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14/09/21 Dunia Torres SEMIOLOGIA DO PÂNCREAS ANATOMIA: • O pâncreas é um órgão retroperitonial, o que significa é que a dor de uma pancreatite é localizada, a dor é em barra. Pois, vai do hipocôndrio com irradiação retroperitonial. • A cabeça do pâncreas repousa no duodeno: ambos compartilham a mesma vascularização do tronco celíaco. Quando tem um tumor na cabeça do pâncreas o duodeno é retirado também. Duodenopancreactomia. 2 • Relação da via biliar com o pâncreas: para o colédoco chegar no duodeno ele passa por dentro da cabeça pancreática. Se a pedra desce da vesícula, ao cair no colédoco, além de obstruir a via biliar, entope a papila e obstrui também o ducto pancreático: • Principal causa de pancreatite aguda: lítiase biliar • Principal local de câncer pancreático: Cabeça do pâncreas Clínica do câncer de pâncreas: • Câncer de Cabeça de pâncreas: a massa tumoral de cabeça de pâncreas comprime o colédoco que passa dentro deste e com isso começa a sobrar bile de forma lenta e a vesícula cresce de forma lenta. No tumor da cabeça de pâncreas a vesícula passa a ser impalpável e indolor. Por conta do acúmulo de bile o paciente faz icterícia, ictericia progressiva, uma bile que é degradada na via biliar, icterícia verdínica: puxa para o verde (tumor de cabeça de pâncreas- tumor periampulares provocam icterícia verdínica) • Sinal de Courvoisier-Terrier: Vesícula palpável e indolor: 3 FISIOLOGIA • pâncreas tem duas funções: exócrina e endócrina • Exócrina: libera o suco pancreático. Para liberar a sua secreção para o duodeno o pâncreas contraí • Endócrina: produz 3 hormônios fundamentais: ilhota de langerhans: hormônios produzido pelas células Beta (insulina), células alfa (glucagon), e células delta (somotostatina) • Fisiopatologia da pancreatite crônica: progressivamente o tecido pancreático é substituído por calcificação. Começa a ter diminuição da produção de insulina, pode ter diabetes mellitus. Faz a reposição de insulina. Ao longo do tempo a dose vai ser igual a uma dose de disbetes tipo 1, mas no começo a dose deve ser mais baixa porque o paciente pode fazer uma hipoglicemia desprotegida pela perda de célula alfa (glucagon) • Somatostotina: inibe o hormônio do crescimento, inibe secreção pancreática e vascularização esplanica • Fisiologia do Suco pancreático: bicarbonato + enzimas. o O ácido clorídrico desce o tempo todo para o duodeno e este nunca foi preparado para tolerar o ácido. O duodeno se protege do ácido clorídrico proveniente do estômago pedindo para o pâncreas liberar bicarbonato. E as enzimas, são para combater o alimento. Libera pró-enzimas no duodeno, são pró-enzimas, pois se forem ativas no pâncreas elas iriam digerir o próprio pâncreas. E no duodeno elas são ativadas ajudando na digestão . Obs: A enzima age melhor em ph que não é tão ácido. 4 Pancreatite aguda: (fisiopatologia) • As pró-enzimas que deveriam ficar inativas dentro do pâncreas por algum motivo são ativadas dentro do pâncreas e este começa a digerido. Causas: pedra de vesícula que desceu pela via bíliar, e empatou lá embaixo e aumentou a pressão dentro do pâncreas e esse aumento de pressão provoca a ativação dessas enzimas. Principal causa: pedra na vesícula que desceu. • Etiologia: litíase biliar e álcool • Quadro clínico: -Dor contínua em barra, em faixa ou cinturão -Barriga podre: náuseas e vômitos -Icterícia: a pedra pode empatar na 2ª porção do duodeno e acumular bile lá em cima - Sinais de : Cullen: mancha equimótica periumbilical Grey Turner: mancha equimótica nos flancos - Essas manchas evidenciam um processo de hemorragia retroperitonial, o pâncreas é digerido de forma tão intensa que ele começa a sangrar. São raras e se tiver indica gravidade. Não são patognomônicas. • Diagnóstico de pancreatite aguda: -Anamnese e exame físico 5 - Anamnese: clínica compatível: dor abdominal fortemente sugestiva em barra(faixa ou cinturão), náuseas e vômitos, história de pedra na vesícula -Laboratorial: dosagem das enzimas aumentadas no sangue: amilase e lipase- >3x o normal -Exame de imagem: Tomografia (melhor exame para ver pâncreas) Ultrassom: pelo ultrassom eu não consigo ver o pâncreas porque ele é um órgão retroperitonial, mas eu consigo a vesícula. Pede o ultrassom para ver se tem pedra na vesícula, já que na clínica a pessoa apresenta uma dor forte sugestiva de pancreatite. Se tiver pedra é pancreatite. TCC: com contraste para colorir o pâncreas de forma homogênica, é sinal que o pâncreas tá edemaciado (capta contraste) Captação heterogênea: pancreatite aguda necrosante. A área com necrose não pega contraste. Pancreatite crônica: • Causa fundamental é o álcool. Quando a pessoa bebe evoluí para cirrose e pancreatite crônica. Traduz calcificação do pâncreas • Evoluí para cirrose primeiro 6 • O álcool provoca calcificação no tecido pancreático , progressivamente, surge pedrinhas no pâncreas. Quando o pâncreas joga sua secreção no duodeno ele contraí e com o pâncreas calcificado cheio de pedrinhas provoca uma dor pós prandial de alimento gorduroso. A contração frente a calcificação doí. A pessoa emagrece por medo de comer. Além de ter dificuldade em comer gordura, pois não absorve, com isso tem esteatorreia, tem diabetes porque destrói célula beta. Perde o pâncreas endócrino e exócrino. • Etiologia da doença: álcool • Quadro clínico: Tríade principal: esteatorreia, Diabetes Mellitus e calcificação. Pode apresentar também, dor abdominal, emagrecimento é icterícia . Obs: paciente pode apresentar eritema Ab igne: Usa bolsa de água quente nas costas para aliviar a dor da pancreatite. Fisiopatologia da icterícia: Icterícia: calcificação do pâncreas, se calcifica a cabeça do pâncreas pode provocar icterícia. • Diagnóstico: clínica e exame de imagem: -TC de pâncreas: -Radiografia de tórax: pedrinhas: calcificação Câncer de pâncreas: adenocarcinoma da cabeça do pâncreas • Patologia: adenocarcinoma (mais comum) e d cabeça de pâncreas • Fator de risco: tabagismo 7 • Quadro clínico: -emagrecimento -Icterícia progressiva verdinica - Dor abdomin - Sinal de Courvoisier-Terrier - Todo paciente que tem neoplasia de andar superior do abdômen pode ter o linfonodo de virchow (supraclavicular a esquerda) • Diagnóstico: clínico e exame de imagem: TCC • Obs: Icterícia flavínica: amarela- hepatite • Icterícia verdínica: tumores amoulares: tumor de cabeça de pâncreas • Icterícia rúbinica: leptospirose
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