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Caso 2 Criança Adolescente completo

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DISCIPLINA : M2/ AISF II
 CASO 2. Saúde da Criança/Adolescente
 DATA : Agosto/Setembro 2011
	
CURSO DE MEDICINA
	
	 Professoras : Carla, Cristina, Mary, Patrícia
 
Silvio, um adolescente de 14 anos, morador do bairro de Santa Teresa,  procura o Centro Municipal de Saúde Ernani Agrícola , solicitando uma consulta pois está preocupado com seu peso e altura ( 73Kg e 1,66m), além de um aumento das mamas, que o incomoda bastante: ele já não vai mais à praia com os colegas, nem joga bola sem camisa. Mesmo estando sem a mãe, Silvio foi atendido pela Dra Márcia, pediatra da Unidade, que após uma conversa e um exame físico, esclareceu suas dúvidas, entregou a caderneta do adolescente, fez várias recomendações sobre alimentação saudável, prática de exercícios físicos, uso nocivo de álcool e drogas; conversaram também sobre estágios de maturação sexual, masturbação, sexo seguro e prevenção de gravidez indesejada. Silvio sentiu confiança e se abriu com a médica, saiu mais tranquilo da consulta, pôde até levar preservativos. Marcou um retorno em 1 mês quando deverá trazer sua caderneta de vacinas. Na saída encontrou uma vizinha, Ana, que tem um bebê de 7 meses. Ana é jovem também - tem 17 anos - nunca falta as consultas no posto desde o acompanhamento do seu  pré-natal, que ela iniciou bem no começo da gestação e ela ainda está amamentando o bebê, que começou a comer "papinhas" este mês. Ana é filha de João (40 anos) e Lúcia (39 anos). João é portador de hipertensão arterial, em acompanhamento na unidade de saúde e Lúcia, portadora de diabetes, além de obesidade, o que a leva regularmente à unidade pois deseja perder peso. Ana se relacionou com seu primeiro namorado, com quem teve um bebê. No momento não estão mais juntos, mas esporadicamente mantém relações sexuais, sem preservativo. Silvio e Ana conversaram rapidamente e  ela explicou que desejava somente um novo frasco de sulfato ferroso pois o que levara no dia anterior havia se quebrado... Silvio perguntou porque o bebê estava usando uma medicação? estava doente? tinha feito algum exame de sangue? Neste momento um aluno de medicina da Faculdade Estácio de Sá passava pela corredor e ouvindo a conversa tomou a liberdade de  explicar sobre o uso profilático do ferro, uma recomendação do Ministério da Saúde".
Familiograma
Como você avalia a conduta da Dra Márcia ? Um adolescente pode ser atendido sem a presença dos pais? conversar sobre sexo? receber preservativos no posto de saúde?  
A adolescência e a juventude são etapas fundamentais do desenvolvimento hu​mano, assim como as demais etapas da vida. Esse grupo populacional precisa ter asse​gurados seus Direitos Humanos fundamentais. 
Nas duas últimas décadas, houve grandes avanços na legislação e nas políticas in​ternacionais e nacionais sobre a compreensão dos direitos sexuais e dos direitos repro​dutivos como Direitos Humanos, incluindo-se, também, os adolescentes e os jovens como sujeitos desses direitos. 
2.1 MARCOS LEGAIS E POLÍTICOS DOS DIREITOS SEXUAIS E DOS DIREITOS REPRODUTIVOS DE ADOLESCENTES E JOVENS 
A Constituição Brasileira de 1988 reconheceu, no seu art. 227, crianças e ado​lescentes como sujeitos de direitos, modificando toda uma legislação anterior que con​siderava meninos e meninas como propriedades dos seus pais. 
Outro marco fundamental é a Convenção sobre os Direitos da Criança, apro​vada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1989. A convenção em questão significou uma importante mudança de paradigma para a proteção da infância e da ado​lescência, reconhecendo crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e não obje​tos de intervenção do Estado, da família ou da sociedade. 
Em consonância com essa mudança de paradigma, em 1989, o Ministério da Saú​de criou o Programa de Saúde do Adolescente (PROSAD), para a faixa etária de 10 a 19 anos, 11 meses e 29 dias. Entre as áreas prioritárias desse programa encontravam-se a saúde sexual e a saúde reprodutiva. 
No Brasil, entre os principais avanços legais que norteiam a atenção à saúde de adolescentes, destaca-se a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, que regulamenta o art. 227 da Constituição Federal de 1988. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) circunscreve a adolescência como o período de vida que vai dos 12 aos 18 anos de idade. A Organização Mundial de Saúde (OMS), por sua vez, delimita a adolescência como a segunda década de vida, período compreendido entre os 10 e os 19 anos, 11 meses e 29 dias; e a juventude como o período que vai dos 15 aos 24 anos. Há, portanto, intersecção entre a segunda 
CAB 26 SSR.indd 22 2/8/2010 22:30:31 CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA 23 SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA metade da adolescência e os primeiros anos da juventude. O Ministério da Saúde toma por base a definição da OMS e recorre aos termos “população jovem” ou “pessoas jovens” para referir-se ao conjunto de adolescentes e jovens, ou seja, à abrangente faixa compreendida entre 10 e 24 anos. 
O art. 3º do ECA define que: 
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, asse​gurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilida​des, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade (BRASIL, 1990). 
O ECA possui um capítulo especial que trata dos direitos à vida e à saúde e, no seu art. 11, estabelece: “É assegurada a atenção integral à criança e ao adolescente, por meio do Sistema Único de Saúde, garantindo o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção e recuperação da saúde (BRASIL, 1990)”. 
Prevê ainda que a condição de pessoa em desenvolvimento físico, moral e psi​cológico não retira da criança e do adolescente o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade, conforme se encontra expresso em seu art. 17: 
O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais (BRASIL, 1990). 
O ECA, que consolida os direitos básicos da população infanto-juvenil, em seu art. 1º, claramente dispõe a doutrina da proteção integral, determinando a natureza tutelar dos direitos ali elencados, que predominarão sobre qualquer outro que possa prejudicá-lo. Dessa forma, no que se refere ao adolescente, qualquer exigência, como a obrigatoriedade da presença de um responsável para acompanhamento no serviço de saúde, que possa afastar ou impedir o exercício pleno pelo adolescente de seu direito fundamental à saúde e à liberdade, constitui lesão ao direito maior de uma vida saudável (BRASIL, 2005a). 
Portanto, constituem-se direitos fundamentais do adolescente a privacidade, a preservação do sigilo e o consentimento informado. Na assistência à saúde, isso se traduz, por exemplo, no direito do adolescente de ter privacidade durante uma consul​ta, com atendimento em espaço reservado e apropriado, e de ter assegurada a confi​dencialidade, ou seja, a garantia de que as questões discutidas durante uma consulta ou uma entrevista não serão informadas a seus pais ou responsáveis, sem a sua autorização – consentimento informado. Esses direitos fundamentam-se no princípio da autonomia 
CAB 26 SSR.indd 23 2/8/2010 22:30:31 CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA 24 MINISTÉRIO DA SAÚDE / Secretaria de Atenção à Saúde / Departamento de Atenção Básica e, sem dúvida, favorecem a abordagem de temas relacionados à saúde sexual e à saúde reprodutiva nos serviços de saúde (BRASIL, 2005a). 
Diversos códigos de ética profissionais e o próprio código penal expressamente determinam o sigilo profissional, independentemente da idade da pessoa sob atenção, prevendo sua quebra apenas nos casos de risco de vida ou outros riscos relevantes para a própria pessoa ou para terceiros.O Código de Ética Médica, por exemplo, considerando que a revelação de determinados fatos para os responsáveis legais pode acarretar consequências danosas para a saúde do jovem e a perda da confiança na relação com a equipe de saúde, não adotou o critério etário, mas o do desenvolvimento intelectual. O art. 103 do referido código estabelece: 
É vedado ao médico: 
Revelar segredo profissional referente ao paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solu​cioná-los, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente (CONSELHO..., 1988). 
No programa de ação da Conferência Internacional sobre População e De​senvolvimento (CIPD), realizada no Cairo, em 1994, no capítulo VII, referente aos direitos reprodutivos e à saúde reprodutiva, é feito um apelo aos países signatários para que, com o apoio da comunidade internacional, protejam e promovam o direito dos adolescentes à educação, à informação e aos cuidados de saúde reprodutiva. Apela-se, igualmente, aos governos para que, em colaboração com as ONGs, estabeleçam os mecanismos apropriados para responder às necessidades especiais dos adolescentes. Um dos marcos importantes do programa de ação em questão é a inclusão dos ado​lescentes e jovens do sexo masculino nas políticas voltadas para a saúde sexual e para a saúde reprodutiva. 
Em 2007, foi aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens, calcada nos princípios do SUS e construída num processo coletivo estabelecido entre o governo federal, profissionais, gestores, organizações da sociedade civil e movimentos de juventude. Fundamenta-se no reconhecimento de que adolescentes e jovens são pessoas em processo de desen​volvimento, demandando atenção especial ao conjunto integrado de suas necessidades físicas, emocionais, psicológicas, cognitivas, espirituais e sociais. 
Os pressupostos dessa política são a integralidade da atenção, a universalização, a efetividade, a interdisciplinaridade, a intersetorialidade e a participação juvenil. Enfatiza 
CAB 26 SSR.indd 24 2/8/2010 22:30:31 CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA 25 SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA o fortalecimento da Atenção Básica como um espaço privilegiado para se trabalhar a promoção da saúde, a prevenção de agravos e a intersetorialidade. 
A Atenção Básica deve, em especial, realizar o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, articular ações de redução da morbimortalidade por causas exter​nas (acidentes e violências), garantir a atenção à saúde sexual e à saúde reprodutiva, incluindo o acesso ao planejamento reprodutivo e aos insumos para a prevenção das DST/HIV/Aids, além de desenvolver ações educativas com grupos, respeitando os di​reitos sexuais e os direitos reprodutivos. 
A saúde de adolescentes e jovens está diretamente relacionada à promoção do protagonismo juvenil e do exercício da cidadania, ao fortalecimento dos vínculos fami​liares e comunitários, à educação em saúde e à prevenção de agravos. 
Portanto, é preciso ressaltar que, do ponto de vista ético, político e legal, está assegurado o direito desse grupo etário à atenção integral à saúde, incluindo-se nessa atenção a saúde sexual e a saúde reprodutiva. 
Como está o IMC de Silvio?  26,49   está adequado? está obeso- ver gráficos nas pranchas ou na caderneta do adolescente o que seria o aumento das mamas? 
 ginecomastia  e pode ser normal- conduta expectante - está na caderneta do adolescente
O que seriam estes estágios de maturação sexual? Estagios de Tanner- ver pranchas  que vacinas o médico deseja conferir e recomendar se for o caso? 
  vacina hepatite B (recombinante): Administrar em adolescentes não vacinados ou sem comprovante de vacinação anterior, seguindo o esquema de três doses (0, 1 e 6) com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Aqueles com esquema incompleto, completar o esquema. 
vacina adsorvida difteria e tétano - dT (Dupla tipo adulto): Adolescente sem vacinação anteriormente ou sem comprovação de três doses da vacina, seguir o esquema de três doses. O intervalo entre as doses é de 60 dias e no mínimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforço, a cada dez anos após a data da última dose.  Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforço sendo a última dose administrada há mais de 5 (cinco) anos. A mesma deve ser administrada pelo menos 20 dias antes da data provável do parto. Diante de um caso suspeito de difteria, avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados, iniciar esquema de três doses. Nos comunicantes com esquema de vacinação incompleto, este dever completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a última dose há mais de 5 (cinco) anos, deve-se antecipar o reforço.
vacina sarampo, caxumba e rubéola – SCR: considerar vacinado o adolescente que comprovar o esquema de duas doses. Em caso de apresentar comprovação de apenas uma dose, administrar a segunda dose. O intervalo entre as doses é de 30 dias.
OBS. Febre amarela faz parte do calendário adolescente mas não se aplica ao caso
vacina febre amarela (atenuada): Indicada 1 (uma) dose  aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se deslocarem para os países em situação epidemiológica de risco, buscar informações sobre administração da vacina nas embaixadas dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado.  Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforço, a cada dez anos após a data da última dose.
Precaução: A vacina é contra indicada para gestante e mulheres que estejam amamentando. Nestes casos buscar orientação médica do risco epidemiológico e da indicação da vacina. 
4- No caso de Ana, ter um bebê na adolescência é um risco?
 A gravidez na adolescência suscita preocupações em vários setores da sociedade, sendo considerada por muitos, importante problema de saúde pública. As experiências da gravidez e da maternidade na adolescência estão inscritas em diferentes contextos socioculturais, que delimitam possibilidades e significados para sua ocorrência. 
A gravidez na adolescência, na visão de vários autores, trata-se de fenômeno complexos e heterogêneo. 
Reconhecendo a multiplicidade de situações envolvidas nesta questão, as políticas públicas são fundamentais para possibilitar que a escolha aconteça no momento desejado e/ou planejado e, que a atenção e os cuidados em saúde sejam assegurados, no planejamento reprodutivo , no pré-natal e na assistência ao parto.
FATORES DE RISCO /VULNERABILIDADE DO BEBÊ 
COD. 15 - Idade Materna < 16 anos
COD. 17 - Nenhum grau de instrução materna
COD. 25 - Idade Gestacional <37 ou > 42 semanas
COD. 26 - Gestação não única
COD. 27 - Tipo de parto – Fórceps ou outro
COD. 28 - Nenhuma consulta Pré-Natal
COD. 31 - Apgar no 5º minuto < 6
COD. 33 - Peso ao Nascer < 2500g
COD. 98 - Sífilis Congênita
COD. 99 - Outros: Violência Doméstica, Depressão Materna, Alcoolismo e Drogadição, história  de óbito de irmão < 5 anos, 
5-qual a vantagem de iniciar um pré-natal precocemente 
O principal objetivo da atenção pré-natal e puerperal é acolher a mulher desde
o início da gravidez, assegurando, ao fim da gestação, o nascimento de uma criança
saudável e a garantia do bem-estar materno e neonatal.
Uma atenção pré-natal e puerperalqualificada e humanizada se dá por meio
da incorporação de condutas acolhedoras e sem intervenções desnecessárias; do
fácil acesso a serviços de saúde de qualidade, com ações que integrem todos os
níveis da atenção: promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante e do
recém-nascido, desde o atendimento ambulatorial básico ao atendimento
hospitalar para alto risco.
Estados e municípios, por meio das unidades integrantes de seu sistema de
saúde, devem garantir atenção pré-natal e puerperal realizada em conformidade com
os parâmetros estabelecidos a seguir:
Captação precoce das gestantes com realização da primeira consulta de pré-natal
até 120 dias da gestação;
Realização de, no mínimo, seis consultas de pré-natal, sendo, preferencialmente,
uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre
da gestação;
Desenvolvimento das seguintes atividades ou procedimentos durante a atenção
pré-natal:
Escuta da mulher e de seus(suas) acompanhantes, esclarecendo
dúvidas e informando sobre o que vai ser feito durante a consulta e as
condutas a serem adotadas;
Atividades educativas a serem realizadas em grupo ou individualmente,
com linguagem clara e compreensível, proporcionando respostas às
indagações da mulher ou da família e as informações necessárias;
Anamnese e exame clínico-obstétrico da gestante;
Exames laboratoriais:
Avaliação do estado nutricional da gestante e monitoramento por meio
 do SISVAN;
Prevenção e tratamento dos distúrbios nutricionais;
Prevenção ou diagnóstico precoce do câncer de colo uterino e de mama;
Tratamento das intercorrências da gestação;
Classificação de risco gestacional a ser realizada na primeira consulta e
nas subseqüentes;
Atendimento às gestantes classificadas como de risco, garantindo vínculo e
acesso à unidade de referência para atendimento ambulatorial e/ou
hospitalar especializado;
Registro em prontuário e cartão da gestante, inclusive registro de
intercorrências/urgências que requeiram avaliação hospitalar em
situações que não necessitem de internação.
. Atenção à mulher e ao recém-nascido na primeira semana após o parto, com
realização das ações da “Primeira Semana de Saúde Integral” e realização da
consulta puerperal (entre a 30ª e 42ª semanas pós-parto).
e de manter um bebê em  aleitamento materno exclusivo? 
A Organização Mundial de Saúde (OMS), a Academia Americana de Pediatria (AAP) e a
Associação Americana dos Médicos de Família (AAFP) recomendam o aleitamento materno
exclusivo (AME), sem água, x, suco ou outro alimento, durante os primeiros 6 meses de
vida, assim como a continuação da amamentação ate aos 2 anos ou mais, juntamente
com a alimentação da família. Estas recomendações são baseadas em conhecimentos
acumulados sobre a superioridade do leite materno nos primeiros anos de vida, quando
comparado com qualquer outra forma de alimentação e de outras vantagens proporcionadas
pelo ato de amamentar propriamente dito.
Amamentar e uma pratica que se aprende. Algumas mães amamentam com facilidade,
não se confrontando com problemas, mas outras encontram dificuldades que impedem o
sucesso da amamentação. Estas mulheres precisam de aconselhamento e ajuda pratica dos
profissionais de saúde, que passam a integrar uma rede de apoio, juntamente com os
familiares e a comunidade. Os pais podem contribuir muito para o aleitamento materno, pois e
fundamental o apoio emocional e ajuda nas tarefas do cotidiano, merecendo a atenção dos
profissionais de saúde
Por que incentivar a amamentação:
Vantagens para a mãe:
· Aspecto fisiológico: auxilio na involução uterina; proteção contra anemia ferropriva;
auxilia na proteção contra câncer de mama e ovário; contracepção natural.
· Aspecto psicológico: diminuição da ansiedade; facilita o desempenho do papel materno;
promove maior interação mãe/filho;
· Aspecto econômico: poupa gastos com mamadeiras, gás, água, remédios;
· Praticidade: não necessita preparo e já se apresenta na temperatura adequada.
Vantagens para o bebê:
· Proteção contra doenças: infecções, alergias, neoplasias, desnutrição, obesidade,
Diabetes Mellitus tipo II, doenças cardiovasculares
· Desenvolvimento motor oral: favorece o desenvolvimento da musculatura da face, de
língua, dos lábios, da articulação temporo-mandibular;
· Promove o desenvolvimento neuro-motor infantil;
· Aspecto emocional: favorece a melhor interação mãe/filho, proporcionando o
desenvolvimento da auto-estima do bebe;
· Aspecto econômico: economia familiar revertida em benefícios para criança.
Vantagens para a família e sociedade:
· Menor taxa de morbimortalidade infantil;
· Melhoria do índice de repetência escolar e criminalidade;
· Maior espaçamento entre os filhos;
· Maior economia nos gastos com a saúde;
· Maior economia domestica;
· Menor dano ao meio ambiente.
Papel do profissional de saúde:
Os profissionais de saúde aprendem a identificar e resolver problemas. Contudo, para
que essa ajuda seja efetiva não basta dar informação as pessoas. Também e necessário
auxiliar a identificação da origem dos problemas, sugerindo possíveis caminhos. E importante
respeitar a pessoa nas suas crenças, convicções, pensamentos, buscando compreender como
se sentem, e ajudando-as a decidir o que fazer. Para isto e importante não só o que se diz,
mas a forma como se diz.
 SMSDC/RJ.SUBPAV 2011
6 – Por que a criança faz uso de sulfato ferroso?
PREVENÇÃO DA ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE FERRO (ADF) 
A anemia por deficiência de ferro (ADF) é a carência nutricional de maior magnitude no mundo, sendo considerada uma carência em expansão em todos os segmentos sociais. Embora ainda não haja um levantamento nacional, estudos apontam que aproximadamente metade dos pré-escolares brasileiros é anêmica (cerca de 4,8 milhões de crianças). A prevalência entre 6 e 24 meses de idade é de 67,6%. 
O Protocolo para prevenção da ADF em crianças de 6-18 meses (SMSDC RJ) recomenda a orientação para alimentação complementar oportuna, a alimentação rica em ferro (fontes heme e não heme), a manutenção do aleitamento materno e orientação da alimentação materna e a suplementação preventiva com sulfato ferroso para crianças ininterruptamente dos 6 aos 18 meses de idade (dose=12,5 mg de ferro por dia). Nos casos em que a suplementação seja iniciada tardiamente, orienta-se que a criança use sulfato ferroso por pelo menos seis meses, até completar 18 meses. 
Crianças que iniciarem a suplementação com 18 meses poderão usar sulfato ferroso até que completem 24 meses. 
Observação: Crianças que apresentam doenças que cursam com acúmulo de ferro, como Anemia Falciforme, não devem receber suplementação, ressalvado aquelas que tenham a indicação de profissional competente. Havendo suspeita dessas doenças, a suplementação não deverá ser iniciada até a confirmação do diagnóstico.
7 - Que orientações em relação a alimentação do bebê você como médico(a) da unidade estaria dando para a mãe?
- Até 6 meses – aleitamento materno exclusivo;
- Após 6 meses – introdução de papas de frutas e posteriormente, papas salgadas;
- Evitar excesso de sal e açúcar – organismo da criança passa a se adaptar com quantidades excessivas de açúcar e sal, evoluindo com Hipertensão e Diabetes;
- Não oferecer mel para crianças menores que um ano;
- Após um ano de idade, comida oferecida é a mesma da casa.
ALIMENTACAO SAUDAVEL MENORES DE 2 ANOS
DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTACAO SAUDAVEL DE CRIANCA MENORES DE 2 ANOS
(Ministério da Saúde, 2010)
PASSO 1: Dar somente leite materno ate os 6 meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos.
PASSO 2: A partir dos 6 meses oferecer, de forma lenta e gradual, outros alimentos, mantendo o leite materno ate os 2 anos ou mais.
PASSO 3: A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes,
leguminosas, frutas e legumes) no mínimo duas vezes ao dia e a partir dos 9 meses no mínimo três vezesao dia.
PASSO 4: A alimentação complementar deve ser oferecida em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança. Não oferecer sucos ou alimentos nos intervalos das refeições.
PASSO 5: A alimentação complementar deve ser espessa desde o inicio e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas /purês) e, aos poucos, aumentar a sua consistência ate chegar à alimentação da família. Amassar os alimentos com o garfo, não passar na peneira nem usar o liquidificador. Cortar as carnes bem picadinhas ou oferecer moída.
PASSO 6: Oferecer a criança diferentes alimentos ao dia: grãos (cereais e feijões), carnes, frutas e legumes. Uma alimentação variada e uma alimentação colorida. Oferecer água nos intervalos das refeições.
PASSO 7: Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. Os alimentos da região e da época são uma boa escolha.
PASSO 8: Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, biscoitos, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
PASSO 9: Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir armazenamento e
conservação adequados. Lavar as mãos antes de preparar a refeição e de alimentar a criança. Não oferecer restos da refeição anterior. Não deixar os alimentos descobertos.
PASSO 10: Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. A criança doente tem menos apetite e pode perder peso. Na convalescença o apetite esta aumentado, o que ajuda na recuperação do peso.
OBS: Para maiores informações, procure o Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 Anos no
site: www.saude.gov.br/alimentacao
8 – Para uma criança de 7 meses, que tipo de acidente doméstico poderíamos esperar para esta faixa etária?
7 meses a 12 meses - As crianças nesta faixa etária já começam a engatinhar, ficam de pé e podem começar a caminhar. Eles põem tudo na boca. Deve-se ter cuidado, em especial, com os riscos de afogamento e de queimaduras, evitando-se a cozinha, considerada o local mais perigoso da casa. O médico propõe mesmo que se coloque um bloqueio que impeça a passagem da criança para a cozinha, pois líquidos e alimentos quentes, fios elétricos, torradeiras, bules, garrafas e o próprio fogão são perigosos, assim como a tábua de passar roupa.
Nesta etapa, deve-se manter fora do alcance das crianças todos os remédios e venenos, assim como os produtos perigosos, que devem ser mantidos em suas embalagens originais. Para evitar quedas, compensa usar portas ou portões nas escadarias e baixar o estrado das camas a partir do momento que a criança começa a sentar ou ficar de pé. Os cuidados que vinham sendo tomados até os seis meses podem ser todos mantidos. As tomadas podem passar a ser protegidas com protetores nos soquetes. 
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=241
Saúde do Adolescente e do Jovem
	
Dentre as ações da área técnica da saúde do adolescente e do jovem, encontram-se: 
- Implementação das Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na promoção, proteção 
e recuperação da saúde;
- Implementação da Caderneta da Saúde do(a) Adolescente;
- Implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes em conflito com a lei, em regime 
de internação provisória;
- Implementação do Plano de Ação Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens.
Neste espaço do Portal Saúde, você encontra informações voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde 
de jovens e adolescentes. 
Entre os dados disponíveis, destacam-se aqueles sobre crescimento e desenvolvimento; saúde sexual e reprodutiva; e redução 
da mortalidade por violência e acidentes.
Também estão disponíveis publicações e ações do Ministério da Saúde, com informações voltadas para este público, e links de 
acesso a instituições parceiras na elaboração de atividades que visam a atenção integral à saúde dos jovens.
Com a população bem informada, é possível reduzir a incidência de doenças, melhorar a vigilância à saúde e contribuir, assim, 
para a melhoria da qualidade de vida dos 54 milhões de cidadãos brasileiros com idades entre 10 e 24 anos.

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