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MEMORIAL DESCRITIVO DA EXPERIÊNCIA DOCENTE
Maite Michele Hang Hoffmann
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Memorial Descritivo da Experiência Docente
10/02/2014
Resumo
  A atuação profissional constitui, talvez, a mais importante fonte de aquisição de saberes. São nos diversos momentos na escola nas mais diversas situações que os professores constroem seus saberes. Almeida (2007), Borges (2004) e Tardif (2007), concordam quando afirmam que: “os saberes da experiência na docência são colocados pelos professores em uma hierarquia relativa de maior estima, de acordo com sua utilização no trabalho”. Quanto menos utilizável no trabalho é um saber, menos valor profissional parece ter. Nessa ótica os saberes oriundos da experiência de trabalho cotidiana parecem constituir o alicerce da prática e da competência profissionais. Na docência o professor tem a oportunidade de ressignificar todos os outros saberes, não só os da experiência, mas também os saberes da formação inicial e continuada, os saberes curriculares e os saberes disciplinares, conferindo-lhes aplicação, legitimidade, sua identidade, ou ainda refutando, marginalizando-os na tentativa de construir sua própria prática pedagógica.
Palavras- Chave: Experiência; Aluno; Professor.
1 INTRODUÇÃO 
 A qualidade do ensino está em constante questionamento, principalmente na escola pública brasileira, veículos midiáticos anunciam a falência da escola, da docência, do ensino, ao mesmo tempo em que raramente assistimos a valorização dos exemplos que funcionam.
    A relação problemática entre políticas públicas de financiamento do ensino e qualificação dos professores, o dia-a-dia de tempo apertado para os docentes, a possível distância entre os diversos saberes docentes e a ação de ressignificação que os professores fazem (ou deveriam fazer), a forma com que as universidades e as pesquisas analisam o professor e seus saberes, e a forma como eles se produzem e são, todas estas questões dão base para a discussão da autoria docente tendo como princípio os saberes da experiência.
    “Os saberes da experiência são aqueles provenientes da história de vida pessoal de cada professor e também são saberes produzidos pelos professores no cotidiano de sua prática” (TARDIF 2007, PIMENTA 1999, BORGES 2004).
   A prática pedagógica cotidiana do professor exige algumas ações que muitas vezes não são aprendidas pelos professores na sua formação, seja ela inicial ou continuada e nem nos currículos impostos pela instituição escolar.
    A estes saberes que são produzidos e apropriados ao longo de sua história de vida, no “chão” da escola, em sua prática pedagógica diária, nas relações entre professores, entre estes e os alunos, entre os docentes, a escola e sua organização e entre os professores e os seus próprios saberes, são classificados por diversos autores (BORGES, 1998; TARDIF, 2007; PIMENTA, 2002) como os saberes da experiência, ou seja, aqueles saberes que sãoadvindos da intervenção pedagógica do professor na escola, em suas turmas, na organização do trabalho pedagógico, em sua própria história ao longo de sua vida. É o que explica Tardif estes saberes “[...] não provém das instituições de formação nem dos currículos. [...] não se encontram sistematizados em doutrinas ou teorias” (2002, p. 48,49). O professor diante deste saber é ao mesmo tempo produtor e sujeito.
2 DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DOCENTE
O Brasil vive hoje uma realidade diferente evolui econômica e socialmente e para caminharmos precisamos de escolas democráticas, inclusivas, participativas, que garantam oportunidade e igualdade para todos.
Hoje, ser professor significa saber lidar onde há diferenças socioculturais, emocionais e intelectuais como dizia Paulo Freire “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si mediatizados pelo mundo”.
Os pais entregam seus filhos em nossas mãos e confiam no desempenho do nosso trabalho, para que despertemos neles o gosto pelo aprender. Crianças e adolescentes necessitam de modelo para se construírem na sua liberdade e serem autônomos. Nos primeiros anos de vida, os modelos, as referencias, são seus pais; posteriormente, os modelos são buscados na escola, na sociedade.
Certas coisas só se aprendem na escola, com a mediação de um ser mais experiente: o professor. Os professores são como mestres que levamos pela vida afora, que nos ensinaram o saber da vida em um quadro de giz. Ser professor hojeé viver o seu tempo com sensibilidade e consciência, é preciso saber lidar com as diferenças, ter flexibilidade e ajudar o nosso aluno a refletir, é ser emancipador do saber.
Agora vou falar um pouco da minha experiência docente, meus anseios, expectativas e do constante amadurecimento profissional exigido em sala de aula.
Em 2005 comecei a minha graduação, em Ciências Biológicas – Uniasselvi, em 2009 me formei. Novamente em 2013 comecei uma nova graduação em Pedagogia.
Quando entrei em sala pela primeira vez confesso que foi emocionante, mas também não sabia direito o que fazer. Eram vários alunos, várias culturas, todos empolgados com a nova professora que acabara de chegar. Eu me senti e ainda me sinto muito importante.
Os dias foram passando e a experiência aumentou, hoje me sinto muito mais preparada, sei que ainda tenho muito a evoluir, porque o professor sempre precisa estar atento, estudar, buscar novas práticas e novos caminhos, para assim conseguir com que os alunos evoluam tanto em conhecimento quanto intelectualmente.
Meu primeiro trabalho foi em julho de 2006, na Sala de Recursos que hoje é a APAE, na Escola de ensino Básico Norberto Teodoro de Melo, município de Angelina. Aqui grande parte dos alunos é de origem alemã e trabalham na agricultura. As famílias participam ativamente das reuniões, das festas escolares e também do aprendizado dos filhos. Como é uma comunidade pequena, eu já era conhecida. Nesse primeiro trabalho tive muitas dificuldades, os alunos eram Especiais e eu não consegui me adaptar. Faltava muito apoio e assistência, pois devido a escola ser distante da Gered não recebíamos amparo algum. E não tínhamos recursos.
Em 2007 trabalhei na mesma escola como professora de ciências no ensino fundamental, e biologia no ensino médio. Então, me senti realizada porque era uma área que eu realmente gosto, me sentia satisfeita e entusiasmada. Permaneci trabalhando estas disciplinas até 2012, quando teve concurso público estadual. Consegui realizar um grande sonho, que era passar no concurso público, mas ainda não fui chamada e a vaga que eu ocupava foi ocupada por uma professora efetiva.
No ano de 2013 trabalhei Língua Portuguesa, novamente uma frustração, porque não me habituei com a disciplina. Estou esperando uma nova chamada para trabalhar com ciências biológicas que é o que eu realmente gosto e sei fazer.
O ano de 2013 realmente foi de novos projetos e mudanças, pois iniciei faculdade de Pedagogia, algo que jamais imaginei que fosse fazer. Confesso que de início me senti perdida, mas com o passar do tempo comecei a gostar e, atualmente me sinto bem à vontade e esperançosa de fazer um bom trabalho nessa área.
Neste início do ano de 2014 participei do processo seletivo do município de Angelina, e trabalharei com a Creche, alunos com idades entre 2 e 4 anos. Vai ser um novo desafio, mas estou preparada para dar o melhor de mim.
3 CONCLUSÂO
A busca pela valorização docente e de seus saberes, temsido alvo bastante procurado no contexto atual. Fortalecer e qualificar a educação e os educadores parece ser o que impulsionará uma mudança nesta sociedade. 
Portanto, busquei através deste trabalho demonstrar a importância do professor na sociedade, a sua necessidade de tempo e apoio para realizar um bom trabalho.
4 REFERÊNCIAS
BORGES, Cecília Maria Ferreira. O Professor de Educação física e a Construção do Saber. Campinas, SP: Papirus, 1998.
PIMENTA, Selma Garrido, (org.). Formação de Professores: identidade e saberes da docência. In. Saberes Pedagógicos e Atividade Docente. São Paulo: Cortez, 2002, pp. 15-34.
TARDIF,Maurice. Saberes Docentes e Formação Profissional. 8a edição Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

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