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Direito previdenciário do servidor público

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO DO SERVIDOR PÚBLICO
BENEFÍCIOS EM ESPÉCIES
É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar.
Não existem leis complementares a respeito desse tema. É um caso de omissão inconstitucional, pois a Constituição previu um direito a esses servidores, mas não puderam alcançá-los em virtude da não criação de lei complementar. Os servidores que se sentiram prejudicados impetraram mandado de injunção (lembre-se que o mandado de injução está previsto no artigo 5º, LXXI, da CF e é concedido sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.)
Se você tem um cliente que é servidor público e trabalhou com exposição a agentes prejudiciais a saúde, ele terá direito a uma aposentadoria especial, e não poderá a prefeitura se negar a analisar o caso sob a alegação de não ter pessoal para fazer o laudo técnico, pois a súmula vinculante 33 o obriga a fazer essa análise.
Súmula vinculante 33: “Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras de regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar especial”.
PORTANTO, estando diante de um caso desse, o advogado deve fazer, primeiramente, um requerimento administrativo, citando a jurisprudência e a súmula vinculante; depois verificar se o servidor não é beneficiário de mandado de injunção coletivo (são vários). 
Aposentadorias especiais – guarda civil municipal
Tema 1057 – ARE 1215727 RG
Órgão julgador: Tribunal Pleno
Relator(a): MINISTRO PRESIDENTE
Julgamento:29/08/2019
Publicação: 26/09/2019
Ementa
Recurso extraordinário com agravo. Direito administrativo. Guarda civil municipal. Aposentadoria especial. Risco da atividade. Impossibilidade. Ausência de legislação específica. Periculosidade não inerente à atividade. Ausência de omissão inconstitucional. Existência de repercussão geral. Reafirmação da jurisprudência da Corte sobre o tema.
Embora o Supremo tenha decidido que não há possibilidade de concessão de aposentadoria especial por ausência de risco da atividade, acredita-se ser possível discutir o tema se houver concreta da periculosidade. 
Ainda sobre as aposentadorias especiais...
Servidor ex-celetista
Súmula 66 da TNU: O servidor público ex-celetista que trabalhava sob condições especiais antes de migrar para o regime estatutário tem direito adquirido conversão do tempo de atividade especial em tempo comum com o devido acréscimo legal para efeito de contagem recíproca no regime previdenciário próprio dos servidores públicos.
STF: RE 612.358. Rel. Min. ROSA WEBER reconheceu o direito adquirido dos servidores, em repercussão geral (julgado em 25.10.2019) – verificar acórdão (quando publicado).
Essa possibilidade de conversão está prevista no regime geral. Ele permite que um segurado que durante uma parte da sua vida tenha trabalhado um tempo especial e outro período tenha trabalhado em tempo em tempo comum, ele pode pegar esse tempo especial e converter em comum aplicando sobre ele um fator multiplicador. Normalmente é 1.4 para os homens (aumenta 40% do tempo) e 1.2 (aumenta 20% do tempo) para as mulheres. Esse aumento pode proporcionar até mesmo um benefício melhor para o servidor.
Tema 942: “Até a edição da Emenda Constitucional nº. 103/2019, o direito à conversão, em tempo comum, do prestado sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física de servidor público decorre da previsão de adoção de requisitos e critérios diferenciados para a jubilação daquele enquadrado na hipótese prevista no então vigente inciso III do § 4º do art. 40 da Constituição da República, devendo ser aplicadas as normas do regime geral de previdência social relativas à aposentadoria especial contidas na Lei 8.213/1991 para viabilizar sua concretização enquanto não sobrevier lei complementar disciplinadora da matéria. Após a vigência da EC nº. 103/2019, o direito à conversão em tempo comum, do prestado sob condições especiais pelos servidores obedecerá à legislação complementar dos entes federados, nos termos da competência conferida pelo art. 40, § 4ºC, da Constituição da República”.
O tema 942 é uma decorrência natural, pois se reconheceu a aposentadoria especial aplicando as regras do regime geral, também deverá reconhecer o direito de conversão do tempo especial em tempo comum.
O caso não tratava do direito depois da EC 103/2019; o STF fixou uma tese sobre questão que não foi discutida na origem, nem em qualquer outro momento do processo.
Questões ainda em discussão:
1) Mantém a idade mínima das regras permanentes/ de transição?
STF: “Os parâmetros alusivos à aposentadoria especial, enquanto não editada a lei exigida pelo texto constitucional, são aqueles contidos na Lei nº 8213/91, não cabendo mesclar sistemas para, com isso, cogitar-se de idade mínima” (MI 1083, Rel. Min. MARCO AURELIO, Tribunal Pleno, DJe 03.8.2010)
2) Mantém paridade/integralidade?
O STF tem dito que a matéria é inconstitucional (RE 983962 AgR Rel. Min. DIAS TOFFOLI. Segunda Turma, DJe 08.6.2017; RE 1004811 AgR. Rel. Min. LUIZ FUX. Primeira Turma, DJe 22.6.2017; ou determina que isso deva ser resolvido pela autoridade administrativa (M) 1658 AgR-AgR. Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, DJe 02.02.2015).
Aposentadoria especial significa menor tempo.
Ver alterações da EC nº 103/2019 adiante.
EC nº 103/2019:
Art. 40
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º.
§ 4º-A Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar.
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.
Regras Importantes trazidas pela EC nº 103/2019: “tempus regit actum”
Até que a matéria seja regulada pela lei federal:
Art. 10. § 2º Os servidores públicos federais com direito a idade mínima ou tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria na forma dos §§ 4º-B, 4º-C e 5º do art. 40 da Constituição Federal poderão aposentar-se, observados os seguintes requisitos:
II - o servidor público federal cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação, aos 60 (sessenta) anos de idade, com 25 (vinte e cinco) anos de efetiva exposição e contribuição, 10 (dez) anos de efetivo exercício de serviço público e 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria;
A idade mínima é a novidade, de 60 anos, que é tanto para homem quanto para mulher.
Idade mínima e a teleologia da aposentadoria especial? É uma das situações em que o Supremo pode declarar a inconstitucionalidadeda EC nº 103/2019 porque a exigência de idade mínima tanto no regime geral quanto no regime próprio é incompatível com a finalidade protetiva desse benefício. É uma solução trazida pela emenda que pode agravar a saúde desses segurados e servidores.
§ 3º A aposentadoria a que se refere o § 4º-C do art. 40 da Constituição Federal observará adicionalmente as condições e os requisitos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social, naquilo em que não conflitarem com as regras específicas aplicáveis ao regime próprio de previdência social da União, vedada a conversão de tempo especial em comum.
Portanto, manda aplicar subsidiariamente as regras do RGPS:
Proíbe a conversão do tempo especial em comum: (das duas, uma: ou a proibição é só a partir da vigência da EC nº 103/2019, ou reafirma a proibição já existente) – pelo que decidiu o STF no recurso.
Regra de transição para servidor que ingressou até 13.11.2019 – vigência da EC nº 103/2019 (artigo 21)
Servidor que trabalhou exposto a agente químicos, físicos ou biológicos prejudiciais à saúde (não admite por categoria/ocupação)
20 anos no serviço público
5 anos no cargo em que se der a aposentadoria
Mais regime de pontos (idade + tempo de contribuição + tempo de exposição):
66 pontos + 15 anos de efetivo exposição
76 pontos + 20 anos de efetivos exposição
86 pontos + 25 anos de efetiva exposição
Valor de aposentadoria: será fixado em lei. 
Regra de transição para servidor com deficiência, até que seja editada a lei regulamentada do artigo 40, § 4º-A (art. 22)
Aplicam-se as regras da Lei Complementar nº 142/2013 (inclusive quanto ao cálculo do benefício), desde que
10 anos no serviço público
5 anos no cargo em que se der a aposentadoria
Pensão por morte
	1ª Regra – óbitos ocorridos até 16.12.1998 (art. 40, § 5º, da CF/88 – redação original)
	Requisitos mínimos
	Tempo mínimo
	Inexigível
	Cálculo do benefício
	Integralidade
	Base de cálculo
	Totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido até o limite estabelecido em lei.
	Reajuste
	Paridade com os servidores em atividade
	2ª Regra – óbitos ocorridos entre 16.12.1998 e 20.02.2004 (art. 40, § 2º, da CF/88 – com a redação da EC Nº 20/98
	Requisitos mínimos
	Tempo mínimo
	Inexigível
	Cálculo do benefício
	Integralidade, com base na última remuneração ou provento do 
	Teto do benefício
	Última remuneração no cargo efetivo
	Reajuste
	Paridade com os servidores em atividade
	3ª Regra – Óbitos ocorridos depois de 20.02.2004 (art. 40, § 7º, da CF/88 – com a redação da EC nº 40/2003 – MP nº 167/2004 e Lei nº 10.887/2004)
	Requisitos mínimos
	Tempo mínimo
	Inexigível
	Cálculo do benefício
	Igual à remuneração ou proventos do servidor falecido até o limite do teto de benefícios do RGPS acrescido de 70% da parcela excedente a esse limite.
	Teto do benefício
	Última remuneração no cargo efetivo
	Reajuste
	Sem paridade. Os proventos devem ser reajustados na mesma data e índice adotados para o reajuste dos benefícios do RGPS.
Exceções: paridade se aplica se:
a) Pensão derivada dos falecimentos de servidores falecidos que tenham se aposentado com integralidade e paridade com base nas regras de transição (art. 3ºd a EC nº 47/2005);
b) B) Pensão derivada dos falecimentos de servidor aposentado por invalidez desde que o servidor tenha ingressado até 31.12.2003 (EC nº 70/2012)
Servidores da União, autarquias e fundações:
Rol de beneficiários, perda da qualidade de dependentes, cessação da pensão – alterações profundas da Lei nº 8.112/90, feitas pela Lei nº 13.135/2015.
Válidas para óbitos ocorridos a partir de 18.6.2015.
Art. 217.  São beneficiários das pensões:
I - o cônjuge;  
II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente; 
III - o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade familiar;  
IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos:
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; 
b) seja inválido; 
c) tenha deficiência grave; ou  
d) tenha deficiência intelectual ou mental;
V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor; e    
VI - o irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica do servidor e atenda a um dos requisitos previstos no inciso IV. 
§ 1o  A concessão de pensão aos beneficiários de que tratam os incisos I a IV do caput exclui os beneficiários referidos nos incisos V e VI.                  
§ 2o  A concessão de pensão aos beneficiários de que trata o inciso V do caput exclui o beneficiário referido no inciso VI.    
§ 3o  O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do servidor e desde que comprovada dependência econômica, na forma estabelecida em regulamento.  
Uniões estáveis simultâneas?
STF, Tema 529:
“A preexistência de casamento ou de união estável de um dos conviventes, ressalvada a exceção do artigo 1723, § º, do Código Civil, impede o reconhecimento de novo vínculo referente ao mesmo período, inclusive para fins previdenciários, em virtude da consagração do dever de fidelidade e da monogamia pelo ordenamento jurídico-constitucional brasileiro” (RE 1.045.273, Rel. Min. Alexandre de Moraes, DJe 09.4.2021)
Isto é, o STJ entendeu que não é possível que uma pessoa tenha tido duas uniões estáveis ao mesmo tempo, tampouco que uma pessoa casada tem uma união estável também. 
Na prática acontece sim.
Menor sob guarda?
Sucessivas tentativas da legislação de suprimir o menor sob guarda da qualidade de dependente (alterações na Lei nº 8.213/91 – RGPS, Lei nº 8.112/90 e na EC 103/2019)
Emenda nº 103/2019:
“Art. 23 [...] § 6º. Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica.”
O legislador insistiu tanto em suprimir o direito a previdência do menor sob guarda porque surgiram muitas guardas fictícias.
Tema 732 STJ: “O menor sob guarda tem direito à concessão do benefício de pensão por morte do seu mantenedor, comprovada sua dependência econômica, nos termos do art. 33, § 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente, ainda que o óbito do instituidor da pensão seja posterior à vigência da Medida Provisória 1.523/96, reeditada e convertida na Lei 9.528/97. Funda-se essa conclusão na qualidade de lei especial do Estatuto da Criança e do Adolescente (8.069/90), frente à legislação previdenciária.”
.A.DIns 4.878 e 5.083, Rel. p/ acórdão EDSON FACHIN: j. finalizado em - “interpretação conforme” ao § º do artigo da Lei nº 8.213/91, “para contemplar, em seu âmbito de proteção, o menor sob guarda.”
Atenção: o STF não examinou ao artigo 23 da EC 103/2019 (embora tema tratado no voto do relator originário).
Art. 218.  Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados.  
Antes: 50% para cônjuge/companheiro (vitalícios): 50% restantes dividido entre os demais.
Art. 220.  Perde o direito à pensão por morte:                  
I - após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do servidor;                 
II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.  
Art. 221.  Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos seguintes casos:
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;
II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço;
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de segurança.
Parágrafo único.  A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento doservidor, hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado.
Art. 222.  Acarreta perda da qualidade de beneficiário:
I - o seu falecimento;
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge;
III - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido, ou o afastamento da deficiência, em se tratando de beneficiário com deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas a e b do inciso VII do caput deste artigo;  
IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo filho ou irmão;   
V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;
VI - a renúncia expressa; e   
VII - em relação aos beneficiários de que tratam os incisos I a III do caput do art. 217:
a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do servidor
b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do pensionista na data de óbito do servidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável:                 
1) A pensão durará 3 (três) anos, se o cônjuge tiver menos de 21 (vinte e um) anos de idade;          
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade;
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade;                    
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade;                  
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade;                      
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade.
§ 1o  A critério da administração, o beneficiário de pensão cuja preservação seja motivada por invalidez, por incapacidade ou por deficiência poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das referidas condições
§ 2o  Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida no inciso III ou os prazos previstos na alínea “b” do inciso VII, ambos do caput, se o óbito do servidor decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável.              
§ 3o  Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea “b” do inciso VII do caput, em ato do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento.                
§ 4o  O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) ou ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais referidas nas alíneas “a” e “b” do inciso VII do caput. 
§ 5º Na hipótese de o servidor falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por determinação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício.  
§ 6º O beneficiário que não atender à convocação de que trata o § 1º deste artigo terá o benefício suspenso, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 95 da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.                  
§ 7º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da cota da pensão de dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave.               
§ 8º No ato de requerimento de benefícios previdenciários, não será exigida apresentação de termo de curatela de titular ou de beneficiário com deficiência, observados os procedimentos a serem estabelecidos em regulamento.
A pensão por morte para cônjuge e companheiros deixou de ser vitalícia com a Lei 13.135/2015. Somente continua vitalícia as que foram concedidas antes dessa lei.

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