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EFEITOS DA POSSE Vilhena - RO 2021 EFEITOS DA POSSE Trabalho apresentado à disciplina de Direito Civil, do 5° período do Curso de Direito, das Faculdades Integradas de Cacoal, sob a orientação da Prof.(ª) Larissa Hellen da Silva. Vilhena - RO 2021 EFEITOS DA POSSE Inúmeros são os efeitos da posse, sendo primordial a sua própria, exercida por meio dos interditos possessórios e o fato de ela conduzir, presente os requisitos legais, ao direito de propriedade por meio do usucapião. O possuidor de boa-fé tem vários direitos de ordem patrimonial que serão apontados. Os efeitos da posse são as consequências jurídicas por ela produzidas, ou seja, todas as consequências que a lei atribuir. Existe controvérsia sobre este assunto uns entende existir apenas um efeito que é a possibilidade de invocar os interditos, para outros tais efeitos são variados. Assim, segundo a última definição são efeitos da posse. * Em relação à defesa da posse pelas ações possessórias; * Em relação aos frutos; * Em relação à perda ou deterioração da coisa possuída *Em relação às benfeitorias e direito de retenção * Em relação à usucapião * Em relação ao ônus da prova compete ao adversário do possuidor * Em relação ao uso e gozo enquanto durar. 1 - Em relação à defesa da posse pelas ações possessórias As ações possessórias têm por objetivo assegurar a posse de um bem. Logo, promovem a tutela jurídica da posse. O tema é da mais alta importância, já que está diretamente relacionado a questões sociais como a concentração de terras e a reforma agrária. No Novo CPC, sua tematizada se dá nos arts. 554 a 568. As ações possessórias fazem parte do rol de procedimentos especiais e seguem algumas normas bastante específicas. Propriedade e Posse, Ações Possessórias e Petitórias Antes de mais nada, deve-se diferenciar a posse da propriedade. A propriedade é um direito real, diferentemente da posse. Assim, é um conceito mais amplo, enquanto a posse é mais restrita. Propriedade e faculdade de uso, gozo e disposição da coisa A propriedade, conforme o caput do art. 1.228 do Código Civil, engloba quatro elementos: Direito de usar: faculdade de servir-se da coisa; Direito de gozar: faculdade de usufruir dos frutos da coisa; Direito de dispor: faculdade de alienar a coisa; Direito de reaver: faculdade de recuperar a coisa daquele que tenha sua posse, justa ou injustamente. Posse direta e indireta https://blog.sajadv.com.br/solipsismo-reforma-agraria/ https://blog.sajadv.com.br/normas-fundamentais-novo-cpc/ https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-554-a-559-do-novo-cpc/ De acordo com o art. 1.196 do Código Civil, basta o exercício de um dos poderes inerentes à propriedade, ainda que não de maneira plena, para que exista a posse. É necessário observar, contudo, que a posse pode ser direta ou indireta. Segundo o disposto no art. 1.197, CC: “Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto”. Pode-se concluir, então, que todo proprietário é possuidor, ao menos indireto. Isto em virtude da possibilidade de a posse direta estar em poder de outrem. No entanto, nem todo possuidor é proprietário. Ordenamento jurídico prevê três tipos de ações possessórias. São elas, de acordo com o art. 560, NCPC: Ação de reintegração de posse; Ação de manutenção de posse; e Interdito proibitório. Esbulho é a situação em que o possuidor é despojado do bem possuído. Nesse caso, o remédio jurídico é a ação de reintegração de posse. Turbação, por sua vez, é a situação em que um ofensor exerce atos materiais que dificultam o exercício da posse. Isto ainda que o possuidor não perca a disposição física sobre o bem. Nesse caso, portanto, o remédio jurídico é a ação de manutenção de posse. Quando há apenas ameaça de esbulho ou turbação, o remédio jurídico adequado é o interdito proibitório. Conforme dispõem o arts. 560 e 567 do Novo CPC: Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho. https://blog.sajadv.com.br/ordenamento-juridico/ https://blog.sajadv.com.br/interdito-proibitorio/ https://blog.sajadv.com.br/recursos-no-novo-cpc/ Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito. Fungibilidade das ações possessórias Pode-se falar em fungibilidade das ações possessórias, porque o juiz pode deferir um pedido diferente daquele realizado na propositura da ação. No entanto, exige-se que seus pressupostos estejam presentes no caso concreto, a fim de assegurar a melhor prestação jurisdicional e a plena fruição da posse. Assim, mesmo que o autor da ação possessória solicite a reintegração de posse, o juiz pode conceder a manutenção de posse – ou vice-versa. Essa fungibilidade tem base legal no art. 554 do Novo CPC. Assim: Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. De acordo com a interpretação de Flávio Tartuce [1], o dispositivo do art. 554, NCPC, implica duas possibilidades. A primeira, quando há alteração fática que enseje mudança na demanda. Esta é reconhecida como transmudação de uma ação em outra. A segunda, por sua vez, é referente ao erro quanto à medida cabível. Nesses casos, diz-se haver aplicação do princípio da instrumentalidade das formas. Caráter dúplice das ações possessórias Há, além disso, uma característica muito distinta das ações possessórias. Independentemente do polo que tenham assumido inicialmente, ativo ou passivo, as partes são igualmente elegíveis para pleitear a posse do bem. Por isso, na contestação, o réu pode fazer pedido de reintegração ou manutenção de posse em seu próprio favor, conforme art. 556 do Novo CPC. Esta era também a previsão do CPC/1973, em seu art. 922. A essa característica chama-se de caráter dúplice. Entretanto, Tartuce [2] faz uma advertência doutrinária. Pois a natureza dúplice das ações possessórias não abrange o interesse do réu ilimitadamente. É necessário que o pedido esteja relacionado à proteção da posse ou à indenização por perdas e danos resultados da ação. Caso deseje consequência jurídica diversa, deverá ingressar com ação declaratória incidental. Requisitos para propositura de ações possessórias Para propor uma ação possessória, o Novo CPC estabelece alguns requisitos. Dessa forma, o art. 561, NCPC, determina que o autor deverá comprovar: a posse; o esbulho ou a turbação; a data do esbulho ou turbação; e, por fim, os efeitos do esbulho ou turbação. Ações de força nova versus Ações de força velha As ações possessórias de reintegração ou manutenção de posse podem ser reconhecidas de duas diferentes formas. Reconhece-se sua força, nova ou velha, conforme o tempo entre o esbulho ou turbação e a propositura da ação. Quando a propositura da ação se dá em um período de até um ano e um dia do esbulho ou turbação, é chamada de ação de força nova. Nesse caso, seguem-se os procedimentos dispostos nos arts. 560 a 568 do Novo CPC. Se a propositura da ação se dá em um prazo superior a um ano e um dia do esbulho ou turbação, elas são chamadas de ação de força velha. Nesse caso, segue-se o procedimento comum, conforme determina o art. 558, parágrafo único, do Novo CPC. Ainda assim, elas nãoperdem o caráter de ações possessórias. No que diz respeito ao interdito proibitório, é sempre considerado ação de força nova, já que a ameaça, por sua natureza não-realizada, é necessariamente atual. https://blog.sajadv.com.br/recursos-no-novo-cpc-artigos-1001-1-008/ https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-560-ao-566-do-novo-cpc/ Impactos da força no procedimento das ações possessórias É importante frisar os impactos que esta classificação terá na condução das ações. Afinal, um dia pode modificar o rito pelo qual ela correrá. E, como destaca Tartuce [3], pode haver polêmicas quanto às especificidades das hipóteses. Por exemplo, questiona-se se, em ações de força velha, caberá tutela antecipada. Com o intuito de responder a questão, o autor relembra o Enunciado nº 238 da III Jornada de Direito Civil. A redação do enunciado é assim: Ainda que a ação possessória seja intentada além de ‘ano e dia’ da turbação ou esbulho, e, em razão disso, tenha seu trâmite regido pelo procedimento ordinário (CPC, art. 924), nada impede que o juiz conceda a tutela possessória liminarmente, mediante antecipação de tutela, desde que presentes os requisitos autorizadores do art. 273, I ou II, bem como aqueles previstos no art. 461-A e parágrafos, todos do Código de Processo Civil. Apesar da redação do enunciado ser anterior ao Novo CPC, o entendimento do STJ permanece nesse sentido. É, por exemplo, entendimento da decisão em Agravo Interno no Agravo em Recurso Especial de 2018: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. DEFERIMENTO DO PEDIDO LIMINAR. POSSE VELHA. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA. CABIMENTO. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. DECISÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. […] 4. O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento de que é possível a concessão de tutela antecipada em ação possessória de força velha, desde que preenchidos os requisitos do art. 273 do CPC/73, a serem aferidos pela instância de origem. (STJ, 4ª Turma, AgInt no AREsp 1089677/AM, rel. Min. LÁZARO GUIMARÃES, julgado em 08/02/2018, publicado em 16/02/2018) https://blog.sajadv.com.br/tutela-antecipada-novo-cpc/ Novidades do Novo CPC em ações possessórias De maneira geral, o Novo CPC limitou-se a retomar ou detalhar o que o CPC/73 dizia em matéria de ações possessórias. Não trouxe, portanto, muitas mudanças dignas de maiores observações. Contudo, duas novidades merecem destaque: Regulamentação de processos com partes coletivas; Possibilidade de mediação do conflito. Estas inovações estão presentes nos arts. 554, §1º, e 565 do NCPC. O primeiro dispõe acerca da forma de citação de polo passivo coletivo. O segundo, por sua vez, acerca da obrigatoriedade de audiência de mediação no litígio coletivo pela posse. Observa-se a decisão do STJ, por exemplo, em Recurso Especial de 2017: […] O CPC/2015, visando adequar a proteção possessória a tal realidade, tendo em conta os interesses público e social inerentes a esse tipo de conflito coletivo, sistematizou a forma de integralização da relação jurídica, com o fito de dar a mais ampla publicidade ao feito, permitindo que o magistrado se valha de qualquer meio para esse fim. […] O novo regramento autoriza a propositura de ação em face de diversas pessoas indistintamente, sem que se identifique especificamente cada um dos invasores (os demandados devem ser determináveis e não obrigatoriamente determinados), bastando a indicação do local da ocupação para permitir que o oficial de justiça efetue a citação daqueles que forem lá encontrados (citação pessoal), devendo os demais serem citados presumidamente (citação por edital). (STJ, 4ª Turma, REsp 1314615/SP, rel. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, julgado em 09/05/2017, publicado em 12/06/2017) Por fim, estes são os aspectos gerais das ações possessórias no Novo CPC. Outras normas, todavia, são apresentadas nos artigos 554 a 568 do Código. E tratam, por exemplo, da intervenção do Ministério Público nessas ações. 2. EM RELAÇÃO AOS FRUTOS O art 1.214, CC dispõe que “o possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos”. O conceito de boa-fé é a alma das relações sociais, devendo observar se o possuidor estiver com boa-fé estará equiparado como dono. O Parágrafo único dispõe que “os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação”. A lei mantém em relação ao possuidor uma proteção, já em relação ao de má-fé deve restabelecer o equilíbrio violado por aquela posse ilegítima, devendo devolver não só os frutos colhidos e percebidos, como responde, igualmente pelos frutos por sua culpa deixou de perceber. Concede a lei o direito de ter reembolso das despesas de produção e custeio (art. 1.216, CC). Assim de uma forma resumida podemos afirmar que: O possuidor de boa-fé tem direito a: – Direito aos frutos percebidos; – Direito às despesas da produção e custeio dos frutos pendentes e dos colhidos antecipadamente, que deverão ser restituídos. Já o possuidor de má-fé não tem direito aos: – frutos e; – Responde por todos os prejuízos que causou pelos frutos colhidos e percebidos e pelos que por culpa sua deixou de perceber 3) EM RELAÇÃO A PERDA OU DETERIORIZAÇÃO DA COISA POSSUÍDA Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa. Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante. Assim de uma forma resumida podemos afirmar que: – Possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa a que não der causa. – Possuidor de má-fé responde pela perda ou deterioração da coisa a que não der causa 4) EM RELAÇÃO AS BENFEITÓRIAS E DIREITO DE RETENÇÃO Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem. Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má- fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa- fé indenizará pelo valor atual Assim de uma forma resumida podemos afirmar que: O possuidor de boa-fé tem direito a: – Ser indenizado, pelas benfeitorias necessárias e úteis; – Direito de levantar as voluptuárias; – Direito de retenção, pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. Já o possuidor de má-fe tem direito a: – Ser indenizado, pelas benfeitorias necessárias; – Não tem direito às benfeitorias úteis; – Não pode levantar as voluptuárias; – Não tem direito a retenção. 5) EM RELAÇÃO A USUCAPIÃO Os efeitos sobre a questão da usucapião serão estudados em tempo oportuno. Mas é importante esclarecer que qualquer posse faculta ao seu titula o ajuizamento das ações possessórias. A posse ad interdicta não se confunde com ad usucapionem. A posse ad interdicta pode a ter ser injusta ou de má-fé, visto que os vícios objetivos são relativos e os subjetivos não impedem a proteção possessória, mas é importante lembrar que somente a posse qualificada pela intenção de dono enjesa a aquisição da propriedade pela usucapião. DEBEM IMÓVEL EXTRAORDINÁRIA CC, Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO GERAL - Prazo: 15 anos - NÃO IMPORTA JUSTO TÍTULO e BOA-FÉ. - PODE ser PROPRIETÁRIO de outro bem USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO ESPECIAL - Prazo: 10 anos - NÃO IMPORTA JUSTO TÍTULO e BOA-FÉ; - PODE ser PROPRIETÁRIO de outro bem; - Estabelecer no local moradia habitual; e https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/código-civil-lei-10406-02 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652639/artigo-1238-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 - Realizar obras (ou serviços) de caráter produtivo. Ex: Em regra basta comprovar que o possuidor morava no imóvel e o usava de forma regular. O possuidor poderia, por exemplo, alugar o imóvel, ficando comprovado o caráter produtivo. DE BEM IMÓVEL ORDINÁRIA CC, Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico. USUCAPIÃO ORDINÁRIO GERAL - Prazo: 10 anos - TEM QUE TER JUSTO TÍTULO e BOA-FÉ. - PODE ser proprietário de outro bem USUCAPIÃO ORDINÁRIO ESPECIAL - Prazo: 5 anos - TEM QUE TER JUSTO TÍTULO e BOA-FÉ; - PODE ser proprietário de outro bem; - Aquisição Onerosa - Estabelecer no local moradia habitual; e - Realizar obras (ou serviços) de caráter produtivo. ESPECIAL (Constituição da República) URBANO e RURAL (Art. 1242, CC) RURAL CC, Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Prazo: 5 anos Medida: até 50 hectares - Não importa JUSTO TÍTULO e BOA-FÉ. - NÃO pode ser proprietário de outro IMÓVEL urbano ou rural. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/código-civil-lei-10406-02 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652274/artigo-1242-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/código-civil-lei-10406-02 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652588/artigo-1239-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 OBS: O Usucapião RURAL está vinculado à produção rural. URBANO CC, Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros quarados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Prazo: 5 anos Medida: até 250 m2 - Não importa JUSTO TÍTULO e BOA-FÉ. - NÃO pode ser proprietário de outro IMÓVEL urbano ou rural. COLETIVA (ESTATUTO DA CIDADE – Lei 10.257/2001): Um grupo reivindica a propriedade de um bem de forma organizada e conjunta Prazo: 5 anos - PRESUNÇÃO* de JUSTO TÍTULO e BOA-FÉ. * Essa presunção é fruta de uma análise judicial. - Pessoas de baixa renda - Cada pessoa não pode possuir + de 250 m2 USOCAPIÃO FAMILIAR CC, Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Prazo: 2 anos Medida: até 250 m2 - Não deve haver OPOSIÇÃO nestes dois anos do outro Cônjuge. - Só podem ingressar com essa ação CÔNJUGE ou COMPANHEIRO - Não pode ter outro imóvel ou rural https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/código-civil-lei-10406-02 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652462/artigo-1240-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1031135/estatuto-da-cidade-lei-10257-01 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1031135/estatuto-da-cidade-lei-10257-01 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/código-civil-lei-10406-02 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27995010/artigo-1240a-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 - ABONDONO: é caracterizado pelo abandono voluntário diante dos deveres financeiros do patrimônio. Se a mulher se afasta do imóvel em virtude de violência familiar, neste caso não se configura o abandono. Ex: homem sai do lar para ficar com outra mulher. No entanto, imagine que o imóvel tem dívidas de IPTU e o homem está arcando com os deveres tributários do imóvel. Neste caso, não será considerado como abandono. DE BEM MÓVEL ORDINÁRIA: Prazo: 03 anos → COM justo título e boa-fé DE BEM MÓVEL EXTRAORDINÁRIA: Prazo: 05 anos → NÃO IMPORTA justo título. 6) EM RELAÇÃO AO ÔNUS DA PROVA COMPETE AO ADVERSÁRIO DO POSSUIDOR Assim, o autor da ação possessória tem que provar que tem melhor posse que o possuidor ou que possuidor tenha a posse injusta. Logo, cabe ao autor provar, integralmente, o que alega, isto é a posse e o molestamento da posse, não o fazendo, a proteção possessória não lhe será concedida. O réu, em princípio, nada deve provar, mas, se pleiteia a proteção possessória específica (art. 922, CPC), a ele compete a prova de sua posse e do molestamento. Assim, prescreve o art. 922 “é licito ao réu, na contestação, alegando que foi ofendido em sua posse, de mandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação, do esbulho cometido pelo autor”. Logo se o réu quiser pedir a proteção possessória ou a indenização por outro meio que não seja a contestação, carecerá de interesse processual (RT, 52;179). 7) EM RELAÇÃO AO USO E GOZO ENQUANTO DURAR. O possuidor goza, processualmente, de posição mais favorável, em atenção à propriedade, cuja defesa se completa pela posse.
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