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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA ADRIELLY DE PAULA PARREIRA ANA FLÁVIA PENNAFORT DOS SANTOS ANDRA MARIA PONTES RODRIGUES LARISSA TRINDADE BARBOSA MARIA DE LOURDES CARVALHO DINIZ RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA III: Confecção de lâminas histológicas MACAPÁ 2019 ADRIELLY DE PAULA PARREIRA ANA FLÁVIA PENNAFORT DOS SANTOS ANDRA MARIA PONTES RODRIGUES LARISSA TRINDADE BARBOSA MARIA DE LOURDES CARVALHO DINIZ RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA III: Confecção de lâminas histológicas Relatório referente à aula prática do dia 6/9/2019, apresentado como requisito avaliativo para obtenção da aprovação na disciplina Citologia e Histologia do curso de Farmácia. Professora: Dra. Beatriz Hyacienth MACAPÁ 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................4 2. DESENVOLVIMENTO.............................................................................................5 2.1. OBJETIVO DA AULA........................................................................................5 2.2. MATERIAIS UTILIZADOS.................................................................................5 2.3. DESCRIÇÃO DA AULA....................................................................................6 3. CONCLUSÃO........................................................................................................13 4. REFERÊNCIAS......................................................................................................14 4 1. INTRODUÇÃO A histologia é o ramo da anatomia que estuda os seres vivos de uma forma microscópica, tratando da estrutura e das funções do corpo. Ela desenvolveu-se após a invenção do microscópio óptico, entre outros instrumentos capazes de visualizar de forma precisa os tecidos. Assim, a principal ferramenta que baseia o estudo da histologia são as lâminas histológicas, que conseguem através de inúmeras etapas preservar ao máximo a estrutura de uma amostra de tecido para que seja possível ser feito o seu estudo ao microscópio. Para realizar a confecção de uma lâmina o material que se necessita analisar deve ser suficientemente fino e transparente para poder ser observado com clareza e nitidez. Para isso, torna-se necessário um conjunto de etapas, que incluem, a coleta do material, fixação, desidratação, clarificação, inclusão, microtomia (corte) e coloração, pelas quais a amostra de tecido precisa passar para que mantenha o seu aspecto próximo ao natural (UFSC, 2017). Dessa forma, a fim de familiarizar os acadêmicos do curso de Farmácia da Universidade Federal do Amapá com o processo de confecção de lâminas histológicas, foi realizada uma aula prática no Laboratório de Fármacos, onde observou-se cada uma das etapas, além dos aparelhos e produtos necessários para se obter uma lâmina histológica. 5 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. OBJETIVO DA AULA Ensinar aos acadêmicos do curso de Farmácia da Universidade Federal do Amapá, a confecção de lâminas histológicas. 2.2. MATERIAIS UTILIZADOS EPI (luvas e jaleco) Micrótomo Microscópio óptico Cassete histológico Formol 10% Álcool etílico 70% Álcool etílico 80% Álcool etílico 90% Álcool etílico 95% Álcool absoluto I Álcool absoluto II Xilol Parafina I Parafina II Molde de metal Estufa Água Lâmina Lamínula Água destilada Hematoxilina Eosina Bálsamo do Canadá Líquido de Turck Pipeta conta gotas 6 2.3. DESCRIÇÃO DA AULA A aula ocorreu na sala de histologia do Laboratório de Fármacos, da UNIFAP. A turma foi dividida dois grupos, sendo que o primeiro se iniciava às 14 horas e o segundo às 15:30. A aula se iniciou com a professora Dra. Beatriz Hyacienth explicando as três etapas do processo de confecção de lâmina histológica, sendo elas: 1. Fixação do tecido O tecido é colocado dentro de uma estrutura chamada de cassete histológico Figura 1 - Cassete Fonte: Autor próprio Para a fixação, é utilizado formol 10%, onde o tecido fica por 24 horas. 7 2. Desidratação Após esse período, o tecido passa pelo processo de desidratação: Figura 2 - Sequência de desidratação Fonte: Autor próprio O tempo adequado é uma hora em cada substância. Além disso, é importante que essa sequência seja seguida fielmente, pois, caso as etapas anteriores sejam puladas para o álcool absoluto I ou II, o risco do tecido ser rompido é maior, logo, prejudicaria as demais etapas e a observação microscópica. 3. Clarificação Após a desidratação, o tecido é colocado por 40 minutos no xilol para auxiliar no espectro de transparência. Em seguida, coloca-se no banho de parafina dentro da parafina I por 1 hora e na parafina II por duas horas com temperatura entre 60°C e 62°C. Figura 3 - Sequência até o banho de parafina Fonte: Autor próprio 1. Álcool 30% 2.Álcool 50% 3.Álcool 70% 4.Álcool 80% 5.Álcool 90% 6.Álcool absoluto I 7.Álcool absoluto II 1.Desidratação 2. Xilol 3.Banho de parafna I e II na estufa 8 Figura 4 - Estufa da sala de histologia do laboratório de fármacos Fonte: Autor próprio O banho de parafina antecede o processo de emblocamento, cujo curso vai ser de extrema importância para o corte específico. Neste ponto, o cassete é colocado dentro de uma forma em cima da arquibancada por um período de 24 horas. Corte Após o período de secagem de 24 horas, o tecido está pronto para se cortado pelo micrótomo em tamanhos pequenos para melhor visualização microscópica. 9 Figura 5 - Estrutura do micrótomo Fonte: Quecine, 2017 O ajuste do corte depende muito do tecido que se pretende observar, mas geralmente, os cortes são feitos em tamanhos de 5 micrômetros, podendo ser esses cortes feitos manualmente com ajuda do volante ou automaticamente. Figura 6 - Micrótomo da sala de histologia do laboratório de fármacos Fonte: Autor próprio Após o corte do tecido, este é submetido ao banho-maria em 40º C até a parafina perder o aspecto enrijecido. Quando o tecido enrijece, ele é levado para um berçário e, em seguida, para a estufa, por 25 minutos. . 10 Figura 7 - Berçário da sala de histologia do laboratório de fármacos Fonte: Autor próprio Coloração Em seguida, o tecido é colocado junto com o berçário no xilol por 10 minutos para auxiliar na limpeza da parafina e assim, submetido a última etapa antecedente a visualização microscópica. É importante lembrar que o manuseio do berçário em cada substância exige delicadeza e firmeza nas mãos uma vez que um mínimo movimento rápido pode provocar alterações estruturais: troca de posição ou até mesmo a perda do local que se desejava visualizar. 11 Figura 8 - Substâncias da última etapa da confecção de lâminas Fonte: Autor próprio Repete-se novamente o processo de desidratação do início da confecção sendo agora, a duração de 3 minutos em cada substância. -3 minutos na hematoxilina. -5 minutos na água destilada. -6 minutos na eosina. -Água destilada. -Processo de desidratação novamente sendo agora o tempo de 10 segundos no álcool absoluto I e 1 minuto no álcool absoluto II. Após essas etapas, usa-se o líquido de Turck e aplica-se na lâmina junto com o tecido e o auxílio de uma pipeta. Além disso, é recomendável que se limpe a lâmina com um cotonete para tirar os resquícios de parafina. A lâmina é colocada em um suporte por 5 dias. Caso seja tirado antes desse período, há risco de formar bolhas e dificultar sua completa visualização. 12 Figura 9 - Líquido de Turck com pipeta Fonte: Autor próprio Figura 10 – Lâmina de tecido de zebrafish A técnica de laboratório e também aluna do curso de fisioterapia Karinny Picanço fez a demonstração do corte histológico explicando a forma correta de utilizar o micrótomo, além disso, explicou o processo de coloração.Por fim, foi mostrado no microscópio uma lâmina finalizada para fixação do conhecimento e finalização da aula prática. Fonte: autor próprio 13 3. CONCLUSÃO Diante do que foi desenvolvido em aula prática, verificou-se a importância da realização de cada uma das etapas de confecção de lâminas histológicas. Estas são indispensáveis para se obter uma melhor conservação das amostras teciduais que se desejam analisar ao microscópio. Logo, as orientações e recomendações para o correto manuseio dos aparelhos e produtos que envolvem a confecção de lâminas são essenciais, a fim de dispor do conhecimento necessário para realizar a sua produção. 14 4. REFERÊNCIAS Universidade Federal de Santa Catarina. Protocolo padrão de técnicas histológicas animal para microscopia de luz. Florianópolis: Ufsc, 2017. QUECINE, Maria Carolina. Métodos de estudo das células e diferenças na arquitetura celular. São Paulo, 2017. 1. INTRODUÇÃO 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. OBJETIVO DA AULA 2.2. MATERIAIS UTILIZADOS 2.3. DESCRIÇÃO DA AULA 3. CONCLUSÃO 4. REFERÊNCIAS
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