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REVISÃO – DIREITO PENAL I SIMULADÃO COM RANKING – TEMPESTADE DE EXERCÍCIOS – TEMPO 1h QUESTÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS E OAB 1) Sobre o crime omissivo impróprio, assinale a alternativa incorreta: A) Trata-se de crime próprio, uma vez que o sujeito ativo da conduta deverá possuir qualidade especial. B) Admite tanto a forma dolosa, quanto a culposa, cabendo ao intérprete proceder a pesquisa do elemento subjetivo presente na conduta. C) Trata-se de crime de mera atividade, uma vez que sua consumação não requer resultado naturalístico. D) Admite tentativa, neste aspecto se diferenciando dos crimes de omissão própria. E) O objeto material da conduta variará de acordo com o tipo penal praticado. 2) É certo afirmar: I. No concurso de pessoas as circunstâncias e as condições de caráter pessoal se comunicam, havendo contudo exceções. II. Tipicidade conglobante é a comprovação de que a conduta legalmente típica não está proibida pela norma, o que se obtém desentranhando o alcance da norma proibitiva, conglobada com as restantes normas da ordem normativa. III. O sujeito ativo, geralmente, pode ser qualquer um, mas em certos tipos são exigidas características especiais no sujeito passivo. Quando qualquer um pode ser sujeito ativo, os tipos costumam enunciar “o que” ou “quem”. IV. O erro de tipo não afasta o dolo. Analisando as proposições, pode-se afirmar: A) Somente as proposições I e IV estão corretas. B) Somente as proposições I e III estão corretas. C) Somente as proposições II e IV estão corretas. D) Somente as proposições II e III estão corretas. 3) A respeito do dolo e da culpa, é correto afirmar que A) pode haver culpa se o agente tiver previsto o resultado. B) o crime culposo admite tentativa. C) no Direito Penal a culpa do réu e da vítima podem compensar-se. D) no Direito Penal não há concorrência de culpas. E) a culpa é presumida no tipo penal e o dolo deve estar expresso. 4) Iniciada a execução do delito, a consumação ocasionada pela ocorrência de causa relativamente independente faz com que o agente A) responda pelo crime consumado, por situar-se o resultado na esfera de desdobramento de sua conduta. B) responda pelo crime consumado, em virtude do princípio da equivalência das causas adotado pelo Código Penal brasileiro. C) responda pelos atos já praticados, porque a causa relativamente superveniente não cortou o nexo causal. D) responda pelo crime consumado, por situar-se o resultado na linha de perigo decorrente da sua conduta. E) Nenhuma das alternativas estão corretas 5) São elementos que compõem o fato típico: A) nexo causal, conduta, tipicidade e punibilidade. B) resultado, tipicidade, nexo causal e antijuridicidade. C) conduta, resultado, nexo causal e tipicidade. D) culpabilidade, tipicidade, conduta e resultado. E) conduta, resultado, nexo causal e subjetividade. 6) Assinale a alternativa correta. A) A relação de causalidade é prescindível nos crimes omissivos em geral. B) A coação moral irresistível e a obediência à ordem de superior hierárquico não manifestamente ilegal constituem as duas únicas hipóteses de exclusão da tipicidade expressamente previstas na Parte Geral do Código Penal com fundamento na inexigibilidade de conduta diversa. C) A distinção entre crime e contravenção dá-se com base no preceito secundário. D) Para a teoria finalista da ação a culpabilidade não pode constituir elemento do crime, mas, sim, pressuposto de pena. E) Nenhuma das alternativas. 7) Assinale a alternativa correta. A) A desistência voluntária é possível na tentativa perfeita e na tentativa imperfeita. B) O arrependimento eficaz é possível na tentativa perfeita e na tentativa imperfeita. C) O arrependimento posterior é instituto aplicável aos crimes em geral. D) Na tentativa qualificada o agente pode ou não ser punido. E) Nenhuma das alternativas. 8) Ada, por questões passionais, arma-se com um punhal e mata Maria, pensando tratar-se de Rosa, sua rival em relação a Pedro. Nesse caso, ocorreu A) resultado diverso do pretendido (aberratio delicti). B) erro sobre o objeto (error in objecto). C) erro na execução (aberratio ictus). D) erro sobre a pessoa (error in persona). E) resultado aparente do tipo (error in substantia). 9) Tendo em vista a teoria da equivalência dos antecedentes causais, ou da conditio sine qua non, considerando como causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido, observe o que segue: I. Carlos ferido gravemente por Pedro foi socorrido em hospital, mas veio a falecer em incêndio ocorrido, logo depois, nas dependências desse local. II. Ana ferida levemente por José foi socorrida em hospital, onde veio a falecer por complicações de imprescindível cirurgia. Nesses casos, A) exclui-se a imputação a ambos Carlos e Ana. B) não se exclui a imputação a Carlos, mas se exclui a imputação a Ana. C) exclui-se a imputação a Carlos, mas não se exclui a imputação a Ana. D) não se exclui a imputação a ambos Carlos e Ana. E) a responsabilidade é exclusiva do hospital, por omissão ou imperícia, em relação ao paciente. 10) Sobre o instituto da exclusão de ilicitude, é INCORRETO afirmar que: A) O excesso doloso ou culposo nos casos de exclusão de ilicitude não é punível. B) É causa de exclusão de ilicitude a legítima defesa. C) O excesso doloso nos casos de exclusão de ilicitude é punível. D) O excesso culposo nos casos de exclusão de ilicitude é punível. E) É causa de exclusão de ilicitude o exercício regular de direito. 11) Cleiton, policial rodoviário federal e professor de curso de direção defensiva e ofensiva, viajava de carro com sua namorada, Gisele. Durante a viagem, Gisele reclamou da alta velocidade empreendida pelo namorado e o alertou da possibilidade de causar um acidente, tendo em vista o tempo chuvoso. Cleiton, por sua vez, respondeu que nada aconteceria, porque ele era um profissional competente, de excelência, que ensinava outros policiais rodoviários federais a pilotarem viaturas. Entretanto, durante uma curva, o veículo derrapou na pista molhada, o carro ficou desgovernado, capotou e Gisele faleceu instantaneamente. Cleiton sofreu pequenas escoriações. A perícia feita no local constatou excesso de velocidade. A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte. Cleiton agiu com culpa consciente, devendo responder pela prática de homicídio doloso. Certo Errado 12) Em relação às excludentes de ilicitude é CORRETO afirmar que: A) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual ou iminente, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. B) Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele justa agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. C) O agente, somente em caso de exercício regular do direito, responderá pelo excesso doloso ou culposo. D) Pode alegar legítima defesa quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. E) O Código Penal conceitua a excludente do estrito cumprimento de dever legal. 13) João é atacado a tiros desferidos por arma de fogo por José, que não logra acertar os dois primeiros tiros. Antes do terceiro tiro, João saca de arma que carrega com autorização legal e atinge José, que morre. Nesse caso, pode-se afirmar que ficou caracterizado, nos termos do Código Penal, por parte de João: A) Legítima defesa; B) Estado de necessidade; C) Exercício regular de direito; D) Arrependimento eficaz. 14) De acordo com o Código Penal Brasileiro, é correto afirmar: A) É isento de pena o agente que comete um crime em estado de necessidade. B) A legítima defesa estará caracterizada quando o agente pratica fato para salvar de perigo atual, direito próprio ou alheio, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar. C) Será isento de pena aquele que, ao tempo da ação ou da omissão, era inteiramenteincapaz de entender o caráter ilícito do fato em razão de emoção ou paixão, ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. D) A embriaguez, quando completa e proveniente de caso fortuito, é considerada como uma excludente de culpabilidade. E) Pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 15) Assinale a alternativa incorreta: A) O portador de doença mental que gera inimputabilidade age com dolo, embora sua conduta não desafie o juízo de reprovação social que conforma a culpabilidade. B) A não exclusão da responsabilidade criminal em alguns estados de embriaguez decorre da adoção da teoria da actio libera in causa. C) São hipóteses de ausência de conduta o ato reflexo e os estados de hipnose e sonambulismo. D) É possível punir o crime doloso com a pena do crime culposo quando o agente incorre em erro de tipo inescusável. E) O menor de 18 anos não age com dolo. 16) No que tange à imputabilidade, certo é afirmar que se trata de um conjunto de requisitos pessoais que conferem ao indivíduo capacidade para que, juridicamente, lhe possa ser atribuído um fato delituoso. Não excluem a imputabilidade: A) A menoridade penal B) O desenvolvimento mental incompleto ou retardado C) A doença mental D) A emoção ou a paixão E) A embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior 17) Entre as causas de exclusão da culpabilidade incluem-se A) estado de necessidade e legítima defesa. B) embriaguez fortuita completa e obediência à ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico. C) exercício regular de direito e embriaguez fortuita completa. D) legítima defesa e obediência à ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico. E) estado de necessidade e inexigibilidade de conduta diversa. 18) Marcos foi parado em uma blitz da lei seca e foi preso em flagrante por embriaguez após ser submetido ao bafômetro. A Resolução Nº 432/2013 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), em seu art. 2º, descreve: “A fiscalização do consumo, pelos condutores de veículos automotores, de bebidas alcoólicas e de outras substâncias psicoativas que determinem dependência deve ser procedimento operacional rotineiro dos órgãos de trânsito.” Esse tema está vinculado à teoria da “actio libera in causa”, também chamada de Teoria da ação livre na causa, essa teoria afirma que A) quem está em estado de embriaguez completa e fortuita não responde pelo crime. B) a vontade do agente que comete o crime no estado de embriaguez voluntária e sua imputabilidade devem ser avaliadas em momento anterior à ingestão da bebida alcoólica. C) é possível imputar crime ao doente mental que pratica a conduta em momentos de lucidez. D) o agente que se embriaga de maneira preordenada poderá ter sua pena agravada. E) o estado de embriaguez do agente, quando não houver perito oficial, deverá ser atestado por duas pessoas idôneas portadoras de diploma de nível superior. 19) Quanto à imputabilidade penal, assinale a alternativa correta. A) Emoção e paixão excluem a imputabilidade. B) João é usuário de crack e tem sua dependência atestada em laudo, portanto João é considerado inimputável. C) Eduardo, durante uma confraternização com seus amigos, fez uso de grande quantidade de álcool e se envolveu em um acidente. Durante a perícia, foi atestado que o mesmo estava com sua capacidade de determinação reduzida, portanto a pena do Eduardo pode ser reduzida de um a dois terços. D) Embriaguez completa e fortuita é causa excludente de imputabilidade. E) Fernanda durante uma festa eletrônica teve, sem conhecimento, dois comprimidos de ecstasy colocados em sua bebida, após sair do evento, dirigiu em alta velocidade e ao ultrapassar um sinal vermelho, atropelou um ciclista. Fernanda pode ser considerada inimputável se for comprovado, durante perícia médica, que a mesma era inteiramente incapaz de entender ou de determinar durante a ação. 20) Após a morte da mãe, Aline recebeu, durante um ano, a pensão previdenciária daquela, depositada mensalmente em sua conta bancária, em virtude de ser procuradora da primeira. Descoberto o fato, Aline foi denunciada por apropriação indébita. Se a sentença concluir que a acusada (em razão de sua incultura, pouca vivência, etc.) não tinha percepção da ilicitude de sua conduta, estará reconhecendo: A) Erro de proibição; B) Erro sobre o objeto; C) Erro sobre elemento do tipo, que exclui o dolo; D) Descriminante putativa. 21) O Código Penal brasileiro fixa regras para crimes realizados em concurso de pessoas. Com relação ao tema assinale a alternativa INCORRETA. A) Pluralidade de pessoas e condutas, relevância causal de cada conduta, liame subjetivo ou psicológico entre as pessoas e identidade do ilícito penal são requisitos do concurso de pessoas. B) Divide-se em coautoria e participação. C) Participação é sempre acessória ou dependente de um fato principal punível doloso ou culposo de outrem. D) Não é possível concurso de pessoas em crime omissivo, como os delitos de dever. 22) No tocante ao concurso do pessoas, é correto afirmar que A) se entende por autor aquele que pratica a conduta descrita no verbo núcleo do tipo penal. B) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas para este cominadas, na medida de sua tipicidade. C) a participação de menor Importância conduz à exclusão da culpabilidade. D) se algum dos agentes quis participar de crime menos grave, responderá por este ainda que fosse previsível o resultado mais grave. 23) É preciso a existência de___________no concurso de pessoas A) um agente com desconhecimento do dolo do outro B) um dos agentes sem o domínio final do fato C) um agente para indução do outro em erro D) a inimputabilidade de um dos agentes E) um vínculo subjetivo entre os agentes. 24) Não se admite a coautoria no(s)________ A) crimes de mão própria. B) crime de perigo. C) crime próprio. D) crime de dano. E) crime vago. 25) Quanto aos autores e partícipes das infrações penais, assinale a alternativa incorreta: A) A participação está ligada à tipicidade e à conduta e não ao nexo de causalidade. Trata-se de hipótese de adequação típica de subordinação direta. Logo, o artigo 13, caput, do Código Penal, que trata do nexo de causalidade, só é aplicável ao autor do crime. B) A teoria extensiva da autoria fundamenta-se na causação do resultado, sendo autor quem dá causa ao evento. Em princípio, autor é aquele que causa a modificação do mundo externo. C) A teoria do domínio do fato parte da tese restritiva e emprega um critério objetivo-subjetivo. Para a referida teoria, autor é aquele que tem o domínio final do fato, controla finalisticamente o decurso do crime e decide sobre sua prática, interrupção e circunstâncias. É uma teoria que se assenta em princípios relacionados à conduta e não ao resultado. A teoria do domínio do fato só é aplicável aos crimes dolosos, sejam materiais, formais ou de mera conduta. D) É possível autoria por omissão em delito comissivo, desde que o autor tenha o dever jurídico de impedir o resultado. Todavia, não existe participação omissiva em crime comissivo mediante omissão, ocorrendo autorias. Para que o omitente responda pelo delito a título de autor, é necessário que o comportamento negativo configure infração do dever jurídico de agir (posição de “garante”). 26) Em relação a teoria do domínio de fato podemos afirmar que: A) Não reconhece a figura da autoria meditada. B) Impede a aceitação da figura do partícipe. C) Foi adotada expressamente no Código Penal. D) É adotada apenas nos crimes dolosos. 27) A respeito de autoria e participação no âmbito penal, é correto afirmar que A) a autoria colateral é aquela em que há pluralidade de agentes e liame subjetivo entre eles para a realização da conduta. B) o crime de falso testemunho é classificado como crime de mão próprio e nele não são admitidas tanto a coautoria quanto a autoria mediata. C) a participação, que podeser moral ou material, é admitida após a consumação do crime. D) a teoria da acessoriedade limitada entende que basta o fato principal ser típico para que o partícipe seja punido. 28) Roberto, com intenção de matar Marcelo, acelerou seu veículo automotor em direção à vítima, que, em consequência, sofreu traumatismo craniencefálico. Internado em hospital particular, Marcelo, no decurso do tratamento, veio a falecer em virtude de uma broncopneumonia que contraiu nesse período. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção que apresenta, respectivamente, a natureza da causa superveniente da morte de Marcelo e o tipo de homicídio doloso pelo qual Roberto deverá responder. A) relativamente independente – consumado B) relativamente independente – tentado C) absolutamente independente – consumado D) absolutamente independente – tentado 29) Armando e Frederico, médicos, ministraram, cada um, em Bruno, paciente que convalescia no leito hospitalar, uma dose de veneno, fazendo-a passar pelo medicamento adequado, o que resultou na morte de Bruno. Tendo essa situação hipotética como referência inicial, assinale a opção correta. A) Caso Armando e Frederico tenham ministrado as doses de veneno sem combinação prévia e sem conhecimento da intenção um do outro, e tenha sido comprovado que apenas uma das doses, embora ministrada no mesmo instante da outra, produziu, por si só, a morte de Bruno, ambos os agentes devem responder pela morte de Bruno, ainda que seja impossível determinar o autor da aplicação da dose letal, visto que a morte teria ocorrido necessariamente por uma ou por outra condição. B) Se, além de haver recebido as duas doses letais de veneno ministradas por Armando e Frederico, Bruno, ainda vivo, fosse vítima de outra ação, dolosa ou culposa, de terceiro, e viesse a falecer em seguida a essa terceira ação posterior, Armando e Frederico não poderiam ser responsabilizados pelo resultado morte. C) Ainda que Armando e Frederico tenham agido em conjunto e de comum acordo, seria indispensável a aplicação do critério da prognose posterior objetiva para se proceder à imputação objetiva do resultado morte aos dois agentes, em concurso, a despeito da comprovação de que o envenenamento tenha sido a causa da morte de Bruno. D) Caso Armando e Frederico tenham ministrado as doses de veneno no mesmo instante, sem combinação prévia e sem conhecimento da intenção um do outro, e tenha sido comprovado que cada uma das doses produziu seu efeito de forma instantânea, e que cada uma delas, isoladamente, era suficiente para matar, o fato configuraria dupla causalidade alternativa, mostrando-se inadequada a aplicação pura e simples da fórmula da eliminação hipotética, cuja correção, nesta situação, pode ser feita pela fórmula da eliminação global. E) Caso Armando e Frederico, com a intenção de matar, tenham, individualmente, sem combinação prévia e sem conhecimento da intenção um do outro, ministrado doses de veneno que, isoladamente, fossem insuficientes para produzir a morte de Bruno, eles deveriam responder, de forma individual, por tentativa de homicídio, apesar da ocorrência do resultado morte.
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