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Fonte: McDonald e Avery. Odontopediatria para crianças e adolescentes. 9 ed. A seleção da radiografia apropriada para o paciente infantil depende: 1. Idade da criança; 2. Tamanho da cavidade bucal; 3. Nível de cooperação do paciente. A técnica ideal da radiografia em paciente infantil deve apresentar: 1. Quantidade mínima de radiação; 2. Menor número de radiografias; 3. Menor tempo de exposição; 4. Permitir um acurado exame diagnostico da dentição e estruturas de suporte. Segurança e proteção contra a radiação: 1. É utilizado o avental e o colar em que o avental protege as gônadas e o tórax do feixe primário de raio X e da radiação secundária e o colar protege a tireoide; 2. O uso de filmes mais rápidos reduzir a radiação ao paciente devido a sua velocidade e por reduzir o erro devido ao movimento do paciente; 3. Processamento adequado. Dois critérios quanto a decisão para o exame radiográfico em crianças deve ser avaliada, que são: 1. Estágio de desenvolvimento da dentição 2. Avaliação do risco para cárie dentária Desenvolvimento da dentição como critério: 1. Dentição decídua: Quando as superfícies proximais dos dentes decíduos não podem ser visualizadas e tactilmente inspecionadas e a criança colabora é indicado a radiografia para avaliar carie interproximal. Já se as superfícies de todos os dentes podem ser examiandos clinicamente devido aos contatos abertos as radiografias estão contraindicadas. OBS: Caso o comportamento da criança impossibilite a realização da radiografia, esta deve ser adiada até que haja condição. 2. Dentição mista inicial (depois do aparecimento dos 1° molares permanentes ou incisivos inferiores permanentes, ou ambos): As radiografias são realizadas para avaliar presença de carie interproximais, anomalias de desenvolvimento dos dentes e condições patológicas dos tecidos moles e duros da boca. 3. Dentição permanente inicial (pós-puberdade, pacientes que quase alcançam sua estatura adulta, adolescência tardia): radiografias são realizadas para avaliar os mesmos TÉCNICAS RADIOGRPAFICAS EM ODONTOPEDIATRIA tecidos como na dentição mista inicial, além de avaliar posição e estágio de desenvolvimento dos 3°molares. Risco do paciente para a cárie dentária como critério: Está relacionada a higiene bucal deficiente, deficiência em fluoretos, pratica prolongada da amamentação (mamadeira ou seio), alto conteúdo de carboidrato na dieta, péssima saúde dentaria familiar, defeitos do desenvolvimento do esmalte dental, incapacidade de desenvolvimento, anormalidade genéticas e história medica aguda ou crônica. Caso a criança tenha alto risco de cárie dentaria, deve ser realizada a radiografia (interproximal) tão cedo quanto possível sendo a idade uma variável não importante. Caso haja carie interproximal, o acompanhamento radiográfico deve ser indicado semestralmente até que a criança esteja livre de cárie e seja classificada como baixo risco de cárie. Já se a criança tiver baixo risco de cárie, a radiografia interproximal de posteriores é indicada se o paciente tiver contatos proximais fechados. Caso não haja evidencia de cárie, então as radiografias podem ser retomadas a cada 12 ou 18 meses, se os dentes decíduos estiverem em contato ou até 24 meses se os dentes permanentes estiverem em contato. OBS: As radiografias interproximais devem ser tomadas mais frequentemente quando a criança estiver na categoria de alto risco. Tipos de achados previstos como critério para radiografia: As radiografias interproximais são indicadas quando o exame clínico detecta os contatos dos dentes posteriores. Os exames interproximais são recomendados na primeira evidência clínica de cárie. As radiografias interproximais são comumente tomadas a cada 12 a 18 meses, na ausência de cárie dentária, nos contatos dos dentes decíduos, e a cada 24 meses, nos. contatos dos dentes permanentes. Na época em que irromper o primeiro dente permanente (posterior ou anterior), deve ser tomada uma radiografia oclusal anterior. Isto permitirá a detecção de condições tais como dentes supranumerários, dentes ausentes e dens dente. É recomendado o exame radiográfico que inclua as áreas de suporte dos dentes da mandíbula e da maxila, ao tempo aproximado da dentição mista inicial, para estabelecer a idade dentária do paciente e para ajudar no diagnóstico precoce de anormalidades congênitas e de desenvolvimento. O exame radiográfico pode consistir em um dos seguintes: radiografias periapicais posteriores, radiografia panorâmica ou radiografia lateral de mandíbula a 45 graus. Outro exame radiográfico similar pode ser realizado no período de 2 anos, após a erupção dos segundos molares permanentes. Para examinar o crescimento e o desenvolvimento, uma radiografia cefalométrica pode ser indicada pelo profissional que for realizar o diagnóstico ou tratamento. Exames radiográficos Quando há um novo paciente e ele não possui radiografias disponíveis, com base nos critérios da decisão de tomada radiográfica, pode ser necessária uma série de radiografias. Tais exames incluem: 1. Serie de 4 filmes: Consiste em 2 radiografias oclusais anteriores, superiores e inferior, e 2 radiografias interproximais posteriores. 2. Exame de 8 filmes: 2 radiografias oclusais ou periapicais anteriores, uma superior e outra inferior, 2 radiografias oclusais ou periapicais posteriores, superiores, direita e esquerda, 2 radiografias periapicais posteriores, inferiores, direita e esquerda e 2 radiografias interproximais posteriores. 3. Exame de 12 filmes: 4 radiografias periapicais dos molares decíduos/pre-molares, 4 radiografias periapicais dos caninos, 2 radiografias periapicais de incisivos (superior e inferior) e 2 radiografias interproximais posteriores. 4. Exame de 16 filmes: 12 filmes como o anterior, acrescentadas 4 radiografias dos molares permanentes. Técnicas radiográficas comumente utilizadas: Há várias técnicas para a realização da radiografia em que a escolha da técnica depende sobretudo do tamanho da cavidade bucal, do número de dentes presentes e da colaboração do paciente. Entre as técnicas usadas há: Interproximal, periapical, oclusal e panorâmica. Técnica interproximal (BITE-WING): O usado um filme interproximal n°0 para as crianças com boca pequena e n°2 para as maiores. A cabeça do paciente é posicionada de tal maneira que o plano sagital médio perpendicular e a linha ala-tragus fica paralela ao solo. A borda inferior do filme interproximal é colocada no assoalho da boca entre a língua e a face interna da mandíbula, e a aleta, ou o acessório posicionador, é colocada nas superfícies oclusais dos dentes inferiores. A borda anterior do filme é posicionada tão anterior quanto possível, na região do canino, para permitir a exposição da sua face distal. O ângulo anterior inferior do filme é ligeiramente dobrado para a face lingual, facilitando a colocação do filme e diminuindo o desconforto do paciente. O ângulo anteroinferior do filme usualmente fica próximo ou junto ao freio lingual, na linha média. Além disso, o ângulo posterossuperior deve ser dobrado, para evi tar o reflexo de vômito. Com o dedo indicador, o cirurgião-dentista mantém a aleta contra as faces oclusais dos dentes inferiores do paciente, pedindo-lhe que "feche a boca bem devagar". À medida que os dentes do paciente se aproximam da oclusão cêntrica, o cirurgião-dentista afasta o dedo pelas faces vestibulares dos dentes. O feixe central de raios X deve ser direcionado para o plano oclusal, num ponto abaixo da pupila ocular. O ângulo vertical é de +8 a +10 graus. O diâmetro horizontal do cone de ponta aberta é paralelo à ponta da aleta ou à tangência média das superfícies vestibulares dos dentes posteriores que estão sendo radiografados. Técnica do paralelismo Requer que o objeto (longo eixo do dente) e o filme fiquemparalelos em todas as dimensões. Para tal, o filme é posto mais distante do objeto, particularmente na maxila, o que tenderá a ampliar a imagem. Esse efeito indesejável é compensado quando se usa o cilindro localizador longo, assim compensando o aumento. Além disso, o seu uso aumenta a nitidez da imagem pela diminuição da penumbra. A tentativa de obter o paralelismo verdadeiro aumentará a nitidez da imagem. Como o filme é colocado além do objeto é necessário o uso de um dispositivo posicionador do filme. Além disso, alguns desses acessórios possuem um sistema para alinhar o feixe de raios X, assegurando o paralelismo e reduzindo a exposição parcial do filme, dessa forma os indesejados cone cuts são eliminados. O acessório para manter o filme junto com a guia de alinhamento do cone diminui o erro do operador e reduz a exposição do paciente a radiação. Técnica da bissetriz É baseada no princípio conhecido como regra da isometria, que estabelece que dois triângulos são iguais se tiverem dois ângulos iguais e um plano comum. Na aplicação clinica desta regra, o feixe central de raios X é direcionado perpendicularmente a bissetriz do ângulo formado pelo longo eixo do dente e o filme. Essa técnica não é tão acurada quanto a técnica do paralelismo e deve ser usada como técnica acessória quando a técnica do paralelismo for desconfortável. Dispositivos de posicionamento e mantenedores do filme estão disponíveis para essa técnica. SE os instrumentos para alinhar o feixe de raios X não forem utilizados, torna-se necessário estabelecer posições para a cabeça, o que pode aumentar o erro do operador. Embora há limitações para a técnica, ela é a única que pode ser aplicada em algumas ocasiões. Projeções específicas para o exame dentário Técnica periapical Pode ser pela técnica do paralelismo ou da bissetriz sendo o posicionamento do filme idêntico para as duas e a região de referência para o posicionamento do filme para a maxila e mandíbula são as mesmas, logo a posição do filme para projeção de molar superior é idêntica para o inferior. Em todos a marca de identificação do filme é voltada para oclusal. Projeção molar O filme é posicionado de modo que possibilite o registro do 3° e 2° molar e todo ou parte do 1° molar. Assim a borda anterior do filme é geralmente posicionada junto ao contato mesial do 1° molar. O plano do filme deve ser paralelo às superfícies vestibulares dos molares. Projeção pré-molar ou molar decíduo. O filme deve ser dobrado anteriormente, para aliviar o palato ou o assoalho da boca, e posicionado de tal modo que sejam radiografados o 1° molar, o 1° e 2° pré-molares, ou o 1° e 2° molares decíduos e a face distal do canino. O filme é posicionado paralelamente às superfícies vestibulares dos pré-molares ou molares decíduos. Projeção canino permanente ou decíduo Particularmente para a criança mais nova, a película é geral mente dobrada, com uma dobra longa e estreita, que se es tenderá até a linha média. Os caninos e os incisivos laterais deverão ser radiografados em sua totalidade. O filme deve ser posicionado para que o feixe central de raios X passe paralelo às faces proximais do canino e incisivo lateral e, assim, perpendicular ao filme. Projeção Incisivo Permanente ou Decíduo Se o filme tiver de ser dobrado por causa da estreiteza do arco, uma dobra de 0,3 mm deve ser feita em cada borda, por todo o comprimento do filme, o qual fica paralelo ao longo eixo dos dentes. O filme é posicionado de tal maneira que os incisivos centrais fiquem centralizados mesiodistalmente. O ralo central é paralelo aos contatos das superfícies proximais e perpendicular ao filme. Técnica Oclusal Anterior de Maxila O plano oclusal do paciente deve ficar paralelo ao solo e o plano sagital perpendicular ao plano do solo. Um filme periapical nº 2 é colocado na cavidade bucal do paciente, de maneira que o eixo longo do filme seja posicionado da esquerda para a direita, ao invés de anteroposteriormente, e o plano mediossagital secciona o filme. O paciente é instruído a morder suavemente para manter o filme. A borda anterior do filme deve se estender, aproximada mente, 2 mm além da borda incisal dos incisivos centrais. O feixe central de raios X é direcionado para o ápice dos incisivos centrals e um centímetro acima da ponta do nariz, na linha média. O ângulo vertical é de + 60 graus. A exposição é a mesma geralmente empregada para filmes periapicais de incisivos superiores. Técnica Oclusal Posterior de Maxila O plano oclusal do paciente deve ficar paralelo e o plano sagital perpendicular ao solo. Um filme periapical nº 2 é posicionado na cavidade bucal do paciente, de maneira que o eixo longo do filme fique paralelo ao solo. A borda anterior do filme deve ser posicionada junto à face mesial do canino. A borda externa vestibular do filme deve ser posicionada aproximadamente 2 mm além das coroas dos molares decíduos, Para manter o filme, o paciente é instruído a morder suavemente. O raio central é direcionado para os ápices dos molares decíduos, assim como interproximalmente. O ângulo vertical é de +50 graus, A exposição é a mesma empregada para filmes periapicais de pré-molares superiores. Técnica Oclusal Anterior de mandíbula O posicionamento do filme para esta técnica é idêntico ao da técnica oclusal anterior de maxila, com a diferença que o filme deve ser posicionado de maneira a permitir que a parte ativa fique voltada para a fonte de raios X. Além disto, quando o paciente morder, a borda anterior do filme fica 2 mm além da borda incisal dos incisivos inferiores. A cabeça do paciente é posicionada de tal maneira que o plano oclusal fique num ângulo de -45 graus. Então, o cone é alinhado num ângulo vertical de -15 graus e o ralo central é direcionado para a sínfise. Radiografia Panorâmica A realização da radiografia panorâmica pode ser usado para exame em crianças já que é obtido sem o posicionamento do filme na boca. Embora a radiografia panorâmica seja considerada um complemento, e não um substituto para o exame radiográfico intraoral periapical completo, ela fornece excelente cobertura das estruturas examinadas durante o diagnostico pediátrico. A panorâmica pode ser valiosa quando são examinados pacientes incapacitados ou deficientes. Ocasionalmente é necessária a administração de relaxantes ou sedativos para pacientes paralíticos ou espásticos. A única desvantagem dessa radiografia é a perda de detalhes da imagem para o diagnóstico de lesões cariosas incipientes. Técnica lateral de mandíbula Um filme radiográfico de 13 x 18 cm é empregado para a técnica lateral de mandíbula. Uma marcação de chumbo, das letras D ou E, utilizada para identificar o lado direito ou esquerdo, é colocada na parte externa do chassi, ligeiramente anterosuperior à parte central do filme. Quando estiver finalmente posicionado, a letra deverá estar localizada na região de órbita. A cabeça do paciente é posicionada de tal maneira que o plano oclusal fique paralelo e o plano sagital perpendicular ao solo. O eixo longo do filme, também perpendicular ao solo, fica apoiado sobre o ombro, encostado na face do paciente. O paciente é instruído para girar a cabeça em direção ao filme, até que seu nariz encoste nele. Depois, o queixo é levantado e a cabeça fica inclinada 15 graus na direção do filme. O paciente apoia o filme com a palma da mão e com os dedos estendidos. O cilindro localizador é posicionado para permitir que o feixe central de raios X penetre num ponto mais ou menos 1 cm atrás e abaixo do ângulo da mandíbula, no lado oposto ao filme. O ângulo vertical corres ponde a 17 graus. O feixe central de raios X é perpendicular ao plano horizontal do filme. Com as radiografias panorâmicas cada vez mais avançadas, esta técnica está lentamente começando a se tornarobsoleta. Entretanto, para alguns pa cientes significativa e sistemicamente comprometidos, continua a ser uma ferramenta bastante importante. TÉCNICAS DE LOCALIZAÇÃO Um método de localização de dentes inclusos ou não irrompidos usa a regra do objeto vestibular, a qual estabelece que a imagem de qualquer objeto posicionado na região vestibular parece mover-se em direção oposta ao movimento da fonte de raios X. Por sua vez, a imagem de qualquer objeto posicionado na região palatina parece mover-se na mesma direção do movimento da fonte de raios X. Usando este princípio para localização, o operador realiza duas radiografias da área do dente não irrompido. A técnica consiste em posicionar a cabeça do paciente de modo que o plano sagital fique perpendicular e a linha ala-tragus do nariz fique paralela ao solo. Um filme periapical intraoral é posicionado na cavidade bucal, e então, exposto. Um segundo filme é posicionado da mesma maneira que o primeiro, com a cabeça do paciente permanecendo na mesma posição. Então, o segundo filme é exposto. O ângulo vertical deve ser idêntico para cada exposição. Contudo, para a segunda tomada, o ângulo horizontal é desviado para anterior ou para posterior, dependendo da região que está sendo examinada. Outra técnica de localização é a radiografia oclusal ortogonal. Dependendo do tamanho da cavidade bucal da criança, pode-se usar tanto o filme na oclusal para adultos, quanto um filme periapical n°2. Para obter a radiografia oclusal ortogonal da maxila, o plano sagital do paciente deve ficar perpendicular ao solo e a linha ala-tragus do nariz deve ficar paralela ao solo. Solicita-se ao paciente que morda levemente o filme. O feixe central de raios X é direcionado para o plano médio sagital e penetra no crânio 1cm posteriormente ao bregma (ponto no qual a sutura sagital se encontra com a sutura coronal). A angulação vertical apropriada é determinada quando o feixe dos incisivos centrais superiores. A técnica oclusal ortogonal pode ser usada para localização de anormalidades na mandíbula. Podem ser utilizados tanto filme oclusal para adultos quanto filme periapical n°2. A cabeça do paciente deve ser posicionada para trás, o suficiente para permitir que o raio central incida através do longo eixo dos dentes irrompidos. A cabeça do paciente precisa estar inclinada em seu longo eixo para acomodar o posicionamento do tubo de raios X. Quando for desejada a determinação da posição vestibular ou lingual de um terceiro molar incluso, projeta-se o feixe central de raios X através do eixo longo de segundo molar inferior. Se for necessário localizar um segundo pré-molar não irrompido, o raio central deve ser dirigido através do longo eixo do primeiro pré-molar. RECEPTORES DIGITAIS PARA O PACIENTE PEDIÁTRICO Para a aquisição de imagens, o sistema digitais de raio X precisa de sensores sólidos. Como a maioria desses sistemas apresentam cabos eletrônicos acoplados ao sensor, crianças menores de 4 ou 5 anos de idade podem não tolerar o uso dos sensores com fio e podem mastigar o cabo. Por isso, o sistema de raios X digital de placa de fósforo parece ser o ideal para o paciente pediátrico. As placas de fósforo fotoestimuladas (photostimulable phosphors-PSPs) ou placas de armazenamento de fósforo são utilizadas para aquisição de imagens digitais. Ao contrá rio dos materiais screen existentes nas panorâmicas e cefalométricas, os PSPS não fluorescem instantaneamente produzindo fótons de luz. Em vez disso, esses materiais armazenam a informação proveniente do fóton de raios X, de forma semelhante ao que acontece com a formação da imagem latente em um filme de radiografia convencional, até que as placas sejam escaneadas por um feixe de laser em um tambor de escaneamento. O escaneamento a laser promove uma ex citação nas placas de fósforo, de modo que a energia armazenada seja liberada em forma de sinal eletrônico, o qual é então digitalizado, com variados tons de cinza determinados por pontos da escala para a geração da informação da imagem. Essas placas de fósforo não possuem um fio que as ligue até o computador e assemelham-se aos filmes intraorais em todas as maneiras, incluindo tamanho, espessura, rigidez e posicionamento do receptor. Elas são macias e flexíveis semelhantes ao filme e, assim como nos filmes utilizados nas técnicas radiográficas convencionais, procedimentos de controle de infecção devem ser empregados. As placas devem ser envoltas, expostas, abertas e então cuidadosamente retiradas do invólucro protetor em uma superfície limpa, limpas com um desinfetante e levadas ao scanner a laser. Após o uso, as placas devem ser expostas à luz para eliminar qualquer imagem latente antes de serem colocadas em um novo invólucro para o próximo paciente. Portanto, o tempo total para processar cada imagem pode levar alguns minutos. Ao contrário dos filmes, entretanto, as placas não devem ser curvadas ou do. bradas, pois um defeito permanente ou artefato será gerado na camada de fósforo. A placa precisará, então, ser reposta. A vantagem dessa digitalização das placas de fósforo é na verdade, a possibilidade de manipulação da imagem após a sua aquisição. Apesar de a processamento eletrônico da imagem ser possível nos filmes radiográficos convencionais, o filme precisa primeiro ser convertido em informação digital através do escaneamento da imagem. Placas de armazenamento de fósforo fotoestimulado (PSP) e as imagens verdadeiramente digitais provenientes dos detectores sólidas dos como os receptores CD e o CMOS fornecem uma imagem digital praticamente instantânea e não requerem conversão adicional das informações antes do processamento eletrônico da imagem. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CÔNICO (CONE BEAM) A mais recente tecnologia disponível para os CD é um tipo de técnica de tomografia computadorizada (TC) chamada tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC). Utilizando fatores de exposição que não diferem das ampolas de raios X convencionais (baixo kV e baixo mA), estes aparelhos geram reconstruções de imagens bidimensionais e tridimensionais, em tons de cinza ou coloridas, da maxila e da mandíbula. Alguns aparelhos, tais como a Plan meca ProMax CBVT e a Carestream (previamente Kodak) 9000D, podem realizar tanto imagens panorâmicas quanto de tomografia computadorizada volumétrica por feixe cônico, utilizando a mesma plataforma básica para radiografias. Isto representa um avanço significativo para a odontologia e para a avaliação do paciente pediátrico. Por exemplo, se um odontopediatra possui um aparelho que possa realizar uma panorâmica digital para a avaliação da "dentição mista", a dose de radiação absorvida é mínima. Se houver uma anomalia, como um canino permanente impactado ou um mesiodente, esses aparelhos multifuncionais podem usar o detector por "feixe cônico" para melhor diagnosticar e visualizar o problema clínico.
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