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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA SUMÁRIO Introdução ....................................................................................................... 02 O Transporte de Materiais no Processo Produtivo ......................................... 04 Aspectos gerais de Segurança no Transporte e Armazenamento .................. 09 Considerações Gerais sobre cargas ............................................................... 14 Sinalização de Segurança de Cargas ............................................................. 17 Movimentação de Cargas ................................................................................ 18 Sinalização de Segurança dos veículos .......................................................... 31 Proteção em Máquinas e Equipamentos ......................................................... 43 Normas gerais acerca dos assentos e mesas nos Postos de Trabalho .......... 47 Fabricação, importação, venda, locação, operação e manutenção de máquinas e Equipamentos ......................................................................... 48 Trabalho com Motoserras ................................................................................. 49 Trabalho com cilindros de massa ..................................................................... 52 Máquinas e Acidentes de Trabalho .................................................................. 54 Procedimentos de Segurança em Soldagem ................................................... 56 Regras Básicas de Segurança para Trabalhos com corte e solda ................... 60 Segurança na Operação de Caldeiras ............................................................. 82 Processos de Usinagem ................................................................................. 100 Segurança nas Operações de Usinagem ....................................................... 114 Referências Bibliográficas .............................................................................. 117 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 2 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA INTRODUÇÃO: Para se desenvolver uma política de segurança com eficiência e eficácia, torna-se mister o conhecimento dos processos industriais para que se possa intervir de forma positiva para garantir a higiene saúde e segurança dos trabalhadores. Nesse sentido, a disciplina SEGURANÇA NA INDÚSTRIA, propõe desenvolver um conhecimento dos principais processos envolvidos nas atividades industriais, dando um enfoque nos procedimentos de segurança. Vamos ainda abordar as recomendações de segurança que se deve ter no manuseio e transporte de pessoas e materiais, baseado nas diretrizes da Norma Regulamentadora NR 11 - Transporte, movimentação, armazenamento e manuseio de materiais. Prevenir situações de risco requer intervenção em vários seguimentos envolvidos, desde a preocupação com o ambiente laboral até a atuação direta sobre os procedimentos de trabalho a serem executados pelo homem. Dessa forma, como já vimos, devemos levar em consideração as características fisiológicas e psicológicas do trabalhador para que o mesmo desempenhe sua atividade laboral com o menor gasto de energia, sem danos a sua saúde. O uso de máquinas e equipamentos na movimentação e transporte de cargas vem contribuir para minimizar a carga física de trabalho, mas também alguns cuidados devem ser observados para garantir a saúde e a segurança do trabalhador. O armazenamento de materiais também deve ser uma preocupação quando se trata da segurança na indústria e depende das características de Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 3 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA cada material a ser armazenado, uma vez que o peso, o volume, o espaço disponível no ambiente é fator limitante de uma armazenagem segura. Também sabemos que os riscos de acidentes ou riscos mecânicos são responsáveis por inúmeros acidentes de trabalho. Uma máquina que, no projeto, não foi contemplada com o dispositivo de proteção das partes móveis ou das partes energizadas, equipamentos sem as devidas manutenções periódicas ou utilizados de maneira inadequada são armas em potencial à saúde e à segurança do trabalhador, podendo causar acidentes com perda de membros e até mesmo a morte do trabalhador. Devido à iminente periculosidade foi criada a décima segunda Norma Regulamentadora, Máquinas e Equipamentos, cujo teor refere-se aos cuidados que devem ser observados quanto ao uso e aplicação de máquinas e equipamentos no ambiente laboral. Você sabe também que a tecnologia empregada no processo de trabalho pode ser responsável por inúmeros acidentes. Dessa forma, as recomendações de segurança são de grande importância no combate a acidentes oriundos de máquinas e equipamentos. Outras situações encontradas nos ambientes de trabalho, tais como a falta de higiene e conforto podem gerar acidentes por agentes biológicos e ergonômicos tornando insalubre o ambiente de trabalho. Além dos processos e operações citados, igual importância e cuidado devemos dar também aos processos que envolvem operações com soldagem não apenas pelos riscos inerentes à atividade como também pelos riscos adicionais de incêndios, explosões e doenças ocupacionais. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 4 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA Transporte, manuseio e armazenagem de produtos e Tecnologia dos Processos Industrias relacionados com a Higiene, Segurança e Saúde dos Trabalhadores. O TRANSPORTE DE MATERIAIS NO PROCESSO PRODUTIVO Como já foi enfatizado, prevenir situações de risco requer intervenção em vários seguimentos envolvidos, desde a preocupação com o ambiente laboral até a atuação direta sobre os procedimentos de trabalho a serem executados pelo homem. Dessa forma, devemos levar em consideração as características fisiológicas e psicológicas do trabalhador para que o mesmo desempenhe sua atividade laboral com o menor gasto de energia, sem danos a sua saúde. O uso de máquinas e equipamentos na movimentação e transporte de cargas vem contribuir para minimizar a carga física de trabalho, mas também Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 5 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA alguns cuidados devem ser observados para garantir a saúde e a segurança do trabalhador, recomendações estas que passaremos a discutir nessa disciplina. Segurança em operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras Elevadores e monta-cargas são equipamentos mecânicos utilizados para o transporte de materiais, dessa forma, cuidados devem ser tomados quanto ao seu manuseio e localização no ambiente de trabalho. O poço do elevador e monta-cargas devem estar protegidos contra queda de objetos e de pessoas quando os mesmos não estiverem parados no andar, assim os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em toda sua altura, exceto nas portas ou cancelas de acesso necessárias nos pavimentos. No caso de elevadores, quando a cabina não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar protegida por corrimão ou outros dispositivos convenientes. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como: ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídosde maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança, estando bem conservados e em perfeitas condições de trabalho. Os dispositivos mecânicos, tais como cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo- se as suas partes defeituosas. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 6 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA Em todo o equipamento de transporte de cargas deverá ser indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições especiais de segurança, tais como freio, dispositivo de abertura e travamento de portas, dispositivo de sinalização e comunicação em caso de emergência. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos no local destinado a pega. Segurança em transporte motorizado O transporte de materiais com equipamentos de força motriz própria requer habilidade no seu manuseio, assim como cuidados específicos que garantam a segurança de terceiros e de quem os dirige. Assim, as recomendações de segurança em relação a esses equipamentos são: a) O operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa que o habilitará a essa função e só poderá dirigir se durante o horário Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 7 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA de trabalho portar um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível, cuja validade será de 01 ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador; b) Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina) e todos os transportadores industriais serão, permanentemente, inspecionados e as peças defeituosas ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas; c) Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis, sendo proibida a utilização de máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados. Segurança em atividades de transporte de sacas O transporte manual de sacos é toda atividade realizada de maneira contínua ou descontínua, essencial ao transporte manual de sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador, compreendendo também o levantamento e sua deposição. Para esse tipo de transporte realizado pelo trabalhador, fica estabelecida a distância máxima de 60,00 metros para o transporte manual de um saco. No caso de operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o trabalhador terá o auxílio de ajudante. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 8 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA Para quantidades maiores que um saco, o transporte e descarga de sacas deverão ser realizados mediante impulsão de vagonetes, carros, carretas, carros de mão apropriados, ou qualquer tipo de tração mecanizada. É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores a 1,00 m (um metro) ou mais de extensão, a prancha menor que 1 metro de extensão deverá ter a largura mínima de 0,50 m (cinquenta centímetros). As pilhas de sacos, nos armazéns, devem ter altura máxima limitada ao nível de resistência do piso, à forma e resistência dos materiais de embalagem e à estabilidade, baseada na geometria, tipo de amarração e inclinação das pilhas. No processo mecanizado de empilhamento, aconselha-se o uso de esteiras-rolantes, dalas ou empilhadeiras. Nesse caso, quando não for possível o emprego de processo mecanizado, admite-se o processo manual, mediante a utilização de escada removível de madeira. A escada utilizada deverá ter: lance único de degraus com acesso a um patamar final; largura mínima de 1,00 m (um metro), apresentando o patamar as dimensões mínimas de 1,00m×1,00m (um metro x um metro) e a altura máxima, em relação ao solo, de 2,25 m(dois metros e vinte e cinco centímetros); o espelho da escada não poderá ter altura superior a 0,15m(quinze centímetros), nem o piso da escada largura inferior a 0,25m(vinte e cinco centímetros); reforço lateral e verticalmente, por meio de estrutura metálica ou de madeira que assegure sua estabilidade; um corrimão ou guarda- corpo na altura de 1,00 m (um metro) em toda a extensão; perfeitas condições Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 9 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA de estabilidade e segurança, sendo substituída imediatamente a que apresente qualquer defeito. Aspectos gerais de segurança no transporte e armazenamento de materiais O armazenamento de materiais depende das características de cada material a ser armazenado, uma vez que o peso, o volume, o espaço disponível no ambiente é fator limitante de uma armazenagem segura. Dessa forma, o peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o piso, o material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc., o material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo menos 0,50m (cinquenta centímetros), a disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às saídas de emergência e o armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material. O piso do armazém deverá ser constituído de material não escorregadio, sem aspereza, utilizando-se, de preferência, o mastique asfáltico (Massas plástica a base de asfaltos, amianto e óleos não secativos), e mantido em perfeito estado de conservação, devendo-se evitar o transporte manual de sacos em pisos escorregadios ou molhados, dessa forma a empresa deverá providenciar cobertura apropriada dos locais de carga e descarga da sacaria. Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras rochas Recomendações de segurança para os fueiros Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 10 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA Os fueiros devem ser calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho, assim como, deverá ser indicado, em lugar visível, o nome do fabricante, o responsável técnico e a carga máxima de trabalho permitida e seus encaixes (fueiros) devem possuir sistema de trava que impeça a saída acidental dos mesmos. Recomendações de segurança no uso de carro porta-bloco e Carro transportador Os carros porta-bloco e carros transportadores devem ser calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho, atendendo as instruções do fabricante, e deverá ser indicado em lugar visível, o nome do fabricante, o responsável técnico e a carga máxima de trabalho permitida. O carro transportador e o porta- bloco devem dispor de proteção das partes que ofereçam risco para o operador, com atenção especial das condições dos cabos de aço, dos ganchos e suas proteções, da proteção das roldanas, rodas do carro, polias e correias e partes elétricas. O operadordo carro transportador e do carro porta-bloco, bem como a equipe que trabalhar na movimentação do material, deve receber treinamento adequado e específico para a operação. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 11 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA Recomendações de segurança quanto ao pátio de estocagem das chapas de mármore ou granito Nos locais do pátio onde for realizada a movimentação e armazenagem de chapas, o deslocamento de pessoas e materiais, também terá de ser mantido em condições adequadas, devendo a empresa garantir que o mesmo tenha resistência sufi ciente para suportar as cargas usuais e recomenda-se que a área de armazenagem de chapas seja protegida contra intempéries. Recomendações de segurança na utilização dos cavaletes Os cavaletes devem estar instalados sobre bases construídas de material resistente e impermeável, de forma a garantir perfeitas condições de estabilidade e de posicionamento, observando-se que os cavaletes devem garantir adequado apoio das chapas e possuir altura mínima de um metro e cinquenta centímetros; Recomenda-se a adoção de critérios para a separação no armazenamento das chapas, tais como cor, tipo do material ou outros critérios de forma a facilitar a movimentação das mesmas. Recomenda-se que as empresas mantenham nos locais de armazenamento, os projetos, cálculos e as especificações técnicas dos cavaletes. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 12 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA Recomendações de segurança na movimentação de chapas A movimentação das peças de mármore e granitos, devido às suas dimensões e o processo empregado, requer cuidados de segurança que passamos a descrever. a) Movimentação de chapas com uso de ventosas Na movimentação de chapas com o uso de ventosas deve-se ter especial atenção a potência do compressor, os aspectos ergonômicos no manuseio, cuidados com a localização e fixação das mangueiras e conexões, garantir a facilidade de treinamento do operador, assim como as borrachas das ventosas devem ter manutenção periódica e imediata substituição em caso de desgaste ou defeitos que as tornem impróprias para uso. O empregador deverá destinar uma área específica para a movimentação de chapas com uso de ventosa, de forma que o trabalho seja realizado com total segurança. E esta área deve ter sinalização adequada na vertical e no piso. Recomenda-se, ainda, que os equipamentos de movimentação de chapas, à vácuo, possuam alarme sonoro e visual que indiquem pressão fora dos limites de segurança estabelecidos. b) Movimentação de chapas com cabos de aço, cintas, correias e correntes. Na movimentação de chapas, com a utilização de cabos de aço, cintas, correias e correntes deve ser considerada a capacidade de sustentação das mesmas e a capacidade de carga do equipamento de içar, atendendo as Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 13 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA especificações técnicas e recomendações do fabricante, bem como suas recomendações de instalação, conservação e manutenção. O empregador deverá ainda manter o registro das inspeções e manutenção, indicar em lugar visível, o nome do fabricante, o responsável técnico e a carga máxima de trabalho permitida e destinar área específica com sinalização adequada, na vertical e no piso, para a movimentação de chapas com uso de cintas, correntes, cabos de aço e outros meios de suspensão. c) Movimentação de Chapas com Uso de Garras A movimentação de chapas com uso de garras só pode ser realizada pegando-se uma chapa por vez e por no mínimo três trabalhadores, não podendo ultrapassar a capacidade de carga dos elementos de sustentação e a capacidade de carga da ponte rolante ou de outro tipo de equipamento de içar, atendendo as especificações técnicas e recomendações do fabricante. As empresas devem ter livro próprio para registro de inspeção e manutenção dos elementos de sustentação usados na movimentação de chapas com uso de garras e as inspeções e manutenções devem ser realizadas por profissional legalmente habilitado e dado conhecimento ao empregador. NÃO ESQUEÇA: O processo de carga, de descarga e de transporte de materiais, envolve além do esforço físico do trabalhador, condições seguras de acondicionamento e transporte. Dessa forma, cabe ao empregador oferecer Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 14 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA ambientes salubres para a execução das tarefas, assim como treinamento adequado ao trabalhador, a atividade de levantamento e transporte de carga. O profissional de segurança deve estar atento ao cumprimento e a manutenção dessas práticas seguras. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE CARGAS O QUE SÃO CARGAS? Carga é todo e qualquer material a ser transportado, independentemente do tipo, tamanho e embalagem. Ela é o principal objetivo de uma empresa de transporte de cargas. Transportá-las de um lugar para o outro, no menor tempo possível, sem danificá-la é uma obrigação da transportadora. Considerando ainda, que os bens nem sempre são produzidos no local onde serão utilizados, convém atenção especial quanto à logística de transportes e seus riscos. Dependendo da urgência e da natureza do produto transportado, escolhe-se o modal de transporte, podendo ser: rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo. TIPOS DE CARGAS Existe diversos tipos de cargas, como veremos, a seguir: Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 15 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 1 – A GRANEL: São as cargas transportadas em grande quantidade, sem qualquer tipo de embalagem, podendo ser sólidas, líquidas ou gasosas, obedecendo a legislação específica de segurança para cada uma delas. 2. EMBALADAS: São as cargas transportadas em caixas, fardos, feixes ou sacarias. Podendo variar de tamanho e forma, conforme as características dos produtos transportados. 3. DIVERSOS: São as cargas de diferentes tipos e que são transportadas sem qualquer tipo de embalagem, tais como: pneus, telhas, máquinas, etc. 4. ESPECIAIS: São as cargas que, por suas características, são transportadas em caminhões especialmente preparados para essa finalidade. Como por exemplo: valores, automóveis, equipamentos de grande porte, carnes, etc. TIPOS DE EMBALAGENS As mercadorias são embaladas de diferentes formas e com diferentes materiais segundo a sua natureza e utilização. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 16 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA Os tipos de embalagens mais conhecidas, são: caixas de papelão, para acondicionar produtos leves como vidros, eletroeletrônicos, perfumes, brinquedos, livros etc; caixas de madeira, para produtos mais pesados como motores, baterias, ferramentas, espelhos, vidros, etc.; engradados, para mercadorias de forma irregular como latarias de autos, bicicletas, móveis, motos, etc.; fardos, para tecidos algodões, bolas, etc.; sacos para pequenas quantidades de mercadorias à granel, como cereais e carvão, podendo ser de plástico, papel ou tecido; feixes, para ferramentas e utensílios; tambores, para óleos e graxas; bombonas para líquidos, em geral; barricas, para vinhos e azeitonas; latas e galões para sucos, saneantes e alguns alimentos e tintas; bobinas, para lâminas de papel, alumínio, tapetes e tecidos e carretéis, para fios, cabos, cordas e mangueiras.BOMBONAS CAIXAS DE MADEIRA BARRICAS CARRETÉIS BOBINAS Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 17 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA DE CARGAS As marcações nas embalagens não visam apenas à indicação correta do nome e do destino das cargas. Muitos símbolos são utilizados para indicar cuidados que devem ser tomadas com cada tipo de carga durante às operações de carregamento, transporte, descarregamento, manuseio e estocagem. O conferente de cargas ou transportador deve conhecer perfeitamente a simbologia utilizada, bem como, na falta de sinalização usar o bom senso depois de identificar o produto pela nota fiscal, levando em consideração que um mesmo produto pode trazer várias recomendações na embalagem, conforme ilustração abaixo: Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 18 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS A movimentação das cargas, principalmente, durante as operações de carga e descarga, são as operações que oferecem o maior risco de acidentes, vamos ver agora vários tipos de equipamentos e procedimentos utilizados nesses serviços: EMPILHADEIRA MOTORIZADA PALLETEIRA OU PATINHA CARRINHO DE PLATAFORMA CARRINHO P/ TAMBORES ALAVANCA C/ RODAS PALLETS OU ESTRADOS CONTAINERS GAIOLAS Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 19 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA SEGURANÇA NA MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS O manuseio incorreto de cargas pode trazer aos trabalhadores sérias consequências, tais como: lombalgias (dores nas costas), escolioses (desvio de coluna), hérnia de disco, esmagamento de mãos, pés e dedos, etc. O levantamento e a movimentação manual de cargas exigem a obediência a certas regras ergonômicas básicas, a fim de eliminar os riscos de acidentes e, consequentemente, evitar que as pessoas se tornem incapazes para o trabalho e para o lazer no futuro. HÉRNIA DE DISCO A COLUNA VERTEBRAL É formada por 33 vértebras. É ela que faz com que as pessoas caminhem e realizem os movimentos. Dá equilíbrio ao corpo, pois suporta todo o peso da cabeça, dos braços e tórax. As divisões da coluna As principais causas de hérnia de disco estão relacionadas a varios fatores, como a má postura, esforços decorrentes de atividades físicas excessivas ou inadequadas, excesso de carga, obesidade, estrutra genética, acidentes, entre outras. A coluna vertebral é formada por um conjunto de vértebras separadas entre si por pequenos "colchões" denominados discos intervertebrais. As vértebras são constituídas por ossos porosos (parte rígida) e os discos intervertebrais são constituídos por âminas de cartilagem (parte deformável). Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 20 Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA Nas figuras ao lado e abaixo, podemos observar um disco normal e um outro com hérnia de deslocamento transversal , provocada por esforço transversal "H" atuando simultaneamente com alta compressão "Fc" (acidentes com efeitos bruscos). CAUSAS 1. Fatores genéticos; 2. Posturas Incorretas; 3. Atividades Sedentárias; 4. Acidentes. SINTOMAS 1. Dores fortes ou dormência em uma das pernas; 2. Descontrole do Intestino e da bexiga; 3. Paralisia das pernas. TRATAMENTO Cerca de 90% dos casos podem ser solucionados sem cirurgia. Nesses casos, o tratamento consiste em repouso, fisioterapia e uso de medicamentos (analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares, ansiolíticos). Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA LEVANTAMENTO MANUAL DE CARGAS O levantamento manual de cargas, como já dissemos anteriormente, exige certas precauções, a fim de evitar problemas de saúde. Antes de levantar uma carga verifique: as características gerais da carga (peso, forma, volume), se há avarias, se possui arestas cortantes, pontas ou rebarbas, a sinalização e os pontos pelos quais deve ser manuseada e, principalmente, se é carga para uma pessoa sozinha ou se precisa de ajuda. - Posicione-se junto a carga com os pés separados; - Mantenha a coluna reta ao abaixar- se, a cabeça em posição natural e os braços próximos ao corpo; - Dobre os joelhos, segurando firmemente a carga e levante fazendo o maior esforço nas pernas; - Levante a carga aos poucos, evitando movimentos bruscos e nunca gire a cintura enquanto estiver segurando peso; - Ao descarregar faça o movimento inverso. Transporte de cilindros de gás: Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 22 Cada tipo de carga, como já vimos, tem a melhor forma de ser transportada com segurança e o bom senso é a melhor forma de escolher a operação correta a ser utilizada de modo a despreender o menor esforço e correr o menor risco. Da carga e seu acondicionamento O expedidor é responsável pelo bom acondicionamento da carga no veículo. As embalagens deverão estar devidamente rotuladas, etiquetadas e marcadas de acordo com a correspondente classificação e tipo de risco. Não é permitido o transporte de produto fitossanitário em cabines de veículos, Kombis, automóveis e outros tipos de veículos não apropriados. O veículo apropriado é do tipo caminhonete. Também é proibido o transporte destes produtos conjuntamente com animais, alimentos, medicamentos ou embalagens para estes bens. Nunca deixe as embalagens soltas ou empilhadas desordenadamente. As embalagens devem estar preferencialmente organizadas em paletes e empilhadas de forma a evitar o tombamento durante a viagem. A altura máxima de empilhamento para transporte deve ser respeitada. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 23 Quanto ao itinerário O itinerário deverá ser planejado para que os veículos não utilizem vias ou áreas densamente povoadas ou de proteção de mananciais, reservatórios de água ou reservas florestais. Além disso, há em alguns municípios e rodovias, restrições ao transporte de produtos perigosos, que deverão ser observadas no planejamento da viagem. Quanto ao estacionamento Se houver necessidade do veículo parar em situações emergenciais (parada técnica, falha mecânica ou acidente) em local não autorizado (zonas residenciais, logradouros públicos ou locais de fácil acesso ao público e a veículos), ele deve ser bem sinalizado e ficar sob vigilância do condutor e/ou autoridades locais (bombeiros, polícia, órgãos do meio ambiente etc), sendo que, somente em caso de emergência, o veículo poderá estacionar ou parar nos acostamentos das rodovias. Pessoal envolvido na operação de transporte Para o transporte de Produtos Fitossanitários perigosos, acima da quantidade limitada, o motorista deverá apresentar o Certificado do Curso de Treinamento Específico ou Complementar para Condutores de Veículos Rodoviários Transportadores de Produtos Perigosos realizados no SENAI ou SENAT ou empresas credenciadas pelos DETRAN que o credenciará para tal (antigo curso MOPP). Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 24 Para fazero curso o motorista deve ter acima de 21 anos de idade, ser habilitado (Carteira Nacional de Habilitação) nas categorias B, C, D ou E e ter capacidade de interpretar textos. O curso poderá ser feito a distância ou regular com 50 horas de duração. A cada 5 anos, é obrigatório fazer a reciclagem (Curso Complementar). Durante o trajeto, o condutor é o responsável pela carga e deverá checar se as condições dos veículos e da carga estão satisfatórias (por exemplo se não há vazamentos). Todas as pessoas envolvidas na operação de transporte devem ter consciência do tipo de produto que estão transportando, dos riscos que o trabalho envolve e como evitá-los e de como agir em caso de emergência. Todos os envolvidos devem possuir seus EPI (Equipamentos de Proteção Individual) Procedimentos no recebimento do produto: 1) O cliente deverá observar na nota fiscal, se junto com a mesma estão as fichas de emergência de cada produto; 2) Todas as mercadorias recebidas devem ser conferidas em sua qualidade e quantidade, e confrontadas com a nota fiscal. Observando qualquer anormalidade, o cliente deverá comunicar-se com o fabricante pelos telefones constantes dos envelopes ou fichas de emergência das embalagens ou com o representante regional; Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 25 3) Se constatar avaria quando receber os produtos e caso tenha ocorrido vazamento, agir como um acidente de transporte e seguir o procedimento descrito no verso do envelope de emergência e ficha de emergência; 4) Qualquer anormalidade com a carga: avaria, falta, troca de produto etc. deverá ser anotada no conhecimento de transporte; 5) Nossas transportadoras estão orientadas a efetuar as entregas somente nos endereços constantes no corpo da nota fiscal. Documentos obrigatórios A documentação que acompanha a carga é de importância vital, pois é nela que estão todas as informações dos produtos. Para fins de transporte de produtos perigosos, documento de transporte de produtos perigosos é qualquer documento (declaração de carga, nota fiscal, conhecimento de transporte, manifesto de carga ou outro documento que acompanhe a expedição) que contenha as informações obrigatórias sobre o produto e declaração de responsabilidade. Se um documento de transporte listar tanto produtos perigosos quanto não-perigosos, os produtos perigosos devem ser relacionados primeiro ou ser enfatizados de outra maneira. (Ex: em itálico, negrito ou com título indicativo). Nota Fiscal (Transporte de Produtos Perigosos) deve conter: a) O Nome Apropriado Para Embarque (Resolução N° 420/04 ANTT): o nome apropriado para embarque a ser usado no transporte do pesticida, deve ser selecionado com base no ingrediente ativo, no estado físico do pesticida e em quaisquer riscos subsidiários que apresente. Quando são usados nomes apropriados para embarque "genéricos" ou "N.E.", estes devem ser acompanhados do nome técnico do produto. As designações "genéricas" ou Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 26 "N.E." que exigem esta informação suplementar são indicadas pela Provisão Especial 274, constante na coluna 7 da Relação de Produtos Perigosos. O nome técnico deve figurar entre parênteses, imediatamente após o nome apropriado para embarque e deve ser um nome químico reconhecido ou outro nome correntemente utilizado em manuais, periódicos ou compêndios técnicos ou científicos. Nomes comerciais não devem ser empregados com este propósito. No caso de pesticidas, devem ser usados somente nome(s) comum(ns) ISO, outro(s) nome(s) constante(s) na WHO Recommended Classification of Pesticides by Hazard and Guidelines to Classification, ou o(s) nome(s) da(s) substância(s) ativa(s). Ver a RELAÇÃO DE NOMES DE EMBARQUE GENÉRICOS OU NÃO-ESPECIFICADOS neste manual. b) A classe ou a subclasse do produto: nos casos de existência de risco(s) subsidiário(s), poderão ser incluídos os números das classes e subclasses correspondentes, entre parênteses, após o número da classe ou subclasse principal do produto conforme a Resolução N° 701/04 ANTT Para os produtos inflamáveis, citar o algarismo 3 (três). Para os produtos tóxicos, citar 6.1 (seis ponto um). c) O número ONU precedido das letras "UN" ou "ONU"; d) Grupo de Embalagem da substância ou artigo, considerando a Classe de Risco principal: Grupo de Embalagem 1 Substâncias que apresentam alto risco Grupo de Embalagem 11 Substâncias que apresentam risco médio Grupo de Embalagem 111 Substâncias que apresentam baixo risco e) Declaração do expedidor. Estão dispensados dessa declaração, os estabelecimentos que usualmente forneçam produtos perigosos, desde que Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 27 apresentem documento com a declaração impressa na nota fiscal de que o produto está adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais de carregamento, descarregamento, transbordo e transporte, conforme a Resolução N°701/04 ANTT. A declaração deve ser datada, independente da data da Nota Fiscal; f) A quantidade total por produto perigoso abrangido pela descrição (em volume, massa ou conteúdo liquido de explosivos, conforme apropriado). Exemplo: descrição exigida para produtos perigosos na nota fiscal. Sequência de Preenchimento - Opção A NOTA - Sequência exigida: Nome de Embarque para Transporte, Componentes de Risco, Classe ou Subclasse de Risco, Risco Subsidiário caso existir, Grupo de Embalagem e Número da ONU Sequência de Preenchimento - Opção B NOTA - Sequência exigida: Número da ONU, Nome de Embarque para Transporte, Componentes de Risco, Classe ou Subclasse de Risco, Risco Subsidiário caso existir, Grupo de Embalagem Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 28 Obs.: Na resolução 701 e em esclarecimento da NTT em Workshop, ficou definido a não obrigatoriedade de uma sequência nas informações de risco do produto. - O que ficou definido é a obrigatoriedade de não ter interposições entre estas informações. Obs.: Declaração do expedidor impressa na nota fiscal. Ficha de emergência Contém os dados do transportador e telefone disponível 24 horas por dia, para atendimento emergencial, identificação do produto, seus riscos, procedimentos de emergência e, no verso, telefones da corporação de bombeiros, polícia rodoviária, órgão de meio ambiente e Defesa Civil. Para produtos que não foram enquadrados na relação de produtos perigosos (ONUx Brasil), recomenda-se a utilização da ficha de emergência com tarja verde a fim de orientar as equipes de emergência e minimizar os danos ao meio ambiente. Modelos de Fichas de Emergência Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 29 Envelope para transporte O envelope deve ser confeccionado em papel produzido pelo processo Kraft , nas cores ouro, puro ou natural, com gramatura mínima de 80g/m2. Todas as linhas devem ser impressas em cor preta. O tamanho é 190 x 250 mm, com tolerância aproximada de 15 mm. O envelope é composto por quatro áreas, com as utilizações especificadas a seguir: Área A: reservada para impressão do texto conforme a figura. O telefone de emergência deve ter atendimento disponível 24 horas por dia. Área B: deve conter logotipos impressos em qualquer cor e telefones de emergência, casonão tenha sido impresso no verso da Ficha de Emergência. Área C: está reservada para conter o nome, endereço e telefone da "Transportadora", que atualmente é de preenchimento obrigatório. É o único campo que pode ser manuscrito, desde que legível. No caso de redespacho, deve ser incluído o título REDESPACHO e, abaixo deste, o nome, telefone e endereço da transportadora que recebeu a carga. Esta informação deverá ser incluída logo acima do campo Transportadora. Área D: reservada para impressão do texto conforme a figura Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 30 Esta documentação deverá ser emitida pelo expedidor e deverá estar disposta dentro do envelope de emergência desde o início até a entrega do produto ao seu destinatário. Carteira nacional de habilitação (CNH) e do curso CCVTPP Além dos documentos do produto, deverá ser portado pelo motorista o documento do veículo, devidamente licenciado, carteira do Curso CCVTPP – Curso para Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos e Carteira Nacional de Habilitação, onde deve ser observada a validade, idade mínima de 21 anos e a categoria de habilitação correspondente ao veículo. Obrigatoriamente, o motorista deve ter sido aprovado no curso de Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos ou Curso de Atualização para Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos realizado pelo SEST/SENAT – Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ou SENAI (conveniado). O curso consiste de: Direção Defensiva Prevenção de Incêndio Elementos Básicos da Legislação Movimentação de Produtos Perigosos Meio Ambiente Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 31 Observações: Ao terminar o curso o participante recebe um CERTIFICADO com validade de 5 anos credenciado pelo CONTRAN Maiores informações do CURSO CCVTPP - http://www.sestsenat.org.br/ Regulamentado pelo artigo 145 da Lei 9.503/97, Decreto 96.044/88, Resolução168/04 do CONTRAN e Portaria do DETRAN nº12/2000 de SP. Do veículo e equipamentos O veículo de transporte deve estar sempre em perfeitas condições de uso. Além de estar funcionando perfeitamente, deve estar limpo, sem frestas, parafusos, tiras de metal ou lascas de madeiras soltas, proporcionando um transporte que evite danificar as embalagens. Sinalização de segurança do veículo (rótulo de risco e painel de segurança) Quanto à sinalização da unidade de transporte, são necessárias as seguintes medidas: Nos casos em que o transporte de produtos fitossanitários exigir uma identificação por se tratar de produto(s) perigoso(s), a unidade de transporte deve possuir: Uma sinalização geral, indicativa de "transporte de produtos perigosos", por meio de painel de segurança. Uma sinalização indicativa da "classe de risco do produto transportado", por meio do rótulo de risco principal, podendo ser também obrigatória a utilização de rótulo de risco subsidiário. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 32 Rótulo de Risco Os rótulos de risco aplicáveis aos veículos transportadores devem ter o tamanho padrão, no limite de corte da moldurà, de 300 mm x 300 mm, com uma linha na mesma cor do símbolo a 12,5 mm da borda e paralela a todo seu perímetro. Para utilitários o tamanho do rótulo de risco é 250 mm x 250 mm. *Com a publicação da Resolução N° 420/04 ANTT, deixou de existir o rótulo de risco com a indicação NOCIVOS, para os produtos tóxicos do Grupo de Embalagem 111. Desta forma, todos os produtos fitossanitários que se classificam como tóxicos, dos Grupos de Embalagem I, II e III devem utilizar o mesmo rótulo de risco. Risco Subsidiário Nos casos em que for indicada a aposição de rótulos de risco subsidiário, estes deverão levar indicação do número da classe ou subclasse no vértice inferior do símbolo. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 33 Painel de segurança Os painéis de segurança devem ter o número da ONU e o número de risco do produto transportado apostos em caracteres negros, não menores que 65 mm, centralizados em um painel retangular de cor laranja, com altura de 300 mm e comprimento de 400 mm, com uma borda preta de 10 mm. Para utilitários, o tamanho do painel de segurança é 350 mm de largura e 250 mm de altura, conforme NBR N° 7500 da ABNT. *NOTA: Quando for expressamente proibido o uso de água no produto, deve ser colocada a letra X no início antes do número de identificação de risco. Sinalização da unidade de carga No transporte de carga fracionada/embalada de produtos perigosos, são previstas as seguintes regras: Na frente: o painel de segurança, ao lado do motorista. Na parte superior, deve haver o número de identificação de risco do produto e, na parte inferior, o número de identificação do produto (número de ONU, conforme Resolução N° 420/04 ANTT -Instruções complementares ao Regulamento do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos), quando transportar apenas um produto; Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 34 Na traseira: o painel de segurança, ao lado do motorista, idêntico ao colocado na frente, e o rótulo indicativo do risco principal do produto, se todos os produtos pertencerem a uma mesma classe de risco; *Nas laterais: o painel de segurança, idêntico aos colocados na frente e na traseira, e rótulo indicativo do risco do produto, colocado do centro para a traseira, em local visível, se todos os produtos pertencerem a uma mesma classe de risco. NOTAS: No caso de carregamento inicial de dois ou mais produtos perigosos de classes ou subclasses de riscos diferentes e que, no final do trajeto, haja apenas um produto perigoso sendo transportado, deverá ser mantido o painel de segurança sem qualquer inscrição. Neste caso, o rótulo de risco não é colocado. Quando o transporte for realizado em carroceria aberta, recomenda-se o uso de lonas de forma que a identificação da carga fique visível. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 35 Regras de colocação dos painéis e rótulos Transporte de embalados ou fracionados 1 (UM) PRODUTO E 1 (UM) RISCO Painel de Segurança Rótulo de Risco Nas duas laterais, frente e traseira com números Nas duas laterais e na traseira 1 (UM) PRODUTO E 1 (UM) RISCO PRINCIPAL COM RISCO SUBSIDIÁRIO Painel de Segurança Rótulo de Risco Nas duas laterais, frente e traseira com números Nas duas laterais e na traseira Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 36 PRODUTOS DIFERENTES E MESMO RISCO Painel de Segurança Rótulo de Risco Nas duas laterais, frente e traseira sem números Nas duas laterais e na traseira PRODUTOS E RISCOS DIFERENTES Painel de Segurança Rótulo de Risco Nas duas laterais, frente e traseira sem números Somente nas embalagens Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurançado Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 37 VAZIO Painel de Segurança Rótulo de Risco Retirar Retirar Lembretes: 1- Realizar limpeza e descontaminação antes de retirar a sinalização. 2- Após a limpeza e descontaminação, o veículo não deve continuar portando a ficha de emergência e o envelope para transporte, para que o atendimento emergencial não seja prejudicado. Kit de emergência (de acordo com as NBR 9735 da ABNT - Grupo 1) Os veículos que transportam Produtos Perigosos deverão portar um Kit de Emergência contendo: Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 38 2 calços para as rodas com as medidas 15 x 20 x 15 cm; Dispositivos para sinalização: Fita zebrada ou corda: 50 metros - caminhonetes ou 100 metros - caminhões; 4 placas "PERIGO AFASTE-SE" com as dimensões 34 x 47 cm; 4 cones para sinalização da via nas cores laranja com faixas brancas; Sustentação fita/cone: 4 para caminhonetes ou 6 para caminhões. 1 caixa de primeiros socorros; 1 lanterna comum com 2 pilhas médias, no mínimo; Jogo de ferramentas (alicate, chave de boca, fenda e philips); Lona impermeável (3 x 4 m) e pá: produtos perigosos sólidos; Extintores de incêndio para a carga. Recomenda-se para os veículos que transportam carga líquida embalada, além dos equipamentos citados acima, que portem dispositivos para contenção de vazamento, tais como: Martelo e batoques cônicos para tamponamento de furos, exceto para embalagens plásticas; Almofadas impermeáveis para tamponamento de cortes e rasgos; Tirantes para fixação das almofadas, adequados ao tamanho da embalagem. Todos os equipamentos devem estar em local de fácil acesso e em perfeitas condições de uso. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 39 Os materiais de fabricação dos componentes dos equipamentos devem ser compatíveis e apropriados aos produtos transportados. No caso de produtos cujo risco principal ou subsidiário seja inflamável, os equipamentos devem ser de material anti-faiscante (exceto o jogo de ferramentas). EPI (de acordo com as NBR 9735 da ABNT - Grupo 6, 8 e 12) Luva, capacete, óculos de segurança para produtos químicos e máscara semi-facial com filtro para Vapores Orgânicos e Gases Ácidos, combinado com filtro mecânico. Vestuário: calça, camisa e bota. Os veículos que transportam Produtos Perigosos deverão portar um Kit de Emergência e pelo menos um conjunto completo de EPI (equipamentos de proteção individual) para cada pessoa (motorista e ajudantes). Deste modo, a presença de caronas pode resultar em infração de transporte, além de colocar em risco a vida deles. Os EPI deverão estar higienizados e identificados com o nome do fabricante e número do Certificado de Aprovação. OBS: Não confundir com EPI de aplicação de produtos fitossanitários e nem com EPI emergencial dos socorros públicos competentes (exemplo: Bombeiros e Defesa Civil). Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 40 Identificação do RNTRC RNTRC - Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga - RESOLUÇÃO - 437 e 537 de 2004 - ANTT. Esta identificação tem o objetivo de promover estudos e levantamentos relativos a frota de caminhões, bem como organizar e manter um registro nacional de transportadores rodoviários. Exigências: transportadoras/empresas constituídas e operadores autônomos. *Consultas: www.antt.gov.br ou nos escritórios regionais credenciados pela ANTT. Prescrições de serviço Produtos fitossanitários perigosos: não devem ser aceitos para transporte ou transportados, a não ser que tenham sido adequadamente classificados, embalados, marcados, rotulados, sinalizados e com a declaração de acondicionamento descrita num documento de transporte (exemplo: nota fiscal) em conformidade com a Resolução N°420/04 ANTT Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 41 Disposição da carga: os diferentes volumes num carregamento contendo produtos perigosos devem ser convenientemente arrumados e escorados entre si ou presos por meios adequados na unidade de transporte, de maneira a evitar qualquer deslocamento, seja de um volume em relação a outro, seja em relação às paredes da unidade de transporte. Fogo/explosão: é proibido entrar numa carroceria coberta, carregada com produtos da Classe 3 (inflamáveis), portando aparelhos de iluminação a chama. Além disso, não devem ser utilizados aparelhos e equipamentos capazes de produzir ignição dos produtos ou de seus gases e vapores. Gêneros alimentícios (e outros produtos de consumo): nos locais de carga, descarga e transbordo, os produtos perigosos devem ser mantidos isolados. Veículo contaminado: em caso de contaminação, o veículo transportador, antes de ser recolocado em serviço, deverá ser cuidadosamente lavado com água corrente e devidamente descontaminado em local previamente licenciado pelo órgão de controle ambiental. Use material absorvente para recolher o material derramado. Lave com água corrente a parte contaminada. Manuseio em locais públicos: se, por qualquer motivo, tiverem que ser efetuadas operações de manuseio em locais públicos, as embalagens contendo produtos de natureza distinta deverão ser separadas, segundo os respectivos símbolos de risco. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 42 Materiais sensíveis à umidade: seus volumes devem ser transportados em veículos tipo baú ou de carroceria lonada que garantam suas características. Revisão dos veículos: devem ser realizadas para assegurar boas condições de transporte. Carregamento ou descarregamento em locais públicos (e/ou aglomerados populacionais): em se tratando de produtos tóxicos não devem ser realizados sem permissão especial das autoridades competentes, a menos que essas operações sejam justificadas por motivos graves relacionados com segurança, caso em que as autoridades devem ser imediatamente informadas. Paradas durante o transporte: as paradas no transporte de produtos tóxicos por necessidade de serviço devem, tanto quanto possível, ser efetuadas longe de locais habitados ou de locais com grande afluxo de pessoas. Se for imperiosa uma parada prolongada nas proximidades de tais lugares, as autoridades locais devem ser informadas. Embalagens vazias: as que tenham contido uma substância perigosa estão sujeitas às mesmas prescrições deste Regulamento para embalagens cheias, a menos que se tomem medidas para anular qualquer risco (por exemplo: tríplice lavagem ou lavagem sob pressão, de acordo com a norma técnica NBR 13.968 da ABNT). Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 43 PROTEÇÃO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Como já foi mencionado em nossa introdução, os Equipamentos e procedimentos de Proteção Coletiva são os primeiros a serem indicados para a proteção do trabalhador no ambiente de trabalho. Os riscos de acidentes ou riscos mecânicos são responsáveis por inúmeros acidentes de trabalho. Uma máquina que, no projeto, não foi contemplada com o dispositivo de proteção das partes móveis ou daspartes energizadas, equipamentos sem as devidas manutenções periódicas ou utilizados de maneira inadequada são armas em potencial à saúde e à segurança do trabalhador, podendo causar acidentes com perda de membros e até mesmo a morte do trabalhador. Devido à iminente periculosidade foi criada a décima segunda Norma Regulamentadora, Máquinas e Equipamentos, cujo teor refere-se aos cuidados que devem ser observados quanto ao uso e aplicação de máquinas e equipamentos no ambiente laboral. Recomendações quanto às instalações e áreas de ocupação de máquinas e equipamentos Nos locais onde se instalam máquinas e equipamentos, o piso deve ser vistoriado e limpo, sempre que apresentarem riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias que os tornem escorregadios e as áreas de circulação devem garantir o movimento seguro de pessoas, material e transportes mecânicos, obedecendo às seguintes recomendações mínimas: 1. Distância entre partes móveis de máquinas e/ou equipamentos: de 0,70m (setenta centímetros) a 1,30m (um metro e trinta centímetros); Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 44 2. Distância mínima entre máquinas e equipamentos: de 0,60 m(sessenta centímetros) a 0,80 m (oitenta centímetros); 3. Largura mínima das vias principais de circulação e as que conduzem às saídas: 1,20m (um metro e vinte centímetros), devidamente demarcadas e mantidas permanentemente desobstruídas. O ambiente de trabalho deverá ter áreas reservadas para corredores e armazenamento de materiais, devidamente demarcadas com faixa nas cores indicadas pela NR 26 – Sinalização de Segurança, assim como as áreas em torno das máquinas ou dos equipamentos deverão ter espaço suficiente para atender ao tipo de operação e o seu tamanho. As máquinas e os equipamentos de grandes dimensões devem ter escadas e passadiços que permitam acesso fácil e seguro aos locais em que seja necessária a execução de tarefas conforme ilustração, a seguir: Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 45 Normas de segurança para dispositivos de acionamento, partida e parada de máquinas e equipamentos As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de acionamento e parada localizados de modo que sejam acionados ou desligados pelo operador na sua posição de trabalho, não se localize na zona perigosa de máquina ou do equipamento, possa ser acionado ou desligado em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador, não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador, ou de qualquer outra forma acidental e não acarrete riscos adicionais. No caso das máquinas e equipamentos com acionamento repetitivo que não tenham proteção adequada oferecendo risco ao operador, devem ter dispositivos apropriados de segurança para o seu acionamento. As máquinas e os equipamentos que utilizarem energia elétrica, fornecida por fonte externa, devem possuir chave geral, em local de fácil Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 46 acesso e acondicionada em caixa que evite o seu acionamento acidental e proteja as suas partes energizadas. O acionamento e o desligamento simultâneo por um único comando, de um conjunto de máquinas ou de máquina de grande dimensão, devem ser precedidos de sinal de alarme. Ex.: utilização de gruas Normas sobre proteção de máquinas e equipamentos Proteção nas transmissões de forças: As transmissões de força, como volantes, polias, correias e engrenagens, devem ter proteção fixa, integral e resistente, através de chapa ou outro material rígido que impeça o ingresso das mãos e dedos nas áreas de risco, excetuando-se quando estiverem a uma altura superior a 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) e não houver a existência de plataforma de trabalho ou áreas de circulação nos diversos níveis. As máquinas e os equipamentos que oferecem riscos de ruptura de partes, projeção de peças ou parte delas ou lancem partículas de material no seu processo de trabalho, devem ter seus movimentos, alternados ou rotativos protegidos. Máquinas e os equipamentos energizados devem ser aterrados eletricamente, conforme previsto na NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Os protetores de máquinas e equipamentos devem ser suficientemente resistentes, de forma a oferecer proteção efetiva; devem permanecer fixados, firmemente à máquina, ao equipamento, piso ou a qualquer outra parte fixa, por meio de dispositivos que, em caso de necessidade, Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 47 permitam sua retirada e recolocação imediatas; e os protetores removíveis só podem ser retirados para execução de limpeza, lubrificação, reparo e ajuste e após o serviço devem ser, obrigatoriamente, recolocados. Normas gerais acerca dos assentos e mesas nos postos de trabalho As normas gerais para assentos e mesas nos locais de trabalho devem obedecer aos parâmetros estabelecidos na NR 17 – Ergonomia, de forma que possa oferecer condições de conforto e segurança em toda sua jornada diária de trabalho, tais como: Cadeira com altura regulável, encosto e assento ergonomicamente dimensionados; Mesas para colocação de peças e o ponto de operação das máquinas e equipamentos devem estar na altura e posição adequadas, a fim de evitar fadiga ao operador; Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 48 As mesas deverão estar localizadas de forma a evitar a necessidade de o operador colocar as peças em trabalho sobre a mesa da máquina. Fabricação, importação, venda e locação de máquinas e equipamentos É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso de máquinas e equipamentos que não atendam às normas de segurança para dispositivos de acionamento, partida e parada de máquinas e equipamentos e normas relativas à proteção nas máquinas e equipamentos, sem prejuízo da observância dos demais dispositivos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. Dessa forma, cabe a (ao) Superintendente Regional do Trabalho e Emprego ou a (ao) Superintendente Regional do Trabalho e Emprego Marítimo a interdição da máquina ou de equipamento que não atender aos requisitos de segurança. Manutenção e operação de máquinas e equipamentos Você vai conhecer algumas recomendações de segurança, aparentemente simples, relativas à Manutenção e operação de máquinas e equipamentos: Os reparos, a limpeza, os ajustes e a inspeção somente podem ser executados com as máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à sua realização; A manutenção e inspeção somente podem ser executadas por pessoas devidamente credenciadas pela empresa; Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 49 A manutenção e a inspeção das máquinas e dos equipamentos devem ser feitas de acordo com as instruções fornecidas pelo fabricante e/ou de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes no País; Nas áreas de trabalho com máquinas e equipamentos devem permanecer apenas o operador e as pessoas autorizadas; Os operadores não podem se afastar das áreas de controle das máquinas sob sua responsabilidade,quando em funcionamento; Nas paradas temporárias ou prolongadas, os operadores devem colocar os controles em posição neutra, acionar os freios e adotar outras medidas, com o objetivo de eliminar riscos provenientes de deslocamentos. Ex.: Operação com o bate estacas. Fica proibida a instalação de motores estacionários de combustão interna em lugares fechados ou insuficientemente ventilados. As recomendações de segurança em relação às máquinas e equipamentos são fundamentais na diminuição dos acidentes de trabalho. Trabalho com motosserras O trabalho com motosserras requer cuidados específicos além dos citados nas disposições gerais de segurança nas máquinas e equipamentos. Assim, passamos a descrever algumas orientações para o uso de motosserras: Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 50 1. As motosserras fabricadas e importadas para comercialização no País deverão dispor de dispositivos de segurança (EPC), tais como, freio manual de corrente, pino pega-corrente, protetor da mão direitae mão esquerda, trava de segurança do acelerador. Entre os Equipamentos de Proteção Individual – EPI recomendados para o operador de motosserras estão: capacete, óculos, protetor auricular (de concha), macacão, luvas e botas. 2. Os fabricantes e importadores de motosserras instalados no país introduzirão, nos catálogos e manuais de instruções de todos os modelos de motosserras, os seus níveis de ruído e vibração e a metodologia utilizada para a referida aferição; 3. Todas as motosserras fabricadas e importadas serão comercializadas com Manual de Instruções contendo informações relativas à segurança e à saúde no trabalho especialmente contra os riscos de segurança e saúde ocupacional, tais como instruções de segurança no trabalho com o equipamento, de acordo com o previsto nas Recomendações Práticas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), especificações de ruído Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 51 e vibração e penalidades e advertências quanto a não observância das normas específicas. 4. Treinamento obrigatório para operadores de motosserra: Os fabricantes e importadores de motosserra instalados no País, através de seus revendedores, deverão disponibilizar treinamento e material didático para os usuários de motosserra, com conteúdo programático relativo à utilização segura de motosserra, constante no Manual de Instruções; Os empregadores deverão promover a todos os operadores de motosserra treinamento para utilização segura da máquina, com carga horária mínima de 8 (oito) horas, com conteúdo programático relativo à utilização segura da motosserra, constante no Manual de Instruções; Os certificados de garantia dos equipamentos contarão com campo específico, a ser assinado pelo consumidor, confirmando a disponibilidade do treinamento ou responsabilizando-se pelo treinamento dos trabalhadores que utilizarão a máquina. 5. Todos os modelos de motosserra deverão conter rotulagem de advertência indelével e resistente, em local de fácil leitura e visualização do usuário, com a seguinte informação: “O uso inadequado da motosserra pode provocar acidentes graves e danos à saúde”. O trabalho com motosserra é responsável por acidentes de ferimentos com a lâmina, ruídos e vibrações, corte e queda da árvore. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 52 Trabalho com cilindros de massa Cilindro de massa é a máquina utilizada para cilindrar a massa de fazer pães, é constituída de mesa baixa, prancha de extensão traseira, cilindros superior e inferior, motor e polias. Responsável por grande número de acidentes, os cilindros de massa receberam atenção especial em relação à sua fabricação, com recomendações de segurança, que passaremos a descrever: 1. Os cilindros de massa fabricados e importados para comercialização no País deverão dispor de dispositivos de proteção para as áreas dos cilindros: Proteção fixa instalada a 117 cm (com uma tolerância de ± 2,5 cm) de altura e a 92 cm (com uma tolerância ± 2,5 cm) da extremidade da mesa baixa, para evitar o acesso à área de movimento de riscos; Proteção fixa nas laterais da prancha de extensão traseira, para eliminar a possibilidade de contato com a área de movimentação de riscos por outro local, além da área de operação; Prancha de extensão traseira, com inclinação de 50 a 55 graus e distância entre zona de prensagem (centro e cilindro inferior) e extremidade superior da prancha de 80 cm (com uma tolerância ± 2,5 cm); Mesa baixa com comprimento de 80cm (com uma tolerância ± 2,5cm), medidas do centro do cilindro inferior à extremidade da mesa e altura de 75cm (com uma tolerância ± 2,5 cm); Chapa de fechamento do vão ente tolete obstrutivo e cilindro superior. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 53 2. Segurança e Limpeza para o cilindro superior, lâmpada de limpeza em contato com a superfície inferior do cilindro e para o cilindro inferior, chapa de fechamento do vão entre cilindro e mesa baixa; 3. Proteção elétrica constituída de dispositivo eletrônico que impeça a inversão de fases e sistema de parada instantânea de emergência, acionado por botoeiras posicionadas lateralmente, à prova de poeira, devendo funcionar com freio motor ou similar, de tal forma que elimine o movimento de inércia dos cilindros; 4. Proteção das polias com tela de malha, no máximo, 0,25 cm2, ou chapa; 5. Indicador visual para regular visualmente a abertura dos cilindros durante a operação de cilindrar a massa, evitando o ato de colocar as mãos para verificar a abertura dos cilindros. Como você pode perceber a tecnologia empregada no processo de trabalho pode ser responsável por inúmeros acidentes. Dessa forma, as recomendações de segurança são de grande importância no combate a acidentes oriundos de máquinas e equipamentos. Outras situações encontradas nos ambientes de trabalho, tais como a falta de higiene e conforto podem gerar acidentes por agentes biológicos e ergonômicos tornando insalubre o ambiente de trabalho. Resumindo: As máquinas e equipamentos fazem parte do nosso cotidiano, seja no ambiente da comunidade ou no ambiente de trabalho, são elas que nos auxiliam, facilitando a realização de tarefas, tornando-se imprescindíveis à nossa vida. Nesta aula, você viu que medidas de segurança devem ser observadas no manuseio desses equipamentos, para que os mesmos não se tornem uma arma de decepar membros ou matar. Assim, quando você utilizar de equipamentos elétricos deve ter o cuidado com o isolamento das partes energizadas, quando você trabalhar com máquinas cujas partes móveis estão expostas, como motosserras e cilindros de massa, tenha Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 54 cuidado de não manter contato direto com as partes móveis. Dessa forma, cabe ao Técnico de Segurança do Trabalho a vigilância constante das medidas de segurança adotadas no uso desses equipamentos. MÁQUINAS E ACIDENTES DE TRABALHO *Estudo desenvolvimento pelo prof. René Mendes, por solicitação da Secretaria de Previdência Social(SPS/MPAS), com o apoio do Banco Mundial e PNUD. Contou com parcerias do setor privado, órgãos públicos, em especial, o Ministério do Trabalhoe Emprego, FUNDACENTRO e Ministério da Saúde. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, todos os anos morrem no mundo mais de 1,1 milhão de pessoas, vítimas de acidentes ou de doenças relacionadas ao trabalho. Esse número é maior que a média anual de mortes no trânsito (999 mil), as provocadas por violência (563 mil) e por guerras (50 mil). No Brasil, os números são alarmantes. Os 393,6 mil acidentes de trabalho verificados em 1999 tiveram como consequência 3,6 mil óbitos e 16,3 mil incapacidades permanentes. De cada 10 mil acidentes de trabalho, 100,5 são fatais, enquanto em países como México e EUA este contingente é de 36,6 e 21,6, respectivamente. Os acidentes de trabalho têm um elevado ônus para toda a sociedade, sendo a sua redução um anseio de todos: governo, empresários e trabalhadores. Além da questão social, com morte e mutilação de operários, a importância econômica também é crescente. Além de causar prejuízos às forças produtivas, os acidentes geram despesas como pagamento de benefícios previdenciários, recursos que poderiam estar sendo canalizados para outras políticas sociais. Urge, portanto, reduzir o custo econômico mediante medidas de prevenção. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 55 Nesse contexto, destaca-se o problema das máquinas e equipamentos obsoletos e inseguros, responsáveis por cerca de 25% dos acidentes do trabalho graves e incapacitantes registrados no País. Dentre as máquinas e equipamentos estudados, os que mais causaram acidentes de trabalho foram: Prensas Mecânicas Prensas Hidráulicas Máquinas Cilindros de Massa Máquinas de Trabalhar Madeiras: Serras Circulares e Desempenadeiras Máquinas Guilhotinas para Chapas Metálicas e papel Impressoras Off-Set a Folha Injetoras de Plástico Cilindros Misturadores para Borracha Calandras para Borracha e metal Também vale ressaltar que algumas atividades industriais, bem como, os seus respectivos processos de produção juntamente com as máquinas e equipamentos e muitos outros fatores conjugados, criam um ambiente inseguro para o trabalhador, merecendo especial destaque para as atividades que envolvem: Operações com soldagem; Caldeiras e vasos sob pressão Nesse sentido, dedicaremos um pouco mais de atenção e estudo para essas áreas agora: Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 56 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA EM SOLDAGEM A Soldagem é o processo de união de materiais (particularmente os metais) mais importante do ponto de vista industrial sendo extensivamente utilizada na fabricação e recuperação de peças, equipamentos e estruturas. A sua aplicação atinge desde pequenos componentes eletrônicos até grandes estruturas e equipamentos (pontes, navios, vasos de pressão, etc.). Existe um grande número de processos de soldagem diferentes, sendo necessária a seleção do processo (ou processos) adequado para uma dada aplicação. A tabela abaixo lista algumas das principais vantagens e desvantagens dos processos de soldagem. Vantagens Desvantagens 1. Juntas de integridade e eficiência elevadas 2. Grande variedade de processos 3. Aplicável a diversos materiais 4. Operação manual ou automática 5. Pode ser altamente portátil 6. Juntas podem ser isentas de vazamentos 7. Custo, em geral, razoável 8. Junta não apresenta problemas de perda de aperto. 1. Não pode ser desmontada 2. Pode afetar microestrutura e propriedades das partes 3. Pode causar distorções e tensões residuais 4. Requer considerável habilidade do operador 5. Pode exigir operações auxiliares de elevado custo e duração (ex.: tratamentos térmicos) 6. Estrutura resultante é monolítica e pode ser sensível a falha total Algumas definições usuais para soldagem são: "Processo de junção de metais por fusão". (Deve-se ressaltar que não só metais são soldáveis e que é possível soldar metais sem fusão).” Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 57 "Operação que visa obter a união de duas ou mais peças , assegurando, na junta soldada, a continuidade de propriedades físicas, químicas e metalúrgicas". "Processo de união de materiais baseado no estabelecimento, na região de contato entre as peças que estão sendo unidas, de ligações químicas de natureza similar às atuantes no interior dos próprios materiais." Idealmente, a soldagem ocorre pela aproximação das superfícies das peças a uma distância suficientemente curta para a criação de ligações químicas entre os seus átomos (figura 1). Este efeito pode ser observado, por exemplo, quando dois pedaços de gelo são colocados em contato. Para outros materiais, a soldagem não ocorre tão facilmente pois a aproximação das superfícies a distâncias suficientes para a criação de ligações químicas entre os seus átomos é dificultada pela rugosidade microscópica e camadas de óxido, umidade, gordura, poeira e outros contaminantes existentes em toda superfície metálica. *Figura 1 - Formação teórica de uma solda pela aproximação das superfícies das peças. Esta dificuldade é superada de duas formas principais, das quais originam os dois grandes grupos de processos de soldagem: Deformar as superfícies em contato, rompendo as camadas de contaminantes e permitindo a sua aproximação e a formação de Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 58 ligações químicas (figura 2). As superfícies de contato podem ser aquecidas para facilitar a sua deformação. Aquecer localmente a região a ser soldada até a sua fusão, destruindo, assim, as superfícies e produzindo a solda com a solidificação do material fundido (figura 3). Figura 2 - Soldagem por pressão (esquemática). Figura 3 - Soldagem por fusão (esquemática). Assim, os diferentes processos de soldagem podem ser agrupados em dois grandes grupos baseando-se no método dominante de se produzir a solda, isto é, (a) processos de soldagem por pressão (ou por deformação) e (b) processos de soldagem por fusão. O primeiro grupo inclui os processos de soldagem por ultrassom, por fricção, por forjamento, por resistência elétrica (figura 4), por difusão, por explosão, entre outros. Alguns destes processos, como a soldagem por resistência a ponto, apresentam características intermediárias entre os processos de soldagem por fusão e por deformação. O segundo grupo inclui um grande número de processos, entre os quais se destacam os processos de soldagem a arco que são os mais utilizados industrialmente. Estes utilizam como fonte de calor para a fusão da junta, uma descarga elétrica em meio gasoso (arco elétrico) entre dois eletrodos ou, mais comumente, entre um eletrodo e a(s) peça(s), figura 5. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA INDÚSTRIA 59 Figura 4 - Soldagem por resistência a ponto (a) e costura (b). I - corrente de soldagem. Figura 5 - Soldagem manual a arco. Por sua grande importância em inúmeras utilizações dos metais é fundamental que o engenheiro metalúrgico tenha, pelo menos, um conhecimento básico da tecnologia e fundamentos da soldagem. Por outro lado, a soldagem afeta a estrutura do material, podendo causar o aparecimento de descontinuidades