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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
SUMÁRIO 
Introdução ....................................................................................................... 02 
O Transporte de Materiais no Processo Produtivo ......................................... 04 
Aspectos gerais de Segurança no Transporte e Armazenamento .................. 09 
Considerações Gerais sobre cargas ............................................................... 14 
Sinalização de Segurança de Cargas ............................................................. 17 
Movimentação de Cargas ................................................................................ 18 
Sinalização de Segurança dos veículos .......................................................... 31 
Proteção em Máquinas e Equipamentos ......................................................... 43 
Normas gerais acerca dos assentos e mesas nos Postos de Trabalho .......... 47 
Fabricação, importação, venda, locação, operação e manutenção 
de máquinas e Equipamentos ......................................................................... 48 
Trabalho com Motoserras ................................................................................. 49 
Trabalho com cilindros de massa ..................................................................... 52 
Máquinas e Acidentes de Trabalho .................................................................. 54 
Procedimentos de Segurança em Soldagem ................................................... 56 
Regras Básicas de Segurança para Trabalhos com corte e solda ................... 60 
Segurança na Operação de Caldeiras ............................................................. 82 
Processos de Usinagem ................................................................................. 100 
Segurança nas Operações de Usinagem ....................................................... 114 
Referências Bibliográficas .............................................................................. 117 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
2 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
INTRODUÇÃO: 
 
Para se desenvolver uma política de segurança com eficiência e eficácia, 
torna-se mister o conhecimento dos processos industriais para que se possa 
intervir de forma positiva para garantir a higiene saúde e segurança dos 
trabalhadores. 
Nesse sentido, a disciplina SEGURANÇA NA INDÚSTRIA, propõe 
desenvolver um conhecimento dos principais processos envolvidos nas 
atividades industriais, dando um enfoque nos procedimentos de segurança. 
Vamos ainda abordar as recomendações de segurança que se deve ter 
no manuseio e transporte de pessoas e materiais, baseado nas diretrizes da 
Norma Regulamentadora NR 11 - Transporte, movimentação, armazenamento 
e manuseio de materiais. 
Prevenir situações de risco requer intervenção em vários seguimentos 
envolvidos, desde a preocupação com o ambiente laboral até a atuação direta 
sobre os procedimentos de trabalho a serem executados pelo homem. Dessa 
forma, como já vimos, devemos levar em consideração as características 
fisiológicas e psicológicas do trabalhador para que o mesmo desempenhe sua 
atividade laboral com o menor gasto de energia, sem danos a sua saúde. 
O uso de máquinas e equipamentos na movimentação e transporte de 
cargas vem contribuir para minimizar a carga física de trabalho, mas também 
alguns cuidados devem ser observados para garantir a saúde e a segurança do 
trabalhador. 
O armazenamento de materiais também deve ser uma preocupação 
quando se trata da segurança na indústria e depende das características de 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
3 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
cada material a ser armazenado, uma vez que o peso, o volume, o espaço 
disponível no ambiente é fator limitante de uma armazenagem segura. 
Também sabemos que os riscos de acidentes ou riscos mecânicos são 
responsáveis por inúmeros acidentes de trabalho. Uma máquina que, no 
projeto, não foi contemplada com o dispositivo de proteção das partes móveis 
ou das partes energizadas, equipamentos sem as devidas manutenções 
periódicas ou utilizados de maneira inadequada são armas em potencial à 
saúde e à segurança do trabalhador, podendo causar acidentes com perda de 
membros e até mesmo a morte do trabalhador. 
Devido à iminente periculosidade foi criada a décima segunda Norma 
Regulamentadora, Máquinas e Equipamentos, cujo teor refere-se aos cuidados 
que devem ser observados quanto ao uso e aplicação de máquinas e 
equipamentos no ambiente laboral. 
Você sabe também que a tecnologia empregada no processo de 
trabalho pode ser responsável por inúmeros acidentes. Dessa forma, as 
recomendações de segurança são de grande importância no combate a 
acidentes oriundos de máquinas e equipamentos. Outras situações 
encontradas nos ambientes de trabalho, tais como a falta de higiene e conforto 
podem gerar acidentes por agentes biológicos e ergonômicos tornando 
insalubre o ambiente de trabalho. 
Além dos processos e operações citados, igual importância e cuidado 
devemos dar também aos processos que envolvem operações com soldagem 
não apenas pelos riscos inerentes à atividade como também pelos riscos 
adicionais de incêndios, explosões e doenças ocupacionais. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
4 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
 
Transporte, manuseio e armazenagem de produtos e Tecnologia dos Processos 
Industrias relacionados com a Higiene, Segurança e Saúde dos Trabalhadores. 
 
 
O TRANSPORTE DE MATERIAIS NO PROCESSO PRODUTIVO 
 
Como já foi enfatizado, prevenir situações de risco requer intervenção 
em vários seguimentos envolvidos, desde a preocupação com o ambiente 
laboral até a atuação direta sobre os procedimentos de trabalho a serem 
executados pelo homem. Dessa forma, devemos levar em consideração as 
características fisiológicas e psicológicas do trabalhador para que o mesmo 
desempenhe sua atividade laboral com o menor gasto de energia, sem danos a 
sua saúde. 
O uso de máquinas e 
equipamentos na movimentação 
e transporte de cargas vem 
contribuir para minimizar a carga 
física de trabalho, mas também 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
5 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
alguns cuidados devem ser observados para garantir a saúde e a segurança do 
trabalhador, recomendações estas que passaremos a discutir nessa disciplina. 
Segurança em operação de elevadores, guindastes, 
transportadores industriais e máquinas transportadoras 
Elevadores e monta-cargas são equipamentos mecânicos utilizados para 
o transporte de materiais, dessa forma, cuidados devem ser tomados quanto ao 
seu manuseio e localização no ambiente de trabalho. O poço do elevador e 
monta-cargas devem estar protegidos contra queda de objetos e de pessoas 
quando os mesmos não estiverem parados no andar, assim os poços de 
elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em toda sua 
altura, exceto nas portas ou cancelas de acesso necessárias nos pavimentos. 
No caso de elevadores, quando a cabina não estiver ao nível do 
pavimento, a abertura deverá estar protegida por corrimão ou outros 
dispositivos convenientes. 
Os equipamentos utilizados na 
movimentação de materiais, tais como: 
ascensores, elevadores de carga, guindastes, 
monta-carga, pontes-rolantes, talhas, 
empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, 
transportadores de diferentes tipos, serão 
calculados e construídosde maneira que ofereçam as necessárias garantias de 
resistência e segurança, estando bem conservados e em perfeitas condições 
de trabalho. 
Os dispositivos mecânicos, tais como cabos de 
aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos deverão 
ser inspecionados, permanentemente, substituindo-
se as suas partes defeituosas. 
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6 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
Em todo o equipamento de transporte de cargas deverá ser indicado, em 
lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida. 
 
Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão 
exigidas condições especiais de segurança, tais como freio, dispositivo de 
abertura e travamento de portas, dispositivo de sinalização e comunicação em 
caso de emergência. 
Os carros manuais para transporte devem 
possuir protetores das mãos no local destinado a pega. 
 
 
 
Segurança em transporte motorizado 
 
 
 
 
 
 
O transporte de materiais com equipamentos de força motriz própria 
requer habilidade no seu manuseio, assim como cuidados específicos que 
garantam a segurança de terceiros e de quem os dirige. Assim, as 
recomendações de segurança em relação a esses equipamentos são: 
a) O operador deverá receber treinamento específico, dado pela 
empresa que o habilitará a essa função e só poderá dirigir se durante o horário 
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7 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
de trabalho portar um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em 
lugar visível, cuja validade será de 01 ano, salvo imprevisto, e, para a 
revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por 
conta do empregador; 
b) Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de 
advertência sonora (buzina) e todos os transportadores industriais serão, 
permanentemente, inspecionados e as peças defeituosas ou que apresentem 
deficiências, deverão ser imediatamente substituídas; 
c) Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, 
por máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar 
concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis, sendo 
proibida a utilização de máquinas transportadoras, movidas a motores de 
combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores 
adequados. 
 
Segurança em atividades de transporte de sacas 
O transporte manual de sacos é toda atividade realizada de maneira 
contínua ou descontínua, essencial ao transporte manual de sacos, na qual o 
peso da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador, 
compreendendo também o levantamento e sua deposição. Para esse tipo de 
transporte realizado pelo trabalhador, fica estabelecida a distância máxima de 
60,00 metros para o transporte manual de um saco. 
 
 No caso de operação manual de 
carga e descarga de sacos, em caminhão 
ou vagão, o trabalhador terá o auxílio de 
ajudante. 
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Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
 
Para quantidades maiores que um saco, o transporte e descarga de 
sacas deverão ser realizados mediante impulsão de vagonetes, carros, 
carretas, carros de mão apropriados, ou qualquer tipo de tração mecanizada. 
É vedado o transporte manual de 
sacos, através de pranchas, sobre vãos 
superiores a 1,00 m (um metro) ou mais de 
extensão, a prancha menor que 1 metro de 
extensão deverá ter a largura mínima de 0,50 
m (cinquenta centímetros). 
As pilhas de sacos, nos armazéns, devem ter altura máxima limitada ao 
nível de resistência do piso, à forma e resistência dos materiais de embalagem 
e à estabilidade, baseada na geometria, tipo de amarração e inclinação das 
pilhas. 
No processo mecanizado de empilhamento, aconselha-se o uso de 
esteiras-rolantes, dalas ou empilhadeiras. 
Nesse caso, quando não for possível o emprego de processo 
mecanizado, admite-se o processo manual, mediante a utilização de escada 
removível de madeira. 
A escada utilizada deverá ter: lance único de degraus com acesso a um 
patamar final; largura mínima de 1,00 m (um metro), apresentando o patamar 
as dimensões mínimas de 1,00m×1,00m (um metro x um metro) e a altura 
máxima, em relação ao solo, de 2,25 m(dois metros e vinte e cinco 
centímetros); o espelho da escada não poderá ter altura superior a 
0,15m(quinze centímetros), nem o piso da escada largura inferior a 0,25m(vinte 
e cinco centímetros); reforço lateral e verticalmente, por meio de estrutura 
metálica ou de madeira que assegure sua estabilidade; um corrimão ou guarda-
corpo na altura de 1,00 m (um metro) em toda a extensão; perfeitas condições 
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Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
de estabilidade e segurança, sendo substituída imediatamente a que apresente 
qualquer defeito. 
 
Aspectos gerais de segurança no transporte 
e armazenamento de materiais 
O armazenamento de materiais depende das características de cada 
material a ser armazenado, uma vez que o peso, o volume, o espaço disponível 
no ambiente é fator limitante de uma armazenagem segura. 
Dessa forma, o peso do material armazenado não poderá exceder a 
capacidade de carga calculada para o piso, o material armazenado deverá ser 
disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra 
incêndio, saídas de emergências, etc., o material empilhado deverá ficar 
afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo menos 
0,50m (cinquenta centímetros), a disposição da carga não deverá dificultar o 
trânsito, a iluminação, e o acesso às saídas de emergência e o armazenamento 
deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material. 
O piso do armazém deverá ser constituído de material não escorregadio, 
sem aspereza, utilizando-se, de preferência, o mastique asfáltico (Massas 
plástica a base de asfaltos, amianto e óleos não secativos), e mantido em 
perfeito estado de conservação, devendo-se evitar o transporte manual de 
sacos em pisos escorregadios ou molhados, dessa forma a empresa deverá 
providenciar cobertura apropriada dos locais de carga e descarga da sacaria. 
 
Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, 
Granito e outras rochas 
Recomendações de segurança para os fueiros 
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Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
Os fueiros devem ser calculados e 
construídos de maneira que ofereçam as 
necessárias garantias de resistência e 
segurança e conservados em perfeitas 
condições de trabalho, assim como, deverá 
ser indicado, em lugar visível, o nome do 
fabricante, o responsável técnico e a carga 
máxima de trabalho permitida e seus encaixes (fueiros) devem possuir sistema 
de trava que impeça a saída acidental dos mesmos. 
 
Recomendações de segurança no uso de carro porta-bloco e Carro 
transportador 
Os carros porta-bloco e carros transportadores devem ser calculados e 
construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e 
segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho, atendendo as 
instruções do fabricante, e deverá ser indicado em lugar visível, o nome do 
fabricante, o responsável técnico e a carga máxima de trabalho permitida. 
O carro transportador e o porta-
bloco devem dispor de proteção das 
partes que ofereçam risco para o 
operador, com atenção especial das 
condições dos cabos de aço, dos 
ganchos e suas proteções, da proteção 
das roldanas, rodas do carro, polias e 
correias e partes elétricas. 
O operadordo carro transportador e do carro porta-bloco, bem como a 
equipe que trabalhar na movimentação do material, deve receber treinamento 
adequado e específico para a operação. 
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Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
 
Recomendações de segurança quanto ao pátio de estocagem das 
chapas de mármore ou granito 
Nos locais do pátio onde 
for realizada a movimentação e 
armazenagem de chapas, o 
deslocamento de pessoas e 
materiais, também terá de ser 
mantido em condições 
adequadas, devendo a 
empresa garantir que o mesmo 
tenha resistência sufi ciente para suportar as cargas usuais e recomenda-se 
que a área de armazenagem de chapas seja protegida contra intempéries. 
Recomendações de segurança na utilização dos cavaletes 
Os cavaletes devem estar instalados sobre bases construídas de 
material resistente e impermeável, de forma a garantir perfeitas condições de 
estabilidade e de posicionamento, observando-se que os cavaletes devem 
garantir adequado apoio das chapas e possuir altura mínima de um metro e 
cinquenta centímetros; Recomenda-se a adoção de critérios para a separação 
no armazenamento das chapas, tais como cor, tipo do material ou outros 
critérios de forma a facilitar a movimentação das mesmas. 
 
Recomenda-se que as 
empresas mantenham nos locais de 
armazenamento, os projetos, cálculos 
e as especificações técnicas dos 
cavaletes. 
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Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
Recomendações de segurança na movimentação de chapas 
A movimentação das peças de mármore e granitos, devido às suas 
dimensões e o processo empregado, requer cuidados de segurança que 
passamos a descrever. 
a) Movimentação de chapas com uso de ventosas 
Na movimentação de chapas com 
o uso de ventosas deve-se ter especial 
atenção a potência do compressor, os 
aspectos ergonômicos no manuseio, 
cuidados com a localização e fixação das 
mangueiras e conexões, garantir a 
facilidade de treinamento do operador, 
assim como as borrachas das ventosas 
devem ter manutenção periódica e imediata substituição em caso de desgaste 
ou defeitos que as tornem impróprias para uso. 
O empregador deverá destinar uma área específica para a 
movimentação de chapas com uso de ventosa, de forma que o trabalho seja 
realizado com total segurança. E esta área deve ter sinalização adequada na 
vertical e no piso. 
Recomenda-se, ainda, que os equipamentos de movimentação de 
chapas, à vácuo, possuam alarme sonoro e visual que indiquem pressão fora 
dos limites de segurança estabelecidos. 
b) Movimentação de chapas com cabos de aço, cintas, correias e 
correntes. 
Na movimentação de chapas, com a utilização de cabos de aço, cintas, 
correias e correntes deve ser considerada a capacidade de sustentação das 
mesmas e a capacidade de carga do equipamento de içar, atendendo as 
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Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
especificações técnicas e recomendações do fabricante, bem como suas 
recomendações de instalação, conservação e manutenção. 
O empregador deverá ainda manter o registro das inspeções e 
manutenção, indicar em lugar visível, o nome do fabricante, o responsável 
técnico e a carga máxima de trabalho permitida e destinar área específica com 
sinalização adequada, na vertical e no piso, para a movimentação de chapas 
com uso de cintas, correntes, cabos de aço e outros meios de suspensão. 
c) Movimentação de Chapas com Uso de Garras 
 A movimentação de chapas com uso de garras só pode ser realizada 
pegando-se uma chapa por vez e por no 
mínimo três trabalhadores, não podendo 
ultrapassar a capacidade de carga dos 
elementos de sustentação e a capacidade de 
carga da ponte rolante ou de outro tipo de 
equipamento de içar, atendendo as 
especificações técnicas e recomendações do 
fabricante. 
As empresas devem ter livro próprio para registro de inspeção e 
manutenção dos elementos de sustentação usados na movimentação de 
chapas com uso de garras e as inspeções e manutenções devem ser 
realizadas por profissional legalmente habilitado e dado conhecimento ao 
empregador. 
 
 
NÃO ESQUEÇA: O processo de carga, de descarga e de 
transporte de materiais, envolve além do esforço físico do 
trabalhador, condições seguras de acondicionamento e 
transporte. Dessa forma, cabe ao empregador oferecer 
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14 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
ambientes salubres para a execução das tarefas, assim 
como treinamento adequado ao trabalhador, a atividade de 
levantamento e transporte de carga. O profissional de 
segurança deve estar atento ao cumprimento e a 
manutenção dessas práticas seguras. 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE CARGAS 
O QUE SÃO CARGAS? 
Carga é todo e qualquer material a ser transportado, independentemente 
do tipo, tamanho e embalagem. Ela é o principal objetivo de uma empresa de 
transporte de cargas. Transportá-las de um lugar para o outro, no menor tempo 
possível, sem danificá-la é uma obrigação da transportadora. Considerando 
ainda, que os bens nem sempre são 
produzidos no local onde serão utilizados, 
convém atenção especial quanto à 
logística de transportes e seus riscos. 
Dependendo da urgência e da natureza 
do produto transportado, escolhe-se o 
modal de transporte, podendo ser: 
rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo. 
 
TIPOS DE CARGAS 
Existe diversos tipos de cargas, como veremos, a seguir: 
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15 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
1 – A GRANEL: São as cargas transportadas em 
grande quantidade, sem qualquer tipo de 
embalagem, podendo ser sólidas, líquidas ou 
gasosas, obedecendo a legislação específica de 
segurança para cada uma delas. 
 
2. EMBALADAS: São as cargas transportadas em 
caixas, fardos, feixes ou sacarias. Podendo variar de 
tamanho e forma, conforme as características dos 
produtos transportados. 
 
3. DIVERSOS: São as cargas de diferentes tipos e que 
são transportadas sem qualquer tipo de embalagem, 
tais como: pneus, telhas, máquinas, etc. 
 
4. ESPECIAIS: São as cargas que, por suas 
características, são transportadas em caminhões 
especialmente preparados para essa finalidade. 
Como por exemplo: valores, automóveis, 
equipamentos de grande porte, carnes, etc. 
TIPOS DE EMBALAGENS 
As mercadorias são embaladas de diferentes formas e com diferentes 
materiais segundo a sua natureza e utilização. 
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Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
Os tipos de embalagens mais 
conhecidas, são: caixas de papelão, 
para acondicionar produtos leves 
como vidros, eletroeletrônicos, 
perfumes, brinquedos, livros etc; 
caixas de madeira, para produtos mais 
pesados como motores, baterias, 
ferramentas, espelhos, vidros, etc.; 
engradados, para mercadorias de forma irregular como latarias de autos, 
bicicletas, móveis, motos, etc.; fardos, para tecidos algodões, bolas, etc.; sacos 
para pequenas quantidades de mercadorias à granel, como cereais e carvão, 
podendo ser de plástico, papel ou tecido; feixes, para ferramentas e utensílios; 
tambores, para óleos e graxas; bombonas para líquidos, em geral; barricas, 
para vinhos e azeitonas; latas e galões para sucos, saneantes e alguns 
alimentos e tintas; bobinas, para lâminas de papel, alumínio, tapetes e tecidos 
e carretéis, para fios, cabos, cordas e mangueiras.BOMBONAS CAIXAS DE MADEIRA BARRICAS 
CARRETÉIS BOBINAS 
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SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA DE CARGAS 
As marcações nas embalagens não visam apenas à indicação correta do 
nome e do destino das cargas. Muitos símbolos são utilizados para indicar 
cuidados que devem ser tomadas com cada tipo de carga durante às 
operações de carregamento, transporte, descarregamento, manuseio e 
estocagem. 
O conferente de cargas ou transportador deve conhecer 
perfeitamente a simbologia utilizada, bem como, na falta de 
sinalização usar o bom senso depois de identificar o produto pela nota 
fiscal, levando em consideração que um mesmo produto pode trazer 
várias recomendações na embalagem, conforme ilustração abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS 
A movimentação das cargas, principalmente, durante as operações de 
carga e descarga, são as operações que oferecem o maior risco de acidentes, 
vamos ver agora vários tipos de equipamentos e procedimentos utilizados 
nesses serviços: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMPILHADEIRA MOTORIZADA 
PALLETEIRA OU PATINHA 
CARRINHO DE PLATAFORMA 
CARRINHO P/ TAMBORES 
ALAVANCA C/ RODAS 
PALLETS OU ESTRADOS CONTAINERS 
GAIOLAS 
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SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
SEGURANÇA NA MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS 
 
O manuseio incorreto de cargas pode trazer aos trabalhadores sérias 
consequências, tais como: lombalgias (dores nas costas), escolioses (desvio de 
coluna), hérnia de disco, esmagamento de mãos, pés e dedos, etc. 
 
O levantamento e a movimentação manual de cargas exigem a 
obediência a certas regras ergonômicas básicas, a fim de eliminar os 
riscos de acidentes e, consequentemente, evitar que as pessoas se 
tornem incapazes para o trabalho e para o lazer no futuro. 
HÉRNIA DE DISCO 
 
A COLUNA VERTEBRAL 
 
É formada por 33 vértebras. É 
ela que faz com que as pessoas 
caminhem e realizem os 
movimentos. Dá equilíbrio ao 
corpo, pois suporta todo o peso 
da cabeça, dos braços e tórax. 
As divisões da coluna 
As principais causas de hérnia 
de disco estão relacionadas a 
varios fatores, como a má 
postura, esforços decorrentes de 
atividades físicas excessivas ou 
inadequadas, excesso de carga, 
obesidade, estrutra genética, 
acidentes, entre outras. 
A coluna vertebral é formada por um conjunto de vértebras separadas entre si por pequenos 
"colchões" denominados discos intervertebrais. 
As vértebras são constituídas por ossos porosos (parte rígida) e os discos intervertebrais são 
constituídos por âminas de cartilagem (parte deformável). 
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20 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 
Nas figuras ao lado e abaixo, podemos observar um disco 
normal e um outro com hérnia de deslocamento transversal , 
provocada por esforço transversal "H" atuando 
simultaneamente com alta compressão "Fc" (acidentes com 
efeitos bruscos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAUSAS 
 
1. Fatores genéticos; 
2. Posturas Incorretas; 
3. Atividades Sedentárias; 
4. Acidentes. 
 
SINTOMAS 
1. Dores fortes ou dormência em uma das pernas; 
2. Descontrole do Intestino e da bexiga; 
3. Paralisia das pernas. 
 
TRATAMENTO 
Cerca de 90% dos casos podem ser solucionados sem cirurgia. 
Nesses casos, o tratamento consiste em repouso, 
fisioterapia e uso de medicamentos 
(analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares, ansiolíticos). 
 
 
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LEVANTAMENTO MANUAL DE CARGAS 
O levantamento manual de cargas, 
como já dissemos anteriormente, exige 
certas precauções, a fim de evitar 
problemas de saúde. 
 
Antes de levantar uma carga verifique: as características gerais da carga 
(peso, forma, volume), se há avarias, se possui arestas cortantes, pontas ou 
rebarbas, a sinalização e os pontos pelos quais deve ser manuseada e, 
principalmente, se é carga para uma pessoa sozinha ou se precisa de ajuda. 
- Posicione-se junto a carga com os 
pés separados; 
- Mantenha a coluna reta ao abaixar-
se, a cabeça em posição natural e os 
braços próximos ao corpo; 
- Dobre os joelhos, segurando 
firmemente a carga e levante 
fazendo o maior esforço nas pernas; 
- Levante a carga aos poucos, 
evitando movimentos bruscos e 
nunca gire a cintura enquanto 
estiver segurando peso; 
- Ao descarregar faça o movimento 
inverso. 
Transporte de cilindros de gás: 
 
 
 
 
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22 
Cada tipo de carga, como já vimos, tem a melhor forma de ser 
transportada com segurança e o bom senso é a melhor forma de escolher a 
operação correta a ser utilizada de modo a despreender o menor esforço e 
correr o menor risco. 
Da carga e seu acondicionamento 
O expedidor é responsável pelo bom acondicionamento da carga no 
veículo. As embalagens deverão estar devidamente rotuladas, etiquetadas e 
marcadas de acordo com a correspondente classificação e tipo de risco. 
Não é permitido o transporte de 
produto fitossanitário em cabines de 
veículos, Kombis, automóveis e outros 
tipos de veículos não apropriados. O 
veículo apropriado é do tipo caminhonete. 
Também é proibido o transporte destes produtos conjuntamente com 
animais, alimentos, medicamentos ou embalagens para estes bens. 
 
Nunca deixe as embalagens soltas ou 
empilhadas desordenadamente. 
 
As embalagens devem estar 
preferencialmente organizadas em paletes e 
empilhadas de forma a evitar o tombamento 
durante a viagem. A altura máxima de 
empilhamento para transporte deve ser 
respeitada. 
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23 
Quanto ao itinerário 
O itinerário deverá ser planejado 
para que os veículos não utilizem vias ou 
áreas densamente povoadas ou de 
proteção de mananciais, reservatórios de 
água ou reservas florestais. 
Além disso, há em alguns municípios e rodovias, restrições ao transporte 
de produtos perigosos, que deverão ser observadas no planejamento da 
viagem. 
Quanto ao estacionamento 
Se houver necessidade do veículo parar em situações emergenciais 
(parada técnica, falha mecânica ou acidente) em local não autorizado (zonas 
residenciais, logradouros públicos ou locais de fácil acesso ao público e a 
veículos), ele deve ser bem sinalizado e ficar sob vigilância do condutor e/ou 
autoridades locais (bombeiros, polícia, órgãos do meio ambiente etc), sendo 
que, somente em caso de emergência, o veículo poderá estacionar ou parar 
nos acostamentos das rodovias. 
Pessoal envolvido na operação de transporte 
Para o transporte de Produtos 
Fitossanitários perigosos, acima da quantidade 
limitada, o motorista deverá apresentar o 
Certificado do Curso de Treinamento Específico 
ou Complementar para Condutores de Veículos 
Rodoviários Transportadores de Produtos 
Perigosos realizados no SENAI ou SENAT ou 
empresas credenciadas pelos DETRAN que o 
credenciará para tal (antigo curso MOPP). 
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24 
Para fazero curso o motorista deve ter acima de 21 anos de idade, ser 
habilitado (Carteira Nacional de Habilitação) nas categorias B, C, D ou E e ter 
capacidade de interpretar textos. 
O curso poderá ser feito a distância ou regular com 50 horas de duração. 
A cada 5 anos, é obrigatório fazer a reciclagem (Curso Complementar). 
Durante o trajeto, o condutor é o responsável pela carga e deverá checar 
se as condições dos veículos e da carga estão satisfatórias (por exemplo se 
não há vazamentos). 
Todas as pessoas envolvidas na 
operação de transporte devem ter 
consciência do tipo de produto que estão 
transportando, dos riscos que o trabalho 
envolve e como evitá-los e de como agir 
em caso de emergência. Todos os 
envolvidos devem possuir seus EPI 
(Equipamentos de Proteção Individual) 
 
Procedimentos no recebimento do produto: 
1) O cliente deverá observar na nota fiscal, se junto com a mesma estão 
as fichas de emergência de cada produto; 
2) Todas as mercadorias recebidas devem ser conferidas em sua 
qualidade e quantidade, e confrontadas com a nota fiscal. Observando 
qualquer anormalidade, o cliente deverá comunicar-se com o fabricante pelos 
telefones constantes dos envelopes ou fichas de emergência das embalagens 
ou com o representante regional; 
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25 
3) Se constatar avaria quando receber os produtos e caso tenha ocorrido 
vazamento, agir como um acidente de transporte e seguir o procedimento 
descrito no verso do envelope de emergência e ficha de emergência; 
4) Qualquer anormalidade com a carga: avaria, falta, troca de produto 
etc. deverá ser anotada no conhecimento de transporte; 
5) Nossas transportadoras estão orientadas a efetuar as entregas 
somente nos endereços constantes no corpo da nota fiscal. 
Documentos obrigatórios 
A documentação que acompanha a carga é de importância vital, pois é 
nela que estão todas as informações dos produtos. 
Para fins de transporte de produtos perigosos, documento de transporte 
de produtos perigosos é qualquer documento (declaração de carga, nota fiscal, 
conhecimento de transporte, manifesto de carga ou outro documento que 
acompanhe a expedição) que contenha as informações obrigatórias sobre o 
produto e declaração de responsabilidade. 
Se um documento de transporte listar tanto produtos perigosos quanto 
não-perigosos, os produtos perigosos devem ser relacionados primeiro ou ser 
enfatizados de outra maneira. (Ex: em itálico, negrito ou com título indicativo). 
Nota Fiscal (Transporte de Produtos Perigosos) deve conter: 
a) O Nome Apropriado Para Embarque (Resolução N° 420/04 ANTT): o 
nome apropriado para embarque a ser usado no transporte do pesticida, deve 
ser selecionado com base no ingrediente ativo, no estado físico do pesticida e 
em quaisquer riscos subsidiários que apresente. Quando são usados nomes 
apropriados para embarque "genéricos" ou "N.E.", estes devem ser 
acompanhados do nome técnico do produto. As designações "genéricas" ou 
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26 
"N.E." que exigem esta informação suplementar são indicadas pela Provisão 
Especial 274, constante na coluna 7 da Relação de Produtos Perigosos. O 
nome técnico deve figurar entre parênteses, imediatamente após o nome 
apropriado para embarque e deve ser um nome químico reconhecido ou outro 
nome correntemente utilizado em manuais, periódicos ou compêndios técnicos 
ou científicos. Nomes comerciais não devem ser empregados com este 
propósito. No caso de pesticidas, devem ser usados somente nome(s) 
comum(ns) ISO, outro(s) nome(s) constante(s) na WHO Recommended 
Classification of Pesticides by Hazard and Guidelines to Classification, ou o(s) 
nome(s) da(s) substância(s) ativa(s). Ver a RELAÇÃO DE NOMES DE 
EMBARQUE GENÉRICOS OU NÃO-ESPECIFICADOS neste manual. 
b) A classe ou a subclasse do produto: nos casos de existência de 
risco(s) subsidiário(s), poderão ser incluídos os números das classes e 
subclasses correspondentes, entre parênteses, após o número da classe ou 
subclasse principal do produto conforme a Resolução N° 701/04 ANTT Para os 
produtos inflamáveis, citar o algarismo 3 (três). Para os produtos tóxicos, citar 
6.1 (seis ponto um). 
c) O número ONU precedido das letras "UN" ou "ONU"; 
d) Grupo de Embalagem da substância ou artigo, considerando a 
Classe de Risco principal: 
Grupo de Embalagem 1 Substâncias que apresentam alto risco 
Grupo de Embalagem 
11 
Substâncias que apresentam risco médio 
Grupo de Embalagem 
111 
Substâncias que apresentam baixo risco 
e) Declaração do expedidor. Estão dispensados dessa declaração, os 
estabelecimentos que usualmente forneçam produtos perigosos, desde que 
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27 
apresentem documento com a declaração impressa na nota fiscal de que o 
produto está adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais 
de carregamento, descarregamento, transbordo e transporte, conforme a 
Resolução N°701/04 ANTT. A declaração deve ser datada, independente da 
data da Nota Fiscal; 
f) A quantidade total por produto perigoso abrangido pela descrição 
(em volume, massa ou conteúdo liquido de explosivos, conforme apropriado). 
Exemplo: descrição exigida para produtos perigosos na nota fiscal. 
Sequência de Preenchimento - Opção A 
 
NOTA - Sequência exigida: 
Nome de Embarque para Transporte, 
Componentes de Risco, Classe ou 
Subclasse de Risco, Risco Subsidiário 
caso existir, Grupo de Embalagem e 
Número da ONU 
 
Sequência de Preenchimento - Opção B 
NOTA - Sequência exigida: 
Número da ONU, Nome de Embarque 
para Transporte, Componentes de Risco, 
Classe ou Subclasse de Risco, Risco 
Subsidiário caso existir, Grupo de 
Embalagem 
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28 
Obs.: Na resolução 701 e em esclarecimento da NTT em Workshop, 
ficou definido a não obrigatoriedade de uma sequência nas informações de 
risco do produto. 
- O que ficou definido é a obrigatoriedade de não ter interposições 
entre estas informações. 
Obs.: Declaração do expedidor impressa na nota fiscal. 
Ficha de emergência 
Contém os dados do transportador e telefone disponível 24 horas por 
dia, para atendimento emergencial, identificação do produto, seus riscos, 
procedimentos de emergência e, no verso, telefones da corporação de 
bombeiros, polícia rodoviária, órgão de meio ambiente e Defesa Civil. Para 
produtos que não foram enquadrados na relação de produtos perigosos 
(ONUx Brasil), recomenda-se a utilização da ficha de emergência com tarja 
verde a fim de orientar as equipes de emergência e minimizar os danos ao 
meio ambiente. 
Modelos de Fichas de Emergência 
 
 
 
 
 
 
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29 
Envelope para transporte 
O envelope deve ser 
confeccionado em papel produzido 
pelo processo Kraft , nas cores 
ouro, puro ou natural, com 
gramatura mínima de 80g/m2. 
Todas as linhas devem ser 
impressas em cor preta. 
O tamanho é 190 x 250 mm, 
com tolerância aproximada de 15 
mm. 
O envelope é composto por quatro áreas, com as utilizações 
especificadas a seguir: 
Área A: reservada para impressão do texto conforme a figura. O 
telefone de emergência deve ter atendimento disponível 24 horas por dia. 
Área B: deve conter logotipos impressos em qualquer cor e telefones 
de emergência, casonão tenha sido impresso no verso da Ficha de 
Emergência. 
Área C: está reservada para conter o nome, endereço e telefone da 
"Transportadora", que atualmente é de preenchimento obrigatório. É o único 
campo que pode ser manuscrito, desde que legível. No caso de redespacho, 
deve ser incluído o título REDESPACHO e, abaixo deste, o nome, telefone e 
endereço da transportadora que recebeu a carga. Esta informação deverá ser 
incluída logo acima do campo Transportadora. 
Área D: reservada para impressão do texto conforme a figura 
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30 
Esta documentação deverá ser emitida pelo expedidor e deverá estar 
disposta dentro do envelope de emergência desde o início até a entrega do 
produto ao seu destinatário. 
Carteira nacional de habilitação (CNH) e do curso CCVTPP 
 Além dos documentos do 
produto, deverá ser portado pelo 
motorista o documento do veículo, 
devidamente licenciado, carteira 
do Curso CCVTPP – Curso para 
Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos e Carteira 
Nacional de Habilitação, onde deve ser observada a validade, idade mínima 
de 21 anos e a categoria de habilitação correspondente ao veículo. 
Obrigatoriamente, o motorista deve ter sido aprovado no curso de 
Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos ou Curso de 
Atualização para Condutores de Veículos de Transporte de Produtos 
Perigosos realizado pelo SEST/SENAT – Serviço Social do Transporte e 
Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ou SENAI (conveniado). 
O curso consiste de: 
 Direção Defensiva 
 Prevenção de Incêndio 
 Elementos Básicos da Legislação 
 Movimentação de Produtos Perigosos 
 Meio Ambiente 
 
 
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31 
Observações: 
 Ao terminar o curso o participante recebe um CERTIFICADO 
com validade de 5 anos credenciado pelo CONTRAN 
 Maiores informações do CURSO CCVTPP - 
http://www.sestsenat.org.br/ 
 Regulamentado pelo artigo 145 da Lei 9.503/97, Decreto 
96.044/88, Resolução168/04 do CONTRAN e Portaria do 
DETRAN nº12/2000 de SP. 
 
Do veículo e equipamentos 
O veículo de transporte deve estar sempre em perfeitas condições de 
uso. Além de estar funcionando perfeitamente, deve estar limpo, sem frestas, 
parafusos, tiras de metal ou lascas de madeiras soltas, proporcionando um 
transporte que evite danificar as embalagens. 
Sinalização de segurança do veículo 
(rótulo de risco e painel de segurança) 
Quanto à sinalização da unidade de transporte, são necessárias as 
seguintes medidas: Nos casos em que o transporte de produtos fitossanitários 
exigir uma identificação por se tratar de produto(s) perigoso(s), a unidade de 
transporte deve possuir: 
 Uma sinalização geral, indicativa de "transporte de produtos 
perigosos", por meio de painel de segurança. 
 Uma sinalização indicativa da "classe de risco do produto 
transportado", por meio do rótulo de risco principal, podendo ser 
também obrigatória a utilização de rótulo de risco subsidiário. 
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32 
 
Rótulo de Risco 
Os rótulos de risco aplicáveis aos veículos transportadores devem ter o 
tamanho padrão, no limite de corte da moldurà, de 300 mm x 300 mm, com 
uma linha na mesma cor do símbolo a 12,5 mm da borda e paralela a todo 
seu perímetro. Para utilitários o tamanho do rótulo de risco é 250 mm x 250 
mm. 
 
 
 
 
 
 
*Com a publicação da Resolução N° 420/04 ANTT, deixou de existir o rótulo de risco 
com a indicação NOCIVOS, para os produtos tóxicos do Grupo de Embalagem 111. 
Desta forma, todos os produtos fitossanitários que se classificam como tóxicos, dos 
Grupos de Embalagem I, II e III devem utilizar o mesmo rótulo de risco. 
 
Risco Subsidiário 
Nos casos em que for indicada a aposição de rótulos de risco 
subsidiário, estes deverão levar indicação do número da classe ou subclasse 
no vértice inferior do símbolo. 
 
 
 
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33 
Painel de segurança 
Os painéis de segurança devem ter o número da ONU e o número de 
risco do produto transportado apostos em caracteres negros, não menores 
que 65 mm, centralizados em um painel retangular de cor laranja, com altura 
de 300 mm e comprimento de 400 mm, com uma borda preta de 10 mm. Para 
utilitários, o tamanho do painel de segurança é 350 mm de largura e 250 mm 
de altura, conforme NBR N° 7500 da ABNT. 
*NOTA: Quando for expressamente proibido o uso de água no produto, deve ser colocada a 
letra X no início antes do número de identificação de risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinalização da unidade de carga 
No transporte de carga fracionada/embalada de produtos perigosos, 
são previstas as seguintes regras: 
 Na frente: o painel de segurança, ao lado do motorista. Na parte 
superior, deve haver o número de identificação de risco do produto e, 
na parte inferior, o número de identificação do produto (número de 
ONU, conforme Resolução N° 420/04 ANTT -Instruções 
complementares ao Regulamento do Transporte Rodoviário de 
Produtos Perigosos), quando transportar apenas um produto; 
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34 
 Na traseira: o painel de segurança, ao lado do motorista, idêntico ao 
colocado na frente, e o rótulo indicativo do risco principal do produto, 
se todos os produtos pertencerem a uma mesma classe de risco; 
*Nas laterais: o painel de segurança, idêntico aos colocados na frente 
e na traseira, e rótulo indicativo do risco do produto, colocado do 
centro para a traseira, em local visível, se todos os produtos 
pertencerem a uma mesma classe de risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTAS: 
 No caso de carregamento inicial de dois ou mais produtos perigosos de 
classes ou subclasses de riscos diferentes e que, no final do trajeto, 
haja apenas um produto perigoso sendo transportado, deverá ser 
mantido o painel de segurança sem qualquer inscrição. Neste caso, o 
rótulo de risco não é colocado. 
 Quando o transporte for realizado em carroceria aberta, recomenda-se 
o uso de lonas de forma que a identificação da carga fique visível. 
 
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35 
Regras de colocação dos painéis e rótulos 
Transporte de embalados ou fracionados 
 
1 (UM) PRODUTO E 1 (UM) RISCO 
Painel de Segurança Rótulo de Risco 
Nas duas laterais, frente e traseira 
com números 
Nas duas laterais e na traseira 
 
 
 
1 (UM) PRODUTO E 1 (UM) RISCO PRINCIPAL COM RISCO SUBSIDIÁRIO 
Painel de Segurança Rótulo de Risco 
Nas duas laterais, frente e traseira 
com números 
Nas duas laterais e na traseira 
 
 
 
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36 
PRODUTOS DIFERENTES E MESMO RISCO 
Painel de Segurança Rótulo de Risco 
Nas duas laterais, frente e traseira 
sem números 
Nas duas laterais e na traseira 
 
 
 
PRODUTOS E RISCOS DIFERENTES 
Painel de Segurança Rótulo de Risco 
Nas duas laterais, frente e traseira 
sem números 
Somente nas embalagens 
 
 
 
 
 
 
 
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37 
VAZIO 
Painel de Segurança Rótulo de Risco 
Retirar Retirar 
 
 
Lembretes: 
1- Realizar limpeza e descontaminação antes de retirar a sinalização. 
2- Após a limpeza e descontaminação, o veículo não deve continuar portando a 
ficha de emergência e o envelope para transporte, para que o atendimento emergencial 
não seja prejudicado. 
 
Kit de emergência (de acordo com as NBR 9735 da ABNT - Grupo 1) 
 
 
Os veículos que transportam 
Produtos Perigosos deverão portar 
um Kit de Emergência contendo: 
 
 
 
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38 
 2 calços para as rodas com as medidas 15 x 20 x 15 cm; 
 Dispositivos para sinalização: 
 Fita zebrada ou corda: 50 metros - caminhonetes ou 100 metros - 
caminhões; 
 4 placas "PERIGO AFASTE-SE" com as dimensões 34 x 47 cm; 
 4 cones para sinalização da via nas cores laranja com faixas 
brancas; 
 Sustentação fita/cone: 4 para caminhonetes ou 6 para caminhões. 
 1 caixa de primeiros socorros; 
 1 lanterna comum com 2 pilhas médias, no mínimo; 
 Jogo de ferramentas (alicate, chave de boca, fenda e philips); 
 Lona impermeável (3 x 4 m) e pá: produtos perigosos sólidos; 
 Extintores de incêndio para a carga. 
Recomenda-se para os veículos que transportam carga líquida 
embalada, além dos equipamentos citados acima, que portem dispositivos para 
contenção de vazamento, tais como: 
 Martelo e batoques cônicos para tamponamento de furos, exceto 
para embalagens plásticas; 
 Almofadas impermeáveis para tamponamento de cortes e rasgos; 
 Tirantes para fixação das almofadas, adequados ao tamanho da 
embalagem. 
Todos os equipamentos devem estar 
em local de fácil acesso e em perfeitas condições de uso. 
 
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39 
Os materiais de fabricação dos componentes dos equipamentos devem 
ser compatíveis e apropriados aos produtos transportados. No caso de 
produtos cujo risco principal ou subsidiário seja inflamável, os equipamentos 
devem ser de material anti-faiscante (exceto o jogo de ferramentas). 
 
EPI (de acordo com as NBR 9735 da ABNT - Grupo 6, 8 e 12) 
Luva, capacete, óculos de segurança para produtos químicos e máscara 
semi-facial com filtro para Vapores Orgânicos e Gases Ácidos, combinado com 
filtro mecânico. 
Vestuário: calça, camisa e bota. 
Os veículos que transportam Produtos Perigosos deverão portar um Kit 
de Emergência e pelo menos um conjunto completo de EPI (equipamentos de 
proteção individual) para cada pessoa (motorista e ajudantes). Deste modo, a 
presença de caronas pode resultar em infração de transporte, além de colocar 
em risco a vida deles. 
Os EPI deverão estar higienizados e identificados com o nome do 
fabricante e número do Certificado de Aprovação. 
 
OBS: Não confundir com EPI de aplicação de produtos fitossanitários e 
nem com EPI emergencial dos socorros públicos competentes 
(exemplo: Bombeiros e Defesa Civil). 
 
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40 
Identificação do RNTRC 
RNTRC - Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga - 
RESOLUÇÃO - 437 e 537 de 2004 - ANTT. 
Esta identificação tem o objetivo de promover estudos e levantamentos 
relativos a frota de caminhões, bem como organizar e manter um registro 
nacional de transportadores rodoviários. 
Exigências: transportadoras/empresas constituídas e operadores 
autônomos. 
*Consultas: www.antt.gov.br ou nos escritórios regionais credenciados pela ANTT. 
 
Prescrições de serviço 
Produtos fitossanitários perigosos: não devem ser aceitos para 
transporte ou transportados, a não ser que tenham sido adequadamente 
classificados, embalados, marcados, rotulados, sinalizados e com a declaração 
de acondicionamento descrita num documento de transporte (exemplo: nota 
fiscal) em conformidade com a Resolução N°420/04 ANTT 
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41 
Disposição da carga: os diferentes volumes num carregamento 
contendo produtos perigosos devem ser convenientemente arrumados e 
escorados entre si ou presos por meios adequados na unidade de transporte, 
de maneira a evitar qualquer deslocamento, seja de um volume em relação a 
outro, seja em relação às paredes da unidade de transporte. 
Fogo/explosão: é proibido entrar numa carroceria coberta, carregada 
com produtos da Classe 3 (inflamáveis), portando aparelhos de iluminação a 
chama. Além disso, não devem ser utilizados aparelhos e equipamentos 
capazes de produzir ignição dos produtos ou de seus gases e vapores. 
Gêneros alimentícios (e outros produtos de consumo): nos locais de 
carga, descarga e transbordo, os produtos perigosos devem ser mantidos 
isolados. 
Veículo contaminado: em caso de contaminação, o veículo 
transportador, antes de ser recolocado em serviço, deverá ser cuidadosamente 
lavado com água corrente e devidamente descontaminado em local 
previamente licenciado pelo órgão de controle ambiental. 
 
 Use material absorvente para 
recolher o material derramado. 
 Lave com água corrente a parte 
contaminada. 
 
Manuseio em locais públicos: se, por qualquer motivo, tiverem que ser 
efetuadas operações de manuseio em locais públicos, as embalagens 
contendo produtos de natureza distinta deverão ser separadas, segundo os 
respectivos símbolos de risco. 
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42 
Materiais sensíveis à umidade: seus volumes devem ser transportados 
em veículos tipo baú ou de carroceria lonada que garantam suas 
características. 
 
Revisão dos veículos: 
devem ser realizadas para 
assegurar boas condições de 
transporte. 
 
Carregamento ou descarregamento em locais públicos (e/ou 
aglomerados populacionais): em se tratando de produtos tóxicos não devem 
ser realizados sem permissão especial das autoridades competentes, a menos 
que essas operações sejam justificadas por motivos graves relacionados com 
segurança, caso em que as autoridades devem ser imediatamente informadas. 
Paradas durante o transporte: as paradas no transporte de produtos 
tóxicos por necessidade de serviço devem, tanto quanto possível, ser 
efetuadas longe de locais habitados ou de locais com grande afluxo de 
pessoas. Se for imperiosa uma parada prolongada nas proximidades de tais 
lugares, as autoridades locais devem ser informadas. 
Embalagens vazias: as que tenham contido uma substância perigosa 
estão sujeitas às mesmas prescrições deste Regulamento para embalagens 
cheias, a menos que se tomem medidas para anular qualquer risco (por 
exemplo: tríplice lavagem ou lavagem sob pressão, de acordo com a norma 
técnica NBR 13.968 da ABNT). 
 
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43 
PROTEÇÃO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 
 
Como já foi mencionado em nossa introdução, 
os Equipamentos e procedimentos de Proteção 
Coletiva são os primeiros a serem indicados para a 
proteção do trabalhador no ambiente de trabalho. 
 
Os riscos de acidentes ou riscos mecânicos são responsáveis por 
inúmeros acidentes de trabalho. Uma máquina que, no projeto, não foi 
contemplada com o dispositivo de proteção das partes móveis ou daspartes 
energizadas, equipamentos sem as devidas manutenções periódicas ou 
utilizados de maneira inadequada são armas em potencial à saúde e à 
segurança do trabalhador, podendo causar acidentes com perda de membros e 
até mesmo a morte do trabalhador. Devido à iminente periculosidade foi criada 
a décima segunda Norma Regulamentadora, Máquinas e Equipamentos, cujo 
teor refere-se aos cuidados que devem ser observados quanto ao uso e 
aplicação de máquinas e equipamentos no ambiente laboral. 
 
Recomendações quanto às instalações e 
áreas de ocupação de máquinas e equipamentos 
Nos locais onde se instalam máquinas e equipamentos, o piso deve ser 
vistoriado e limpo, sempre que apresentarem riscos provenientes de graxas, 
óleos e outras substâncias que os tornem escorregadios e as áreas de 
circulação devem garantir o movimento seguro de pessoas, material e 
transportes mecânicos, obedecendo às seguintes recomendações mínimas: 
1. Distância entre partes móveis de máquinas e/ou equipamentos: de 
0,70m (setenta centímetros) a 1,30m (um metro e trinta centímetros); 
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2. Distância mínima entre máquinas e equipamentos: de 0,60 m(sessenta 
centímetros) a 0,80 m (oitenta centímetros); 
3. Largura mínima das vias principais de circulação e as que conduzem às 
saídas: 1,20m (um metro e vinte centímetros), devidamente demarcadas 
e mantidas permanentemente desobstruídas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ambiente de trabalho deverá ter áreas reservadas para corredores e 
armazenamento de materiais, devidamente demarcadas com faixa nas cores 
indicadas pela NR 26 
– Sinalização de Segurança, assim como as áreas em torno das 
máquinas ou dos equipamentos deverão ter espaço suficiente para atender ao 
tipo de operação e o seu tamanho. 
As máquinas e os equipamentos de grandes dimensões devem ter 
escadas e passadiços que permitam acesso fácil e seguro aos locais em que 
seja necessária a execução de tarefas conforme ilustração, a seguir: 
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Normas de segurança para dispositivos de acionamento, partida e parada 
de máquinas e equipamentos 
As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de acionamento 
e parada localizados de modo que sejam acionados ou desligados pelo 
operador na sua posição de trabalho, não se localize na zona perigosa de 
máquina ou do equipamento, possa ser acionado ou desligado em caso de 
emergência por outra pessoa que não seja o operador, não possa ser acionado 
ou desligado, involuntariamente, pelo operador, ou de qualquer outra forma 
acidental e não acarrete riscos adicionais. 
No caso das máquinas e equipamentos com acionamento repetitivo que 
não tenham proteção adequada oferecendo risco ao operador, devem ter 
dispositivos apropriados de segurança para o seu acionamento. 
As máquinas e os equipamentos que utilizarem energia elétrica, 
fornecida por fonte externa, devem possuir chave geral, em local de fácil 
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acesso e acondicionada em caixa que evite o seu acionamento acidental e 
proteja as suas partes energizadas. 
O acionamento e o desligamento 
simultâneo por um único 
comando, de um conjunto de 
máquinas ou de máquina de 
grande dimensão, devem ser 
precedidos de sinal de alarme. 
Ex.: utilização de gruas 
 
Normas sobre proteção de máquinas e equipamentos 
 Proteção nas transmissões de forças: As transmissões de força, como 
volantes, polias, correias e engrenagens, devem ter proteção fixa, 
integral e resistente, através de chapa ou outro material rígido que 
impeça o ingresso das mãos e dedos nas áreas de risco, excetuando-se 
quando estiverem a uma altura superior a 2,50 m (dois metros e 
cinquenta centímetros) e não houver a existência de plataforma de 
trabalho ou áreas de circulação nos diversos níveis. 
 As máquinas e os equipamentos que oferecem riscos de ruptura de 
partes, projeção de peças ou parte delas ou lancem partículas de 
material no seu processo de trabalho, devem ter seus movimentos, 
alternados ou rotativos protegidos. 
 Máquinas e os equipamentos energizados devem ser aterrados 
eletricamente, conforme previsto na NR 10 – Segurança em Instalações 
e Serviços em Eletricidade. 
 Os protetores de máquinas e equipamentos devem ser suficientemente 
resistentes, de forma a oferecer proteção efetiva; devem permanecer 
fixados, firmemente à máquina, ao equipamento, piso ou a qualquer 
outra parte fixa, por meio de dispositivos que, em caso de necessidade, 
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permitam sua retirada e recolocação imediatas; e os protetores 
removíveis só podem ser retirados para execução de limpeza, 
lubrificação, reparo e ajuste e após o serviço devem ser, 
obrigatoriamente, recolocados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Normas gerais acerca dos assentos e mesas nos postos de trabalho 
As normas gerais para assentos e mesas nos locais de trabalho devem 
obedecer aos parâmetros estabelecidos na NR 17 – Ergonomia, de forma que 
possa oferecer condições de conforto e segurança em toda sua jornada diária 
de trabalho, tais como: 
 Cadeira com altura regulável, encosto e assento ergonomicamente 
dimensionados; 
 Mesas para colocação de peças e o ponto de operação das máquinas e 
equipamentos devem estar na altura e posição adequadas, a fim de 
evitar fadiga ao operador; 
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 As mesas deverão estar localizadas de forma a evitar a necessidade de 
o operador colocar as peças em trabalho sobre a mesa da máquina. 
 
Fabricação, importação, venda e locação de máquinas e equipamentos 
É proibida a fabricação, a importação, a 
venda, a locação e o uso de máquinas e 
equipamentos que não atendam às normas de 
segurança para dispositivos de acionamento, 
partida e parada de máquinas e equipamentos e 
normas relativas à proteção nas máquinas e 
equipamentos, sem prejuízo da observância dos demais dispositivos legais e 
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. 
Dessa forma, cabe a (ao) Superintendente Regional do Trabalho e 
Emprego ou a (ao) Superintendente Regional do Trabalho e Emprego Marítimo 
a interdição da máquina ou de equipamento que não atender aos requisitos de 
segurança. 
 
Manutenção e operação de máquinas e equipamentos 
Você vai conhecer algumas recomendações de segurança, 
aparentemente simples, relativas à Manutenção e operação de máquinas e 
equipamentos: 
 Os reparos, a limpeza, os ajustes e a inspeção somente podem ser 
executados com as máquinas paradas, salvo se o movimento for 
indispensável à sua realização; 
 A manutenção e inspeção somente podem ser executadas por pessoas 
devidamente credenciadas pela empresa; 
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 A manutenção e a inspeção das máquinas e dos equipamentos devem 
ser feitas de acordo com as instruções fornecidas pelo fabricante e/ou 
de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes no País; 
 Nas áreas de trabalho com máquinas e equipamentos devem 
permanecer apenas o operador e as pessoas autorizadas; 
 Os operadores não podem se afastar das áreas de controle das 
máquinas sob sua responsabilidade,quando em funcionamento; 
 Nas paradas temporárias ou prolongadas, os operadores devem colocar 
os controles em posição neutra, acionar os freios e adotar outras 
medidas, com o objetivo de eliminar riscos provenientes de 
deslocamentos. Ex.: Operação com o bate estacas. 
 Fica proibida a instalação de motores estacionários de combustão 
interna em lugares fechados ou insuficientemente ventilados. 
 
As recomendações de segurança em relação às máquinas e equipamentos são 
fundamentais na diminuição dos acidentes de trabalho. 
 
 
 
Trabalho com motosserras 
 
O trabalho com motosserras requer cuidados 
específicos além dos citados nas disposições gerais 
de segurança nas máquinas e equipamentos. 
 
Assim, passamos a descrever algumas orientações para o uso de 
motosserras: 
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1. As motosserras fabricadas e importadas para comercialização no País 
deverão dispor de dispositivos de segurança (EPC), tais como, freio 
manual de corrente, pino pega-corrente, protetor da mão direitae mão 
esquerda, trava de segurança do acelerador. 
Entre os Equipamentos de Proteção Individual – EPI recomendados para 
o operador de motosserras estão: capacete, óculos, protetor auricular (de 
concha), macacão, luvas e botas. 
 
2. Os fabricantes e importadores de motosserras instalados no país 
introduzirão, nos catálogos e manuais de instruções de todos os 
modelos de motosserras, os seus níveis de ruído e vibração e a 
metodologia utilizada para a referida aferição; 
3. Todas as motosserras fabricadas e importadas serão comercializadas 
com Manual de Instruções contendo informações relativas à segurança 
e à saúde no trabalho especialmente contra os riscos de segurança e 
saúde ocupacional, tais como instruções de segurança no trabalho com 
o equipamento, de acordo com o previsto nas Recomendações Práticas 
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), especificações de ruído 
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e vibração e penalidades e advertências quanto a não observância das 
normas específicas. 
4. Treinamento obrigatório para operadores de motosserra: 
 Os fabricantes e importadores de motosserra instalados no País, 
através de seus revendedores, deverão disponibilizar treinamento 
e material didático para os usuários de motosserra, com conteúdo 
programático relativo à utilização segura de motosserra, 
constante no Manual de Instruções; 
 Os empregadores deverão promover a todos os operadores de 
motosserra treinamento para utilização segura da máquina, com 
carga horária mínima de 8 (oito) horas, com conteúdo 
programático relativo à utilização segura da motosserra, 
constante no Manual de Instruções; 
 Os certificados de garantia dos equipamentos contarão com 
campo específico, a ser assinado pelo consumidor, confirmando a 
disponibilidade do treinamento ou responsabilizando-se pelo 
treinamento dos trabalhadores que utilizarão a máquina. 
5. Todos os modelos de motosserra deverão conter rotulagem de 
advertência indelével e resistente, em local de fácil leitura e visualização 
do usuário, com a seguinte informação: “O uso inadequado da 
motosserra pode provocar acidentes graves e danos à saúde”. 
 
O trabalho com motosserra é responsável por acidentes de ferimentos 
com a lâmina, ruídos e vibrações, corte e queda da árvore. 
 
 
 
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Trabalho com cilindros de massa 
Cilindro de massa é a máquina utilizada para 
cilindrar a massa de fazer pães, é constituída de mesa 
baixa, prancha de extensão traseira, cilindros superior e 
inferior, motor e polias. 
Responsável por grande número de acidentes, os cilindros de massa 
receberam atenção especial em relação à sua fabricação, com recomendações 
de segurança, que passaremos a descrever: 
1. Os cilindros de massa fabricados e importados para comercialização no 
País deverão dispor de dispositivos de proteção para as áreas dos 
cilindros: 
 Proteção fixa instalada a 117 cm (com uma tolerância de ± 2,5 
cm) de altura e a 92 cm (com uma tolerância ± 2,5 cm) da 
extremidade da mesa baixa, para evitar o acesso à área de 
movimento de riscos; 
 Proteção fixa nas laterais da prancha de extensão traseira, para 
eliminar a possibilidade de contato com a área de movimentação 
de riscos por outro local, além da área de operação; 
 Prancha de extensão traseira, com inclinação de 50 a 55 graus e 
distância entre zona de prensagem (centro e cilindro inferior) e 
extremidade superior da prancha de 80 cm (com uma tolerância ± 
2,5 cm); 
 Mesa baixa com comprimento de 80cm (com uma tolerância ± 
2,5cm), medidas do centro do cilindro inferior à extremidade da 
mesa e altura de 75cm (com uma tolerância ± 2,5 cm); 
 Chapa de fechamento do vão ente tolete obstrutivo e cilindro 
superior. 
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2. Segurança e Limpeza para o cilindro superior, lâmpada de limpeza em 
contato com a superfície inferior do cilindro e para o cilindro inferior, 
chapa de fechamento do vão entre cilindro e mesa baixa; 
3. Proteção elétrica constituída de dispositivo eletrônico que impeça a 
inversão de fases e sistema de parada instantânea de emergência, 
acionado por botoeiras posicionadas lateralmente, à prova de poeira, 
devendo funcionar com freio motor ou similar, de tal forma que elimine o 
movimento de inércia dos cilindros; 
4. Proteção das polias com tela de malha, no máximo, 0,25 cm2, ou chapa; 
5. Indicador visual para regular visualmente a abertura dos cilindros 
durante a operação de cilindrar a massa, evitando o ato de colocar as 
mãos para verificar a abertura dos cilindros. 
 
Como você pode perceber a tecnologia empregada no processo de 
trabalho pode ser responsável por inúmeros acidentes. Dessa forma, as 
recomendações de segurança são de grande importância no combate a 
acidentes oriundos de máquinas e equipamentos. Outras situações 
encontradas nos ambientes de trabalho, tais como a falta de higiene e conforto 
podem gerar acidentes por agentes biológicos e ergonômicos tornando 
insalubre o ambiente de trabalho. 
 
Resumindo: As máquinas e equipamentos fazem parte do 
nosso cotidiano, seja no ambiente da comunidade ou no 
ambiente de trabalho, são elas que nos auxiliam, facilitando a 
realização de tarefas, tornando-se imprescindíveis à nossa 
vida. Nesta aula, você viu que medidas de segurança devem 
ser observadas no manuseio desses equipamentos, para que 
os mesmos não se tornem uma arma de decepar membros ou 
matar. Assim, quando você utilizar de equipamentos elétricos 
deve ter o cuidado com o isolamento das partes energizadas, 
quando você trabalhar com máquinas cujas partes móveis 
estão expostas, como motosserras e cilindros de massa, tenha 
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cuidado de não manter contato direto com as partes móveis. 
Dessa forma, cabe ao Técnico de Segurança do Trabalho a 
vigilância constante das medidas de segurança adotadas no 
uso desses equipamentos. 
 
 
 
MÁQUINAS E ACIDENTES DE TRABALHO 
*Estudo desenvolvimento pelo prof. René Mendes, por solicitação da Secretaria de Previdência 
Social(SPS/MPAS), com o apoio do Banco Mundial e PNUD. Contou com parcerias do setor 
privado, órgãos públicos, em especial, o Ministério do Trabalhoe Emprego, FUNDACENTRO e 
Ministério da Saúde. 
Segundo a Organização Internacional do Trabalho, todos os anos 
morrem no mundo mais de 1,1 milhão de pessoas, vítimas de acidentes ou de 
doenças relacionadas ao trabalho. Esse número é maior que a média anual de 
mortes no trânsito (999 mil), as provocadas por violência (563 mil) e por 
guerras (50 mil). 
No Brasil, os números são alarmantes. Os 393,6 mil acidentes de 
trabalho verificados em 1999 tiveram como consequência 3,6 mil óbitos e 16,3 
mil incapacidades permanentes. De cada 10 mil acidentes de trabalho, 100,5 
são fatais, enquanto em países como México e EUA este contingente é de 36,6 
e 21,6, respectivamente. 
Os acidentes de trabalho têm um elevado ônus para toda a sociedade, 
sendo a sua redução um anseio de todos: governo, empresários e 
trabalhadores. Além da questão social, com morte e mutilação de operários, a 
importância econômica também é crescente. Além de causar prejuízos às 
forças produtivas, os acidentes geram despesas como pagamento de 
benefícios previdenciários, recursos que poderiam estar sendo canalizados 
para outras políticas sociais. Urge, portanto, reduzir o custo econômico 
mediante medidas de prevenção. 
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Nesse contexto, destaca-se o problema das máquinas e equipamentos 
obsoletos e inseguros, responsáveis por cerca de 25% dos acidentes do 
trabalho graves e incapacitantes registrados no País. 
Dentre as máquinas e equipamentos estudados, os que mais causaram 
acidentes de trabalho foram: 
 Prensas Mecânicas 
 Prensas Hidráulicas 
 Máquinas Cilindros de Massa 
 Máquinas de Trabalhar Madeiras: Serras Circulares e 
Desempenadeiras 
 Máquinas Guilhotinas para Chapas Metálicas e papel 
 Impressoras Off-Set a Folha 
 Injetoras de Plástico 
 Cilindros Misturadores para Borracha 
 Calandras para Borracha e metal 
 
Também vale ressaltar que algumas atividades industriais, bem como, 
os seus respectivos processos de produção juntamente com as máquinas e 
equipamentos e muitos outros fatores conjugados, criam um ambiente inseguro 
para o trabalhador, merecendo especial destaque para as atividades que 
envolvem: 
 Operações com soldagem; 
 Caldeiras e vasos sob pressão 
 
Nesse sentido, dedicaremos um pouco mais de atenção e estudo para 
essas áreas agora: 
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PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA EM SOLDAGEM 
 
A Soldagem é o processo de união de materiais (particularmente os 
metais) mais importante do ponto de vista industrial sendo extensivamente 
utilizada na fabricação e recuperação de peças, equipamentos e estruturas. A 
sua aplicação atinge desde pequenos componentes eletrônicos até grandes 
estruturas e equipamentos (pontes, navios, vasos de pressão, etc.). Existe um 
grande número de processos de soldagem diferentes, sendo necessária a 
seleção do processo (ou processos) adequado para uma dada aplicação. A 
tabela abaixo lista algumas das principais vantagens e desvantagens dos 
processos de soldagem. 
Vantagens Desvantagens 
1. Juntas de integridade e eficiência 
elevadas 
2. Grande variedade de processos 
3. Aplicável a diversos materiais 
4. Operação manual ou automática 
5. Pode ser altamente portátil 
6. Juntas podem ser isentas de 
vazamentos 
7. Custo, em geral, razoável 
8. Junta não apresenta problemas de 
perda de aperto. 
1. Não pode ser desmontada 
2. Pode afetar microestrutura e 
propriedades das partes 
3. Pode causar distorções e tensões 
residuais 
4. Requer considerável habilidade do 
operador 
5. Pode exigir operações auxiliares de 
elevado custo e duração (ex.: 
tratamentos térmicos) 
6. Estrutura resultante é monolítica e 
pode ser sensível a falha total 
 
 
Algumas definições usuais para soldagem são: 
"Processo de junção de metais por fusão". (Deve-se ressaltar que não 
só metais são soldáveis e que é possível soldar metais sem fusão).” 
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"Operação que visa obter a união de duas ou mais peças , assegurando, 
na junta soldada, a continuidade de propriedades físicas, químicas e 
metalúrgicas". 
"Processo de união de materiais baseado no estabelecimento, na região 
de contato entre as peças que estão sendo unidas, de ligações químicas de 
natureza similar às atuantes no interior dos próprios materiais." 
Idealmente, a soldagem ocorre pela aproximação das superfícies das 
peças a uma distância suficientemente curta para a criação de ligações 
químicas entre os seus átomos (figura 1). Este efeito pode ser observado, por 
exemplo, quando dois pedaços de gelo são colocados em contato. Para outros 
materiais, a soldagem não ocorre tão facilmente pois a aproximação das 
superfícies a distâncias suficientes para a criação de ligações químicas entre 
os seus átomos é dificultada pela rugosidade microscópica e camadas de 
óxido, umidade, gordura, poeira e outros contaminantes existentes em toda 
superfície metálica. 
*Figura 1 - Formação teórica de uma solda pela aproximação das superfícies das peças. 
 
Esta dificuldade é superada de duas formas principais, das quais 
originam os dois grandes grupos de processos de soldagem: 
 Deformar as superfícies em contato, rompendo as camadas de 
contaminantes e permitindo a sua aproximação e a formação de 
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ligações químicas (figura 2). As superfícies de contato podem ser 
aquecidas para facilitar a sua deformação. 
 Aquecer localmente a região a ser soldada até a sua fusão, 
destruindo, assim, as superfícies e produzindo a solda com a 
solidificação do material fundido (figura 3). 
 
 
 
Figura 2 - Soldagem por pressão (esquemática). Figura 3 - Soldagem por fusão (esquemática). 
 
Assim, os diferentes processos de soldagem podem ser agrupados em 
dois grandes grupos baseando-se no método dominante de se produzir a 
solda, isto é, (a) processos de soldagem por pressão (ou por deformação) e (b) 
processos de soldagem por fusão. 
O primeiro grupo inclui os processos de soldagem por ultrassom, por 
fricção, por forjamento, por resistência elétrica (figura 4), por difusão, por 
explosão, entre outros. Alguns destes processos, como a soldagem por 
resistência a ponto, apresentam características intermediárias entre os 
processos de soldagem por fusão e por deformação. 
O segundo grupo inclui um grande número de processos, entre os quais 
se destacam os processos de soldagem a arco que são os mais utilizados 
industrialmente. Estes utilizam como fonte de calor para a fusão da junta, uma 
descarga elétrica em meio gasoso (arco elétrico) entre dois eletrodos ou, mais 
comumente, entre um eletrodo e a(s) peça(s), figura 5. 
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Figura 4 - Soldagem por resistência a ponto (a) e costura (b). I - corrente de soldagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 5 - Soldagem manual a arco. 
Por sua grande importância em inúmeras utilizações dos metais é 
fundamental que o engenheiro metalúrgico tenha, pelo menos, um 
conhecimento básico da tecnologia e fundamentos da soldagem. Por outro 
lado, a soldagem afeta a estrutura do material, podendo causar o aparecimento 
de descontinuidades

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