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Vulvovaginites e Vaginoses -Louise Candiotto

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VULVOVAGINITES E VAGINOSES 
MEDCURSO + TRATADO DE GINECOLOGIA FEBRASGO 
LOUISE CANDIOTTO 1 
 
INTRODUÇÃO 
VULVOVAGINITE  Processo inflamatório, com aumento 
da quantidade de polimorfonucleares, que acomete o trato 
genital inferior  Envolve a vulva, as paredes vaginais e o 
epitélio escamoso estratificado do colo uterino (ectocérvice). 
OBS: As vulvovaginites também podem ser denominadas 
Colpites. 
VAGINOSE  Define a ausência de resposta inflamatória 
vaginal. 
ECOSSISTEMA VAGINAL 
O ecossistema vaginal é um meio complexo que consiste na 
inter-relação entre a microflora endógena, produtos do 
metabolismo desta microflora e do hospedeiro, estrogênio e 
nível do PH. 
CONTEÚDO VAGINAL FIS IOLÓGICO 
O meio vaginal é composto pelo resíduo vaginal, pelos restos 
celulares e microrganismos. 
RESÍDUO VAGINAL: 
 Composto por: 
 Muco cervical 
 Células vaginais e cervicais esfoliadas 
 Secreção das glândulas de Bartholin e 
Skene 
 Transudato vaginal 
 Proteínas 
 Glicoproteínas 
 Ácidos graxos orgânicos 
 Carboidratos 
 Pequena quantidade de leucócitos 
 Microrganismos da flora vaginal 
 Possui cor branca ou transparente 
 PH vaginal  Em torno de 3,8-4,2 , sendo menor 
do que 4,5 
OBS: A manutenção do PH vaginal é vital para a 
estabilização do ecossistema vaginal. Os lactobacillus 
acidophilus, que representam cerca de 90% das bactérias 
presentes na flora normal, que produzem ácido lático, são 
os grandes responsáveis pela acidez do PH da vagina. 
OBS2: O volume varia de acordo com vários fatores, como 
 Fase do ciclo menstrual, uso de hormônios, gravidez, 
condições orgânicas e psíquicas. 
OBS3: Nem todo fluxo vaginal representa uma doença e, 
quando representa, nem toda doença é infecciosa. 
 
 
FLORA VAGINAL NORMAL 
A composição e a densidade populacional dos 
microrganismos da flora vaginal normal podem variar de 
mulher para mulher, variar de acordo com as suas ações 
(como uso de medicações, duchas, etc.) e durante as 
diferentes fases do ciclo menstrual. 
Ela também sofre variações em sua composição na 
dependência de fatores endógenos ou exógenos. 
COMPOSIÇÃO HABITUAL: 
 Presença de aeróbios Gram-positivos e Gram-
negativos 
 Gram +  Lactobacillus acidophilus 
 Anaeróbios facultativos 
 Anaeróbios estritos ou obrigatórios 
 Fungos 
 Candida spp. 
MECANISMOS DE DEFESA DA REGIÃO GENITAL 
CONTRA AGRESSÕES EXTERNAS 
A manutenção da homeostase da mucosa no trato genital 
feminino é fundamental para impedir a proliferação de 
microrganismos patogênicos. 
A mucosa vaginal é a primeira barreira de entrada de 
patógenos. 
O muco cervical forma uma trama que dificulta a passagem 
de patógenos para o trato genital superior, além de possuir 
substâncias bactericidas. 
A microbiota vaginal também atua na defesa, pois seus 
organismo além de produzirem certas substancias (peróxido 
de hidrogênio, ácido láctico), competem com os patógenos 
por nutrientes e receptores. 
Além de todos esses fatores, ainda há a participação de 
linfócitos T CD4 e CD8 e imunoglobulinas IgA, IgM e IgG. 
Na fase reprodutiva o estrógeno promove a maturação e 
diferenciação do epitélio vaginal em células superficiais 
maduras e ricas em glicogênio, que será metabolizado em 
ácido lático, pelos lactobacilos, conferindo um pH ácido a 
vagina. 
Já na fase pré-púberes e pós-menopausa, ocorre um 
hipoestrogenismo, acarretando em um aumento do PH 
vaginal. 
OBS: Diversos microrganismos podem romper esses 
mecanismos de proteção e causar uma reação inflamatória 
na vulva e na vagina, sendo as principais causas infecciosas 
(transmitidas ou não pelo coito). 
 
 
LOUISE CANDIOTTO 2 
 
 
VULVOVAGINITES E VAGINOSES 
 
QUADRO CLÍNICO 
PRINCIPAIS QUEIXAS: 
 Conteúdo vaginal aumentado 
 Prurido 
 Irritação 
QUEIXAS ASSOCIADAS: 
 Odor desagradável 
 Ardência 
 Intenso desconforto 
NEM TODA A DESCARGA VAGINAL REPRESENTA DOENÇA!!! 
Mucorreia: 
 Secreção vaginal fisiológica acima do normal 
 O exame especular nesses casos é bastante útil 
 Mostra a ausência de inflamação 
vaginal, mucosa vaginal de coloração 
rosa pálido e a presença de muco claro 
e límpido 
 O tratamento consiste em explicar a paciente que 
ela está normal 
Corrimento: 
 Anormalidade na quantidade ou no aspecto físico 
do conteúdo vaginal 
 Exterioriza-se pelos órgãos genitais externos 
 Precisa fazer a investigação 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 
DETERMINAÇÃO DO PH VAGINAL: 
 Pode ser realizada por meio de fitas medidoras 
de pH 
 A amostra deverá ser obtida do terço médio para 
o distal da parede lateral, com cuidado para não 
haver contaminação com muco cervical cujo pH é 
alcalino (7) 
EXAME A FRESCO: 
 Colhe-se o conteúdo vaginal e cola em uma lâmina, 
onde irá se adicionar uma gota de solução salina 
e seguir com os procedimentos para realização da 
microscopia direta 
BACTERIOSCOPIA POR COLORAÇÃO DE GRAM: 
 A presença de clue cells é típica de vaginose 
bacterina 
 Células epiteliais escamosas de aspecto 
granular pontilhado e bordas indefinidas 
cobertas por pequenos e numerosos 
cocobacilos 
TESTE DAS AMINAS/ TESTE DE WHIFF: 
 Colhe-se material da vagina que é posto em uma 
lâmina  Adiciona uma gota de hidróxido de 
potássio (KOH) a 10%  Cheira a lâmina 
 
LOUISE CANDIOTTO 3 
 
 A adição de hidróxido de potássio alcaliniza o 
conteúdo vaginal e isto permite que determinadas 
substâncias volatilizem e levem a odores 
característicos 
 Positivo: 
 Definido pela presença de odor de peixe 
 Nessa situação é válido fazer a análise do PH 
vaginal 
 Candidíase <4,5 
 Vaginose bacteriana e na tricomoníase 
>4,5 
FLUXOGRAMA PARA O MANEJO DE CORRIMENTO 
VAGINAL 
 
ABORDAGEM ETIOLÓGICA DAS VULVOVAGINITES 
Dependendo do agente etiológico envolvido na gênese das 
vulvovainites, estas podem ser classificadas em vaginites e 
vaginoses infecciosas e não infecciosas. 
PRINCIPAIS CAUSAS DE VULVOVAGINITES 
INFECCIOSAS: 
 Vaginose bacteriana (VB)  46% 
 Candidíase vulvovaginal  23% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tricomaníase  20% 
 Vaginite descamativa 
VAGINITES E VAGINOSES NÃO INFECCIOSAS: 
 Vaginose citolítica 
 Vaginite atrófica 
 Vulvovaginites inespecíficas 
 Outras causas  Fatores físicos, químicos, 
hormonais, anatômicos e orgânicos 
 
LOUISE CANDIOTTO 4 
 
VAGINOSE BACTERIANA (VB) 
Vulvovaginite infecciosa. 
É um conjunto de sinais e sintomas resultante de um 
desequilíbrio da flora vaginal, com aumento da 
concentração de bactérias anaeróbias em substituição aos 
lactobacilos. 
Culmina com uma diminuição dos lactobacilos e um 
crescimento polimicrobiano de bactérias anaeróbias estritas 
e de anaeróbias facultativas (Gardnerella vaginalis) cujo 
fator desencadeante é desconhecido. 
OBS: Todos os fatores que fazem diminuir a quantidade de 
oxigênio nos tecidos e, portanto, o seu potencial de 
oxirredução, favorecem a infecção por anaeróbios estritos. 
OBS2: A Gardnerella vaginalis predomina na VB. 
OBS3: Chamamos de vaginose e não de vaginite pois os 
sintomas inflamatórios são muito discretos ou até mesmo 
inexistente, além de que múltiplos agentes causais estão 
envolvidos. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
É a principal causa de corrimento vaginal. 
Incide em aproximadamente 46% das mulheres. 
A VB tem sido observada em 15 a 20% das gestantes e em 
cerca de 30% das mulheres com infertilidade. 
Ocorre com maior frequência em mulheres com vida sexual 
ativa. 
Entretanto, pode acometer de forma esporádica crianças e 
mulheres celibatárias, o que sugere a existência de outras 
formas de transmissão além da sexual. 
 
FATORES PREDISPONENTES 
FATORES DE RISCO: 
 Mulheres não brancas 
 Gravidez prévia 
 Múltiplos e novos parceiros 
 Tanto mulheres como homens 
 Mulheres que tem parceiras sexuais 
mulheres possuem alta prevalência de VB 
 Usode DIU 
 Uso de duchas vaginais 
 Tabagismo 
 Não utilização de camisinha 
OBS: A VB pode ocorrer em mulheres que nunca tiveram um 
intercurso sexual. 
QUADRO CLÍNICO 
Cerca de metade das mulheres com vaginose bacteriana 
são assintomáticas. 
SINTOMA TÍPICO  Odor fétido, semelhante a “peixe 
podre”, que se agrava durante a menstruação e coito. 
MAS POR QUE SE AGRAVA NESSAS SITUAÇÕES? 
 Em ambas as situações, o pH se torna mais alcalino, 
o que facilita a volatização das aminas produzidas 
pelos patógenos 
ASPECTO DO CORRIMENTO VAGINAL: 
 Fluido 
 Homogêneo 
 Branco acinzentado (mais comum) ou amarelado 
(raro) 
 Normalmente em pequena quantidade 
 Não aderente 
 Divergência na 
literatura  Há 
algumas que 
colocam como 
aderente as 
paredes 
vaginais ou colo, 
mas com fácil 
remoção 
 Pode formar microbolhas 
OBS: A presença de sintomas 
inflamatórios, como dispareunia, irritação vulvar e disúria, é 
exceção. 
DIAGNÓSTICO 
A VB pode ser diagnosticada pelo uso de CRITÉRIOS 
CLÍNICOS (critérios de Amsel) ou pela COLORAÇÃO 
GRAM. 
A VB NÃO É UMA IST 
A VB é um desequilíbrio da flora vaginal. 
O coito frequente pode ser um fator desencadeador 
desse desequilíbrio, na medida que torna o meio mais 
alcalino. 
A VB não possui como causa clássica a transmissão sexual. 
Aspecto que tem que ser esclarecido nas mulheres com VB. 
 
 
 
LOUISE CANDIOTTO 5 
 
CRITÉRIOS DE AMSEL 
 Presença de 3 dos 4 critérios 
 Critérios: 
 Corrimento branco acinzentado, 
homogêneo, fino 
 pH vaginal >4,5 
 Teste das aminas positivo (Whiff test) 
 Visualização de clue-cells/ células guia 
(entre outros nomes) no exame 
microscópico a fresco da secreção vaginal 
EXAME MICROSCÓPICO 
 Pode ser feito a fresco ou corado pelos métodos 
Gram, Papanicolau, azul cresil brilhante a 1%, 
entre outros 
 Evidenciam-se escassez de lactobacilos e leucócitos 
e presença de células chave 
 Coloração Gram  Padrão ouro 
 
TRATAMENTO 
INDICAÇÕES  Todas as mulheres sintomáticas devem ser 
tratadas, incluindo as gestantes. 
OBS: As gestantes assintomáticas de alto risco para 
resultados perinatais adversos também devem ser tratadas. 
BENEFÍCIOS DA TERAPIA: 
 Alívio das alterações vaginais 
 Redução das complicações infecciosas após 
procedimentos cirúrgicos ou após abortamento 
 
OBS: O consumo de álcool deve ser evitado durante o 
tratamento do Metronidazol e por 24 horas após o término. 
OBS2: O creme de clindamicina tem base oleosa e pode 
enfraquecer preservativos e diafragmas até 5 dias após o 
uso. 
 
OUTRAS CONSIDERAÇÕES TERAPÊUTICAS 
 MANEJO DOS PARCEIROS 
 Não é recomendada de rotina 
 O tratamento do parceiro não aumenta as taxas 
de cura ou diminui as taxas de recorrência 
CLUE CELLS OU CÉLULAS GUIA... 
Correspondem a células epiteliais vaginais com sua 
membrana recoberta por bactérias que se aderem à 
membrana celular e tornam o seu contorno granuloso e 
impreciso. 
A Gardnerella vaginallis é a bactéria mais comumente 
aderida à superfície das células. 
A identificação de clue cells no exame a fresco é muito 
sugestiva de VB, mas somente a sua presença não “fecha” 
o diagnóstico. 
Apesar de ser um achado característico de VB, as células 
guias podem estar ausentes em até 40% dos casos. 
Nesses casos, é necessário que sejam positivos os outros 3 
critérios de Amsel. 
 
 
 
 
 
LOUISE CANDIOTTO 6 
 
ABSTINÊNCIA SEXUAL E USO DE CAMISINHA NA 
VIGÊNCIA DO TRATAMENTO 
 Mulheres devem ser avisadas de praticar 
abstinência sexual ou usar preservativos correta e 
consistentemente na vigência do tratamento da VB 
ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA NO TRATAMENTO DA 
VB 
 O consumo de álcool deve ser evitado durante o 
tratamento com nitroimidazólicos 
 Para reduzir a possibilidade da reação 
dissulfiram-like, a abstinência alcoólica deve se 
estender por 24 horas após o termino do 
tratamento com o metronidazol e por 72h após o 
termino do tratamento com o tinidazol 
USO DE DUCHAS VAGINAIS 
 Seu uso pode aumentar o risco de recidiva 
USO DE FORMULAÇÕES INTRAVAGINAIS DE 
LACTOBACILOS 
 Ainda estão sendo feitos estudos a respeito desse 
tipo de tratamento 
SEGUIMENTO DAS PACIENTES 
 Totalmente desnecessário se os sintomas se 
resolvem 
 Só está indicado nas mulheres com múltiplas 
recorrências 
 Como a VB persistente ou recorrente é comum, 
mulheres devem ser advertidas a retornar para 
avaliação em caso de recorrência dos sintomas 
MANEJO TERAPÊUTICO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS 
ALERGIA, INTOLERÂNCIA OU REAÇÕES ADVERSAS 
 Os óvulos de clindamicina intravaginal são 
preferíveis nos casos de alergia ou intolerância ao 
metronidazol ou tinidazol 
 O gel de metronidazol intravaginal pode ser 
considerado em mulheres não alérgicas com 
intolerância ao metronidazol oral 
INFECÇÃO EM HIV POSITIVAS 
 Parece ocorrer com maior frequência em pacientes 
HIV positivas 
 O tratamento é exatamente o mesmo 
 
 
 
INFECÇÃO EM GRÁVIDAS 
 Todas as gestantes com doença sintomática devem 
ser tratadas para diminuição dos efeitos adversos 
perinatais 
 Preferencialmente o tratamento deve ser feito de 
forma sistêmica 
 O uso de metronidazol é seguro na gestação 
 Mas alguns profissionais ainda evitam o 
seu uso no primeiro trimestre da gestação 
 
 
COMPLICAÇÕES 
EM OBSTETRÍCIA 
 Abortamento 
 Parto prematuro 
 Rotura prematura de membranas ovulares 
 Corioamnionite 
 Infecção placentária 
 Infecção pós-cesariana 
 Colonização do recém-nato 
EM GINECOLOGIA 
 A VB está relacionada a um grande número de 
infecções em ginecologia, de alta morbidade, tais 
como: 
 Endometrite 
 Salpingite 
 Pelveritonite 
 Celulite de cúpula vaginal 
 DIP 
 Infecções pós-operatórias 
 Infecções pelo HIV 
 
LOUISE CANDIOTTO 7 
 
CANDIDÍASE VULVOVAGINAL (CVV) 
Candidíase vulvovaginal é uma infecção da vulva e vagina 
causada por um fungo do gênero Candida. 
FUNGO CANDIDA: 
 Gram + 
 Dismorfo 
 Saprófita do trato genital e gastrointestinal 
 Virulência limitada 
 É capaz de se proliferar em ambiente ácido, 
apesar dos lactobacilos 
 85%  Candida albicans 
 10-15%  Outras espécies não albicans 
A via sexual não constitui a principal forma de transmissão, 
pois este fungo Gram-positivo é encontrado na vagina em 
cerca de 20-30% das mulheres sadias e assintomáticas. 
EPIDEMIOLOGIA 
A CVV é a segunda causa mais comum de corrimento 
vaginal  23% dos casos de vulvovaginites. 
Afecção rara antes da menarca e após a menopausa. 
Estima-se que 75% das mulheres irão desenvolver pelo 
menos um episódio de CVV durante suas vidas. 
Dessas, 5% cursarão com episódios de recorrência. 
FATORES DE RISCO 
Episódios esporádicos de CVV geralmente ocorrem sem 
fator desencadeante identificado. 
SITUAÇÕES PREDISPONENTES: 
 Gravidez 
 Uso de contraceptivos orais com alta dosagem de 
estrogênio 
 Terapia de reposição hormonal somente com 
estrogênio 
 Diabetes mellitus (descompensada) 
 Uso de DIU 
 Tireoidopatias 
 Obesidade 
 Uso de antibióticos, corticoides ou 
imunossupressores 
 Hábitos de higiene e vestuário inadequados 
 Diminuem a ventilação e aumentam a 
umidade e calor local 
 Contato com substancias alérgenas e/ou irritantes 
 Talco, perfume, desodorante 
 Alterações na resposta imunológica 
 Essas situações propiciam o aumento do glicogênio 
vaginal, com consequente acidificação do meio e 
proliferação de levedura. 
QUADRO CLÍNICO 
Depende do grau de infecção e da localização do tecido 
inflamado. 
SINAIS E SINTOMAS: 
 Prurido vulvovaginal 
 Principal sintoma 
 Intensidade variável  Leve a 
insuportável 
 Piora a noite 
 Exacerbado pelo calor local 
 Queimação vulvovaginal 
 Disúria  Dor a micção 
 Dispareunia  Dor genital associada a relação 
sexual 
 Corrimento 
 Branco 
 Grumoso 
 Inodoro 
 Com aspecto caseoso (“leite coalhado”) 
 Hiperemiae edema vulvar 
 Escoriações de coçadura 
 Fissuras e maceração da vulva 
 Vagina e colo recobertos por placas brancas ou 
branco acinzentadas, aderidas à mucosa 
OBS: Os sinais e sintomas listados podem se apresentar 
isolados ou associados. 
 
 
LOUISE CANDIOTTO 8 
 
 
O início do quadro é súbito. 
Os sintomas podem ser decorrentes de reação alérgica à 
toxina produzida pelo fungo, a canditina, e tendem a se 
manifestar ou se exacerbar na semana antes da 
menstruação, quando a acidez vaginal é máxima. 
Há a melhora dos sintomas durante a menstruação e no 
período pós-menstrual. 
OBS: O parceiro sexual pode apresentar irritação e 
hiperemia do pênis ou balanoposite. 
FORMAS CLÍNICAS 
 
DIAGNÓSTICO 
Na maioria dos casos, o quadro clínico e o exame 
microscópio a fresco são suficientes para o diagnóstico. 
Na CVV recorrente a realização de cultura pode ser útil 
para avaliar a presença de espécies não albicans. 
No exame microscópio a fresco observa-se a presença de 
pseudo-hifas, em cerca de 70% dos casos. 
 
OBS: Na avaliação do corrimento vaginal o pH na CVV se 
encontrará <4,5. 
TRATAMENTO 
Existem várias drogas antifúngicas disponíveis para o 
tratamento da candidíase vulvovaginal. 
Independente da opção terapêutica escolhida, recomenda-
se, sempre que for possível, a escolha por esquema 
posológico mais curto para aumentar a adesão ao 
tratamento. 
 
 
OBS: O tratamento tópico possui como efeitos colaterais 
ardência e irritação locais. 
OBS2: O tratamento oral pode produzir cefaleia, náuseas, 
dor abdominal e, em raros casos, elevação transitória das 
transaminases hepáticas. 
 
LOUISE CANDIOTTO 9 
 
OUTRAS CONSIDERAÇÕES TERAPÊUTICAS 
MANEJO DOS PARCEIROS 
 As parcerias sexuais não precisam ser tratadas, 
exceto os sintomáticos 
 Minoria dos parceiros sexuais masculinos que 
podem apresentar balanite e/ou balanopostite, 
caracterizada por áreas eritematosas na glande 
do pênis, prurido ou irritação , tem indicação de 
tratamento com agentes tópicos 
SEGUIMENTO DA PACIENTE 
 Desnecessário caso os sintomas forem resolvidos 
 Indicado em pacientes com persistência dos 
sintomas ou recorrência nos dois primeiros meses 
após o seu aparecimento inicial 
MANEJO DA CANDIDÍASE COMPLICADA 
 As drogas orais são preferíveis as tópicas no 
tratamento da infecção complicada 
MANEJO TERAPÊUTICO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS 
HOSPEDEIROS IMUNOCOMPROMETIDOS 
 Indicada terapia antimicótica de longa duração 
 7-14 dias 
MANEJO NA GRAVIDEZ 
 Somente os derivados azólicos de uso tópico estão 
indicados 
 Por pelo menos 7 dias 
ABORDAGEM DE PACIENTES HIV POSITIVAS 
 Maior incidência de casos 
 O tratamento não difere das soronegativas 
TRICOOANÍASE 
Infecção causada por um protozoário flagelado 
denominado Trichomonas vaginalis. 
EPIDEMIOLOGIA 
É a terceira causa mais comum de corrimento vaginal, 
correspondendo a 20% dos casos. 
Ela é encontrada em cerca de 30-40% dos parceiros 
sexuais de mulheres infectadas. 
Na maioria dos casos, a tricomoníase encontra-se associada 
a outras doenças de transmissão sexual, além de facilitar a 
transmissão do HIV. 
As mulheres são, em sua maioria, sintomáticas. 
A forma assintomática pode cursar em alguns casos como 
em mulheres na menopausa ou nos homens. 
A TRICOMONÍASE É UMA IST, E A SUA VIA DE 
TRANSMISSÃO É QUASE UNICAMENTE SEXUAL!!! 
FATORES DE RISCO 
A tricomoníase somente se relaciona com a prática de 
atividade sexual desprotegida!!! 
Não há ligação com a idade da mulher, fase do ciclo 
menstrual, uso de anovulatórios, uso frequente de atb ou 
frequência de intercursos sexuais. 
A MELHOR FORMA DE PROTEÇÃO CONTRA A 
TRICOMONÍASE É O USO DE PRESERVATIVOS 
(CAMISINHA)!!! 
QUADRO CLÍNICO 
Os homens são geralmente portadores assintomáticos e, em 
linhas gerais, se comportam como vetores. 
Entretanto, em alguns casos, os homens podem desenvolver 
um quadro de uretrite não gonocócica, epididimite ou 
prostatite. 
As mulheres também podem ser assintomáticas, 
especialmente pós-menopausa. 
SINAIS E SINTOMAS: 
 Corrimento vaginal 
 35% dos casos 
 Queixa mais comum 
 Normalmente abundante 
 Amarelo ou amarelo-esverdeado (mais 
comum) 
 Malcheiroso 
 Bolhoso 
 
 pH vaginal >5,0 
 Geralmente entre 5-6 
 70% dos casos 
 Sinais inflamatórios da vagina 
 Ardência 
 Hiperemia 
 Edema 
 
LOUISE CANDIOTTO 10 
 
 Dispareunia superficial 
 Prurido vulvar ocasional 
OBS: O eritema vulvar ou escoriação não são comuns. 
OBS2: De forma bem menos corriqueira, pode ainda 
acometer a uretra e a bexiga, e desencadear disúria, 
polaciúria e dor suprapúbica. 
ACHADOS: 
 Colpite focal ou difusa caracterizada por um “colo 
em framboesa” ou “colo em morango” 
 Achado altamente específico 
 Ocorre devido à dilatação capilar e 
hemorragias puntiformes 
 Evidenciada em até 90% das 
colposcopias 
 
 Teste de Schiller 
 Intensa colpite focal e difusa 
OBS: A associação entre tricomoníase e outras infecções 
como gonococcia e VB é observada com certa frequência. 
OBS2: Em muitas mulheres os sintomas podem ser discretos 
ou, até mesmo, ausentes. 
DIAGNÓSTICO 
REALIZADO COM BASE EM: 
 Anamnese 
 Achados do exame físico 
 Medida do pH vaginal 
 Igual ou superior a 5 (entre 5-6) 
 Teste de Whiff 
 Positivo, mesmo que fracamente 
 Microscopia a fresco do fluido vaginal 
 Revela o protozoário, móvel com seus 
quatros flagelos anteriores característicos 
 Leucócitos aumentados 
 Altamente específico 
 
TRATAMENTO 
Deve ser sistêmico, pois o tratamento tópico não atinge 
níveis terapêuticos nas glândulas vaginais e uretra. 
 
 
OBS: Deve-se fazer abstinência alcoólica até 24 horas 
depois do termino do tratamento com o metronidazol e por 
até 72 horas após o termino do tratamento com o tinidazol. 
Evitar o efeito antabuse Interação do álcool e derivados 
imidazólicos Náuseas, mal-estar, gosto metálico na boca. 
OUTRAS CONSIDERAÇÕES TERAPÊUTICAS 
MANEJO DOS PARCEIROS 
 O tratamento dos parceiros e a abstinência sexual 
durante o tratamento são obrigatórios 
SEGUIMENTO DAS PACIENTES 
 Desnecessário se os sintomas se resolvem 
 Só está indicado nos pacientes com múltiplas 
recorrências 
 
 
 
 
LOUISE CANDIOTTO 11 
 
MANEJO TERAPÊUTICO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS 
ABORDAGEM NAS PACIENTES HIV POSITIVAS 
 O mesmo das soronegativas 
 É recomendado o a seguir 
 
ALERGIA OU INTOLERÂNCIA A TERAPIA 
RECOMENDADA 
 A dessensibilização ao metronidazol é a conduta 
preconizada 
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO 
 O metronidazol (categoria B) 2g, VO, dose única é 
o regime de escolha na gestação 
 Trinidazol (categoria C) não possui segurança bem 
avaliada e estabelecida 
 Na lactação, ambas as drogas podem ser 
empregadas 
 Metronidazol  Suspende o aleitamento 
por 12-24 horas 
 Trinidazol  Suspende o aleitamento por 
72 horas 
COMPLICAÇÕES 
 A tricomoníase foi associada a resultados 
gestacionais e puerperais adversos, 
particularmente: 
 Rotura prematura de membranas 
ovulares 
 Parto prematuro 
 Baixo peso ao nascer 
 Infecção puerperal 
VAGINITE DESCAMATIVA 
Vaginite purulenta, crônica, que ocorre na ausência de 
processo inflamatório cervical ou do trato genital superior. 
EPIDEMIOLOGIA 
A etiologia é desconhecida. 
Prevalência aumentada na perimenopausa. 
Cerca de 70% das culturas revelam a presença de 
estreptococos beta-hemolítico. 
 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
INCLUEM-SE: 
 Conteúdo vaginal purulento em grande 
quantidade 
 pH vaginal alcalino 
 Microscopia: 
 Processo descamativo vaginal intenso, 
com predomínio das células profundas 
(basais e parabasais) 
 Flora vaginal do tipo 3 (ausência de 
lactobacilos)  Substituição da flora 
lactobacilar por cocos Gram-positivos 
 Número elevado de polimorfonucleares 
TRATAMENTO 
Clindamicida creme 2%, 5g via vaginal por 7 dias. 
Nas pacientes menopausadasrecomenda-se, também, o uso 
tópico de estrogênio com uma aplicação vaginal diária por 
umas 2 semanas, com dose de manutenção de uma vez por 
semana. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 Líquen plano erosivo vaginal 
 Tricomoníase 
 Vaginite atrófica complicada 
 Vaginite por estreptococos do grupo A 
 Vaginite por corpo estranho (tampão vaginal) 
 Úlceras idiopáticas em mulheres HIV positivas 
 Síndromes penfigoides 
VULVOVAGINITES INESPECÍFICAS 
Vulvovaginite não infecciosa 
Aproximadamente 25-75% das vulvovaginites nas pré-
puberes são inespecíficas. 
Inflamação dos tecidos da vulva e da vagina, onde não se 
identifica um agente principal. 
OBS: Na criança é mais comum encontrar uma vulvite sem 
comprometimento da mucosa vaginal. 
A vulvite caracteriza-se pela inflamação da mucosa vulvar, 
sem descarga vaginal  Ela pode ser desencadeada pelos 
germes da pele circundante ou ser secundária a uma reação 
de contato (substancias químicas, materiais sintéticos) ou 
alergia. 
A vaginite compreende a inflamação da mucosa vaginal 
associada ao corrimento, que pode acompanhar ou não da 
vulvite. 
 
 
 
 
 
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FATORES DE RISCO 
 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
Os microrganismos mais comuns associados as vulvovaginites 
inespecíficas são  Escherichia coli, Staphylococcus 
epidermidis, bacterioides, enterococos, entre outros. 
QUADRO CLÍNICO 
OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS SÃO: 
 Leucorreia: aspecto vaiável 
 Prurido vulvar 
 Ardência vulvar 
 Escoriação, hiperemia e edema de vulva 
 Disúria e polaciúria 
 Sinais de má higiene 
DIAGNÓSTICO 
A anamnese cuidadosa levanta suspeita de diagnóstico. 
REALIZA: 
 Exame a fresco 
 Teste de Whiff 
 Bacterioscopia 
OBS: Pode-se solicitar um parasitológico de fezes e exame 
qualitativo de urina e urocultura. 
OBS2: A citologia não é necessária. 
OBS3: A cultura fica reservada para os casos em que o 
manejo inicial foi insuficiente para a resolução do problema 
ou em casos de suspeita de abuso sexual. 
TRATAMENTO 
 Boas medidas higiênicas com água abundante e 
sabão neutro 
 Prevenir contato com irritantes 
 Evitar roupas sintéticas 
 Banhos de assento com antissépticos 
 Tratamento sistêmico de infecção urinária, se 
presente 
 Tratamento de parasitoses intestinais, se 
confirmada 
 Antibioticoterapia tópica, em caso de identificação 
do agente 
OBS: Cabe aqui a ressalva de que o uso rotineiro dos 
sabonetes para higiene íntima feminina não é preconizado, 
pois de acordo com evidências científicas não há benefícios 
na sua utilização regular. 
VAGINOSE CITOLÍTICA 
Vaginose não infecciosa. 
Corrimento vaginal caracterizado por aumento excessivo de 
lactobacilos, citólise importante e escassez de leucócitos. 
FISIOPATOLOGIA 
A vaginose citolítica tem sintomas semelhantes à CVV, 
relacionando-se mais frequentemente às condições que 
propiciam um maior desenvolvimento de lactobacilos, a 
saber: 
 Fase lútea 
 Gravidez 
 Diabetes mellitus 
O aumento excessivo da flora lactobacilar desencadeia um 
processo de citólise das células intermediárias do epitélio 
vaginal, com consequente liberação de substâncias 
irritativas provocando o corrimento e a ardência 
vulvovaginal. 
QUADRO CLÍNICO 
 Prurido 
 Leucorreia 
 Corrimento esbranquiçado e abundante 
 Disúria 
 Dispareunia 
 Sensação de queimação 
 Desconforto 
 
LOUISE CANDIOTTO 13 
 
 Conteúdo vaginal geralmente aumentado, de 
aspecto flocular, fluido ou em grumos, aderente ou 
não as paredes vaginais 
 Podem estar presentes sinais inflamatórios 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
 Microscopia com solução salina: 
 Ausência de microrganismos não 
pertencentes a microbiota vaginal normal 
 Raros leucócitos 
 Citólise (núcleos desnudados) 
 Aumento significativo de lactobacilos 
 Não é necessário realizar o teste das aminas 
 pH vaginal entre 3,5-4,5 
TRATAMENTO 
Não existe um tratamento específico para essa afecção, já 
que a etiopatologia não é conhecida. 
Alcalinização do meio vaginal (aumento do pH) com duchas 
vaginais com 30-60g de bicarbonato de sódio diluído em 
um litro de água morna. 
Deve-se usar 2/3 vezes por semana até a remissão do 
quadro clínico. 
VAGINITE ATRÓFICA 
Vaginite não infecciosa. 
Vaginite que surge em consequência da deficiência de 
estrogênio. 
Após a menopausa, os níveis circulantes de estrogênio são 
drasticamente reduzidos. 
FATORES DE RISCO 
 Menopausa 
 Radioterapia 
 Quimioterapia 
 Ooferectomia 
 Remoção de um ou dos dois ovários 
 Pós-parto 
 Medicamentos 
QUADRO CLÍNICO 
Estão presentes sintomas geniturinários. 
Estão presentes sinais genitais e uretrais. 
SINTOMAS: 
 Genitais: 
 Prurido vulvar intenso 
 Ardência 
 Dispareunia 
 Conteúdo vaginal amarelo-esverdeado 
 Urinários: 
 Disúria 
 Hematúria 
 Frequência urinária aumentada 
 Infecção urinária 
 Incontinência urinária 
SINAIS: 
 Genitais: 
 Epitélio vaginal pálido, liso e brilhante 
 Perda de elasticidade e turgor da pele 
 Ressecamento dos grandes e pequenos 
lábios 
 Estenose de introito vaginal 
 Eritema vulvar 
 Petéquias no epitélio 
 Uretrais: 
 Eversão da mucosa uretral 
 Pólipo uretral 
 Equimoses 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 Candidíase vulvovaginal 
 Vaginose bacteriana 
 Tricomoníase 
 Reação de contato  Perfumes, desodorantes, 
forros das roupas íntimas feitas com material 
sintético, sabonetes, espermicidas, lubrificantes 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
 pH vaginal > 5 
 Microscopia com solução salina: 
 Ausência de parasitas 
 Grande quantidade de 
polimorfonucleares 
 Presença maciça de células basais e 
parabasais 
TRATAMENTO 
Na maioria dos casos, há melhora com a reposição 
estrogênica local (estrogênio de uso tópico). 
No entanto, a quantidade e a duração necessárias para 
eliminar os sintomas dependem muito do grau de atrofia 
vaginal e variam entre as pacientes. 
 
 
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