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Exames Complementares em Estomatologia Biópsia: é um procedimento no qual se colhe uma pequena quantidade, isto é, uma amostra, de tecido ou células, para posterior estudo em laboratório. Praticamente todas as lesões em região de cabeça e pescoço necessitam de biópsia para confirmação da HD. Todo material removido deve ser encaminhado para exame histopatológico. Tipos de biópsia: incisional, excisional, PAAF, citologia, punção. Biópsia incisional e excisional: faz-se a biópsia incisional quando tiver suspeita de malignidade, se a lesão for benigna faz a biópsia excisional. Na biópsia incisional faz-se a retirada da lesão com o intuito de obter diagnóstico definitivo para definir as estratégias de tratamento. Indicações: lesões extensas, HD - malignidade. Algumas lesões ósseas que podem ser diagnosticadas por exames de imagens não precisam de biópsia. Exemplo de contra - indicação de biópsia: o ideal são exames de imagem e acompanhamento clínico É contra indicada porque o melanoma tem capacidade de crescer lateralmente e de forma infiltrativa, além de fazer metástases rapidamente, então é melhor não manipular cirurgicamente a lesão. Na biópsia excisional faz-se a remoção completa da lesão com finalidade de diagnóstico. É realizada quando há diagnóstico clínico compatível e é o tratamento definitivo da lesão. Não é indicada quando a HD é de malignidade. PAAF - Punção Aspiratória por Agulha Fina: procedimento de escolha para o diagnóstico de massas superficiais. Deve ser realizada por citopatologista ou clínicos treinados para não comprometer os resultados. Utiliza-se da ajuda de um citoaspirador acoplado à seringa com agulha fina. ex: linfonodos, glândulas salivares maiores. Punção: indicada nas lesões intra-ósseas, é um guia para realização de procedimentos, não é feita em lesões com sangue, importante para excluir lesão sólida ou cística, material geralmente não é enviado para análise microscópica. Pré-requisitos para a biópsia: - Solicitação de exames complementares - Explica para o paciente a necessidade do procedimento - Respeitar as normas de biossegurança - Organizar a mesa pela ordem dos instrumentos (anestesia, incisão, exérese, síntese) - Manipular o mínimo possível a peça cirúrgica - Registrar todas as informações do paciente e aspectos da lesão Protocolo clínico para execução da biópsia Arrumação da mesa: Requisitos no pré-operatório: - Orientar o paciente - Fazer uso dos EPI’s - Arrumação da mesa e preparo do paciente com formol 10% - Realizar assepsia local externa no paciente com clorexidina a 2% - Realizar bochecho com clorexidina a 0,12% - Uso de campo de mesa e fenestrado estéril Requisitos no trans-operatório: - Exame clínico da lesão - Anestesia infiltrativa - Procedimentos de exérese: em forma de elipse ou cunha - Procedimentos de diérese: retirada da peça - Mínimo manuseio da peça a ser estudada - Imediato armazenamento em recipiente de boca larga contendo formol a 10% em um volume 10 vezes maior que a peça a se imersa - Procedimento de síntese Requisitos no pós-operatório: - Recomendações ao paciente: repouso, compressas frias, medicação - Identificação do recipiente com informações do paciente e peça cirúrgica - Elaboração da ficha de encaminhamento ao laboratório de patologia oral com todas as informações sobre a história clínica e aspecto da lesão, bem como com a história do paciente Exames que podem ser solicitados: Ressonância Magnética RM - Não envolve radiação ionizante - Depende da distribuição de prótons em tecidos e seus efeitos sobre um campo magnético - O sinal de RM tem dois componentes: T1 - tempo de relaxamento longitudinal, T2 - tempo de relaxamento transversal - Indicações: lesões de tecido mole, ATM, invasão óssea, inadequado para imagens intraósseas, órgãos e tecidos internos - Contraindicações: marcapasso, válvulas protéticas, clips vasculares, estimuladores neurais. Ultrassonografia A ultrassonografia das glândulas salivares é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações das glândulas salivares. Ela tem se mostrado um método de alta sensibilidade para o diagnóstico das patologias que incidem sobre essa região. É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais. Cintilografia salivar O pertecnato sódico intravenoso é absorvido pelas glândulas salivares e secretado na saliva. Pode ser útil no diagnóstico: Síndrome de Sjögren, obstrução ductal, neoplasias de glândulas salivares e aplasia de glândulas salivares. Eritrograma Hematimetria: corresponde à contagem do número de hemácias por mL de sangue (estimativa indireta da quantidade de Hemoglobina - Hb) Hematócrito: corresponde ao valor da porcentagem que as células sanguíneas ocupam no sangue, devido a centrifugação de um tubo de ensaio com amostra sanguínea. O volume de leucócitos e plaquetas é desprezado. Hematoscopia: hipocromia - deficiência de ferro severa, anemia do tipo Talassemia, policromasia - reticulocitose, deficiência de folatos, eritrócitos imaturos no sangue periférico (medula, sinusóides hepáticos e baço). Anemias A diminuição das hemácias pode ser causada também por algumas drogas. Drogas que reduzem a produção de hemácias: antineoplásicos, cloranfenicol, fenilbutazona. Drogas que provocam hemólise: penicilinas e metildopa. Leucometria: Desvio para a esquerda: Aparecimento de neutrófilos jovens no sangue periférico, devido a uma maior produção pela médula-óssea. Significa presença de um processo infeccioso agudo ou leucemias e aumenta de acordo com a gravidade da doença. Leucocitose: aumento do número de leucócitos 11000 a 15000 - discreta 15000 a 20000 - moderada 20000 a 30000 - acentuada 30000 a 45000 - reação leucemóide Decorrências das leucocitoses: Por neutrofilia - Fisiológicas (infecções bacterianas) - Reacionais (corticosteróides e lítio) - Leucemias Por linfocitose - Reacionais (infecções virais) - Leucemias Por eosinofilia - Reacionais (infecção parasitária) - Familiar (alergias) - Leucemias Por monocitose - Reacionais - Leucemias Drogas que causam leucopenia - Dipirona - Fenilbutazona - AINES - Clorafenicol - Sulfamidas - Cefalosporina - Anticonvulsivantes Plaquetas: não são células, são componentes do sangue, consideradas como diminutos discos ovais ou redondos com 2 a 4 micrômetros de diâmetro, produzidas na medula óssea a partir dos megacariócitos. Quantidade média entre: 150.000 e 300.000/mm³ de sangue. Participam do processo de HEMOSTASIA. Drogas que causam Plaquetopenia: - Heparina - Digitálicos - Quindina - Tiazólicos - Imipramina - Fenotiazida - Sulfamidas - Cefalosporinas - Penicilinas Tempo de Tromboplastina Parcial (TTPA) Avalia as vias intrínsecas e comum da cascata de coagulação - Fatores XII, XI, IX, VIII, X,V protrombina e fibrinogênio. O TTP normal é de 35 a 50 segundos Tempo de Protrombina (TP) INR (TP/CONTROLE) - A partir da conversão de protrombina em trombina - Varia de 11 a 12 segundos - Encontra-se prolongado por deficiência da coagulação I (fibrinogênio), II (proconvertina) e fator X (fator de Stuart), excesso de heparina - Em torno de 29 segundos - INR - 1 a 2 O tempo da atividade da Protrombina avalia a normalidade da via extrínseca e comum da cascata de coagulação. Aumentado na deficiência dos fatores VII, V,X, protrombina ou fibrinogênio. Tempo de Trombina - Teste semiquantitativo - Fácil e de rápida execução - Adiciona-se quantidade de trombina ao plasma e verifica-se o tempo de transformação de fibrinogênio em fibrina - Tempo normal de 12 a 18 segundos - Indicam alterações na qualidade e quantidade de fibrinogênio Exames de Diabetes Mellitus Exames para Hepatite Exames sorológicos para Sífilis Exames sorológicos para o HIV
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