Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MATERIAL EXCLUSIVO venda proibida FALANDO SOBRE O CFN - CURRÍCULO FUNCIONAL NATURAL E INCLUSÃO FALANDO SOBRE O CFN – CURRÍCULO FUNCIONAL NATURAL E INCLUSÃO Por: Professor Anderson Antonio – Especialista em Educação Inclusiva O QUE É? Podemos considerar que o Currículo Funcional Natural (CFN) é um projeto ou planejamento metodológico peculiar da maioria de propostas de currículos que conhecemos. Tal projeto metodológico de ensino procura melhorar a qualidade de vida cotidiana dos educandos. Construído em uma filosofia educativa que olha para individualidade e voltado para pessoas com necessidades educacionais especiais. POR QUE CURRÍCULO FUNCIONAL NATURAL (CFN)? CURRÍCULO – Não é apenas um documento burocrático. Todo currículo é um planejamento da organização do caminho e das práticas pedagógicas escolhidas no processo de escolarização. FUNCIONAL – É funcional, porque as metas e objetivos precisam ser obrigatoriamente funcionais para a vida pratica e cotidiana desse estudante ou pessoa. NATURAL – É natural, porque essencialmente as metodologias, matérias, ambientes, entres outros detalhes, serem e estarem no contexto mais natural possível. ABA E CURRÍCULO FUNCIONAL NATURAL (CFN) O Currículo Funcional Natural (CFN) tem bases na Análise do comportamento, entre vários conceitos presentes, podemos destacar dois principais na sua construção e aplicação: O Ensino Naturalístico – Ensino que parte das motivações e gostos do seu aprendiz, além disso tem uma preocupação que o momento de aprendizagem seja o mais natural possível. A Aprendizagem sem erro – Nada mais é, de forma geral, que o ensino programado para que o processo de aprendizagem aconteça sem erro ou com o menor numero de erros possíveis. O CURRÍCULO FUNCIONAL NATURAL (CFN) UM CURRÍCULO PARA A VIDA LeBlanc acreditava que todos os currículos deveriam responder a três perguntas que a mesma considerava básicas. O Currículo Funcional Natural (CFN) foi criado pensando em responder tais perguntas, as mesmas são voltadas tanto para a sua elaboração quanto para sua aplicação. Vejamos cada uma delas na próxima imagem. PERGUNTAS BÁSICAS QUE PRECISAM SER RESPONDIDAS PARA A CONSTRUÇÃO DO CFN 1. O que ensinar? Responder essa pergunta nos mostrará os OBJETIVOS que serão postos no currículo. 2. Para que ensinar? Essa pergunta tanto reavalia os objetivos, como está voltada para os PRINCÍPIOS NORTEADORES e a própria FILOSOFIA do CFN. 3. Como ensinar? Além de se preocupar com os objetivos e reavaliar os mesmos. O CFN se preocupa nos PROCEDIMENTOS de aplicação, ou ainda, na metodologia de ensino e aprendizagem para alcance dos objetivos traçados. PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CFN O Currículo Funcional Natural (CFN) possui quatro princípios norteadores para sua construção. Precisamos sempre olhar para a pessoa como o centro das decisões, sabendo que qualquer pessoa pode aprender, olhando para as habilidades e iniciando o processo de ensino e aprendizagem pelos gostos da pessoa e nunca esquece que a participação da família é e sempre será fundamental no desenvolvimento de nossos educandos. Conhecer, aplicar e respeitar cada um deles é fundamental para a elaboração de um bom CFN. A PESSOA COMO CENTRO É importante ouvir e colocar a pessoa como o centro das decisões. Se o Estudando ou pessoa tem condições de expressar e tomar decisões sobre o que deseja aprender, o mesmo deve ser ouvido e atendido. CONCENTRAÇÃO NAS HABILIDADES Primeiro que focar apenas em barreiras e dificuldades não é nada bom para um engajamento. Em geral, um ambiente que trabalha dessa forma se torna facilmente um ambiente aversivo. Segundo, perdemos a oportunidade de mostrar e desenvolver habilidades e potencializardes já presentes. TODOS PODEM APRENDER Tal principio vai estar ligado a Aprendizagem sem erro. Conseguir criar ambientes e situações onde o numero de erros seja o menor possível é uma ótima estratégia que tratará excelentes resultados e desenvolvimento. É preciso avaliar quais os melhores caminhos (técnicas, forma de ensino, metodologia, avaliação, matérias, ...) além disso, por que não pegar o que chamamos de dificuldade e transforma em uma possibilidade¿ A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM Dentro da filosofia do CFN procura-se potencializar ainda mais a participação da família no processo de ensino aprendizagem, não apensa volta no âmbito escolar, mas fortalecendo a figura da família ativa e participativa dentro da sua própria casa. Uma pratica baseada em evidência que reforça essa necessidade é a que chamamos de treinamento e orientação de pais. Poste Histórico Curto Histórico sobre o CFN 1. Foi na Universidade do Kansas que um grupo de pesquisadores, no início da década de 70, iniciaram a discursão, proposta e elaboração de um currículo para ser aplicado com crianças na faixa etária de 4 e 5 anos de idade. Tal currículo teria uma proposta diferente: a de desenvolver habilidades que direcionasse as crianças a agir de uma forma mais produtiva dentro do seu ambiente natural de convívio de maneira mais independente e criativa. 2. Esse currículo também foi criado com o objetivo de aumentar as potencialidades de respostas mais adequadas, assim como diminuir os comportamentos que tornavam tais crianças menos adaptadas ao ambiente (comportamentos disruptivos, birras, ...). Além disso, através desse recurso as crianças poderiam aprender habilidades que auxiliassem em melhores adaptações dentro do seu contexto e ambiente. 3. “LeBlanc (1972) afirmou que um currículo assim desenhado poderia ser considerado e denominado Currículo Funcional por desenvolver habilidades funcionais (que têm função, são úteis) para o indivíduo em seu ambiente”. Nesse momento o CFN ainda não estava sendo traçado para pessoas com necessidades educativas especiais; contudo, o mesmo posteriormente seria adaptado e empregado com essa finalidade. 4. E através de uma parceria entre as doutoras Liliana Mayo do Centro Ann Sullivan do Peru e Judith LeBlanc, na década dos anos 80. Através de adaptações e modificações, da equipe do Centro, no Currículo Funcional foi possível utilizar o mesmo com pessoas com TEA e outros transtornos do desenvolvimento, de forma experimental. E em 1990 a Dra. LeBlanc começou a utilizar a nomenclatura Currículo Funcional Natural e posteriormente batizou de Currículo para a vida. 5. “De acordo com LeBlanc (1992), um currículo desenhado para desenvolver ao máximo as potencialidades de uma pessoa portadora de necessidades educativas especiais deveria ser um conjunto dos objetivos a ensinar e procedimentos de como ensinar”. Fonte: Suplino, Maryse. Curriculo funcional natural: guia prático para a educação na área do autismo e deficiência mental - Maceió: ASSISTA, 2005. (Coleção de Estudos e Pesquisa na Área da Deficiência; v. 11). Fonte: http://feapaesp.org.br/material_download/566_Livro%20Maryse%20Suplyno%20- %20Curriculo%20Funcional%20Natural.pdf
Compartilhar