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Biotransformação de Fármacos

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na primeira fase, ocasiona-se uma
certa reatividade na estrutura química
do fármaco e
na segunda fase, há a conjugação do
fármaco a outras estruturas químicas.
 Conceitua-se biotransformação como
toda alteração química que os fármacos
sofrem no organismo, o que geralmente
ocorre por processos enzimáticos. No
sentido lato da palavra, temos que
biotransformação é a transformação na
estrutura química do fármaco, com o
objetivo de converter um fármaco
lipossolúvel em hidrossolúvel para assim
ser excretado mais facilmente. Nem
sempre os fármacos sofrem
metabolização total, podendo ser
excretado parcialmente ou quase na
totalidade sem modificação na sua
estrutura química. Os rins são os
principais órgãos envolvidos na excreção.
Metabolismo é o conjunto de reações
químicas que acontece no corpo. O
principal órgão metabolizador, sem dúvidas,
é o fígado.
A função da biotransformação tem,
portanto, como funções: transformar a
molécula lipofílica em hidrofílica para
facilitar sua eliminação renal (se o
fármaco chegar ao rim na forma
lipofílica, ele será reabsorvido para o
sangue); finalizar as ações terapêuticas da
droga no organismo (por meio da
eliminação da pró-droga, que é uma
substância farmacologicamente inativa,
tendo que ser biotransformada para
realizar sua ação); e ativar a pró-droga.
Essa biotransformação não acontece em
uma única etapa, mas sim em duas fases:
1.
2.
Não é regra para que um fármaco passe 
 
 por essas duas fases, podendo passar
apenas por uma delas.
O próprio fármaco pode interferir no
metabolismo de outro fármaco por meio de
uma interação medicamentosa do tipo
farmacocinética na biotransformação,
podendo induzir ou inibir enzimas que atuam
nesse outro fármaco que será
metabolizado.
 
Fração mitocôndrica (monoamino-oxidase
- MAO): biotransforma as aminas
biológicas, que são: dopamina,
noradrenalina, adrenalina, e 5-OH-
triptamina (ou serotonina). As MAO são
enzimas presentes na membrana das
mitocôndrias que contribuem para um
controle na concentração das aminas
biológicas que servem como
neurotransmissores.
Fração microssômica (citocromo
P450): Microssoma é o nome que se dá
a uma vesícula que se forma em um
processo anormal de centrifugação de
um homogeinizado de células, que por ter
uma membrana lipofílica, formando 
Locais de Biotransformação 
Os principais órgãos envolvidos no processo
de metabolização são: fígado
(principalmente), pulmão, intestino e o
próprio sangue, fazendo uso das seguintes
frações enzimáticas:
1.
2.
 
Primeira fase (ativação ou alteração do
fármaco): há uma alteração necessária
para que se possa acontecer a segunda
reação (que consiste em uma
conjugação), em que o fármaco torna-se
susceptível para interagir com a
estrutura química que será conjugada
com o fármaco (geralmente é o ácido
glicurônico), formando um metabólito
reativo. Essa fase de ativação não
determina a 
uma estrutura esferoide, em particular do
REL. A fração microssômica é, portanto,
uma fração oriunda de um processo de
fragmentação e sedimentação do retículo
endoplasmático liso (REL). O citocromo
P450 é um complexo enzimático muito
importante por biotransformar
principalmente fármacos com alto grau de
lipossolubilidade, que na sua maioria, atuam no
sistema nervoso central (sendo necessário
esse caráter para transpor a barreira
hematoencefálica). Fármacos com essas
características, se não fosse a ação do
complexo enzimático citocromo P450,
demorariam muito tempo para serem
excretados (uma única dose desse fármaco
lipossolúvel poderia levar até 100 anos para
ser excretado se não fosse esse sistema
enzimático, que o faz em 3 dias).
3. Fração solúvel (amidases, desidrogenases e
transferases): fração que não está contida
em nenhuma organela, mas está livre no
citoplasma. As desidrogenase são enzimas
que realizam reações de oxi-redução. As
transferases transferem e conjugam
grupos químicos para favorecer a
hidrossolubilidade do fármaco para assim ser
excretado.
Prncipais Reações
As principais reações pelas quais os
fármacos devem ser submetidas podem ser,
didaticamente, divididas em duas fases:
1.
 
Indução Enzimática (reduz a eficácia):
um fármaco induz a produção
acentuada de uma enzima que
biotransforma outro fármaco,
diminuindo as concentrações deste no
sangue (pois diminui o tempo de meia
vida do fármaco no organismo), sendo
necessário diminuir os intervalos entre
as doses de administração (reajuste
posológico). Ex: O Citocromo P450
realiza a biotransformação dos
barbitúricos; em especial, os
fenobartitais (que agem como
anticonvulsivantes no SNC), tornando-
os hidrossolúveis para deixarem o
organismo. É por isso que geralmente,
com 15 dias de administração 
ativação das propriedades terapêuticas da
droga, ou seja, ele pode ter sua
composição alterada mas não ser ativado.
Essa fase conota uma introdução para a
2a fase, ao passo que o fármaco torna-
se capaz de receber a molécula a ser
conjugada a ele. Essa fase, muitas vezes, é
composta por várias reações químicas
associadas. As reações mais comuns da
primeira fase são: oxidação, redução e
hidrólise.
2. Segunda fase (conjugação): é uma fase
imprescindível para a excreção do
fármaco, pois o torna lipossolúvel. As
reações de conjugação são: glucação
(conjugação do fármaco a uma molécula
de ácido glicurônico, que é mais comum),
sulfatação e acetilação.
 
Interferência de Fármacos nas
Atividades Enzimáticas
Esse tipo de interferência envolve
fármacos que são capazes de induzir ou
de inibir enzimas responsáveis pela
biotransformação de outros fármacos,
podendo interferir, inclusive, no tempo de
meia vida desse fármaco (o que altera
também as necessidades de diminuição no
intervalo das administrações de doses).
1.
 
 (aproximadamente), se faz um ajuste
posológico para aumentar as doses
administradas desse tipo de medicamente,
justamente para manter as
concentrações ideais do mesmo no
sangue.
2. Inibição Enzimática (aumenta toxicidade):
um dado fármaco inibe a transcrição do
gene que produz a enzima que
biotransformaria um outro fármaco,
inibindo essa ação. Essa inibição aumenta a
concentração e tempo de meia vida desse
outro fármaco, aumentando a sua
toxicidade se não houver um ajuste
posológico adequado.Ex: MAO (inibidores de
MAO, que são utilizados como
antidepressivo), citocromo P450 (inibida
pelo fenobarbital), colinesterase (inibida
pelos anticolinesterásicos, como a
fisiostigmina) e aldeído desidrogenase
(inibida pelo metionidazol e pelo
cloranfenicol).
OBS1: Aspectos toxicológicos. Certos
agentes terapêuticos podem produzir lesões
teciduais através de seus metabólitos
intermediários altamente reativos.
 
dade: tem maior peso quanto a
biotransformação, principalmente os
extremos de faixa etária: os recém-
natos (pouca maturação das enzimas
hepáticas e função renal) e idosos
(funções enzimáticas em processo
de incapacitação).
Espécie (raça): os orientais, por
exemplo, tem uma deficiência da
enzima aldeído desidrogenase, tendo
uma maior intolerância ao álcool.
Sexo: as diferenças hormonais entre
os sexos (testosterona no homem e
estrógeno na mulher) influenciam na 
 Fatores Internos e Externos na
Biotransformação
Fatores Internos Constitucionais: são
fatores inerentes ao indivíduo. São eles:
1.
2.
3.
 
 biotransformação de alguns fármacos,
sendo estes hormônios indutores de algumas
enzimas biotransformadoras.
4. Peso corporal: de uma forma indireta,
influencia na absorção das drogas,
armazenando de maneira exagerada
fármacos lipossolúveis, aumentando
demaseadamente seu volume de absorção
aparente.
5. Fator genético: relacionado à
transcrição de enzimas biotransformadoras.
Fatores Internos Condicionais: são fatores
transitários que acometem o indivíduo. São
eles:
1. Estado nutricional: a biotransformação é
realizada por meio de enzimas, que são
oriundas de aminoácidos da dieta. O estado
nutricional pode interferir na síntese dessas
enzimas biotransformadoras.
2. Temperatura corporal: as enzimas são
estruturas catalisadoras de reações que
são influenciadas, entre outros fatores, pela
temperaturacorporal. A elevação da
temperatura normalmente acelera o
processo de biotransformação.
3. Estado patológico: patologias que
acometem o fígado, por exemplo,
comprometem a biotransformação.
4. Gravidez: a modificação fisiológica e
alterações hormonais que acometem o
organismo feminino durante esta fase, há
uma interferência direta da
biotransformação, como a progesterona,
que predomina nagravidez, estimula enzimas
biotransformadoras.
Fatores Externos: influência do meio
ambiente na biotransformação dos
fármacos. São eles: temperatura, luz e
tensão de oxigênio.

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