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Artigo Científico - Rute Albuquerque - UNIASSELVI

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI 
(UNIASSELVI) 
Curso de Pós-Graduação – Educação a distância: 
Gestão e Tutoria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO OLHAR DO 
DOCENTE 
 
 
 
Rute Albuquerque Rodrigues da Silva 
Orientadora: Puresa Maciel de Moraes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Várzea Paulista - SP 
Fevereiro de 2014
 2 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO OLHAR DO 
DOCENTE 
 
 
RUTE ALBUQUERQUE RODRIGUES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo Científico apresentado ao Curso de 
Pós-Graduação Educação a Distância: Gestão 
e Tutoria como requisito para obtenção do 
título de Especialista, apresentado a Banca 
Examinadora do Centro Universitário 
Leonardo Da Vinci (UNIASSELVI), sob a 
orientação da Profª Ms. Puresa Maciel de 
Moraes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Várzea Paulista - SP 
Fevereiro de 2014 
 3 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO OLHAR DO 
DOCENTE 
 
 
Rute Albuquerque Rodrigues da Silva1 
Puresa Maciel de Moraes2 
 
 
Resumo 
 
O presente artigo abordará o tema Educação a Distância no olhar do docente, apresentando 
uma reflexão sobre como é a visão do Docente frente a Educação a Distância. O objetivo 
geral que norteou este trabalho foi analisar a visão dos docentes quanto as competências 
necessárias para o exercício da docência na Educação a Distância. Além de conceituar 
Educação a Distância e apresentar as competências necessárias para o exercício da docência 
na Educação a Distância. O trabalho foi realizado através de uma pesquisa básica e descritiva. 
A metodologia de abordagem quantitativa e qualitativa realizada através de dois 
procedimentos técnicos, a pesquisa bibliográfica baseada na obra de diversos autores e a 
pesquisa de campo onde foi realizada coleta de dados via aplicação de questionários abertos. 
Através desta pesquisa pôde-se perceber que alguns professores não se sentem preparados 
para atuar na Educação a Distância e que apesar de conhecerem a Educação a Distância, 
desconhecem as competências necessárias para esta atuação. 
 
Palavras-chave: Educação a Distância. Competências. Docente. 
 
 
DISTANCE EDUCATION IN VIEW OF TEACHER 
 
Abstract 
 
This article will address the theme Distance Education in the eye of teachers, with a reflection 
on how the vision of Lecturer front of Distance Education. The general objective that guided 
this study was to analyze the vision of teachers as necessary to the exercise of teaching in 
distance education skills. In addition to conceptualizing the Distance Education and submit 
necessary for the practice of teaching in distance education skills. The study was conducted 
through a basic and descriptive research. The methodology of quantitative and qualitative 
approach performed through two technical procedures, the literature search based on the work 
of many authors and field research where data collection via the application of open 
questionnaires was performed. Through this research we could notice that some teachers do 
not feel prepared to act in the Distance Education and despite knowing Distance Education, 
unaware of the necessary skills for this role . 
 
Keywords: Distance Education. Skills. Instructor. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
1Professora de Informática Educativa. Pós-Graduação em Gestão Administrativa na Educação (ESAB) . 
Bacharelado em Sistemas de Informação (FIP). E-mail: rute.albuquerque.irv@gmail.com 
2 E-mail: puresamaciel@terra.com.br 
mailto:rute.albuquerque.irv@gmail.com
mailto:puresamaciel@terra.com.br
 4 
As tecnologias da informação e comunicação na educação, são uma grande realidade... 
E a educação a distância, pelo seu dinamismo e características excepcionais, figura como um 
ambiente propício para trocas de conhecimento... Ela vem evoluindo e tomando, a cada dia, 
espaços extremamente relevantes...; especialmente nos papeis de professores e alunos, quando 
da transformação no processo de ensino-aprendizagem; onde um novo tipo de educador se faz 
necessário, para acomodar, neste novo ambiente, uma sociedade ávida por vivenciar todas as 
possibilidades que esta nova realidade das tecnologias oferece. É evidente que novos hábitos 
são incorporados a essas novas vivências sociais; produzindo, portanto, visível transformação 
e expansão do conhecimento, nas vidas dos que são alcançados por elas. Ficando, assim, 
impossível conceber, um modelo de Educação, alheio a tudo isto... Amparado em paradigmas 
ultrapassados..., indiferentes à necessidade do novo; quer por ausência do conhecimento... Ou, 
até mesmo, por opção privada! 
 
Neste contexto, o presente artigo busca abordar o Tema “Educação a Distância no 
Olhar do Docente”, onde a incorporação desta ferramenta produzirá novas formas de trabalho 
e competências profissionais... Provendo, também, possibilidades que busquem viabilizar 
alternativas de tecnologias educacionais...; permitindo, por exemplo, a um professor ir além..., 
muito além, da sua área de conhecimento. 
 
Ante a tal “desafio”, surgem questionamentos, a saber: como é a visão do Docente 
frente à Educação a Distância? Qual deve ser o papel do professor no exercício da docência 
no curso de Educação a Distância? Quais as competências necessárias para o exercício da 
docência na Educação a Distância? Este professor tem que estar preparado para a inovação 
tecnológica? O perfil do aluno tem que ser diferenciado? 
 
Buscando responder a estes questionamentos, elaboramos essa pesquisa fazendo uma 
análise quantitativa, qualitativa e descritiva, com levantamento bibliográfico e pesquisa de 
campo. Durante a pesquisa observou-se que muito se fala sobre Educação a Distância. Vários 
artigos abordam exclusivamente a visão do aluno a este respeito. Outros argumentam sobre 
como deve ser a EAD, sua gestão, sua avaliação e as leis que a regem, mas pouquíssimo 
material trata sobre a visão do docente em relação este assunto. 
 
2 ALGUMAS DEFINIÇÕES E CONCEITOS DE EAD 
 
A Educação a Distância (EAD) é uma modalidade educativa diferente das demais, 
pelas especificidades que a caracteriza e a distingue. Várias são as definições de Educação a 
Distância. 
 
No Brasil, o Decreto nº 5.622, de 19/12/05, que regulamenta o art. 80 da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. (LDB), diz que: 
“Art. 1o Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação a distância como 
modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de 
ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de 
informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades 
educativas em lugares ou tempos diversos.” 
 
Segundo Belloni (2006): 
"A educação aberta e a distância aparece cada vez mais, no contexto das sociedades 
contemporâneas, como uma modalidade de educação extremamente adequada e 
desejável para atender às novas demandas educacionais decorrentes das mudanças 
na nova ordem econômica mundial." 
 
Moore e Kearsley (2007, p. 1) garantem que o conceito essencial da educação a 
distância é simples: “alunos e professores estão separados pela distância, e algumas vezes, 
 5 
também, pelo tempo. Partindo desta premissa, pode-se afirmar que a EAD está vinculada à 
mídia, ao meio de comunicação”. 
 
Neste ponto, todos os autores concordam que a EAD é uma modalidade de educação 
em que professores e alunos estão separados. E que para existir EAD é essencial; é necessário 
o uso de uma determinada tecnologia. Portanto, Educação a Distância implica, não somente a 
distância física, mas, também, a comunicação; a troca de conhecimento que se dá no momento 
em que todos os participantes estejam conectados. 
 
Neste sentido, Nunes (2009, p. 1) considera: 
“A EAD é um recurso de incalculável importância como modo apropriado para 
atender a grandes contingentes de alunos de forma mais efetiva que outras 
modalidades e sem riscos dereduzir a qualidade dos serviços oferecidos em 
decorrência da ampliação da clientela atendida.” 
 
Mesmo nos dias de hoje, ainda existe certo preconceito sobre a Educação a Distância; 
embora, não seja mais possível viver sem este modelo de ensino, há aqueles que acham que a 
EAD ainda é uma “coisa pobre” e de “pobre”, como afirma AZEVEDO (2000): “...Com isto a 
sociedade se acostumou a olhar para a EaD como uma educação "de segunda categoria", a ser 
utilizada especialmente por aqueles que não tiveram oportunidade de uma educação "melhor", 
a educação presencial convencional....” 
 
3 A ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA DESENVOLVIDA 
 
A pesquisa constituiu-se numa análise quantitativa, qualitativa, descritiva, com 
levantamento bibliográfico e pesquisa de campo. Conforme definição de Gil (1999) “...A 
pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao 
problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem 
que não possa ser adequadamente relacionada ao problema.” (GIL, 1999, p. 19). 
 
 Nesse sentido, a abordagem qualitativa foi escolhida como forma de análise, pois 
“se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser 
quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, 
aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais 
profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos 
à operacionalização de variáveis (MINAYO, 1999, p. 21-22).” 
 
Para a realização desta investigação foi utilizado, como instrumento de pesquisa, o 
questionário, que “é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada 
de perguntas” (LAKATOS e MARCONI, 2001, p. 98), que devem ser respondidas sem a 
presença do investigador. Segundo esses autores, algumas das vantagens do uso do 
questionário como instrumento de pesquisa são: 
• Atinge maior número de pessoas simultaneamente; 
• Abrange uma área geográfica mais ampla; 
• Obtém respostas mais rápidas e mais precisas; 
• Há maior liberdade nas respostas, em razão do anonimato; 
• Há menos risco de distorção, pela não influência do pesquisador; 
• Há mais tempo de responder e em hora mais favorável; 
• Há mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza 
impessoal do 
instrumento; 
• Obtém respostas que materialmente seriam inacessíveis. (p. 98). 
 
Optou-se por esse tipo de coleta dos dados, porque o instrumento poderia ser 
disponibilizado de forma física (impresso) ou online (enviado por e-mail). 
 6 
 
Os sujeitos da pesquisa foram 40 professores (38 mulheres e 02 homens) da rede 
municipal da cidade de Várzea Paulista (SP), atuantes no Ensino Fundamental I. Foram 
entregues 40 questionários, uns impressos e outros por e-mail, mas somente 20 entrevistados 
devolveram os questionários preenchidos. 
 
Não se determinou uma faixa etária, como pode-se verificar conforme gráfico abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para realizar a Análise dos dados foram utilizados apenas os aplicativos Word e 
Excell, ambos da Microsoft. Seguiu-se os seguintes passos: 
 1. Leitura e análise detalhada dos textos, com o intuito de fragmentá-los, chegando a 
unidades constituintes. 
2. Estabelecimento de relações entre as respostas para se chegar a uma classificação. 
3. Captação dos novos conteúdos que surgiram da classificação feita. 
4. Construção do metatexto resultante dos processos anteriores. 
 
4 RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO 
 
4.1. A VISÃO DO DOCENTE EM RELAÇÃO A EAD 
 
Educação a Distância (EAD) é um tema que ainda gera muitos debates. De um lado, 
há um grupo que acredita neste modelo de ensino, afirmando que nos tempos modernos em 
que vivemos, não tem como a Educação fugir deste modelo. Do outro, há os que acreditam na 
impossibilidade de um estudante aprender, com qualidade, em frente a um computador ou 
uma televisão, estando separado fisicamente de outros colegas.(SOMMER, 2011). 
 
Diante dessa perspectiva, durante toda a pesquisa, objetivou-se analisar qual é a visão 
do docente frente a estas duas visões. O que pensa o docente em relação a EAD, uma vez, que 
ele próprio, se sente ameaçado com toda esta tecnologia que está sendo incorporada a 
Educação? 
 
Assim sendo, os resultados foram construídos em base a ordem dos objetivos 
propostos. Sendo construída a discussão por questão abordada pelo instrumento de pesquisa. 
Foram colhidas informações de 20 professores. Diante dos questionamentos realizados, 
procurou-se delimitar a abrangência das dimensões do modelo seguido nas repostas em cada 
pergunta. 
 
Quando a questão foi: “O que você entende por Educação a Distância?”, pôde-se 
perceber que os docentes, de certa forma, entendem o que é a Educação a Distância. A 
maioria, coincidentemente, repetiu as afirmações de alguns autores como Moore e Kearsley 
Gráfico 1 - Faixa Etária 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 7 
(2007, p. 1) que dizem: “[...]alunos e professores estão separados pela distância, e algumas 
vezes, também pelo tempo. Partindo desta premissa, pode-se afirmar que a EAD está 
vinculada à mídia, ao meio de comunicação.” 
 
Outros professores acrescentaram: “A Educação a Distância é uma modalidade que 
prioriza a autonomia do aluno, pois não há um local físico e horário fixos para o estudo.”; 
“Um ensino onde o aluno precisa ser muito organizado e saber organizar seu tempo, se 
dispondo de muita leitura e estudo.” 
Quando a pergunta foi: “Você já fez algum curso na modalidade a Distância (EAD)? 
Qual?”, pôde-se notar que a cada 5 docentes, apenas 1 ainda não fez algum curso na 
modalidade EAD (Gráfico 2 abaixo). Os cursos citados foram nas especialidades Curso de 
Extensão, Pós-Graduação e apenas 2 fizeram a Graduação nesta modalidade, afirmando o que 
Belloni (2006) diz: 
[...] a EaD tende doravante a se tornar cada vez mais um elemento regular dos 
sistemas educativos, necessário não apenas para atender a demandas e: ou grupos 
específicos, mas assumindo funções de crescente importância, especialmente no 
ensino pós-secundário, ou seja, na educação da população adulta, o que inclui o 
ensino superior regular e toda a grade e variada demanda de formação contínua 
gerada pela obsolescência acelerada da tecnologia e do conhecimento (BELLONI, 
2006, p. 4-5). 
 
Gráfico 2 - Já fez algum curso na modalidade EAD? 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Quando a pergunta foi: “Você dá credibilidade aos cursos em modalidade EAD?”, 
pôde-se notar, como já era esperado pelo resultado da questão citada acima, que a maioria 
respondeu afirmativamente para esta questão; apenas 1 respondeu negativamente. Dentre as 
respostas cita-se: “Não há distinção entre presenciais e a distância.”; “Exige mais disciplina 
do aluno.”; “Permite ampliação de discussões.”; “Pra fazer o curso não tem como enrolar, 
tem que estudar pra valer.”; “Mostra novas oportunidades e concretiza sonhos.”; “São 
cursos que propiciam chances.” A única resposta negativa afirma que simplesmente prefere 
os cursos presenciais. 
 
Quando a pergunta foi: “Para você, o nível educacional ou qualidade acadêmica, da 
educação a distância é a mesma que a presencial? Por quê?”, pôde-se notar que apesar da 
maioria dos entrevistados acreditar na qualidade da EAD, muitos ainda levantam questões 
relevantes quando dizem que a qualidade “depende”, mesmo que o curso seja ministrado por 
instituições renomadas, reconhecidos pelo MEC; depende do comprometimento do aluno com 
a aprendizagem, cabendo à ele, dedicar-se aos estudos e até ir além do que é apresentado. 
 
 Muitos citaram, também, que depende da competência do professor-tutor, do seu 
interessee em apresentar o conteúdo ao aluno. Também, é citado que a qualidade; muitas 
 8 
vezes, depende da própria instituição que promove o ensino em EAD pois, deveria escolher 
melhor seus professores e fiscalizar a qualidade dos conteúdos apresentados, pensando menos, 
em“ganhar dinheiro”. 
 
Gráfico 3 - A qualidade da EAD é a mesma que a Educação presencial? 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Quando a pergunta foi: “Você acha que o vínculo professor-aluno é afetado na 
Educação a distância?”, neste questionamente foi possível perceber que a resposta dependeu 
da faixa etária. Os resultados obtidos foram muito interessantes. Como observa-se no gráfico 
abaixo, conforme mais idade mais segurança quanto a Educação a Distância. Os dados 
demonstram que para a faixa dos 40 aos 62, o vínculo professor-aluno não é afetado pois, 
como citaram alguns entrevistados, “Nos fóruns e chats há o envolvimento do tutor e do 
grupo(alunos).” “Forma-se um vínculo em prol de uma finalidade.” “As redes sociais 
aproximam as pessoas, sendo ótimas ferramentas para esses cursos.” Já para o grupo 21 a 39 
o vínculo professor-aluno fica afetado na Educação a Distância porque “A distância acaba 
dificultando a interação entre professor-aluno.” “Pois não tem o contato diário professor-
aluno.” “O vínculo é maior quando há uma interação presencial.” 
 
Gráfico 4 - O vínculo professor-aluno é afetado na Educação a distância? 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
4.2. A VISÃO DO DOCENTE EM RELAÇÃO AO TUTOR E SUAS COMPETÊNCIAS 
 
Sabe-se que na Educação a Distância existem duas figuras docentes: - O professor-
autor – aquele que cria todo o conteúdo junto com uma equipe; - O tutor – aquele que executa 
as atividades docentes planejadas pelo professor- autor. Um dos objetivos da pesquisa foi 
analisar as competências necessárias para o exercício da docência, como tutor, na EAD 
através da visão do próprio docente. 
 
 9 
Como fala a autora LOCH(2009): 
“[...]Em mais de 10 anos atuando em EAD, [...] a experiência mostra-nos que muitos 
professores, excelentes no ensino presencial, não são bons tutores na educação a 
distância, pois ambas modalidades apresentam características distintas. Dessa forma, 
o professor ao atuar em EAD precisa desenvolver algumas competências e 
atribuições distintas ou complementares àquelas necessárias no ensino presencial.” 
(LOCH, 2009, p15) 
 
Quando as questões foram: “Para você o que é um tutor?”, “Para você, qual é a 
habilidade mais importante de quem concebe ou realiza a tarefa da docência em EAD?”, 
“Você acha que um docente em EAD precisa saber utilizar as mídias e todos os outros 
recursos? Por quê?”, pôde-se observar duas visões distintas. De um lado, a antiga visão de 
que o tutor, orientava, apoiava mas não ensinava; e do outro, citações que mostram que as 
competências e habilidades do tutor mudaram. 
 
Como se lê em algumas citações dos entrevistados, habilidades como orientador, 
mediador entre o aluno e o conteúdo a ser abordado, se mantiveram. Outras surgiram, como 
“Saber utilizar as médias e tecnologias para transmitir os conhecimentos necessários.”, 
“Saber ouvir e saber intervir.”, “Deve cativar, estimular e ensinar o aluno a buscar o 
conhecimento.”, “Ter clareza e objetividade ao explicar, usando diversos recursos para 
exemplificar os conteúdos a serem ensinados.”, “Se é um curso a distância, as ferramentas 
tecnológicas são essenciais para o acontecimento do mesmo.”, “Moderador das discussões 
na formação EAD.” 
 
Quando a pergunta foi: “Você já pensou em ser um Tutor?”, pôde-se perceber que a 
maioria dos docentes não se sente apta a exercer a função de tutor, pelo simples fato de achar 
que o tutor tem que estar, on-line e interagindo com os alunos o dia inteiro. 
 
Quando a pergunta foi: “O tutor tem que ser professor? Por quê?”, pôde-se observar 
um empate. Metade dos entrevistados acha que o tutor tem que ser um professor; e a outra 
metade, acha que não. Apenas 3 entrevistados, acham que preferencialmente deveria ser, mas 
não necessariamente; isto é, pode ser apenas um conhecedor dos conteúdos. 
Gráfico 5 - O tutor tem que ser professor? 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Quando a pergunta foi: “Na sua opinião, qual seria a formação adequada para se 
tornar um Tutor?”, foi possível observar que a maioria dos docentes não têm ideia de qual 
 10 
formação seria adequada a um tutor. Teve professor, por exemplo, que argumentou: “Tem 
que ter formação em informática e na disciplina do curso.”, “Curso superior e formação de 
acordo com o curso específico.”, Pedagogia para estruturação.”, “Pós-graduação, mestrato 
ou doutorado.”. 
 
Quando a pergunta foi: “Na sua opinião, qual a maior diferença entre o professor 
(educação presencial) e o tutor (educação a distância).”, apenas 3 docentes responderam 
que não há nenhuma diferença, resposta esta que não condiz com as outras, pois, como 
sabemos, há sim muitas diferenças. Alguns entrevistados citaram: “Na educação presencial o 
professor consegue avaliar as aulas e os alunos diariamente já a distancia, só há feedback e 
avaliação através de trabalhos e testes escritos.”, “Professor faz a dinâmica do ensino-
aprendizagem já ao tutor inclui-se o administrar um leque maior de tarefas.”, “O contato 
não é diário e a aprendizagem é realizada apenas pelo aluno, sem a necessidade do professor 
explicando os conteúdos.”, “No presencial o processo educacional é centrado no professor. 
Na EAD está centrado no aluno.” 
 
Quando a questão foi: “Assinale a habilidade que você acha a mais importante no 
docente em EAD.” , pôde-se observar que apenas 11 de todos os entrevistados entenderam a 
comanda da questão que era assinalar apenas uma habilidade. Mas avaliando as respostas 
pode-se ver que para a maioria a habilidade mais importante é a de auxiliar o aluno no 
gerenciamento de seu estudo, seguida por orientar os projetos individuais e em equipe dos 
alunos. 
 
Novas habilidades apontaram como, usar criticamente as plataformas informatizadas 
de EAD e ter perfil comunicativo, sendo habilidades importantes no docente em EAD. 
 
Quando a pergunta foi: “Enumere de 1 a 7, sendo 1 a mais importante, as 
competências que o docente em EAD deve desenvolver.”, pôde-se observar que, para os 
docentes, a competência mais importante que o docente em EAD deve desenvolver é 
competência no conhecimento. Sendo que a última, podemos dizer, que a menos importante é 
a competência na utilização das novas tecnologias. Isto nos mostra que os docentes estão 
preocupados com sua formação, a fim de poder contribuir cada vez mais com o aprendizado 
dos seus alunos. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os dados apresentados neste trabalho mostraram as visões de um grupo de professores 
em relação à EAD e suas várias justificativas. Este estudo ampliou os resultados trazendo um 
conhecimento mais profundo e detalhado sobre o quê pensam os docentes sobre esta 
modalidade de ensino... Foi possível observar que apesar de estarem bem informados quanto 
a EAD, estes profissionais ainda apresentam (muita) insegurança, e como consequência, uma 
certa resistência, no sentido de atuar nesta modalidade de ensino. Quanto a formação 
adequada ao tutor, foi possível observar que a maioria dos docentes não têm ideia de qual 
formação é adequada a um tutor. 
 
Quanto as competências necessárias ao docente em EAD, foi possível, também, 
observar que está revelado um novo perfil de professor-tutor, quando se fala em EAD. Um 
docente com habilidades e competências diferenciadas..., entretanto, nesta pesquisa, foi 
possível perceber que a maioria dos docentes entrevistados, ainda possui uma visão apenas 
“superficial” sobre a matéria...; e que ainda há muito a ser feito a respeito; principalmente no 
sentido de banir do meio, certas resistências.... Resistências estas, produzidas pelo mêdo de 
abraçar o novo... 
 11 
 
Sabe-se que para atuar na EAD, atualmente, nem sempre se faz necessário ter fluência 
tecnológica em tudo (No caso de se ter uma equipe auxiliar de especialistas, com um 
tecnólogo educacional)... BELLONI (1999), sugere que os tutores podem ser classificados, 
conforme as suas funções: Professor Formador, Conceptor eRealizador de cursos e materiais, 
Professor Pesquisador, Professor Tutor, Tecnólogo Educacional, Professor recurso e Monitor. 
Muito embora, as funções sejam agora, desempenhadas por especialistas, o trabalhar 
em equipe...; a relação entre gestor e tutor com funções definidas é primordial para o bom 
desempenho das tarefas em EAD. 
 
REFERÊNCIAS 
 
AZEVÊDO, Wilson; Panorama Atual Da Educação a Distância No Brasil. 2000. 
Disponível em: < http://www.revistaconecta.com/conectados/wilson_seminario.htm >. Acesso 
em: 06 maio 2013. 
 
 
BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. 4. ed. São Paulo: Autores associados, 2006 
 
 
BRASIL, Ministério da Educação e cultura (MEC). Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 
n.9.394/96. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm >. Acesso 
em: 23 nov. 2013. 
 
DECRETO n. 5.622/05. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2005/Decreto/D5622.htm >. Acesso em: 23 nov. 2013. 
 
 
GIL, Antonio C. Métodos e Técnicas em pesquisa social. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 1999. 
 
 
GONZALEZ, Mathias. Fundamentos da Tutoria em Educação a Distância. São Paulo: 
Avercamp, 2005 
 
 
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Maria de Andrade. Metodologia do Trabalho 
Científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e 
trabalhos científicos. São Paulo: Atlas, 2001. 
 
 
MAGGIO, Mariana. O tutor na educação a distância. In: LITWIN, Edith (Org.). Educação 
a distância: temas para o debate de uma nova agenda educativa. Porto Alegre, RS: Artmed, 
2001. p.93-110. 
 
 
MEDEIROS, Simone. A Docência (e a formação docente) na Educação a Distância (EaD): 
notas para reflexão. Educação em Perspectiva, Viçosa, v. 1, n. 2, p. 231-354, jul./dez. 2010. 
 
 
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 
Petrópolis: Vozes, 1999. 
 
http://www.revistaconecta.com/conectados/wilson_seminario.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5622.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5622.htm
 12 
 
MOORE, Michael e KEARSLEY Greg, Educação a Distância: Uma Visão Integrada, 
Thomson, 2007. 
 
 
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