquisa está sujeita a alterações confor-
me novas evidências científicas surjam.
 
A seguir, explicamos com um pouco mais de detalhe cada limite 
planetário, suas causas e consequências, com base no próprio tra-
balho	 de	 Rockström	 e	 colaboradores	 (ROCKSTRÖM	 et al.,	 2009;	
ROCKSTRÖM;	KLUM,	2015)	e	de	Singh	e	Singh	(2017):
 • Mudanças climáticas: representam as alterações em variáveis 
climáticas (como chuva, temperatura, regime dos ventos, entre 
outras) devido à mudança nas concentrações de determinados 
gases de efeito estufa – não somente o gás carbônico, o CO2, 
mas também outros, como o metano (CH4) e o óxido nitroso 
(N2O). As consequências podem ser diversas, como aumento do 
nível	das	águas,	aumento	da	temperatura,	desertificação	de	al-
gumas áreas, expansão de doenças transmissíveis por insetos, 
13Questões socioambientais urgentes: principais problemáticas
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 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
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 Editora Senac São Paulo.
aumento dos eventos climáticos extremos (tempestades, fura-
cões, secas, etc.). Grande parte da produção dos estudos, co-
nhecimentos e dados acumulados sobre mudanças climáticas 
ocorre no âmbito do Painel Intergovernamental sobre Mudanças 
Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), esforço internacional que 
reúne cientistas do mundo todo para estudar as causas e conse-
quências dessas alterações.
NA PRÁTICA 
As mudanças climáticas são, com certeza, o tema ambiental mais deba-
tido atualmente. Isso se deve a alguns motivos. Primeiro, os efeitos são 
sentidos em todo o globo, independentemente de as emissões estarem 
mais concentradas em determinadas regiões. Por isso é que se discute que 
os esforços para combater as mudanças climáticas via redução das emis-
sões têm de ser globais, envolvendo todos os países e seus respectivos go-
vernos – o que vem sendo costurado nos acordos internacionais, como o 
Acordo de Paris, de 2016. É o que chamamos de mitigação das mudanças 
climáticas. Em segundo lugar, a discussão sobre mudanças climáticas está 
fortemente presente no âmbito empresarial. Isso fica evidente ao consta-
tarmos iniciativas importantes como a criação do mercado de créditos de 
carbono – previsto inicialmente na convenção Eco-92 e ratificado com o 
Protocolo de Kyoto, em 1997 – e dos protocolos de mensuração de emis-
sões (GHG Protocol). Além disso, as mudanças climáticas causadas pelas 
emissões dos gases de efeito estufa são provocadas, em menor ou maior 
grau, direta ou indiretamente, por praticamente todas as indústrias ou se-
tores de atividades econômicas. Por último, conforme discutem Barakat e 
Campos (2019), como o nível de emissões já ultrapassou o limite de 350 
ppm e já é possível observar alguns efeitos das mudanças climáticas em 
diferentes regiões, as empresas, os governos e a população de forma geral 
já estão tendo de se adaptar aos efeitos dessas transformações. É o que 
chamamos de adaptação às mudanças climáticas.
 
 • Integridade da biosfera: a biosfera envolve todos os organismos 
vivos que habitam a Terra, incluindo animais, microrganismos, 
plantas e a sua interação com a água e o ar. Sua destruição direta 
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.ou indireta (por exemplo, por mudanças na composição da at-
mosfera ou por mudanças no clima) leva à perda de sua integri-
dade, reduzindo-se quantitativamente o número de organismos e 
também a diversidade biológica, ao extinguir espécies.
 • Destruição da camada de ozônio: representa a diminuição de 
concentração, na atmosfera, de ozônio (O3), gás que forma uma 
camada que protege os humanos da radiação dos raios ultravio-
leta (UV), potencialmente danosos para a saúde. A redução da 
concentração de ozônio é causada pela presença de certos gases 
emitidos por indústrias e pelo consumo humano, que geram cer-
tos	“buracos”,	por	onde	acaba	passando	tal	radiação.	Exemplos	
desses	gases	são	os	clorofluorocarbonetos	(CFC).
 • Poluição	química	por	substâncias	artificiais:	envolve	a	concentra-
ção	de	substâncias	químicas	artificiais,	ou	seja,	que	não	existiam	na	
natureza e foram criadas pelo homem. Incluem substâncias como 
clorofluorocarbonetos	(CFC),	materiais	radioativos,	dentre	outras.
 • Acidificação	do	oceano:	o	aumento	da	concentração	de	gás	car-
bônico e o aquecimento da superfície terrestre também levam ao 
aumento da acidez dos oceanos, afetando grande parte de impor-
tantes ecossistemas marinhos, como recifes de corais e algas. 
Tudo isso leva a importantes consequências: impacto no estoque 
de peixes, aumento ainda maior na concentração de gás carbôni-
co na atmosfera, aumento da temperatura dos oceanos, perda de 
biodiversidade marinha, dentre outras.
 • Consumo de água potável: o consumo de água potável envolve 
duas dimensões. A primeira dimensão é o consumo em si, seja 
diretamente, para hidratação, uso doméstico e recreação das 
pessoas;	seja	indiretamente,	via	consumo	de	produtos,	alimentos,	
serviços, entre outros, que também demandam água para serem 
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produzidos.1 Uma segunda dimensão que afeta a disponibilidade 
de	água	é	a	poluição	da	água	por	diferentes	resíduos:	efluentes	
domésticos	 despejados	 nas	 redes	 de	 esgoto,	 efluentes	 indus-
triais (que podem trazer alguns metais pesados, como mercúrio, 
cromo,	zinco	e	cobre)	e	efluentes	de	atividades	agrícolas,	como	
fertilizantes e pesticidas (que trazem em sua composição compo-
nentes químicos contendo principalmente fósforo e nitrogênio).
 • Mudança	no	uso	da	terra:	envolve	a	redução	da	cobertura	de	flo-
restas e outros biomas, até então intactos, para o uso em ativida-
des humanas, como habitação, agropecuária, entre outras. Tais 
alterações podem levar ao aumento da concentração de gás car-
bônico na atmosfera, à destruição de habitats de organismos e a 
mudanças na regulação do ciclo de águas regionais.
 • Interferências	nos	fluxos	biogeoquímicos	do	 fósforo	 (P)	 e	do	ni-
trogênio (N): o fósforo e o nitrogênio são elementos químicos, e 
seus	ciclos	e	fluxos	são	essenciais	à	vida	na	Terra.	O	aumento	da	
sua concentração por atividades humanas industriais e agrícolas, 
porém, afeta esses ciclos, gerando consequências graves. Por 
exemplo, o aumento da concentração de fósforo acomete poten-
cialmente os oceanos ao alterar sua composição química, o que 
pode	gerar	significativaextinção	da	vida	marinha.	Entre	as	conse-
quências do aumento da concentração de nitrogênio, sobretudo 
devido ao uso de fertilizantes na agricultura, está o aumento da 
poluição atmosférica (ocorre excesso de nitrogênio, que compõe 
naturalmente a atmosfera), contribuindo para o aquecimento glo-
bal, a degradação do solo, mudanças na composição das plantas e 
a degradação severa de ecossistemas aquáticos devido à redução 
da quantidade de oxigênio na água. 
1	Chamamos	o	volume	de	consumo	de	água	demandado	para	a	produção	de	bens	e	serviços	de	“pegada	
hídrica”.
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 • Poluição do ar/concentração de aerossóis: resultado de ativida-
des domésticas e industriais, refere-se à concentração de partícu-
las e substâncias químicas no ar que, em concentração elevada, 
podem gerar direta ou indiretamente as condições de vida dos 
seres vivos e plantas e interferir no funcionamento normal dos 
ecossistemas. Favorece fenômenos como mudanças climáticas, 
destruição da camada de ozônio e chuva ácida. Exemplos de po-
luentes químicos do ar são o monóxido de carbono (CO)(produ-
zido pelos carros), o óxido nitroso (N2O), a amônia (NH3) e outras 
partículas,	como	poeira	fina	e	metais.
PARA PENSAR 
Você já parou para pensar que a natureza nos presta vários serviços re-
levantes? Pense, por exemplo, como a vegetação da Amazônia influen-
cia a temperatura e o regime de chuvas no restante do Brasil. Ou reflita 
como utilizamos os rios, o mar e outras paisagens naturais para nossa 
recreação, turismo e lazer. O conceito de serviços ecossistêmicos (MIL-
LENNIUM ECOSYSTEM ASSESSMENT, 2005) propõe justamente anali-
sar e descrever quais os tipos possíveis de serviços que os diferentes 
ecossistemas nos fornecem e, em alguns casos, até avaliar quanto ge-
ram de valor econômico para determinada região.
 
Outras questões poderiam ser mencionadas, como mobilidade, uso 
de fontes de energia não renováveis, escassez de recursos naturais, con-
sumo excessivo, etc. Não obstante, não as citamos porque todas elas 
podem ser consideradas, direta ou indiretamente, questões dependentes 
ou derivadas dos limites planetários.
2 Questões sociais: principais desafios
As questões sociais têm uma dinâmica muito diferenciada em com-
paração com as questões ambientais. Na maior parte das vezes, elas 
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têm efeitos locais, variam muito conforme a região considerada e, prin-
cipalmente, conforme o nível de desenvolvimento socioeconômico do 
país em questão. O que pode ser uma questão socioeconômica impor-
tante no sudeste asiático ou na América Latina pode não ter a menor 
relevância em grande parte dos países da chamada Europa ocidental, 
onde o nível de desenvolvimento é relativamente elevado. Por outro 
lado, muitas das questões ambientais, como o aquecimento global, têm 
um alcance cujas causas e consequências são mundiais. 
Feita essa importante ressalva, discutiremos a seguir algumas das 
questões sociais mais relevantes em grande parte dos países. Para isso, 
tomaremos como referência aquelas que a Organização das Nações 
Unidas (ONU) elenca como as principais questões sociais contempo-
râneas. Algumas das que são mais relevantes para os chamados paí-
ses em desenvolvimento, como o Brasil, segundo a ONU (UN, [s. d.]) e a 
Enciclopédia de questões globais, de Bates e Ciment (2013), são:
 • Pobreza e desigualdade: a pobreza envolve mais do que apenas 
falta de renda e recursos econômicos mínimos para a subsistên-
cia. Suas outras dimensões incluem fome e desnutrição, restrição 
de acesso à educação e outros serviços básicos, como sanea-
mento e assistência à saúde, discriminação social e exclusão da 
participação em processos políticos. Quase 10% da população 
mundial em 2015 vivia abaixo da linha de pobreza, estando, em 
sua maioria, localizada no sudeste asiático, na África subsaariana 
e	em	países	com	conflitos	constantes.	A	desigualdade	de	renda,	
tanto interna quanto entre países, é outro aspecto importante que 
frequentemente agrava a situação de pobreza. O Brasil é um dos 
países mais desiguais do mundo, segundo mostram sucessivos 
relatórios da ONG Oxfam. Uma pesquisa de 2017 da entidade 
(OXFAM BRASIL, 2017) mostrou que 5% detêm a mesma renda 
que os outros 95% da população brasileira.
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. • Nutrição e segurança alimentar: em 2018, quase 10% da popu-
lação mundial enfrentava situação de fome. Isso ocorre sobre-
tudo em países de baixo desenvolvimento. Eventos climáticos 
extremos e variações de preços dos alimentos agravam essa 
condição. Ao mesmo tempo, a má nutrição leva a outra epide-
mia igualmente preocupante: a obesidade e o sobrepeso, estes 
com maior incidência em países de desenvolvimento mais alto. 
No Brasil, segundo relatório da Organização das Nações Unidas 
para Alimentação e Agricultura (FAO) (FAO, 2020), houve expres-
siva melhora na questão da fome e desnutrição com o advento 
de programas de distribuição de renda a partir dos anos 2000. 
Entre 2017 e 2019, estima-se que pouco menos que 2,5% da po-
pulação enfrentava desnutrição, e cerca de 1,5%, uma situação 
mais agravada de fome. A insegurança alimentar, porém, ain-
da é relativamente alta, atingindo cerca de 20% da população. 
Em termos de sobrepeso e obesidade, os dados mostram um 
resultado preocupante: em 2016, a parcela da população com 
sobrepeso chegou a 22%.
 • Igualdade de gênero: embora equivalham à praticamente me-
tade da população global, ainda hoje as mulheres sofrem com 
a desigualdade de oportunidades, seja em termos de acesso à 
educação, saúde, emprego e renda, seja em termos de participa-
ção e representação política. No Brasil, a situação da desigual-
dade de gênero é ainda bastante precária. No ranking do Fórum 
Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 90a posição entre 144 paí-
ses. Para citar alguns dados, as mulheres ainda ganham menos 
– mesmo tendo média de tempo de estudo superior à dos ho-
mens –, estão mais sujeitas ao desemprego e possuem baixa 
representatividade na política nacional. Para agravar o quadro, as 
situações de violência e assédio ainda afetam pelo menos 20% 
da população feminina, segundo resume artigo da Fundação Tide 
Setubal (DESIGUALDADE DE GÊNERO..., 2018). 
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 • Saúde: falta de acesso a serviços de cuidado de saúde e medi-
camentos e incidência de epidemias levam a uma grande dispa-
ridade na expectativa de vida da população em locais em que o 
nível de desenvolvimento é baixo. Além disso, a falta de medidas 
preventivas, como acesso à informação, boa alimentação e sa-
neamento básico, agrava ainda mais a situação. A saúde públi-
ca no Brasil é estruturadaa partir da atuação do Sistema Único 
de Saúde (SUS), e cerca de 80% da população brasileira depen-
de dele. Alguns problemas enfrentados pelo SUS são a falta de 
médicos em determinadas regiões (sobretudo nas regiões Norte, 
Nordeste e nas periferias urbanas), as longas esperas para mar-
car	 consultas,	 a	 falta	 de	 leitos	 e	 o	 subfinanciamento	 da	 saúde	
(SOBRINHO,	2018;	CARVALHO,	2013).
 • Direitos humanos e democracia: os direitos humanos são direitos 
reconhecidos universalmente como inerentes a qualquer pessoa, 
independentemente da sua situação, do local onde reside, de re-
ligião, etnia, gênero ou qualquer outra particularidade. Os direitos 
humanos incluem direito à vida e à liberdade, direito de estudar 
e trabalhar, direito de não sofrer qualquer tipo de discriminação, 
dentre outros. A democracia está muito associada aos direitos 
humanos, sobretudo no tocante ao direito à liberdade de expres-
são e participação política. Muito frequentemente, locais onde 
a democracia não é plenamente observada enfrentam também 
situações de transgressão aos direitos humanos. No Brasil, algu-
mas das pautas de direitos humanos mais importantes pós-di-
tadura militar são a igualdade racial, os direitos das mulheres e 
minorias sexuais, os direitos da infância e adolescência e o en-
frentamento	da	violência	policial	(ENGELMANN;	MADEIRA,	2015).
 • Refugiados e migrações em massa: devido a situações diversas, 
como	terrorismo,	perseguição	política,	conflitos	violentos	e	condi-
ções de vida precárias, algumas pessoas são obrigadas a migra-
rem para outras regiões, sem que possam voltar ao seu local de 
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origem. Os refugiados, como são chamados, diferem, portanto, 
dos migrantes, que optam por mudar voluntariamente de seu local 
de origem, podendo retornar quando assim desejarem. Em 2018, a 
ONU estimou a existência de cerca de 70 milhões de refugiados. A 
situação desses indivíduos afeta também regiões mais ricas, para 
onde muitas vezes eles se destinam. Em 2018, dados da coordena-
ção-geral do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), citados 
pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (SILVA et al., 2020), 
mostravam que o Brasil recebeu um contingente de pedidos de re-
fúgio de pouco mais de 80 mil pessoas. Desse total de refugiados, 
quase 80% derivam da vizinha Venezuela, que vem enfrentando há 
alguns anos crises nacionais, e 9% vêm do Haiti, país mais pobre 
da América e que enfrenta uma situação de convulsão política, so-
cial e econômica há várias décadas.
 • Violência	e	conflitos	armados:	algumas	regiões	passam	por	con-
flitos	armados	entre	grupos	que	disputam	o	poder	político,	eco-
nômico ou militar de determinadas regiões. A violência decorren-
te	do	conflito	pode	ser	perpetrada	pelo	confronto	entre	governo,	
milícias armadas e mesmo entre governos de diferentes Estados 
nacionais quando em disputas territoriais, por exemplo. A situa-
ção pode também trazer consequências de longo prazo, como 
é o caso da existência de minas terrestres como resquício de 
guerras	ou	conflitos	anteriores	pelos	quais	as	regiões	ou	os	paí-
ses tenham passado. O Brasil, diferentemente de alguns países, 
não	passa	por	conflitos	armados	que	ameacem	a	integridade	do	
território nacional. No entanto, a violência apresenta índices alar-
mantes. Em 2018, houve quase 58 mil homicídios no país, e a 
população carcerária atingiu o número de 800 mil pessoas. Outro 
problema importante é a atuação de facções criminosas e de 
milícias, que mantêm o controle de alguns territórios urbanos e 
operam de forma semelhante a um Estado paralelo. A violência 
também ressalta a situação de desigualdade socioeconômica, 
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geográfica	e	racial	brasileira,	 já	que	afeta	desproporcionalmente	
mais a população negra e de regiões menos ricas do país (Norte 
e	Nordeste)	(MISSE,	2019;	CERQUEIRA;	BUENO,	2020).
IMPORTANTE 
Há diversas questões sociais bastante associadas – como consequên-
cia ou causa – a questões ambientais. Para citarmos um exemplo, a 
ONU passou a reconhecer oficialmente uma nova categoria de refugia-
dos, os chamados refugiados climáticos, que são pessoas que tiveram 
de deixar seu local de origem (país ou região geográfica), permanente 
ou temporariamente, devido a condições ambientais ou climáticas des-
favoráveis (MIGRAMUNDO, 2020).
 
3 Objetivos do desenvolvimento sustentável 
(ODS) e a Agenda 2030
Dados	os	desafios	sociais	e	ambientais	descritos,	a	sociedade	co-
meçou a se mobilizar para tentar compreendê-los e dar passos con-
cretos rumo à sua superação. Uma das iniciativas nesse sentido é a 
proposição dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS).
Os ODS são um conjunto de objetivos propostos no âmbito da ONU 
com base em uma discussão multilateral e multissetorial envolvendo di-
ferentes atores, da qual participaram representantes de governos, empre-
sas, entidades da sociedade civil (também conhecidas como organiza-
ções	sem	fins	lucrativos)	e	universidades	e	institutos	de	diferentes	países.	
Os ODS foram estabelecidos em 2015, portanto tendo como objetivo que 
as metas fossem alcançadas em um horizonte de 15 anos, até 2030 – 
por isso, também são conhecidos como Agenda 2030 (ONU, 2015). 
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.Compõe os ODS um total de 17 objetivos, que se desdobram em 169 
metas	(ONU,	2015).	A	figura	1	apresenta	os	ODS	distribuídos	por	quatro	
dimensões, a saber: social, ambiental, econômica e institucional.
Figura 1 – ODS distribuídos em suas 4 dimensões 
Dimensão social Dimensão ambiental
Dimensão econômica Dimensão institucional
Fonte: ONU apud Cal (2017).
Discutida durante vários anos, a premissa da proposição dos ODS 
é que, estabelecendo metas acordadas por um amplo conjunto de ato-
res, com um prazo determinado (2030), os esforços para a obtenção de 
melhorias socioambientais concretas no mundo seriam convergentes 
e, por isso, os resultados seriam mais facilmente alcançados. Outra pre-
missa é a de que, devido à complexidade e ambição das metas – consi-
dere, por exemplo, a complexidade de erradicar a pobreza em um hori-
zonte de 15 anos –, apenas mediante um esforço coletivo os objetivos 
poderiam ser alcançados.
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Considerações finais
Estudamos neste capítulo algumas das principais questões sociais 
e ambientais contemporâneas e discutimos uma ferramenta que vem 
sendo empregada no sentido de superá-las. 
Observamos que, ao mesmo tempo que os limites planetários são 
desafiados	 pelas	 atividades	 econômicas	 humanas	 e	 pelo	 modo	 de	
vida e consumo contemporâneos, existe uma inegável necessidade de 
conciliar esses limites com o atendimentodas necessidades básicas 
humanas de uma vida digna, o que abrange acesso à renda, bens e ser-
viços, saneamento, água, alimentos, habitação, dentre outros aspectos. 
Daí decorre a importância de olhar também para as questões sociais. É 
justamente da visão que integra as questões ambientais com as ques-
tões sociais que resulta a abordagem socioambiental.
Uma das propostas para reconhecer a importância dessas com-
plexas questões socioambientais, cujas soluções dependem do envol-
vimento de muitos atores e, mais do que isso, de medidas efetivas, é 
refletir	em	conjunto	sobre	o	futuro	que	a	humanidade	quer	e	se	com-
prometer a persegui-lo. É a isso que visam os chamados ODS, também 
conhecidos como Agenda 2030.
Referências
BARAKAT,	Simone	R.;	CAMPOS,	José	Guilherme	F.	de.	Organizações	e	sustenta-
bilidade: para além da mitigação das mudanças climáticas – momento de pen-
sarmos em adaptação. Organizações e Sustentabilidade, v. 7, n. 2, p. 3-5, 2019.
BATES,	Christopher	G.;	CIMENT,	James	(ed.). Global social issues: an encyclo-
pedia. Armonk, NY: ME Sharpe, 2013. v. 3.
CAL, Carla Monteaperto. Dimensões dos objetivos de desenvolvimento 
sustentável. Secretaria de Governo da Presidência da República, 28 jul. 
24 Introdução à gestão socioambiental Ma
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