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@KATIELLEMASC I MEDICINA OBJETIVOS REVISAR ANATOMIA DA VESICULAR BILIAR E PÂNCREAS VB A vesícula biliar é um pequeno órgão localizado sob o lobo direito do fígado, mede 7 a 10 cm e está conectada ao fígado e ao duodeno através do trato biliar. A VB é responsável por armazenar a bile, um líquido produzido no fígado que ajuda na digestão das gorduras dos alimentos, e é secretada pela vesícula para o duodeno em resposta ao estímulo do alimento ingerido como parte do processo digestivo. Quando os alimentos (especialmente os alimentos gordurosos) estão sendo digeridos, a vesícula biliar se contrai e secreta a bile através de um pequeno tubo denominado ducto cístico, que se junta ao ducto hepático comum para formar o ducto biliar comum. O ducto biliar comum une-se ao ducto principal do pâncreas (ducto pancreático) para desembocar na primeira parte do intestino delgado (duodeno) na ampola de Vater. PÂNCREAS O pâncreas é um órgão retroperitoneal, localizado atrás do estômago, se divide em cabeça, colo, corpo e cauda. O pâncreas possui um ducto que drena a maior parte das secreções acinares o ducto pancreático (wirsung), esse ducto desagua na papila maior do duodeno e geralmente é entrelaçado na vesícula biliar, sendo esse sistema chamado de via bilio pancreática. Quando o ducto pancreático se une ao ducto colédoco que vem da VB é chamado de Ampola de Vater. No entanto, a passagem do suco pancreático e biliar para o duodeno e ID é regulada pelo esfíncter de oddi. Sendo assim, o pâncreas é uma glândula mista de secreção, divide-se em: Secreção Endócrina representado pelas células de Langerhans, que apresenta células B (produtoras de insula e peptídeo C), alfa (produtoras de glucagon) e deltas (produtoras de somatostatina). Secreção Exócrina, produtora de bicarbonato e responsável pelo suco pancreático produzido pelas células acinares, que é liberado no duodeno através do ducto pancreático e do ducto acessório. As enzimas do suco pancreático incluem uma enzima para digerir o amido, chamada: AMILASE e a principal enzima que digeri triglicerídeos em adultos chamada de LIPASE. ENTENDER A FISIOPATOLOGIA DA PANCREATITE Apg Pancreatite Apg Pancreatite @KATIELLEMASC I MEDICINA O pâncreas é responsável por produzir enzima de forma inativa (tripsinogênio), nisso esse tripsinogênio é ativado em tripsina no duodeno através da enteropeptidase duodenal. No entanto a pancreatite se desenvolve pela autodigestão do pâncreas por suas próprias enzimas. A pancreatite consiste em uma condição inflamatória do pâncreas exócrino que resulta de uma lesão das células acinares. A causas principais da pancreatite está associada a litíase biliar, álcool e aumento de triglicerídeos. A pancreatite aguda acontece quando ocorre a ativação prematura do tripsinogênio em tripsina dentro do pâncreas, onde o mesmo não consegue jogar a enzima ativada para o duodeno, com isso o pâncreas não tolera a ação dessa enzima, ocorrendo assim apoptose das células acinares e inflamação do órgão. Isso resulta na liberação de enzimas pancreáticas ativas na corrente sanguínea e estimulação da produção de citocinas inflamatórias por neutrófilos, macrófagos e linfócitos. A pancreatite aguda apresenta amplo espectro de lesão, que varia desde a forma edematosa, quando discreto e autolimitada. As lesões básicas são: edema, necrose gordurosa, necrose parenquimatosa, destruição da parede vascular (hemorragia) e infiltrado inflamatório. A conversão patológica de tripsinogênio é desencadeada por 3 fatores: 1- Alteração da homeostase do cálcio 2- Co-localização de lisossomos e zimogênios 3- Alteração do PH A classificação da pancreatite aguda é feita através da Classificação de Atlanta que subdivide em: PA leve, definida como pancreatite sem falência de órgãos ou sem complicações; PA moderadamente grave, definida como pancreatite com falência de órgãos presentes por menos de 48 horas ou por complicações locais; PA grave, definida como a pancreatite com falência de órgãos que persistem por mais de 48 horas. A PA leve é a mais frequente e apresenta uma boa evolução clínica e baixa mortalidade A pancreatite crônica é causada por episódios recorrentes e prolongados de pancreatite aguda, que provocam atrofia do parênquima e fibrose progressiva, pode haver comprometimento da função exócrina e endócrina. A pancreatite crônica pode apresentar-se: Crônica calcificada: a forma mais comum, está relacionada ao etilismo Crônica obstrutivo: ocorre a obstrução do ducto pancreático, uma causa é o adenocarcinoma intraductal. Crônica inflamatória; é rara LISTAR OS FATORES DE RISCO, MANIFESTAÇÕES E COMPLICAÇOES DA PANCREATITE FATORES RISCO @KATIELLEMASC I MEDICINA Litíase biliar- é uma das causas mais frequentes de PA Colecistite- ocasiona pancreatite Álcool Predisposição familiar- a pancreatite Fibrose cística do pâncreas Gestação Vírus (caxumba, hepatite B) Portador de AIDS Medicamentos Idiopáticas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Dor abdominal epigástrica, que pode irradiar para as costas Manchas de pele provenientes de necrose hemorrágica Febre baixa por causa da inflamação, e as extremidades ficam frias e úmidas, por colapso vascular periférico Em crises graves, ocorrem vômitos persistentes Distensão abdominal Ruídos hidroaéreos diminuídos COMPLICAÇÕES O pulmão é principal órgão responsável pelas mortes nos indivíduos com Pancreatite aguda. Cerca de 60% dos pacientes com PA desenvolvem complicações, que podem variar desde uma leve hipoxemia, derrames pleurais, atelectasias até a SDRA. Hemorragia maciça Choque Trombose de veias portas Diabetes miellitus COMPREENDER COMO SE DÁ O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PANCREATITE DIAGNÓSTICO Clínico Níveis séricos de amilase e lipase, que se encontrarão três vezes acima do limite superior da normalidade. Tomografia computadorizada de abdômen Ultrassonografia Ressonância magnética @KATIELLEMASC I MEDICINA Sinais: Sinal de Culen, que são manchas avermelhadas na região periumbilical do paciente Sinal de Grey turner na região lateral do paciente, entre os flancos TRATAMENTO
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